quarta-feira, 25 de agosto de 2010

AUTO AJUDA CONTRA A ANSIEDADE

A ansiedade pode estar relacionada ao hábito de pensamentos sempre voltados para o futuro e, como não temos meios de saber ainda o que nos reserva o futuro, isso pode dar medo.
Já a tristeza e a falta de vontade de agir pode estar relacionada ao hábito de pensamentos voltados para o passado e como não podemos mudar os eventos de passado, podemos ter medo de que esse passado se repita.
Portanto, é possível que o sentimento que esteja tirando suas forças e sua energia, não tenha como origem os sentimentos de ansiedade ou tristeza como pensa, e sim, o medo.
Gosto de dizer a meus alunos, que "DEUS É MUITO CRIATIVO E NÃO REPETE UM DIA OU UM EVENTO SEQUER em nossas vidas!"
Então, se pensamos que algo é a mesma coisa, a mesma situação se repetindo, saiba que não é Deus ou o destino repetindo eventos, e sim, NÓS QUE NÃO MUDAMOS! Nós, com certeza, estaremos insistindo no velho hábito de ver as coisas com os olhos do passado ou com a pressa e ansiedade no futuro.
O passado são só pensamentos, memórias, fotos mentais. E o futuro também é só um pensamento agora, neste momento. Portanto, passado e futuro, só existem nos pensamentos! Não estão aqui e agora no presente! Não são concretos e reais! Você tem medo de algo irreal! Medo de sombras e fantasmas criados e recriados por seus pensamentos!
Só o agora é real! Nosso poder de ação e de mudar o que não nos convém está no AGORA!
É no agora que está seu poder e não no passado ou no futuro!
Nesse momento você não pode agir no passado e nem no futuro, pois está no agora!
Você não existe mais no passado e nem existe ainda no futuro! Você só existe AGORA!
Procure trazer seu pensamento para o único lugar real, para o agora!
Se você deseja construir um bom futuro, tem que agir no agora e se estiver ocupando sua mente com pensamentos de futuro o tempo todo, além de ficar ansioso inutilmente, ficará desatento ao agora, às oportunidades que estão, agora, na sua frente esperando sua ação. Ao estar desatento ao seu momento atual, não verá as inúmeras oportunidades que tem nesse momento de agir e construir o bom futuro que deseja. E dessa forma, o bom futuro que tanto sonha, ficará cada vez mais longe, apenas no pensamento. Você não consegue construí-lo fora do agora! Precisa desistir de querer construir seu futuro em outro lugar que não seja o agora, pois é aqui, hoje, que conseguirá isso!
Existe um truque muito bom para trazer seus pensamentos para o momento presente, e parar com a ansiedade que é: Respire
Sim. O grande truque é LEMBRAR-SE DE SUA RESPIRAÇÃO!
Respire atentamente, observando a entrada e saída do ar de seus pulmões por alguns minutos, como se tudo o que importasse na sua vida fosse apenas o ato de respirar calmamente, lentamente. Só isso!
Isso funciona porque nossa atenção não pode estar em dois lugares ao mesmo tempo. Ou você respira concentradamente ou pensa! Não dá pra fazer as duas coisas ao mesmo tempo! Faça esse teste! Tente prestar atenção total em sua respiração contando, por exemplo, até três enquanto enche os pulmões e até três enquanto esvazia e seguir uma linha de raciocínio ao mesmo tempo!
Se nossa atenção total só poderá se fixar em um ponto de cada vez, escolha respirar atentamente, quando notar que seus pensamentos estão se dirigindo para fora do presente e te causando ansiedade, medo do futuro.
Para retirar o pensamento de um foco nocivo e chamá-lo de volta ao presente, ao agora, basta escolher respirar concentradamente por alguns minutos! Respire colocando toda a atenção nisso, diversas vezes ao dia, sempre que se sentir sem energia ou angustiado.
Não deixe a energia negativa e estressante tomar conta de você!
Aja consciente de seu momento agora e de seu poder de ação e proteção!
Acredite, você os tem!
Você merece e vai conseguir mudar e ficar em paz! Mude-se do futuro para o presente! As coisas acontecem aqui!
Fique em paz e em harmonia na força e proteção de seu verdadeiro eu!
Vera Calvet





FALTA DE CONCENTRAÇÃO

Muitas pessoas chegam ao Instituto Ráshuah, se queixando de que são desatentas, não conseguem manter a concentração por muito tempo, que se dispersam muito facilmente.
No Curso de Meditação Ráshuah Módulo I, tanto no livro quanto no curso presencial, essa questão é tratada através da quarta técnica de Meditação Ráshuah, onde o aluno aprende a focar sua atenção através da compreensão do que causa sua dispersão, e treina esse foco através da quarta técnica.
A falta de concentração se deve a diversos fatores. Desde os físicos, os neurológicos, os psicológicos, o interesse real no assunto, etc., até o hábito de deixar a mente solta e sem objetivo.
O hábito de pensar, sem um foco de atenção constante, pode acontecer a qualquer pessoa que não saiba como manter sua atenção no foco correto. E a escolha do que seja o foco correto é o que causa a maioria dos hábitos nocivos na linha de raciocínio, pois não é tão fácil identificar o foco correto, quando estamos, por exemplo, diante de um problema a ser resolvido e não temos o conhecimento de como se comporta nossa mente. A tendência ao estar diante de um problema, nesse caso, pode ser a de focar no problema e não na solução. E isso causa o estresse e a não conclusão do pensamento, que fica rodando na mente. Por exemplo:
Digamos que você receba a conta mensal de luz e por estar desempregado, não tem no momento, o dinheiro suficiente para saldá-la. Quando você foca o problema e não a solução, vêm o medo e a impotência, porque sua tendência será pensar: "Tenho que pagar a conta de luz (problema). Vão cortar a luz (problema) e se cortarem a luz, nem banho poderemos tomar (problema), eu estou desempregado (problema) e não tenho como pagar a conta (problema), mas não posso fazer nada, se ninguém me dá emprego (problema) Mas eu tenho que pagar a conta (problema)". E essa linha de pensamento segue por aí focando no problema, que cria como conseqüência, outros problemas coligados e torna a voltar ao problema inicial, estabelecendo a partir daí, um círculo vicioso. Por conta desse raciocínio com o foco de atenção errado, a conseqüência será medo, impotência e tensão.
Agora vamos ver a seqüência de pensamentos que segue o foco correto, que é o foco da atenção sendo colocado na solução: Tenho uma conta a pagar (esse é o problema). Como posso resolver isso? (essa é a pergunta que vai direcionar sua mente para o foco correto). Posso me oferecer para fazer e vender os doces e bolos para a festa da filha da minha vizinha (essa é uma possível solução) ou posso me oferecer para costurar e consertar roupas dos vizinhos (outra possível solução) ou posso pintar e bordar panos de prato para vender (outra possível solução) ou posso....., e por aí vai o pensamento nas possíveis soluções, até que encontre uma de que goste, e que resolva sua questão. Veja que o pensamento no problema -Pagar a conta- só entrou na seqüência acima de pensamentos uma vez, só para iniciar o raciocínio e manter a mente no foco correto, que é a solução, e não o problema.
Está com problemas de concentração? Foque a atenção nas possibilidades e não no problema, ok? Isso ajuda muito!

Vera Calvet



UMA QUESTÃO DE FÉ

Fé pode ser definido como sendo uma firme convicção de que algo seja verdade, sem nenhuma prova material de que este algo seja de fato real. Fé nesse sentido, seria uma confiança absoluta que depositamos em algo ou alguém.
A palavra Fé veio da palavra grega pí-stis, que transmite a idéia de confiança, fidúcia, firme persuasão.
A fé se relaciona de certa maneira, com os verbos acreditar, confiar ou apostar, isto é, se alguém tem fé em algo, então acredita, confia e aposta nisso.
Pode-se também considerar que ter fé é nutrir um sentimento de afeição pelo que acredita, confia e aposta, pois o sentido da fé é sempre positivo, ou seja, a pessoa de certa forma sustenta positivamente seu pensamento no objeto afeiçoado de sua fé.
A fé se manifesta de várias maneiras e pode estar vinculada a questões emocionais, a motivos nobres ou motivos estritamente pessoais. Pode estar direcionada a alguma razão específica ou mesmo existir sem razão definida. Também não carece absolutamente de qualquer tipo de evidência física racional.
É possível nutrir um sentimento de fé em relação a um pessoa, um objeto inanimado, uma ideologia, um pensamento filosófico, um sistema qualquer, um conjunto de regras, uma crença popular, uma base de propostas ou dogmas de uma determinada religião.

A fé não é baseada em evidências físicas reconhecidas pela comunidade científica, por exemplo, o que faz com que muitos a rejeitem como sendo algo tolo e irracional, pois raramente existem provas concretas a favor de determinada fé. Isso, impossibilita uma troca de idéias baseadas no convencimento, quando por exemplo, uma pessoa que tenha determinada fé, tenta persuadir outra que não tenha essa mesma fé.
Aliás, essa é a maior causa dos conflitos dessa natureza, pois sendo a fé algo quase que emocional, pessoal e além disso, raramente ou nunca, passível de provas concretas, físicas, materiais, uma discussão nessa área é quase sempre um solo minado. A fé é geralmente associada a experiências pessoais e pode ser compartilhada com outras pessoas apenas através de relatos e não de provas concretas. Por isso, a imensa dificuldade nesse sentido.
Fé é geralmente associada então, a algum contexto religioso, dogmático, de crença pré-estabelecida, onde alguém crê no que é dito, por afinidade emocional e de certa forma racional, pois ambos pensam da mesma forma, seguem a mesma linha de raciocínio, se baseiam nos mesmos princípios.
Ninguém diz, por exemplo, ter fé que a natureza, os animais e os homens existam. Mas diz ter fé de que Deus as tenha criado. Nesse sentido, a natureza, os animais e os homens são passíveis de provas materiais de suas existências, já a crença em Deus, não. Crer, ter a experiência de algo emocionalmente, não pode ser provado a quem exija provas materiais, pois não pertence ao terreno da matéria e das leis físicas, mas sim, ao terreno intuitivo e emocional.
Já a confiança, não é necessariamente apenas uma questão de fé.
Confiar pode ser algo que venha através da experiência, da observação concreta e crítica. Confiança é uma coisa que se conquista, pois observando um evento que se repete sempre de determinada maneira, confiamos por observações anteriores, que provavelmente essa é a forma natural de comportamento desse evento. Seja esse evento algo positivo ou negativo.
Já a fé, sempre estará ligada a algum tipo de esperança e crença positiva, como pura e simples aceitação.
Quem tem fé, confia. Mas quem confia não se baseia necessariamente na fé, pois a confiança se baseia principalmente na observação antes da aceitação.
E você? Confia em sua fé ou tem fé no que confia?

Vera Calvet




FRUSTRAÇÃO

Provavelmente uma das maiores dificuldades que todo ser humano tem é aprender através das expectativas, pois na verdade não há como vivermos sem projetarmos alguma expectativa em determinada direção, coisas ou pessoas, não é mesmo?
Porém, ao errarmos na direção da projeção dessa expectativa, nos frustramos, e a sucessão de expectativas frustradas termina por esgotar nossa energia e nos dá medo de sonhar e tornar a nos frustrar.
É dessa forma que os sonhos morrem e sem sonhos não há realidade! Na verdade são nossos sonhos que nos dão a energia e a vontade de viver e de realizar!
Muitos são os que, infelizmente, desistiram de seus sonhos e vivem uma vida sem realizações e cheias de frustrações.
Mas é com nossos erros que podemos aprender! Porém o aprendizado precisa ser dirigido para nossa forma de comportamento e pensamento, para nossa verdade interior. Talvez não baste que pensemos positivamente a respeito de uma futura realização. Não adianta pensar que vamos conseguir morar naquela casa maravilhosa que vimos, por exemplo, se de nosso caminho de crescimento e evolução aquela casa não fizer parte! Aquela casa pode ser um entrave ao nosso crescimento real e só há uma forma de sabermos isso: Autoconhecimento.
A falta de autoconhecimento pode nos empurrar para objetivos falsos sem que percebamos. Podemos estar projetando desejos impostos pela sociedade que vivemos, sem levarmos em conta nosso crescimento interior. Podemos estar desejando profissões que não são nossa real habilidade e expressão interiores e isso se tornar a fonte de nossas frustrações. Podemos estar pensando amar alguém que não nos ame e nos frustrarmos ao não termos um relacionamento feliz.
Sem que o caminho externo esteja realmente uno com nosso eu interno, não há como haver realizações felizes!
Existe uma verdade interior, um caminho de melhor expressão de nossa alma do qual não podemos nos separar, sob pena de sofrermos frustrações. E esse caminho, esse verdadeiro eu, nos empurra ao crescimento sempre! Mesmo que tenhamos que crescer através da dor. A dor é conseqüência da nossa falta de autoconhecimento, da nossa teimosia e vontade de controle.
Ao invés de ficar chorando e se sentindo como uma pobre vítima, procure seu eu interno, sua verdade interior, sua alma, que é quem tem as respostas que necessita. Todos nós temos uma base forte e indestrutível, que é baseada em nossas reais qualidades de alma!
Qual é sua base indestrutível? Do que gosta e o que sente de verdade? Qual sua principal missão nessa vida? Quem é você realmente? Quais os seus anseios? Existe algo que só você pode fazer nesse mundo e por isso nasceu, por isso está aqui e agora, nesse planeta Terra!
Busque e faça o que veio fazer, sem se importar com o que o externo, as pessoas achem a respeito! Ouse! Construa algo que tem em seu coração e verá o quanto o mundo precisava disso! Somente você é quem poderia fazer esse algo, pois somos seres únicos e a cada um de nós cabe uma parte dentro da grande obra de construção de um mundo melhor!
Todas essas respostas estão dentro de você!
Perceba que na verdade você já conhece essas respostas, mas apenas não ousou ainda dizê-las a si! Ouse! Você pode e merece isso! E o mundo também!
Após perceber a forma como anda desejando que as coisas estivessem em sua vida, e o quanto isso está fora de seu caminho evolutivo, coloque a seguinte pergunta agora: "Qual na verdade será meu melhor comportamento e pensamento a esse respeito?"
Prepare-se para ter que desistir ou largar alguns pensamentos e comportamentos que podem estar te prejudicando!
Faça a nova pergunta mentalmente apenas uma vez e aguarde a resposta que virá a sua mente, vinda de seu eu interior.
Caso não obtenha as respostas nas primeiras meditações, continue o trabalho de meditar até que venham, pois é normal que nas primeiras tentativas a mente racional atrapalhe um pouco o processo. Você precisa estar relaxado e totalmente receptivo antes de obter as respostas e às vezes a ansiedade atrapalha, principalmente no início.
Agora que sabe como se comportar e sentir mais positivamente a esse respeito, comece a trabalhar o novo comportamento e pensamento positivo em sua vida cotidiana! Lembre-se de que você construiu um comportamento negativo ao longo de vários anos, ao longo de sua vida e é normal que se pegue repetindo esse padrão negativo ainda algumas vezes. Assim que notar isso, não se sinta culpado! Simplesmente perceba e mude o pensamento e comportamento! Só você é quem pode fazer isso por si! O poder é seu! Use-o positivamente! Insista na mudança! Você merece!
Fique em paz e em harmonia com o que deseja em sua vida!
















MEDO


Medo, normalmente, é consequência de pensamentos de impotência diante do mundo. Atribuímos uma força e um poder imensos a uma situação e por isso nos sentimos pequenos e impotentes. Quanto mais pensamos dessa forma, mais perigoso se torna esse monstro imaginário aos nossos olhos! Ao nos sentirmos fracos e impotentes dessa forma, tudo pode nos causar medo pois achamos que qualquer coisa terá mais poder que nós!

Como o medo é um sentimento que pode ser bastante irracional, pode não adiantar nada tentar apenas raciocinar sobre a própria condição, pois por vezes a pessoa que se sente impotente, reconhece que seus medos são absurdos, sem fundamento lógico, porém isso não lhes serve de alívio quando diante do sentimento.

Então, o que funcionaria?

O que funciona não é apenas raciocinar, pensar a respeito dos medos e do poder que estamos atribuindo à situação e sim, fazer exatamente o contrário: Sentir, perceber e raciocinar a respeito do nosso poder!

É o poder pessoal que deve ser o foco de sua atenção, e não o medo!

Se pensar a respeito do medo, ele estará lá em sua mente! Mesmo que diga: "Isso não tem o poder que estou dando!"- você estará tentando diminuir mentalmente o poder que atribuiu à situação e pode ser em vão, caso continue sem ver o SEU poder!



Quando digo poder pessoal, digo que você só poderá encontrá-lo dentro de si, quando começar a retirar sua atenção e pensamentos do externo, do mundo, do "monstro", e passar a colocar sua atenção em si, no seu poder de escolha, em seu eu interno que é quem tem a luz e o poder de clarear sua visão, mostrando a você que nada, nada pode fazer qualquer mal real, a menos que você mesmo permita que isso aconteça.

Você é quem permite que esse "monstro" tenha essa forma, pois se vê como uma pequena formiguinha. Você é quem cria o mostro e a formiguinha! Ambos são projeções e fantasias de sua mente!

Pare de escolher ser uma formiguinha!

Escolha ser um ser divino e poderoso em amor e proteção!

O caminho até sua força e real condição de poder precisa ser dirigido ao eu interior!

Sei que essas palavras nesse momento, podem te parecer quase incompreensíveis, pois você ainda não conhece propriamente onde começa esse caminho ao eu interior, pois ainda teme o externo, o mundo, o monstro.

Por isso, antes de mais nada, procure agora, nesse momento, DECIDIR que quer e vai encontrar essa força que está em seu eu interior!

Repita isso diversas vezes ao dia, pois os pensamentos negativos precisam ser combatidos, para que você possa ter espaço para contatar seu eu interno.

Repita sempre: ESTOU EM CONTATO COM MINHA FORÇA INTERIOR! Repita isso quando algum pensamento negativo de medo e impotência entrar em sua mente, e mesmo que no início, você duvide que possa achar essa força, insista e diga: "Essa força está em meu coração e se nesse momento não a enxergo, ela me guiará e me protegerá de qualquer forma e quando ela atuar, eu a reconhecerei imediatamente!"

Lembre-se de que o problema não está no tamanho do monstro que você criou, mas no tamanho da formiguinha que você pensa ser!

Não olhe para o monstro, transforme a formiguinha!

Faça isso por si! Você merece e vai conseguir mudar e ficar em paz!

Fique em paz e em harmonia, na força e proteção de seu verdadeiro eu!


Vera Calvet











IMPULSOS EVOLUTIVOS





Falamos e ouvimos falar constantemente em evolução da consciência. E sabemos que evoluir nesse sentido, significa aprendizado.

Podemos conscientemente buscar essa evolução e aprendizado, mas percebemos também, que mesmo as pessoas que não buscam esse aprendizado e evolução conscientemente, também acabam atraindo experiências em suas vidas nesse sentido. Parece então, que inevitavelmente, todos nós somos empurrados a evolução, de uma forma ou de outra.

Qual seria então esse mecanismo, essa lei evolutiva, em se tratando de consciência e aprendizado?

Existe em nós um impulso evolutivo, um impulso de crescimento, de aprendizado e de novas experiências, que nos faz buscar e provocar eventos e situações de evolução em nossas vidas, mesmo que não estejamos totalmente cientes disso.

Podemos facilmente identificar esses impulsos evolutivos em nós, quando desejamos um emprego melhor, por exemplo, ou qualquer coisa que nos faça trabalhar mais arduamente em prol de nosso crescimento pessoal. Uma nova força e energias renovadas aparecem e nos motivam a tomar atitudes empolgadas e com prazer.

Porém, podemos ter dificuldades em ver evolução, quando o assunto em que nos envolvemos, causa alguma espécie de sofrimento ou frustração. Como por exemplo, não conseguir o emprego pelo qual lutamos tão empolgados. Isso não nos parece ser algo evolutivo. Essa visão, contudo, pode ser um engano! A evolução e o aprendizado estão contidos também em eventos frustrantes!

Sofrer com uma experiência pode ser apenas uma questão de entendimento, de postura, de posicionamento correto diante dela!

Uma experiência evolutiva só causa dor, quando fazemos escolhas erradas, ao nos posicionar negativamente diante da experiência!

A postura assumida diante de uma situação, seja ela uma postura consciente e hábil ou uma postura inconsciente e inábil, terá sempre consequências, mas você é quem escolhe se serão dores ou alegrias.

Não conclua, porém, que se acaso conseguíssemos sempre nos precaver, poderíamos não sofrer! Esse pensamento pode ser típico do comportamento controlador!

O pensamento controlador tem a nítida impressão, de que PODE prever e CONTROLAR os eventos o tempo todo. Mas isso sempre é causa de frustrações para ele, pois não podemos prever eventos dessa forma, ainda mais quando existe o arbítrio de outras pessoas envolvidas.

Por exemplo:

Você pede um favor a alguém e a pessoa nega.

Você tem duas opções:

Uma das opções é assumir um mau posicionamento diante da experiência e se sentir traído, vitimado pela negativa do outro. Isso traz a dor como consequência.

Outra opção seria a de se posicionar positivamente diante da experiência, entendendo e aceitando realmente os direitos e motivos que o outro possa ter alegado ao negar. E, se realmente precisar do tal favor, poderá pedir a outra pessoa que possa atendê-lo. Isso traz o aprendizado sem dor como consequência.

A escolha de como se posicionar diante de uma experiência não é apenas uma questão do que uma pessoa controladora diga ser – prudência, cuidado, desconfiança, precaução. É uma questão, principalmente, do que chamamos de sabedoria.

A sabedoria de entender e aceitar que não podemos controlar todos os impulsos evolutivos e principalmente as pessoas envolvidas, pois devemos aprender com isso. A sabedoria de olhar para si e transformar a frustração em aprendizado. Isso será o aprendizado sem dor. Mesmo nos sentindo frustrados em nossas expectativas a respeito do resultado que esperávamos, podemos transformar a frustração em realização. Depende de nossa escolha, de nossa postura diante do fato.

A lei de ação e reação se aplica a tudo em nossa vida.

Se jogarmos uma pedra para o alto, ela cairá! Porém, como vamos lidar com isso será nossa escolha e nossa total responsabilidade! Podemos por exemplo, nos posicionar corretamente, fora da trajetória de queda da pedra, ou nos colocarmos exatamente na trajetória da queda e tomarmos uma bela pedrada na cabeça! A queda da pedra é inevitável e você não poderá controlar isso, claro, mas seu posicionamento diante do fato inevitável é o que fará toda a diferença!

Sempre teremos escolhas a serem feitas! E as fazemos o tempo todo, sejam escolhas conscientes ou inconscientes!

O aprendizado às vezes dói, mas não precisa ser assim, pois o que nos causa dor não é o aprendizado em si, mas a escolha da forma como vamos passar pela experiência.

Portanto, procure não fixar sua atenção no inevitável, mas sim, na sua escolha de como irá se posicionar diante disso!

Evite pedradas!

Sua cabeça agradece!



Vera Calvet











AUTO AJUDA CONTRA A BAIXA ESTIMA



Quantas vezes você viu uma foto de uma modelo de uma beleza perfeita em uma revista e se sentiu horrível?

Quantas vezes você assistiu a filmes românticos de amores incríveis e finais felizes e não se frustrou ao comparar seus relacionamentos?

Quantas vezes você ouviu uma gargalhada de alguém e pensou que sua vida não lhe dá motivos para sorrir?

Quantas vezes viu pessoas abastadas financeiramente e se sentiu pobre?

Quantas vezes você viu a paz no rosto de alguém e se sentiu atormentado?

Quantas vezes você se comparou ou guiou sua vida por algum modelo externo? Sempre?

Pois assim, é inevitável que se sinta muito mal, muito errado e inadequado! Você está se comparando com ilusões! Você acreditou em modelos falsos!

Nesse momento você deve estar pensando: Falsos? Aquela modelo da capa da revista é realmente bela! Aquele homem é realmente rico! Existem pessoas que realmente têm ótimos relacionamentos! O que é falso nisso?

Falso é ver apenas um aspecto de cada uma dessas coisas e comparar-se por tão pobre parâmetro!

Aquela modelo é bela, mas paga um preço enorme por isso, e talvez você não esteja disposta a pagar o mesmo preço que ela! Ela pode estar vivendo 24 horas de seu dia fazendo dietas, ginásticas, cirurgias. Sua foto é retocada para que saia perfeita e ela pode não ter uma vida pessoal satisfatória, pois está comprometida com sua aparência mais tempo do que possa suportar. Ela também pode ter muito, muito medo de que comecem a aparecer as primeiras rugas!

E aquele homem abastado financeiramente? Você sabe, por acaso, o preço que ele pagou por isso? Talvez ele tenha pago o preço da infelicidade nos relacionamentos ou o preço de sua própria saúde! Talvez ele tenha herdado sua fortuna e se sinta muito inútil e incapaz de construir algo sozinho! Talvez ele não consiga mais dar valor a nenhum prazer simples e seja muito frustrado!

Seus modelos de vida não são somente fotos! São pessoas comuns que vivem suas vidas difíceis e seus próprios desafios dentro de si mesmas! Eles vivem suas próprias crises! Como você! E elas pagam os preços por seus sonhos! Alguns pagam esse preço com prazer, outros nem tanto!

Enquanto você tentar se enxergar através do que você NÃO é, através do que você NÃO tem, você não se verá! Você só verá dessa forma uma coisa muito errada, muito diferente do que supostamente "as pessoas" queriam que você fosse!

Mas você não está sozinho nesse horrível sentimento de inadequação! Todos os que estão se comparando e guiando suas vidas pelo que diz o externo, o mundo, os parentes, as pessoas estão se sentindo assim também! Até mesmo aquela linda modelo!

Criticismo é a doença da baixa estima!

Seu próprio dedo indicador apontado em direção a seu rosto é seu algoz!

Mas essa mania de criticar negativamente a si mesmo foi adquirida ao longo de sua vida, através das críticas alheias a respeito do quanto você "deveria", "tinha que", "devia". Acostumamos-nos a estar sempre em dívida, em erro perante algum modelo imposto. Modelos criados pela imaginação humana! Modelos que poderiam até nos servir de incentivo a seguirmos, caso realmente estivéssemos dispostos a pagar o preço por isso! Mas ao aceitarmos um modelo externo, precisamos primeiro enxergar nosso modelo interno! Precisamos saber separar o que de fato QUEREMOS de verdade e o QUANTO estamos realmente dispostos a pagar pelo esforço!

Digamos que você viu um helicóptero de hélices douradas na TV e começou a ficar muito infeliz por pensar que jamais poderia ter um!

Todos os dias você acorda para trabalhar e dirige seu carrinho (que você ficou muito feliz ao comprar na época, mas que agora ficou feio, velho e obsoleto diante do belo helicóptero de hélices douradas) e se sente infeliz. Você começa a odiar aquelas ruas lotadas de carros, ao pensar que poderia estar voando livremente até seu trabalho, e muito triste pensa: "Imagine se EU, esse fracassado poderia pensar em ter um helicóptero! Isso não é para pessoas como eu! Não é para meu bico! Isso é para uns poucos sortudos que existem, e eu sou muito azarado para isso! Não ganho nem no bingo!" E o mais engraçado, é que você sequer joga no bingo, mas mesmo assim, pensa dessa forma!

Esse é mais ou menos o processo de destruição do poder pessoal e da baixa estima que nos impomos. Começamos a nos diminuir dia após dia, até acreditarmos que isso seja realmente verdade!

Mas vamos raciocinar se realmente você quer um helicóptero, e se está disposto a pagar o preço por isso? Pois se realmente você não puder viver sem um helicóptero, você poderá tê-lo! Isso provavelmente consumirá toda sua vida de trabalho árduo, jornadas duplas ou triplas, talvez seja tentado a alguma desonestidade e seja preso, perca sua família, ou viva com sentimentos de culpa. Talvez tenha que vender sua casa, seu carrinho, etc., mas você pode ter um helicóptero! É claro que talvez depois tenha muitos problemas para pagar o combustível de seu helicóptero, o hangar para guardá-lo, etc.

Essa estória a respeito do helicóptero parece absurda? Mas é isso o que fazemos conosco quando projetamos falsos ideais!

Você já ouviu histórias de pessoas que passaram a vida inteira correndo atrás de um ideal e que conseguiram! Você sabe o quanto é possível quando se tem determinação! Sempre se pode ter um helicóptero, desde que se queira de verdade e que se esteja disposto a pagar o preço por isso!

Você quer um helicóptero, mas não está disposto a pagar o preço? Então, talvez o helicóptero não seja assim tão importante na verdade para você! Então, porque é que está sofrendo por não tê-lo?

Está percebendo o tipo de armadilha que criamos?

Precisamos perceber o que realmente é importante em nossa vida, senão, corremos o risco de nos sentirmos muito diminuídos por não termos algo como um helicóptero de hélices douradas!

Qual é a representação do helicóptero em sua vida? Sua aparência, sua profissão, sua casa, seu modo tímido, qual é sua ilusão? O que você pensa que DEVERIA ser ou ter e não é ou não possui?

Que tal então, mudarmos a pergunta e meditarmos a respeito do que você TEM e É?

Se você não se amar e se reconhecer, não há como pretender ser amado e reconhecido!

Se você não valorizar sua vida, sua existência, não há quem possa valorizá-lo!

Se você se vê tão negativamente, como pensa que as pessoas consigam enxergá-lo?

Se você mesmo não consegue se ver ou saber o que deseja, como então pretende que alguém saiba ou que adivinhe o que você quer?

Não diga mais que alguém não gosta de você! É você quem não se gosta e o outro só repete o mesmo sentimento!

Não diga mais que sua vida é feia, pois é você quem não vê a beleza da vida! E ela está aí, na sua frente! Veja! Ela é muito simples e talvez você ande complicando o simples!

Durante o espaço musical procure tirar sua mente dos pensamentos que tem a respeito de suas falhas e erros, e deixe que venha a percepção de sua alma, de seu amor, de seus sentimentos mais sublimes!

Deixe vir aos olhos de sua mente uma bela paisagem! Sinta-se nesse lugar paradisíaco! Respire esse ar amoroso e tranquilo!

Envolva-se no sentimento de amor, pois esse é o sentimento que nos liberta da crítica negativa. Deixe que seu coração se complete, se encha do mais puro amor. Projete esse amor a seu corpo, a sua mente, a sua vida. Deixe que o amor tome conta de cada célula de seu corpo, de toda sua alma! Sinta-se assim, amoroso e pleno! Ame-se! Você é um ser muito, muito especial, porque é único! Não há no universo inteiro, outro ser igual!

Abençoe sua vida, sua saúde e seus relacionamentos! Agradeça tudo o que possui e pense melhor antes de falar mal de si mesmo, ok?!

Fique em paz, no amor e na divina perfeição que somos todos nós, almas divinas!

Vera Calvet











ENERGIA DO PENSAMENTO



Muitas pessoas ainda acham que não existe essa coisa chamada de energia do pensamento, que pode influenciar nossa vida tanto assim.

Isso parece uma coisa muito mística para alguns, uma questão de fé e não de razão objetiva.

Pois vamos então raciocinar juntos a respeito do que seja energia.

Apesar de ser usada em vários contextos diferentes, o uso científico da palavra energia tem um significado bem definido e preciso: potencial inato para executar trabalho ou realizar uma ação.

Qualquer coisa que esteja trabalhando, movendo outro objeto ou aquecendo-o, por exemplo, está gastando (transferindo) energia.

Por exemplo, a energia potencial que é a energia armazenada. As águas de um rio têm energia potencial; uma pedra no alto de uma montanha também.

Quando a pedra rola, ou quando as águas do rio caem em cascata, sua energia potencial se transforma em energia cinética capaz de exercer força e movimentar outros corpos. A queima de um recurso natural - como a lenha, carvão ou petróleo - gera energia térmica, também chamada de calor.

Há também a energia radiante ou energia de radiações eletromagnéticas, como a luz e o calor do sol, as ondas de rádio e televisão, os raios X e as micro ondas.

Energia química é a energia liberada ou formada em uma reação química, como acontece nas pilhas e baterias.

Como foi visto então, duas das características mais importantes da energia são realmente a sua capacidade de transformação de uma forma para outra, e a constatação de que essas transformações podem ser controladas.

Por exemplo: quando ligamos o motor de um carro, a energia química da bateria se transforma em energia elétrica, que produzirá trabalho fazendo girar o motor. Em seguida, a energia potencial da gasolina se transformará em energia cinética e moverá os pistões que fazem as rodas girarem.

No corpo humano, a energia para seu funcionamento e movimento é obtida basicamente através da respiração (oxigênio) e da alimentação (comida e água). Esses são os combustíveis que farão a oxigenação do cérebro para que ocorram as sinapses (comunicação entre os neurônios) e que movimentarão os músculos para que o corpo possa se mover. Também é um tipo de energia que pode sofrer transformações controladas, no caso, pelos órgãos, músculos, etc.

Tudo em nosso mundo é energia!

E é a energia que não só movimenta, mas que dá origem a própria formação da matéria, como os elétrons, por exemplo.

Nosso corpo é energia, nosso mundo é energia, e até mesmo nosso pensamento é energia! Nosso pensamento produz impulsos elétricos em nosso cérebro através das sipapses (comunicação entre os neurônios). Energia elétrica essa, que pode ser medida no Eletroencefalograma, por exemplo;

Nos movemos na vida através e dentro da energia!

Se pudermos perceber o mundo e seus eventos como sendo eventos energéticos, talvez pudéssemos entender esses eventos de forma diferente.

Sabemos que uma das características mais importantes da energia é a sua capacidade de transformação de uma forma para outra, ou seja, uma energia inicial, pode movimentar algo que produzirá outra forma diferente de energia no processo.

Se compararmos então, essa capacidade energética de impulso e transformação ao que acontece quando pensamos, teremos um processo de causa e efeito que pode nos explicar o motivo pelo qual muitas vezes, nossos pensamentos e atitudes, colhem resultados bons ou maus.

Quando você pensa algo (energia cerebral) dará impulso a ação de falar ou agir conforme aquele pensamento. Sua energia do pensamento será transformada então, em movimento externo (palavras ou ações). Isso, vai interferir por exemplo, no mundo a sua volta, e também nas outras pessoas que ao receberem (escutar ou ver) essa energia (suas palavras e atitudes), transformarão em si mesmas esse impulso, numa resposta a você. E nem sempre a resposta que darão será agradável, e isso dependerá muito, da espécie de energia (pensamento) que você tenha usado para iniciar todo esse processo!

Mas lembre-se também, de que a energia do pensamento pode se transformar em energia de ação, mas pode também ser controlada. A energia do pensamento nesse caso, segue as mesmas leis da palavra energia usada cientificamente.

Por esse motivo, basicamente, é que repetimos e repetimos a nossos alunos:

Cuidado com a energia que emite ao externo através de seus impulsos mentais, ou seja, seus pensamentos!

Cuide de seus pensamentos, pois são eles os precursores de seus sentimentos, palavras e ações!

Não existe a tirania que alguns possam justificar como sendo: Ações impulsivas ou palavras impulsivas e sem controle.

Se houve o impulso energético, ele pode ser controlado e algumas vezes ele PRECISA ser controlado!

Coloque o amor na frente de tudo o que pensar e disser, pois a energia do amor, como é a forma de impulso mais positiva que há, pode transformar suas palavras em ações mais sábias, e sempre colherá efeitos positivos, pois a causa foi a mais positiva possível!

Coloque sempre o amor na frente!

Se tiver o impulso de dizer algo, observe se falará através do amor!

Caso contrário, prefira calar-se e transforme isso em amor imediatamente! Sem uma energia positiva como impulso, poderá colher e receber de volta uma energia bem negativa como resposta!

Vera Calvet











O QUE NOS SUSTENTA







Existiu um dia em lugar e tempo distantes, uma próspera nação que se orgulhava de suas conquistas e feitos.

Seu monarca, heróico e bravo, como assim o intitulavam seus comandados, já caminhava para uma idade avançada, e em poucos anos não poderia mais guiar seus exércitos. Isso muito o preocupava, pois naquele tempo, o governante que não estivesse à frente de seus exércitos nos campos de batalha, não tinha o respeito de seu povo, e seus soldados debandavam, pois tinham na figura de seu governante a real motivação para as batalhas e conquistas e sem esse carisma e respeito, seria fácil um governante perder o poder e o trono.

A grande preocupação do monarca era ainda maior quando olhava seu filho e herdeiro. Único sobrevivente de sua prole e esposa, que haviam sucumbido a uma grande praga que quase devastou todo seu povo e também a família real, sofrida há poucos anos. A família real se resumia agora ao monarca, uma irmã mais nova e totalmente dependente de seus cuidados e àquele único filho.

Rapazote orgulhoso e voluntarioso, o jovem príncipe estava sempre envolvido em discussões e gritarias, quando se sentia contrariado em suas vontades. Esse até poderia ser o perfil de um bom comandante e guerreiro para liderar exércitos naquelas paragens, não fosse o fato de ser extremamente inábil com a espada e na luta corpo a corpo. Seu filho era um brigão que na verdade, não sabia lutar.

O monarca já havia tentado transformá-lo em um sucessor digno de todas as formas. Chamou vários guerreiros para ensiná-lo e degolou outros tantos por falharem.

O rei sabia que se em um curto espaço de tempo o rapaz não melhorasse, acabariam perdendo tudo o que haviam conquistado, pois rumores já corriam a respeito da impossibilidade do monarca ser substituído por um filho tão sem predicados e carisma.

Os soldados já davam mostras de não se sentirem mais tão motivados a lutar por um reinado que não poderia ser sustentado em futuro próximo, quando o jovem assumisse o trono.

Notícias a respeito da intenção de invasão de suas terras em um golpe arquitetado pelo monarca vizinho, se faziam ouvir pelos cantos e a tensão aumentava dia a dia.

Na tentativa de proteger o que restou de sua família e ao menos uma parte de seu patrimônio e de seu povo, o monarca arranjou o casamento de sua dependente irmã, com um importante nobre aliado, dando como dote grande parte de seu reino, na esperança de que ela tivesse uma prole forte o bastante para retomar mais tarde seu próprio reino, caso ele viesse a sucumbir num futuro que parecia cada vez mais próximo e certo.

Porém, um ano após o casamento, a noticia do nascimento de uma menina acabou com suas esperanças imediatas.

O rapaz tentou procurar ajuda para aprender a arte da espada com um velho mestre samurai que vivia recluso, mas fora rechaçado pelo mestre por ser o príncipe um jovem arrogante, orgulhoso e fútil.

As relações entre o rei e seu rebento passaram de tensas à indiferente.

O rei frustrado e desanimado em continuar sua luta, abateu-se. O príncipe revoltado com o tratamento severo e agressivo e depois indiferente do pai, sentia-se por sua vez, também bastante frustrado e procurou esquecer de tudo, entregando-se a seu cotidiano de diversões e sensação de poder e segurança que sua posição lhe dava. Imaginava que seu pai haveria de solucionar tudo de alguma forma, como sempre fizera.

Mas, como tudo segue sempre uma ordem de causas e efeitos, em poucos anos o já previsto golpe, enfim encontrou ocasião propicia, e aconteceu. O monarca do reino vizinho arrebatou-lhes os exércitos facilmente, diante do enfraquecimento do velho rei e quase sem resistência possível, perderam o reino no que pareceu ao jovem príncipe, uma noite de surpresas e horrores sem fim.

Seu pai foi morto na luta, mas ele conseguiu escapar com a ajuda do capitão da guarda, que lhe deu cobertura na fuga. Assim que se viu fora do castelo, correu desesperadamente sem rumo, sempre em frente enquanto suas pernas agüentaram e ainda pudesse ouvir os horripilantes sons dos brados, fogo e espadas batendo-se.

Exausto, faminto e com medo, pois sabia que em breve estariam a sua procura para que fosse também eliminado, o jovem deixou-se cair ao solo junto a um riacho.

Sentindo-se só e triste, chorou copiosamente, até que ouviu uma voz que lhe soou familiar:

- Enxugue já esse rosto e levante-se guerreiro!

- És tu, velho Samurai? Reconheço-te a voz! - disse o rapaz sentando-se e recompondo-se - Estás a caçoar de mim, chamando-me de guerreiro? Bem sabes que perdi tudo. Meu pai, meu reino, até mesmo meu orgulho. Não tenho mais nada, nada!

O idoso colocou-se diante do jovem e enquanto olhava firmemente em seus olhos falou:

- Pois agora é que estás pronto para entrar no caminho do verdadeiro guerreiro, pois estás despojado de todo o lastro!

- Perdi a vontade das guerras sábio Samurai! - disse o rapaz desolado - Meu reino está destruído e meu pai já não existe mais! Por quem hei de ser um guerreiro?

- Por ti! Por quem mais?- retrucou o Samurai em tom vibrante - O caminho do verdadeiro guerreiro, tem início através das batalhas internas! E essas, te digo meu rapaz, são piores e muito mais violentas que as batalhas externas. Tu mesmo bem sabes, podes ser teu pior e mais traiçoeiro inimigo!

Aquelas poucas palavras, vibraram novas esperanças no peito do alquebrado jovem, que apesar de não conseguir alcançar ainda toda a dimensão do que disse o velho, já percebia claramente em si, alguns de seus próprios inimigos interiores, e também a vontade de vencê-los. Isso o fez encher-se de novas forças. Olhando pela primeira vez nos olhos do velho, percebeu toda a força, conhecimento e ternura que havia naquele olhar e tomando uma das mãos do Samurai entre as suas e inclinando-se em respeitosa reverência perguntou:

- Nobre Samurai! Ficarás comigo e me guiarás? Estou só nesse mundo!

- Não nesse momento! - respondeu o velho enquanto erguia o rapaz - E essa, será sua primeira lição no caminho! O guerreiro precisa estar só, para descobrir o que o sustenta verdadeiramente, quando tudo a sua volta não é mais capaz de sustentá-lo. Só assim, descobrirá sua base indestrutível!

Mas, para que tenhas um ponto de partida em sua busca, ensinarei agora uma técnica: A primeira respiração Ráshuah - a busca da base! Quero que a desenvolva exaustivamente até que ela faça parte de ti.

E o mestre ensinou ao rapaz, a primeira respiração. A respiração do elemento terra, para que o jovem descobrisse e desenvolvesse suas bases.

Descubra e desenvolva a base. - disse o mestre - Isto é Ráshuah! Só então vá a minha procura! Não antes!

Feito isto, o velho Samurai subiu para sua reclusão no alto do morro, deixando o jovem entregue a sua busca e ao treinamento.

Quais são suas bases? O que o sustenta em sua vida? Quais os valores reais que podem sustentar sua existência e realizações?



Pense nisso.







Vera Calvet