quinta-feira, 29 de julho de 2010

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O Tesouro das Cantigas para Crianças

Ciranda, cirandinha, vamos todos cirandar, vamos dar a volta e meia, meia volta vamos dar”. Quem, entre as pessoas com mais de 30 anos, não conhece os versos que embalaram tantas e tantas brincadeiras infantis até os anos 1970?
“Cadê o toucinho que estava aqui? O gato comeu. Cadê o gato? Fugiu pro mato. Cadê o mato? O fogo queimou. Cadê o fogo? A água apagou...”, e as cantigas de roda? Onde foram parar? Essas tradicionais canções que durante tanto tempo serviram de porta de entrada para o conhecimento popular e para uma primeira e inesquecível aventura pelos campos da prosa e do verso simplesmente sumiram de cena...
Foram substituídas pela televisão, por videogames ou por conversas através dos computadores. O corpo a corpo da criançada, a amarelinha e a queimada foram esquecidos e, com o passar do tempo, passaram a habitar somente os porões da memória de pessoas que viveram aquela delícia de infância. Não, não estou sendo saudosista. Longe de mim qualquer intenção de comparar o ontem e o hoje.
Muitas coisas mudaram e temos que conviver com as alterações, nos adaptar aos novos tempos, saborear as novas possibilidades. Penso apenas que para isso não precisamos abandonar aquilo que tínhamos de melhor, o que mais nos animava e comovia. Jogar taco na rua, subir em goiabeiras ou mangueiras, bater bola descalço pelos campos improvisados de terrão ou ainda curtir as maravilhosas cantigas e parlendas não pode ser esquecido...
Sambalelê tá doente,
Tá com a cabeça quebrada,
Sambalelê precisava
É de uma boa lambada...
Nesse ínterim o papel da escola é fundamental como espaço de resgate e preservação cultural. Tanto as novas gerações quanto aquelas que já possuem mais experiência em sala de aula, no trabalho com crianças, tem que perpetuar essa matéria prima tão original e rica oriunda das brincadeiras de criança. Se os novos professores desconhecem esse acervo, que tal pesquisar com os profissionais que já as conhecem e utilizam?
Outra alternativa para tomar contato com as cantigas e parlendas é realizar uma boa pesquisa na bibliografia especializada ou ainda pelos caminhos da Internet (tenha sempre a preocupação de verificar as credenciais de quem escreve e as referências utilizadas para a efetivação da pesquisa). Entretanto, para facilitar ainda mais o encontro entre esse conhecimento e as novas gerações de professores, a escritora Ana Maria Machado reuniu várias dessas cantigas nos dois livros da coletânea “O Tesouro das Cantigas para Crianças”.
“Um, dois, Feijão com arroz. Três, quatro, Feijão no prato...”, é bem no ritmo dessa tradicional toada que o livro nos coloca em contato com muitas cantigas, parlendas e histórias. Para facilitar a leitura e o trabalho com as crianças na escola, os livros foram organizados em tópicos como “Dias de Festa”, “Brincando com Números”, “Brincando de Roda”, “Brincadeiras com o Corpo”, “Perguntando e Respondendo” ou ainda, “Contando Histórias”.
Dentro de cada um desses “capítulos” inseridos no primeiro livro, por exemplo, encontramos verdadeiros clássicos como:- Eu fui no Tororó, Pai Francisco, Carneirinho, Cinco Porquinhos, Capelinha de Melão, Teresinha de Jesus e tantas outras cantigas inesquecíveis. Para aumentar ainda mais o interesse e a facilidade de trabalho com as crianças, o livro é acompanhado por um CD contendo todas as músicas e parlendas.
O cravo brigou com a rosa
Debaixo de uma sacada.
O cravo saiu ferido
E a rosa, despedaçada...
E como os professores de Educação Infantil e das séries iniciais do Ensino Fundamental podem fazer uso desse material?
O primeiro passo seria um exame aprofundado do livro e uma pesquisa de campo junto a professores ou pessoas da comunidade que conheçam tais cantigas e que as utilizem em sua vida profissional ou pessoal. Isso permite a todos aqueles que estão iniciando um trabalho com esse recurso uma maior familiaridade e segurança para falar a respeito das cantigas.
O professor que fizer essa prospecção irá conhecer histórias de famílias que cantavam tais cantigas, como eram cantadas (as variações), possibilidades de diálogos a se estabelecer com as crianças sobre esse recurso ou ainda irão pensar em proposições pedagógicas de exploração desse conteúdo em sala de aula. Idéias irão brotar e poderão ser socializadas com outros educadores. É justamente o que se espera no contato entre os profissionais da educação e os variados meios disponíveis para enriquecer o trabalho em classe.
O uso de músicas, imagens, danças, folclore e literatura pode e deve ser encarado como atividade lúdica, de encantamento entre as crianças. Jogos e brincadeiras variadas podem ser estimulados a partir do reconhecimento e identificação das cantigas. Desenhos, histórias seriadas, dramatizações ou pequenos jograis e corais são alternativas de trabalho objetivo a se desenvolver em aula com as crianças.
Marcha, soldado,
Cabeça de papel.
Se não marchar direito,
Vai preso pro quartel.
É possível, inclusive, mobilizar as crianças para entrevistar pais, tios, avós, amigos ou vizinhos para saber como foi a infância dessas pessoas e de que forma essas cantigas estavam inseridas em suas brincadeiras.

Outra possibilidade interessante de utilizar essas referências seria propor a transformação e/ou atualização da temática das músicas. Por exemplo, ao invés de “O balão tá subindo...”, o professor poderia pedir que os alunos recriassem a cantiga utilizando os modernos meios de transporte, como aviões, trens ou automóveis.
O mais importante em relação a obras desse tipo é a revalorização de um valioso manancial de informações culturais. Se trabalhos como esses não fossem disponibilizados seria pouco provável que as novas gerações de educadores se interessassem em preservar e utilizar esse conhecimento em suas aulas.
Tendo todo um projeto já desenvolvido e que trouxe a tona todas essas cantigas, fica muito mais fácil para os professores reconduzir esse recurso para suas atividades regulares. O que não pode acontecer é a acomodação e a não utilização desse material. É imperativo que nas escolas se converse a respeito das possibilidades de uso por professores de diversas áreas do conhecimento e, de preferência, realizando entre eles um importante e imprescindível movimento interdisciplinar...