DISCOGRAFIA PROJETO
- Cds que usamos e recomendamos -
A Festa do Menino Maluquinho: O Disco – Músicas inspiradas nos personagens do filme, interpretadas por Milton Nascimento, Rita Lee, Herbert Vianna, Sandy e Junior e Paulo Ricardo, entre outros.
A música de Nelson Coelho de Castro – Músicas infantis
A Orquestra Tintim por Tintim – De Liane Hentschke, Susana Kruger, Luciana Del Ben e Elisa Cunha – Um livro-cd que busca aproximar as crianças da orquestra, apresentando seus instrumentos, as funções do maestro, mostrando a partitura em linguagem acessível para crianças a partir de 5 anos. As faixas do cd trazem um repertório variado, incluindo arranjos de música folclórica e popular, trechos de música erudita (clássica) e composições dos próprios instrumentistas.
Adriana Calcanhoto - Adriana Partimpim – cd e dvd – Resgata temas pouco conhecidos e soma o violão brasileiro de Adriana à guitarra do português António Cainho.
Álbum de Figurinhas - figuras da música para crianças no Brasil– canções de músicos de diferentes estados brasileiros.
Alegria, Alegria – As mais belas canções de nossa infância -100 músicas infantis em diversos ritmos.
Amigos do Peito – Prod. por André Bedurê, Cláudio Thebas e Carlos Ranoya - Poemas do livro Amigos do Peito, de Cláudio Thebas, interpretadas por Zeca Baleiro e Chico César, entre outros.
Antigamente & Tente Entender – Prod. Sandra Peres e Zé Tatit
Arca de Noé – Vinícius de Moraes - Músicas infantis de Vinícius de Moraes, interpretadas por Toquinho, Elis Regina, Alceu Valença, Chico Buarque e Moraes Moreira, entre outros.
Arca de Noé vol. 2 – Vinícius para Crianças - Músicas infantis de Vinícius de Moraes, interpretadas por Fagner, Toquinho, Elba Ramalho, Ney Matogrosso e Clara Nunes, entre outros.
Barbatuques – Corpo do Som – Um trabalho de percussão corporal e também um registro de uma linguagem artística e pedagógica em desenvolvimento.
Bia Bedran – Brinquedos Cantados - Músicas folclóricas que cantamos enquanto brincamos. Com faixa multimídia que ensina as brincadeiras.
Bia Canta e Conta - Revelando cada vez mais vocação e talento, Bia Bedran, cantora, compositora, atriz e escritora apresenta histórias criativas e deliciosas nesse livro-cd.
Bia Bedran DVD - Histórias de um João de Barro - Gravado ao vivo no teatro Villa-Lobos, no Rio de Janeiro, o show homenageia o compositor Carlos Alberto Ferreira Braga, o João de Barro da música brasileira. O espetáculo Histórias de um João de Barro faz uma releitura dos contos infanto-juvenis que fizeram sucesso na série Disquinhos, lançada, na década de 1960, por Braguinha.
Boi da Cara Preta – Poemas do livro Boi da Cara Preta, de Sérgio Caparelli, musicados e interpretados por Liane ... e Adriane Azevedo.
Brincando com Palavras - Músicas de Madan para poemas do José Paulo Paes. Buscando tratar a criança com respeito e inteligência, o cantor e compositor Madan coloca melodias nos inventivos poemas do paulistano José Paulo Paes (1926 - 1998). Entre as músicas estão: O Bife, Barriga Cheia e Gato da China, criativos e inteligentes jogos de palavras, que certamente vão cativar e despertar o interesse dos pequenos pela beleza da poesia brasileira. Os arranjos são do conceituado pianista Keco Brandão e o disco ainda conta com a participação vocal do cantor Thomas Roth na faixa Raridade, um verdadeiro manifesto contra a extinção de uma de nossas mais bela aves.
Caixinha de Música POP – Projeto de Thedy Correa, com produção e arranjo de Eduard Follmann. Músicas pop conhecidas em instrumental e ritmo de canção de ninar.
Canta e Dança – Brique-book - Cd-livro com 29 cantigas infantis interpretadas em diferentes ritmos.
Cantigas de Ninar Vento: 15 cantigas de ninar - Projeto de Gláucia Regina Raposo de Souza, produzido pelo Fumproarte/Prefeitura de Porto Alegre.
Cantos e Encantos – Músicas de domínio público interpretados pelo Coral Infanto-Juvenil do C.M.I.E.M.U.F.M.G.
Castelo Ratimbum – TV Cultura SP – Canções conhecidas do seriado Castelo Ratimbum.
Chico Buarque - Os Saltimbancos – Inspirado no musical infantil com mesmo título.
Chico César – Marias do Brasil: A nossa história transformada em fábula - Músicas infantis compostas por Chico César para a peça Marias do Brasil.
Chico César Para Menores – Amídalas – Músicas infantis compostas por Chico César para a peça Amídalas. O cd conta com a participação de Zélia Duncan, Vitor Ramil, André Abujamra, Marisa Orth, entre outros.
Chico e César e Barbatuques - Atração Fonográfica 2004.
Cirandas e Cirandinhas - Heitor Villa-Lobos e piano de Roberto Szidon. Coleção de cirandas para piano sobre temas populares brasileiros e rodas infantis.
Circo - Resgate musical do circo brasileiro. Palhaços como o inesquecível Arrelia, Picolino, Pururuca e Figurinha estão reunidos neste CD, homenageados pelos Parlapatões, Patifes & Paspalhões.
Cocoricó - TV Cultura SP – Músicas que embalam o seriado Cocoricó.
Comptines à Jouer – Dudu Sperb – Prod. por Alliance Française Porto Alegre - 16 músicas francesas infantis
Contos de Todos os Cantos – Nasceu da fusão dos trabalhos da cantora, instrumentista Renata Mattar e do contador de histórias Giba Pedroza. Participação de Gustavo Finkler. Neste cd apresentam músicas e histórias tradicionais, literatura e cultura infantil de diversos povos, fazendo um passeio lúdico por contos, trava-línguas, cantigas populares e canções, uma celebração da cultura infantil e tradicional de alguns países.
Coral da Projeto (2002) – Músicas renomadas como a Pulguinha Nhá Nhá, O Vira e Marinheiro Só, entre outras, cantadas pelo coral da Escola Projeto.
Criança é vida – Canções infantis divertidas e de fácil assimilação, que reforçam a mensagem do projeto social de educação em saúde da Schering-Plough em parceria com a Fundação Abrinq pelos Direitos das Crianças, o IMIP e a Escola Viva, na voz de Toquinho, André Abujamra, Jairzinho, Luiz Guilherme e Wandi Doratiotto, entre outros.
Cuidado que mancha – A Mulher Gigante - Com 12 faixas compostas especialmente para o público infantil, a dupla de compositores Gustavo Finkler e Jackson Zambelli optou por trabalhar bastante o humor nas letras, recriando algumas situações clássicas (princesa-príncipe-sapo, dragão-donzela, fantasma-pessoa por ele assombrada etc.) e brincando com os clichês estabelecidos. Cada faixa trabalha um ritmo diferente, com instrumentos igualmente distintos, procurando enriquecer o imaginário sonoro do ouvinte.
Cuidado Que Mancha - O Natal de Natanael - É o segundo livro-cd da "Série Cuidado Que Mancha". Com lindas canções, que se misturam à narrativa, é contada uma história muito divertida. Toda noite de Natal acontece um imprevisto e o pai de Natanael não consegue ficar na festa com a família. Mas este ano vai ser diferente - Natanael viverá a aventura mais emocionante de sua vida. As ilustrações super coloridas e cheias de detalhes dão ao texto um toque especial, brincando com os mistérios e as descobertas de Natanael. No CD, os atores interpretam os personagens, executam a sonoplastia e cantam as músicas que contagiam as crianças.
Estica...Dobra... – Cantigas e brincadeiras infantis, produzido pelo Grupo Curupaco e Clic! Centro Lúdico de Integração e Cultura.
Eu e meu Guarda-Chuva – Músicas de Branco Mello e Ciro Pessoa - 10 músicas infantis, interpretadas por Arnaldo Antunes, Marcelo D2, Frejat e Cássia Eller, entre outros.
Ex-machina – Um som que não soa – Banda formada por Yanto Laitano, Martinêz Nunes, Alexandre Birnfeld e Adolfo de Almeida Júnior, que produz idéias e ruídos musicais.
Flicts, de Ziraldo – Trilha sonora do Musical Infantil de Teatro de Bonecos – Porto Alegre. Com músicas de Arthur de Faria e letras Roberto Oliveira
Grupo Cantares – Grupo mineiro composto por Dora Vargas, Josi Delgado, Laura Delgado e Maristela Machado, que interpreta poemas conhecidos.
Grupo Rumo - Quero Passear - Cd de 1988, com canções para crianças. Com destaque para a primeira faixa, 'canção do carro', que é uma adaptação de 'car song', de Woodie Guthrie, e para a nona faixa 'noite no castelo' que ganhou um Prêmio Sharp de melhor música infantil.
Gutenberg e as Estrelas – Flávio Guerrico - Música composta para a abertura da 1ª Jornada Nacional de Literatura.
Hélio Ziskind – Banho é bom – Livro-cd com músicas infantis.
Hélio Ziskind – Cantigas de Roda - Coleção Pra Cantar Junto – Cd criado originalmente para a maternidade São Luiz, para ser enviado de presente para os bebês lá nascidos, quando completassem um ano de idade. Um CD que fosse bom para os pais com vontade de cantar nossas Cantigas de Roda para os filhos, e bom para as crianças, pela sonoridade trabalhada com instrumentos acústicos. O Cd começa com festa e acaba numa sequência de ninar.
Hélio Ziskind – Trem Maluco e Outras Cantigas de Roda – Com 22 faixas, encarte ricamente ilustrado e com letras, o CD é uma celebração das cantigas de roda, em que composições tradicionais dançam com as novas criadas por Hélio Ziskind.
José Paulo de Paes para filhos – Um projeto para toda a família, apresenta 14 poemas de José Paulo Paes, musicados por Paulo Bi.
Kitty Driemeyer - Conversa de bicho – Músicas infantis compostas por Kitty Driemeyer com o objetivo de aliar aspectos lúdicos à técnica musical apurada.
Latin Playground - Putumayo Lids - O kit inclui um cd de larga duração, canta as letras, mais de 50 atividades manuais, páginas reprodutíveis cortar, colar e cor e uma obra de arte para crianças.
Leandro Bomfim - Melodias de Papel - Projeto especial para o Sustentagem Kids – Músicas infantis
Lendas Brasileiras – Músicas sobre as lendas brasileiras interpretadas por Ana Carolina, Luiz Melodia, Milton Nascimento, Toquinho, Alceu Valença e Zé Ramalho, entre outros.
Lenga la Lenga – Jogos de mãos e copos – Viviane Beineke e Sérgio Paulo Ribeiro de Freitas – Livro-cd com muito mais do que um registro de brincadeiras e canções tradicionais: é um material didático estimulante que traz arranjos claros e criativos com uma pesquisa timbrística das mais interessantes.
Mawaca – Pra todo o canto - Prod. Magda Pucci – Um grupo que recria temas tradicionais de variadas etnias, combinando-os engenhosamente e buscando suas conexões com a música brasileira.
Músicas daqui Ritmos do Mundo – org. Zezinho Mutarelli e Gilles Eduar – Músicas folclóricas e de domínio público interpretadas por André Abujamra, Carlos Lyra e Luis Melodia, entre outros.
Músicas do Folclore Brasileiro – Livro-cd que contém 25 músicas folclóricas de diferentes partes do Brasil.
Músicas e Músicos que Amamos – Corais adulto e infantil da Escola Projeto com participação de Nei Lisboa, Chico Saratt, Hique Gomez, Nico Nicolaiewsky e Arthur de Faria.
Músicas Folclóricas Brasileiras 1 – Fundação Victor Civita - 26 músicas folclóricas tradicionais para professor ensinar os alunos cantar.
Ney Rosauro In Concert – Brazilian Music For Mallets – Música instrumental com a Orquestra Unisinos e Olinda Allessandrini no piano.
Nico Nicolaiewsky - As Sete Caras da Verdade - Uma ópera cômica em um ato. O cd inclui um livro em quadrinhos para acompanhar a história.
O Cavalinho Azul - Ópera infantil de Tim Rescala. Baseada na obra de Maria Clara Machado - História de um menino e seu cavalinho composta por 23 faixas em formato de ópera.
O Corvo e o Espantalho – A Fábula – 9 faixas com as músicas cantadas no espetáculo teatral de mesmo nome, que busca estimular a percepção musical e rítmica das crianças, através de canções lúdicas e uma linguagem cênica inspirada nos desenhos animados clássicos da literatura infantil, destacando a relação dos seres vivos com o ambiente em que vivem.
O Grande Circo Místico – Baseado no poema O Grande Circo Místico, de Jorge de Lima. Com músicas de Edu Lobo, composições de Chico Buarque, interpretadas por Milton Nascimento, Simone, Tim Maia, Zizi Possi e Gal Costa, entre outros.
O Rato - Paulo Tatit e Edith Derdyk - Livro-cd que conta a história de um rato que quer se casar de qualquer jeito e sai desesperado atrás de uma noiva. Ele pede a lua em casamento, mas com a recusa desta, vai atrás de uma nuvem, da brisa e de uma parede, até encontrar a pretendente ideal, uma ratinha dentuça. Essa história, inspirada em uma antiga lenda chinesa, é contada não apenas no livro, mas também em canções apresentadas por um time de maravilhosos intérpretes da música popular brasileira, como: Eugênio Tadeu e Miguel Queiroz (coro de ratos); Paulo Tatit (voz do rato, violão e baixo); Sandra Peres (voz da lua, piano e teclado); Suzana Salles (voz da nuvem e rata); Ná Ozzetti (voz da brisa e coro de ratas); Mônica Salmaso (voz da parede e coro de ratas); Adriano Busko (percussão).
O Teatro do Disco Solar – Hique Gomez – Reflete um universo musical bastante denso, sintetizando uma série de influências desde o jazz e a música popular brasileira, com respingos de música popular contemporânea sul americana. Conta ainda com a participação do Conjunto de Câmara de Porto Alegre, grupo especializado em música européia; destaque especial para as faixas multimídias: O Teatro do Disco Solar e Mundinho.
Opereta Pé de Pilão –Música de Cláudio Levitan, Nico Nicolaiewsky e Vitor Ramil, a partir de poema de Mário Quintana.
Ora Bolas – Paulo Tatit e Edith Derdyk - Livro-CD, que fala sobre um menino jogando futebol. A canção é feita na forma de perguntas em sequência que pulam como uma bola pela rua, pela cidade, pela floresta, até chegar no espaço sideral - de onde dá para ver o planeta Terra do tamanho de uma bola de futebol. A letra de Ora bolas lembra um tipo de poesia popular encontrado em culturas de vários lugares do mundo, e no Brasil é típica da tradição da embolada.
Palavra Cantada – 10 anos – Prod. Sandra Peres e Paulo Tatit – Canções selecionadas já clássicas da Palavra Cantada, mas que ganharam novos arranjos e a sonoridade requintada de um quinteto de cordas.
Palavra Cantada - Canções Curiosas - Produzido por Sandra Peres e Paulo Tatit - Dedicado a temas que rondam o imaginário das crianças e dos pré-adolescentes, encontram-se muitos sucessos da Palavra Cantada.
Palavra Cantada - Canções de Brincar - Produzido por Sandra Peres e Paulo Tatit - A ideia inicial foi criar canções especialmente para crianças de dois anos a seis anos, mas acabou por agradar a todas as idades, inclusive aos pais.
Palavra Cantada - Canções de Ninar - Produzido por Sandra Peres e Paulo Tatit - É considerado um clássico do repertório infantil. Essas canções renovam o repertório das cantigas de ninar, mantendo, entretanto, o velho encanto. Suas letras e melodias falam com muita graça e singeleza sobre a noite, o sonho e o momento da criança ir dormir.
Palavra Cantada - Canções do Brasil – Prod. Sandra Peres e Paulo Tatit – Livro-cd com músicas e ritmos representativos de cada estado do País.
Palavra Cantada - Carnaval – Prod. Sandra Peres e Paulo Tatit - Traz para o universo infantil a riqueza dos ritmos do carnaval brasileiro. Estão no repertório a marchinha, o samba, o caboclinho, o frevo, com letras e melodias divertidas e arranjos muito bem bolados.
Palavra Cantada - Mil Pássaros - Sete histórias que levam a assinatura da famosa escritora de livros infantis Ruth Rocha, narradas por ela mesma, acompanhada de canções, efeitos sonoros e a participação de outros narradores. O cd já recebeu três prêmios Sharp de Melhor Disco Infantill.
Palavra Cantada – Murucututu – Prod. Eugenio Tadeu e Miguel Queiroz. Músicas, cujos arranjos usam instrumentos inusitados, como latinhas, frascos plásticos e tubos de PVC; os músicos Tadeu e Miguel apresentam 22 canções infantis tradicionais do Brasil e de outros países.
Palavra Cantada - Pé com Pé – Prod. Sandra Peres e Paulo Tatit – Canções infantis atreladas a uma ampla pesquisa sobre ritmos regionais do nosso país. O álbum é composto por 2 cds: o primeiro é para aprender a cantar as músicas, o segundo são as mesmas músicas num outro arranjo e só instrumental para as crianças cantarem.
Palavra Cantada - Pindorama – Prod. Sandra Peres e Paulo Tatit - O livro-cd faz parte da coleção Siricutico, que a Editora Cosac & Naify lançou com as canções do Selo Palavra Cantada. Além da faixa com a canção que dá nome ao livro, a criança poderá cantar sobre a faixa do play back, como num karaoquê.
Palavra Cantada DVD – 10 anos – Prod. Sandra Peres e Paulo Tatit – Show com canções já clássicas da Palavra Cantada, mas que ganharam novos arranjos e a sonoridade requintada de um quinteto de cordas.
Pandalelê – Um conjunto de livro, CD áudio e CD ROM que ensina inúmeras brincadeiras populares e tradicionais do nosso país. Pela sua cuidadosa pesquisa pedagógica, torna-se indispensável para todos os que trabalham e convivem com crianças. Contém ao todo 24 cantigas de roda com suas respectivas brincadeiras.
Pandorga da Lua – Poemas de Jaime Vaz Brasil, músicas de Ricardo Freire e ilustrações de Paula Mastroberti – Livro-cd que apresenta poemas musicados a partir dos ritmos que praticados no Rio Grande do Sul – como o xote, a canção, a vaneira e o bugiu, interpretados por grandes nomes do cenário musical gaúcho e brasileiro.
Poemas de Sérgio Caparelli musicados por Marcelo Delacroix com os alunos do COM-VIVER – Educação infantil
Por um Punhado de Jujubas – Prod. de Ricardo Severo - Trilha sonora original da comédia musical infantil Por Um Punhado de Jujubas, de Adriane Mottola, Cacá Corrêa e Luiz Henrique Palese.
Quem canta seus males espanta – Com Marco Pereira e as crianças do Bola de Neve. Proj. pedagógico Theodora Maria de Almeida.
Sabrina, 40 Fantasmas e Mais uns Amigos de Outra História – Livro/CD de Raquel Grabauska e Gustavo Finkler - É uma história de terror para crianças. Toda noite ao deitar, Sabrina ouve estranhos ruídos e tenta convencer a mãe de que o seu quarto é mal-assombrado.
Samba pras Crianças - Prod. Olivia Byington – Canções de domínio público em ritmo de samba, interpretadas por Dudu Nobre, Dona Yvone Lara, Ney Matogrosso e Mat’nália, entre outros.
Saulo Sabino - Bicho Brasileiro – Músicas compostas por Saulo Sabino sobre a fauna brasileira em vários ritmos diferentes.
Sing Along with Putumayo – Putumayo Kids - 12 clássicos americanos de blues e folk que divertem a crianças e suas famílias.
Sítio do Pica-Pau Amarelo – Baseado na Obra de Monteiro Lobato - 24 músicas da 1ª versão do programa de TV com o mesmo título.
Tangos e Tragédias - Hique Gomez e Nico Nicolaiewsky - Os recursos cênicos são garantidos pela ficção construída em torno dos dois personagens: Maestro Plestakaya (Nico Nicolaiewsky, acordeom) e o violinista Kraunus Sang (Hique Gómez). Artistas vindos de um país imaginário chamado Sbórnia, eles executam músicas do 'folclore sborniano' além de canções brasileiras de diversas épocas. Tudo passando pelo filtro da comicidade, da teatralidade.
Teca oficina de música - Canto do povo de um lugar – Com músicas folclóricas, jogos de improvisação e composições coletivas do grupo da oficina de música.
Teca oficina de música - Cantos de Vários Cantos – Projeto que integra músicas brasileiras com as de outras culturas.
Teca Oficina de Música – Nós que Fizemos – Composições de alunos entre 3 a 18 anos, interpretadas pelo coral da oficina.
Telma Chan - Divertimentos de Corpo e Voz - Exercícios Musicais para Criança - Livro-cd com 42 divertimentos criado para aquecer o corpo e a voz das crianças em ensaios de coral infantil e aulas de musicalização, ou simplesmente para brincar com os elementos da música nas mais diversas disciplinas. O material traz CD com playbacks e exercícios cantados.
Tô de Olho em Você – Projeto realizado pela Escola Trilhas/Curitiba, com canções compostas e interpretadas pelos alunos da escola.
Toquinho no Mundo da Criança – 12 músicas infantis com a participação de Chico Buarque, Simone, Sandy e Junior, Boca Livre e MPB4 e mais faixa interativa com vários jogos e atividades.
Villa-Lobos para crianças. Instrumental Infantil no Teatro Municipal do Rio de Janeiro com 28 faixas.
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sábado, 10 de julho de 2010
CIFRAS ARCA DE NOÉ
A arca de Noé
(Toquinho - Vinicius de Moraes)
Interpretação: Chico Buarque / Milton Nascimento
Sete em cores, de repente
O arco-íris se desata
Na água límpida e contente
Do ribeirinho da mata.
O sol, ao véu transparente
Da chuva de ouro e de prata
Resplandece resplendente
No céu, no chão, na cascata.
E abre-se a porta da Arca
De par em par: surgem francas
A alegria e as barbas brancas
Do prudente patriarca
Noé, o inventor da uva
E que, por justo e temente
Jeová, clementemente
Salvou da praga da chuva.
Tão verde se alteia a serra
Pelas planuras vizinhas
Que diz Noé:
“Boa terra para plantar minhas vinhas!”
E sai levando a família
A ver; enquanto, em bonança
Colorida maravilha
Brilha o arco da aliança.
Ora vai, na porta aberta
De repente, vacilante
Surge lenta, longa e incerta
Uma tromba de elefante.
E logo após, no buraco
De uma janela, aparece
Uma cara de macaco
Que espia e desaparece.
Enquanto, entre as altas vigas
Das janelinhas do sótão
Duas girafas amigas
De fora a cabeça botam.
Grita uma arara, e se escuta
De dentro um miado e um zurro
Late um cachorro em disputa
Com um gato, escouceia um burro.
A Arca desconjuntada
Parece que vai ruir
Aos pulos da bicharada
Toda querendo sair.
Vai! Não vai! Quem vai primeiro?
As aves, por mais espertas
Saem voando ligeiro
Pelas janelas abertas.
Enquanto, em grande atropelo
Junto à porta de saída
Lutam os bichos de pelo
Pela terra prometida.
“Os bosques são todos meus!”
Ruge soberbo o leão
“Também sou filho de Deus!”
Um protesta; e o tigre — “Não!”
Afinal, e não sem custo
Em longa fila, aos casais
Uns com raiva, outros com susto
Vão saindo os animais.
Os maiores vêm à frente
Trazendo a cabeça erguida
E os fracos, humildemente
Vêm atrás, como na vida.
Conduzidos por Noé
Ei-los em terra benquista
Que passam, passam até
Onde a vista não avista
Na serra o arco-íris se esvai . . .
E . . . desde que houve essa história
Quando o véu da noite cai
Na terra, e os astros em glória
Enchem o céu de seus caprichos
É doce ouvir na calada
A fala mansa dos bichos
Na terra repovoada.
O pato
(Toquinho - Vinicius de Moraes - Paulo Soledade)
Interpretação: MPB-4
Lá vem o Pato
Pata aqui, pata acolá
La vem o Pato
Para ver o que é que há.
O Pato pateta
Pintou o caneco
Surrou a galinha
Bateu no marreco
Pulou do poleiro
No pé do cavalo
Levou um coice
Criou um galo
Comeu um pedaço
De jenipapo
Ficou engasgado
Com dor no papo
Caiu no poço
Quebrou a tigela
Tantas fez o moço
Que foi pra panela.
A corujinha
(Toquinho - Vinicius de Moraes)
Interpretação: Elis Regina
Corujinha, corujinha,
Que peninha de você.
Fica toda encolhidinha
Sempre olhando não sei quê.
O seu canto de repente
Faz a gente estremecer.
Corujinha, pobrezinha,
Todo mundo que te vê
Diz assim, ah, coitadinha,
Que feinha que é você.
Quando a noite vem chegando
Chega o teu amanhecer.
E se o sol vem despontando
Vais voando te esconder.
Hoje em dia andas vaidosa,
Orgulhosa como o quê.
Toda noite tua carinha
Aparece na TV.
Corujinha, corujinha,
Que feinha que é você.
A foca
(Toquinho - Vinicius de Moraes)
Interpretação: Alceu Valença
A Foca
Vinicius de Moraes
Composição: Vinicius de Moraes / Toquinho
Quer ver a foca
Ficar feliz?
É pôr uma bola
No seu nariz
Quer ver a foca
Bater palminha?
É dar a ela
Uma sardinha
Quer ver a foca
Comprar uma briga?
É espetar ela
Bem na barriga
Lá vai a foca
Toda arrumada
Dançar no circo
Pra garotada
Lá vai a foca
Subindo a escada
Depois descendo
Desengonçada
Quanto trabalha
A coitadinha
Pra garantir
Sua sardinha
As abelhas
(Bacalov - Vinicius de Moraes)
Interpretação: Moraes Moreira
A abelha mestra
e as abelhinhas
Tão todas prontinhas
Para ir para festa
Num zune-que-zune
Lá vão para o Jardim
Brincar com a cravina
Valsar com o jasmim
Da rosa para o cravo
Do cravo para a rosa
Da rosa pro favo
E de volta para a rosa
Venham ver como dão mel
As abelhas do céu.(4 vezes)
A abelha ruim
está sempre cansada
Engorda a pancinha
E não faz mais nada
Num zune-que-zune
Lá vão para o Jardim
Brincar com a cravina
Valsar com o jasmim
Da rosa para o cravo
Do cravo para a rosa
Da rosa pro favo
E de volta para a rosa
Venham ver como dão mel
As abelhas do céu.(4 vezes)
A pulga
(Vinicius de Moraes)
Interpretação: Bebel Gilberto
Um, dois, três
Quatro, cinco, seis
Com mais um pulinho
Estou na perna do freguês
Um, dois, três
Quatro, cinco, seis
Com mais uma mordidinha
Coitadinho do freguês
Um, dois, três
Quatro, cinco, seis
Tô de barriguinha cheia
Tchau
Good bye
Auf Wiedersehen
Aula de piano
(Toquinho - Vinicius de Moraes)
Interpretação: Frenéticas
Depois do almoço na sala vazia
A mãe subia pra se recostar
E no passado que a sala escondia
A menininha ficava a esperar
O professor de piano chegava
E começava uma nova lição
E a menininha, tão bonitinha
Enchia a casa feito um clarim
Abria o peito, mandava brasa
E solfejava assim:
Ai, ai, ai
Lá, sol, fá, mi, ré
Tira a não daí
Dó, dó, ré, dó, si
Aqui não dá pé
Mi, mi, fá, mi, ré
E agora o sol, fá
Pra lição acabar
Diz o refrão quem não chora não mama
Veio o sucesso e a consagração
Que finalmente deitaram na fama
Tendo atingido a total perfeição
Nunca se viu tanta variedade
A quatro mãos em concertos de amor
Mas na verdade tinham saudade
De quando ele era seu professor
E quando ela, menina e bela
Abria o berrador
Ai, ai, ai,
Lá, sol, fá, mi, ré
A porta
(Toquinho - Vinicius de Moraes)
Interpretação: Fábio Jr.
Eu sou feita de madeira
Madeira, matéria morta
Mas não há coisa no mundo
Mais viva do que uma porta.
Eu abro devagarinho
Pra passar o menininho
Eu abro bem com cuidado
Pra passar o namorado
Eu abro bem prazenteira
Pra passar a cozinheira
Eu abro de sopetão
Pra passar o capitão.
Só não abro pra essa gente
Que diz (a mim bem me importa . . .)
Que se uma pessoa é burra
É burra como uma porta.
Eu sou muito inteligente!
Eu fecho a frente da casa
Fecho a frente do quartel
Fecho tudo nesse mundo
Só vivo aberta no céu!
A casa
(Vinicius de Moraes)
Interpretação: Boca Livre
Era uma casa
Muito engraçada
Não tinha teto
Não tinha nada
Ninguém podia
Entrar nela não
Porque na casa
Não tinha chão
Ninguém podia
Dormir na rede
Porque na casa
Não tinha parede
Ninguém podia
Fazer pipi
Porque penico
Não tinha ali
Mas era feita
Com muito esmero
Na Rua dos Bobos
Número Zero
São Francisco
(Vinicius de Moraes - Paulo Soledade)
Interpretação: Ney Matogrosso
Lá vai São Francisco
Pelo caminho
De pé descalço
Tão pobrezinho
Dormindo à noite
Junto ao moinho
Bebendo água
Do ribeirinho.
Lá vai São Francisco
De pé no chão
Levando nada
No seu surrão
Dizendo ao vento
Bom dia, amigo
Dizendo ao fogo
Saúde, irmão
Lá vai São Francisco
Pelo caminho
Levando ao colo
Jesuscristinho
Fazendo festa
No menininho
Contando histórias
Para os passarinhos
O Avião
Arca De Noé
Composição: Toquinho
Sou mais ligeiro que um carro,
Corro bem mais que um navio.
Sou o passarinho maior
Que até hoje você na sua vida já viu.
Vôo lá por cima das nuvens,
Onde o azul muda de tom.
E se eu quiser ultrapasso fácil
A barreira do som.
Minha barriga foi feita
Pra muita gente levar.
Trago pessoas de férias
E homens que vêm e que vão trabalhar.
Dentro eu não faço barulho,
Fora é melhor nem pensar.
Voando pareço levinho,
Mas sou mais pesado que o ar.
Venha voar comigo, amigo.
Sem medo venha voar.
De dia tem o sol brilhando,
De noite quem brilha é o luar.
Venha voar comigo, amigo.
Sem medo venha voar.
Em dia nublado não fique assustado
Que eu tenho radar.
Se às vezes balanço um pouquinho
É o vento querendo brincar.
Se chove chuvisco fininho
São nuvens tristonhas a choramingar.
Se você me vê lá no alto
Voando na imensidão,
Eu fico tão pequenininho
Que caibo na palma da mão.
O gato
(Bacalov - Toquinho - Vinicius de Moraes)
Interpretação: Marina Lima
O Gato
Arca De Noé
Composição: Bucalov, Toquinho & Vinicius de Moraes
Com um lindo salto
Lento e seguro
O gato passa
Do chão ao muro
Logo mudando
De opinião
Passa de novo
Do muro ao chão
E pisa e passa
Cuidadoso, de mansinho
Pega e corre, silencioso
Atrás de um pobre passarinho
E logo pára
Como assombrado
Depois dispara
Pula de lado
Se num novelo
Fica enroscado
Ouriça o pêlo
Mal humorado
Um preguiçoso
É o que ele é
E gosta muito
De cafuné
E quando à noite
Vem a fadiga
Toma seu banho
Passando a língua pela barriga.
O relógio
(Vinicius de Moraes - Paulo Soledade)
Interpretação: Walter Franco
Passa tempo, tic-tac
Tic-tac, passa hora
Chega logo, tic-tac
Tic-tac, vai-te embora
Passa, tempo
Bem depressa
Não atrasa
Não demora
Que já estou
Muito cansado
E já perdi toda alegria
De fazer meu tic-tac
Dia e noite
Noite e dia
Tic-tac
Tic-tac
Dia e noite
Noite e dia
Menininha
(Toquinho - Vinicius de Moraes)
Interpretação: Toquinho
Menininha do meu coração
Eu só quero você
A três palmos do chão
Menininha não cresça mais não
Fique pequenininha na minha canção
Senhorinha levada
Batendo palminha
Fingindo assustada
Do bicho-papão
Menininha, que graça é você
Uma coisinha assim
Começando a viver
Fique assim, meu amor
Sem crescer
Porque o mundo é ruim, é ruim e você
Vai sofrer de repente
Uma desilusão
Porque a vida é somente
Teu bicho-papão
Fique assim, fique assim
Sempre assim
E se lembre de mim
Pelas coisas que eu dei
Também não se esqueça de mim
Quando você souber enfim
De tudo o que eu amei.
Final
(Toquinho - Vinicius de Moraes)
Interpretação: Orquestra
Abertura - A Arca de Noé
(Vinicius de Moraes)
Interpretação: Dionísio Azevedo
Sete em cores, de repente
O arco-íris se desata
Na água límpida e contente
Do ribeirinho da mata.
O sol, ao véu transparente
Da chuva de ouro e de prata
Resplandece resplendente
No céu, no chão, na cascata.
E abre-se a porta da Arca
De par em par: surgem francas
A alegria e as barbas brancas
Do prudente patriarca
Noé, o inventor da uva
E que, por justo e temente
Jeová, clementemente
Salvou da praga da chuva.
Tão verde se alteia a serra
Pelas planuras vizinhas
Que diz Noé:
“Boa terra para plantar minhas vinhas!”
E sai levando a família
A ver; enquanto, em bonança
Colorida maravilha
Brilha o arco da aliança.
Ora vai, na porta aberta
De repente, vacilante
Surge lenta, longa e incerta
Uma tromba de elefante.
E logo após, no buraco
De uma janela, aparece
Uma cara de macaco
Que espia e desaparece.
Enquanto, entre as altas vigas
Das janelinhas do sótão
Duas girafas amigas
De fora a cabeça botam.
Grita uma arara, e se escuta
De dentro um miado e um zurro
Late um cachorro em disputa
Com um gato, escouceia um burro.
A Arca desconjuntada
Parece que vai ruir
Aos pulos da bicharada
Toda querendo sair.
Vai! Não vai! Quem vai primeiro?
As aves, por mais espertas
Saem voando ligeiro
Pelas janelas abertas.
Enquanto, em grande atropelo
Junto à porta de saída
Lutam os bichos de pelo
Pela terra prometida.
“Os bosques são todos meus!”
Ruge soberbo o leão
“Também sou filho de Deus!”
Um protesta; e o tigre — “Não!”
Afinal, e não sem custo
Em longa fila, aos casais
Uns com raiva, outros com susto
Vão saindo os animais.
Os maiores vêm à frente
Trazendo a cabeça erguida
E os fracos, humildemente
Vêm atrás, como na vida.
Conduzidos por Noé
Ei-los em terra benquista
Que passam, passam até
Onde a vista não avista
Na serra o arco-íris se esvai . . .
E . . . desde que houve essa história
Quando o véu da noite cai
Na terra, e os astros em glória
Enchem o céu de seus caprichos
É doce ouvir na calada
A fala mansa dos bichos
Na terra repovoada.
O leão (Inspirado em William Blake)
(Fagner - Vinicius de Moraes)
Interpretação: Fagner
Leão! Leão! Leão!
Rugindo como um trovão
Deu um pulo, e era uma vez
Um cabritinho montês.
Leão! Leão! Leão!
És o rei da criação!
Tua goela é uma fornalha
Teu salto, uma labareda
Tua garra, uma navalha
Cortando a presa na queda.
Leão longe, leão perto
Nas areias do deserto.
Leão alto, sobranceiro
Junto do despenhadeiro.
Leão na caça diurna
Saindo a correr da furna.
Leão! Leão! Leão!
Foi Deus que te fez ou não?
O salto do tigre é rápido
Como o raio; mas não há
Tigre no mundo que escape
Do salto que o Leão dá.
Não conheço quem defronte
O feroz rinoceronte.
Pois bem, se ele vê o Leão
Foge como um furacão.
Leão se esgueirando, à espera
Da passagem de outra fera . . .
Vem o tigre; como um dardo
Cai-lhe em cima o leopardo
E enquanto brigam, tranqüilo
O leão fica olhando aquilo.
Quando se cansam, o Leão
Mata um com cada mão.
Leão! Leão! Leão!
És o rei da criação!
O pinguim
(Toquinho - Vinicius de Moraes - Paulo Soledade)
Interpretação: Toquinho
Bom dia, pingüim
Onde vais assim
Com ar apressado?
Eu não sou malvado
Não fique assustado
Com medo de mim
Eu só gostaria
De dar um tapinha
No seu chapéu jaca
Ou bem de levinho
Puxar o rabinho
Da sua casaca
Quando você caminha
Parece o Chacrinha
Lelé da caixola
E um velho senhor
Que foi meu professor
No meu tempo de escola
Pingüim, meu amigo
Não se zangue comigo
Nem perca a estribeira
Não pergunte por quê
Mas todos põem você
Em cima da geladeira
O pintinho
(Gilda Mattoso - Pipo Caruso - Sergio Bardotti - Toquinho - Vinicius de Moraes)
Interpretação: Frenéticas
Pintinho novo
Pintinho tonto
Não estás no ponto
Volta pro ovo
Eu não me calo
Falo de novo
Não banque o galo
Volta pro ovo
A tia raposa
Não marca touca
Tá só te olhando
Com água na boca
E se ligeiro
Você escapar
Tem um granjeiro
Que vai te adotar
O meu ovo tá estreitinho
Já me sinto um galetinho
Já posso sair sozinho
Eu já sou dono de mim
Vou ciscar pela cidade
Grão-de-bico em quantidade
Muito milho e liberdade
Por fim
Pintinho raro
Pintinho novo
Tá tudo caro
Volta pro ovo
E o tempo inteiro
Terás, pintinho,
Um cozinheiro
No seu caminho
Por isso digo
E falo de novo
Pintinho amigo
Então volta pro ovo
Se de repente
Você escapar
Num forno quente
Você vai parar
Gosto muito dessa vida
Ensopada ou cozida
Até assada é divertida
Com salada e aipim
Tudo é lindo e a vida é bela
Mesmo sendo à cabidela
Pois será numa panela
Meu fim
Por isso eu digo
E falo de novo
Pintinho amigo
Então volta pro ovo
E se ligeiro
Você escapar
Tem um granjeiro
Que vai te adotar
A cachorrinha
(Tom Jobim - Vinicius de Moraes)
Interpretação: Tom Jobim
Pode haver coisa no mundo
Mais branca, mais bonitinha
Do que a tua barriguinha
Crivada de mamiquinha?
Pode haver coisa no mundo
Mais travessa, mais tontinha
Que esse amor de cachorrinha
Quando vem fazer festinha
Remexendo a traseirinha?
Uau, uau, uau, uau!
Uau, uau, uau, uau!
O girassol
(Toquinho - Vinicius de Moraes)
Interpretação: Jane Duboc
Sempre que o sol
Pinta de anil
Todo o céu
O girassol
Fica um gentil
Carrossel
Roda, roda, roda
Carrossel
Roda, roda, roda
Rodador
Vai rodando, dando mel
Vai rodando, dando flor
Sempre que o sol
Pinta de anil
Todo o céu
O girassol
Fica um gentil
Carrossel
Roda, roda, roda
Carrossel
Gira, gira, gira
Girassol
Redondinho como o céu
Marelinho como o sol
O ar (O vento)
(E.Bacalov - Toquinho - Vinicius de Moraes)
Interpretação: Boca Livre / Vinicius de Moraes
Estou vivo, mas não tenho corpo
Por isso é que eu não tenho forma
Peso eu também não tenho
Não tenho cor
Quando sou fraco
Me chamo brisa
E se assovio
Isso é comum
Quando sou forte
Me chamo vento
Quando sou cheiro
Me chamo pum!
O peru
(Toquinho - Vinicius de Moraes - Paulo Soledade)
Interpretação: Elba Ramalho
Glu! Glu! Glu!
Abram alas pro Peru!
O Peru foi a passeio
Pensando que era pavão
Tico-tico riu-se tanto
Que morreu de congestão.
O Peru dança de roda
Numa roda de carvão
Quando acaba fica tonto
De quase cair no chão.
O porquinho
(Toquinho - Vinicius de Moraes)
Interpretação: Grande Othelo
A galinha d’angola
(Toquinho - Vinicius de Moraes)
Interpretação: Ney Matogrosso
Coitada
Da galinha-
D’Angola
Não anda
Regulando
Da bola
Não pára
De comer
A matraca
E vive
A reclamar
Que está fraca:
— “Tou fraca!
Tou fraca!”
O Peru
Glu! Glu! Glu!
Abram alas pro Peru!
O Peru foi a passeio
Pensando que era pavão
Tico-tico riu-se tanto
Que morreu de congestão.
O Peru dança de roda
Numa roda de carvão
Quando acaba fica tonto
De quase cair no chão.
A formiga
(Vinicius de Moraes - Paulo Soledade)
Interpretação: Clara Nunes
As coisas devem ser bem grandes
Pra formiga pequenina
A rosa, um lindo palácio
E o espinho, uma espada fina
A gota d’água, uma manso lago
O pingo de chuva, um mar
Onde um pauzinho boiando
É navio a navegar
O bico de pão, o Corcovado
O grilo, um rinoceronte
Uns grãos de sal derramados
Ovelhinhas pela monte
Os bichinhos e o homem
(Toquinho - Vinicius de Moraes)
Interpretação: Céu da Boca
Nossa irmã, a mosca
É feia e tosca
Enquanto que o mosquito
É mais bonito
É mais bonito
Nosso irmão besouro
Que é feito de couro
Mal sabe voar
Mal sabe voar
Mal sabe voar
Mal sabe voar
Nossa irmã, a barata
Bichinha mais chata
É prima da borboleta
Que é uma careta
Que é uma careta
Nosso irmão, o grilo
Que vive dando estrilo
Só pra chatear
Só pra chatear
Só pra chatear
Só pra chatear
E o bicho-do-pé
Que gostoso que ele é
Quando dá coceira
Coça que não é brincadeira
Nosso irmão carrapato
Que é um outro bicho chato
É primo-irmão do bacilo
Que é um irmão tranqüilo
Que é um irmão tranqüilo
E o homem que pensa tudo saber
Não sabe o jantar que os bichinhos vão ter
Quando o seu dia chegar
Quando o seu dia chegar
O filho que eu quero ter
(Toquinho - Vinicius de Moraes)
Interpretação: Paulinho da Viola
É comum a gente sonhar, eu sei
Quando vem o entardecer
Pois eu também dei de sonhar
Um sonho lindo de morrer
Vejo um berço e nele eu me debruçar
Com o pranto a me correr
E assim, chorando, acalentar
O filho que eu quero ter
Dorme, meu pequenininho
Dorme que a noite já vem
Teu pai está muito sozinho
De tanto amor que ele tem
De repente o vejo se transformar
Num menino igual a mim
Que vem correndo me beijar
Quando eu chegar lá de onde vim
Um menino sempre a me perguntar
Um porquê que não tem fim
Um filho a quem só queira bem
E a quem só diga que sim
Dorme, menino levado
Dorme que a vida já vem
Teu pai está muito cansado
De tanta dor que ele tem
Quando a vida enfim me quiser levar
Pelo tanto que me deu
Sentir-lhe a barba me roçar
No derradeiro beijo seu
E ao sentir também sua mão vedar
Meu olhar dos olhos seus
Ouvir-lhe a voz a me embalar
Num acalanto de adeus
Dorme, meu pai, sem cuidado
Dorme que ao entardecer
Teu filho sonha acordado
Com o filho que ele quer ter
Abertura
A arca desconjuntada
Parece que vai ruir
Aos pulos da bicharada
Toda querendo sair
Afinal, e não sem custo
Em longa fila, aos casais
Uns com raiva, outros com susto
Vão saindo os animais
Conduzidos por Noé
Ei-los em terra benquista
Que passam, passam até
Onde a vista não avista....
O Pintinho
As Frenéticas
Pintinho novo
Pintinho tonto
Não estás no ponto
Volta para o ovo
Eu não me calo
Falo de novo
Não banque o galo
Volta para o ovo
A tia raposa
Não marca tpuca
Tá so te olhando
Com água na boca
E se ligeiro você escapar
Tem um granjeiro
Que vai te adotar
O meu ovo tá estreitinho
Já me sinto um galetinho
Já posso sair sozinho
Eu já sou dono de mim
Vou ciscar pela cidade
Grão-de-bico em quantidade
Muito milho e liberdade
Por fim
Pintinho raro
Pintinho novo
Tá tudo caro
Volta para o ovo
E o tempo inteiro
Terás pintinho
Um cozinheiro
No teu caminho
Por isso eu te digo
E falo de novo
Pintinho amigo
Então volta para o ovo
Se de repente você escapar
Num forno quente você vai parar
Gosto muito dessa vida
Ensopada ou cozida
Até assada é divertida
Com salada e aipim
Tudo é lindo e a vida é bela
Mesmo sendo à cabidela
Pois será numa panela
Meu fim
Por isso eu digo
E falo de novo
Pintinho amigo
Então volta para o ovo
E se ligeiro
Você escapar
Tem um granjeiro que vai te adotar
O Peru
Elba Ramalho
Glu! Glu! Glu!
Abram alas para o peru!
Glu! Glu! Glu!
Abram alas para o peru!
O peru foi a passeio
Pensando que era pavão
Tico-tico riu-se tanto
Que morreu de congestão
O peru dança de roda
Numa roda de carvão
Quando acaba fica tonto
De quase cair no chão
Glu! Glu! Glu!
Abram alas para o peru!
Glu! Glu! Glu!
Abram alas para o peru!
O peru se viu um dia
Nas águas do ribeirão
Foi-se olhando, foi dizendo
Que beleza de pavão
Foi dormir, teve um sonho
Logo que o sol se escondeu
que sua cauda tinha cores
Como a desse amigo seu
A Formiga
Clara Nunes
As coisas devem ser bem grandes
Pra formiga pequenina
a rosa, um lindo palácio
E o espinho, uma espada fina
A gota d’água, um manso lago
O pingo de chuva, um mar
Onde um pauzinho boiando
É navio a navegar
O bico de pão o Corcovado
O grilo, um rinoceronte
Uns grãos de sal derramados
Ovelhinhas pelo monte
Cachorrinha
Tom Jobim
Mas que amor de cahorrinha!
Mas que amor de cachorrinha!
Pode haver coisa no mundo
Mais branca, mais bonitinha
Do que a tua bariguinha
Crivada de mamiquinha ?
Pode haver coisa no mundo
Mais travessa, mais tontinha
Quando vem fazer festinha
Remexendo a traseirinha ?
uau, uau, uau, uau!
uau, uau, uau, uau!
O Leão
Fagner
Leão ! Leão ! Leão !
Rugindo como um trovão
Deu um pulo, e era uma vez
Um cabritinho montês
Leão ! Leão ! Leão !
És o rei da criação
Tua goela é uma fornalha
Teu salto uma labareda
Tua garra, uma navalha
Cortando a presa na queda
Leão longe, leão perto
Nas areias do deserto
Leão alto, sobranceiro
Junto do despenhadeiro
Leão ! Leão ! Leão !
És o rei da criação
Leão na caça diurna
Saindo a correr da furna
Leão ! Leão ! Leão !
Foi Deus quem te fez ou não !
Leão ! Leão ! Leão !
És o rei da criação!
O salto do tigre é rápido
Como o raio, mas não há
Tigre no mundo que escape
Do salto que o leão dá
Não conheço quem defronte
O feroz rinoceronte
Pois bem, se ele vê o leão
Foge como um furacão
Leão ! Leão ! Leão !
És o rei da criação
Leão ! Leão ! Leão !
Foi Deus quem te fez ou não?
Leão se esgueirando à espera
da passagem de outra fera...
Vem um tigre, como um dardo
Cai-lhe em cima o leopardo
E enquanto brigam, tranquilo
O leão fica olhando aquilo
Quando se cansam, O Leão
Mata um com cada mão
Leão ! Leão ! Leão !
Foi Deus quem te fez ou não?
Leão ! Leão ! Leão !
Rugindo como um trovão.....
O Ar (O Vento)
Boca Livre
Estou vivo, mas não tenho corpo
Por isso é que eu não tenho forma
Peso eu também não tenho
Não tenho cor
Quando sou fraco
Me chamo brisa
E se assobio
Isso é comum
Quando sou forte
Me chamo vento
Quando sou cheiro
Me chamo pum!
A Galinha D’Angola
Ney Matogrosso
Coitada,coitadinha
Da galinha d’angola
Não anda ultimamente
Regulando da bola
Ela vende confusão
E compra briga
Gosta muito de fofoca
E adora intriga
Fala tanto
Que parece que engoliu uma matraca
E vive reclamando
Que está fraca
Tou fraca! Tou fraca!
Tou fraca! Tou fraca! Tou fraca!
Coitada,coitadinha
Da galinha d’angola
Não anda ultimamente
Regulando da bola
Come tanto
Até ter dor de barriga
Ela é uma bagunceira
De uma figa
Quando choca, cocoroca
Como milho e come caca
E vive reclamando
Que está fraca
Tou fraca! Tou fraca!
Tou fraca! Tou fraca! Tou fraca!
Os Bichinhos e o Homem
Céu da Boca
Nossa irmã, a mosca
É feia e tosca
Nosso irmão, o mosquito
É mais bonito
É mais bonito
Nosso irmão, o besouro
É feito de couro
Mal sabe voar
Mal sabe voar
Nossa irmã, a barata
Bichinha mais chata
É prima da borboleta
Que ma careta
Que é uma careta
Enquanto que ogrilo
Que vvie dando estrilo
Só pra chatear
Só pra chatear
E o bicho-do-pé
Que gostoso que ele é
Quando dá coceira
Coça que não é brincadeira
E nosso irmão carrapato
Que é um outro bicho chato
É primo-irmão do bacilo
Que é um irmão tranqüilo
Que é um irmão tranqüilo
E o homem que pensa tudo saber
Não sabe o jantar que os bichinhos vão ter
Quando os eu dia chegar
Quando o seu dia chegar
O Pingüim
Toquinho
Bom dia, pingüim
Onde vais assim
Com ar apressado?
Eu não sou malvado
Não fique assustado
Com medo de mim
Eu só gostaria
de dar um tapinha
No seu chapéu jaca
Ou bem de levinho
Puxar o rabinho
Da sua casaca
Quando você caminha
Parece o Chacrinha
Lelé da caixola
è um velho senhor
Que foi meu professor
No meu tempo de escola
Pingüim, meu amigo
Não zangue comigo
Nem perca a estribeira
Não me pergunte por quê
Mas todos põem você
Em cima da geladeira
O Girassol
Jane Duboc
Sempre que o sol
Pinta de anil
Todo o céu
O girassol
Fica um gentil
Carrossel
Fica um gentil
Carrossel
Roda, roda, roda
Carrossel
Roda, roda, roda
Rodador
Vai rodando, dando mel
Vai rodando, dando flor
Sempre que o sol
Pinta de anil
Todo o céu
O girassol
Fica um gentil
Carrossel
Fica um gentil
Carrossel
Roda, roda, roda
Carrossel
Gira, gira, gira
Girassol
Redondinho como o céu
Marelinho como o sol
O Porquinho
Grande Otelo
Muito prazer, sou o porquinho
Eu te alimento também
Meu couro bem tostadinho
Quem é que não sabe o sabor que tem
Se você cresce um pouquinho
O mérito, eu sei
Cabe a mim também
Se quiser, me chame
Te darei salame
E a mortadela
Branca, rosa e bela
Num pãozinho quente
Continuando o assunto
Te darei presunto
E na feijoada
Mesmo requentada
Agrado a toda gente
Sendo um porquinho informado
O meu destino bem sei
Depois de estar bem tostado
Fritinho ou assado
Eu partirei
Com a tia vaca do lado
Vestida de anjinho
Pro céu voarei
De rabo ao focinho
Sou todo tocinho
Bota malagueta
Em minha costeleta
Numa gordurinha
Que coisa maluca
Minha pururuca
É uma beleza
Minha calabresa
No azeite fritinha
O Filho Que Eu Quero Ter
Paulinho da Viola
É comum a gente sonhar, eu sei
Quando vem o entardecer
Pois eu também dei de sonhar
Um sonho lindo de morrer
Vejo um berço e nele eu me debruçar
Com o pranto a me correr
E assim, chorando, acalentar
O filho que eu quero ter
Dorme, meu pequenininho
Dorme, que a noite já vem
Teu pai está muito sozinho
De tanto amor que ele tem
De repente o vejo se transformar
Num menino igual a mim
Que vem correndo em beijar
Quando eu chegar lá de onde eu vim
Um menino sempre a me perguntar
Um por quê que não tem fim
Um filho a quem só queira bem
E a quem só diga que sim
Dorme, menino levado
Dorme, que a vida já vem
Teu pai está muito cansado
De tanta dor que ele tem
Quando a vida, enfim, me quiser levar
Pelo tanto que me deu
Senti-lhe a barba me roçar
No derradeiro beijo seu
E ao sentir também sua mão vedar
Meu olhar dos olhos seus
Ouvir-lhe a voz, a me embalar
Num acalanto de adeus
Dorme, meu pai, sem cuidado
Dorme, que ao entardecer
Teu filho sonha acordado
Com o filho que ele quer ter
(Toquinho - Vinicius de Moraes)
Interpretação: Chico Buarque / Milton Nascimento
Sete em cores, de repente
O arco-íris se desata
Na água límpida e contente
Do ribeirinho da mata.
O sol, ao véu transparente
Da chuva de ouro e de prata
Resplandece resplendente
No céu, no chão, na cascata.
E abre-se a porta da Arca
De par em par: surgem francas
A alegria e as barbas brancas
Do prudente patriarca
Noé, o inventor da uva
E que, por justo e temente
Jeová, clementemente
Salvou da praga da chuva.
Tão verde se alteia a serra
Pelas planuras vizinhas
Que diz Noé:
“Boa terra para plantar minhas vinhas!”
E sai levando a família
A ver; enquanto, em bonança
Colorida maravilha
Brilha o arco da aliança.
Ora vai, na porta aberta
De repente, vacilante
Surge lenta, longa e incerta
Uma tromba de elefante.
E logo após, no buraco
De uma janela, aparece
Uma cara de macaco
Que espia e desaparece.
Enquanto, entre as altas vigas
Das janelinhas do sótão
Duas girafas amigas
De fora a cabeça botam.
Grita uma arara, e se escuta
De dentro um miado e um zurro
Late um cachorro em disputa
Com um gato, escouceia um burro.
A Arca desconjuntada
Parece que vai ruir
Aos pulos da bicharada
Toda querendo sair.
Vai! Não vai! Quem vai primeiro?
As aves, por mais espertas
Saem voando ligeiro
Pelas janelas abertas.
Enquanto, em grande atropelo
Junto à porta de saída
Lutam os bichos de pelo
Pela terra prometida.
“Os bosques são todos meus!”
Ruge soberbo o leão
“Também sou filho de Deus!”
Um protesta; e o tigre — “Não!”
Afinal, e não sem custo
Em longa fila, aos casais
Uns com raiva, outros com susto
Vão saindo os animais.
Os maiores vêm à frente
Trazendo a cabeça erguida
E os fracos, humildemente
Vêm atrás, como na vida.
Conduzidos por Noé
Ei-los em terra benquista
Que passam, passam até
Onde a vista não avista
Na serra o arco-íris se esvai . . .
E . . . desde que houve essa história
Quando o véu da noite cai
Na terra, e os astros em glória
Enchem o céu de seus caprichos
É doce ouvir na calada
A fala mansa dos bichos
Na terra repovoada.
O pato
(Toquinho - Vinicius de Moraes - Paulo Soledade)
Interpretação: MPB-4
Lá vem o Pato
Pata aqui, pata acolá
La vem o Pato
Para ver o que é que há.
O Pato pateta
Pintou o caneco
Surrou a galinha
Bateu no marreco
Pulou do poleiro
No pé do cavalo
Levou um coice
Criou um galo
Comeu um pedaço
De jenipapo
Ficou engasgado
Com dor no papo
Caiu no poço
Quebrou a tigela
Tantas fez o moço
Que foi pra panela.
A corujinha
(Toquinho - Vinicius de Moraes)
Interpretação: Elis Regina
Corujinha, corujinha,
Que peninha de você.
Fica toda encolhidinha
Sempre olhando não sei quê.
O seu canto de repente
Faz a gente estremecer.
Corujinha, pobrezinha,
Todo mundo que te vê
Diz assim, ah, coitadinha,
Que feinha que é você.
Quando a noite vem chegando
Chega o teu amanhecer.
E se o sol vem despontando
Vais voando te esconder.
Hoje em dia andas vaidosa,
Orgulhosa como o quê.
Toda noite tua carinha
Aparece na TV.
Corujinha, corujinha,
Que feinha que é você.
A foca
(Toquinho - Vinicius de Moraes)
Interpretação: Alceu Valença
A Foca
Vinicius de Moraes
Composição: Vinicius de Moraes / Toquinho
Quer ver a foca
Ficar feliz?
É pôr uma bola
No seu nariz
Quer ver a foca
Bater palminha?
É dar a ela
Uma sardinha
Quer ver a foca
Comprar uma briga?
É espetar ela
Bem na barriga
Lá vai a foca
Toda arrumada
Dançar no circo
Pra garotada
Lá vai a foca
Subindo a escada
Depois descendo
Desengonçada
Quanto trabalha
A coitadinha
Pra garantir
Sua sardinha
As abelhas
(Bacalov - Vinicius de Moraes)
Interpretação: Moraes Moreira
A abelha mestra
e as abelhinhas
Tão todas prontinhas
Para ir para festa
Num zune-que-zune
Lá vão para o Jardim
Brincar com a cravina
Valsar com o jasmim
Da rosa para o cravo
Do cravo para a rosa
Da rosa pro favo
E de volta para a rosa
Venham ver como dão mel
As abelhas do céu.(4 vezes)
A abelha ruim
está sempre cansada
Engorda a pancinha
E não faz mais nada
Num zune-que-zune
Lá vão para o Jardim
Brincar com a cravina
Valsar com o jasmim
Da rosa para o cravo
Do cravo para a rosa
Da rosa pro favo
E de volta para a rosa
Venham ver como dão mel
As abelhas do céu.(4 vezes)
A pulga
(Vinicius de Moraes)
Interpretação: Bebel Gilberto
Um, dois, três
Quatro, cinco, seis
Com mais um pulinho
Estou na perna do freguês
Um, dois, três
Quatro, cinco, seis
Com mais uma mordidinha
Coitadinho do freguês
Um, dois, três
Quatro, cinco, seis
Tô de barriguinha cheia
Tchau
Good bye
Auf Wiedersehen
Aula de piano
(Toquinho - Vinicius de Moraes)
Interpretação: Frenéticas
Depois do almoço na sala vazia
A mãe subia pra se recostar
E no passado que a sala escondia
A menininha ficava a esperar
O professor de piano chegava
E começava uma nova lição
E a menininha, tão bonitinha
Enchia a casa feito um clarim
Abria o peito, mandava brasa
E solfejava assim:
Ai, ai, ai
Lá, sol, fá, mi, ré
Tira a não daí
Dó, dó, ré, dó, si
Aqui não dá pé
Mi, mi, fá, mi, ré
E agora o sol, fá
Pra lição acabar
Diz o refrão quem não chora não mama
Veio o sucesso e a consagração
Que finalmente deitaram na fama
Tendo atingido a total perfeição
Nunca se viu tanta variedade
A quatro mãos em concertos de amor
Mas na verdade tinham saudade
De quando ele era seu professor
E quando ela, menina e bela
Abria o berrador
Ai, ai, ai,
Lá, sol, fá, mi, ré
A porta
(Toquinho - Vinicius de Moraes)
Interpretação: Fábio Jr.
Eu sou feita de madeira
Madeira, matéria morta
Mas não há coisa no mundo
Mais viva do que uma porta.
Eu abro devagarinho
Pra passar o menininho
Eu abro bem com cuidado
Pra passar o namorado
Eu abro bem prazenteira
Pra passar a cozinheira
Eu abro de sopetão
Pra passar o capitão.
Só não abro pra essa gente
Que diz (a mim bem me importa . . .)
Que se uma pessoa é burra
É burra como uma porta.
Eu sou muito inteligente!
Eu fecho a frente da casa
Fecho a frente do quartel
Fecho tudo nesse mundo
Só vivo aberta no céu!
A casa
(Vinicius de Moraes)
Interpretação: Boca Livre
Era uma casa
Muito engraçada
Não tinha teto
Não tinha nada
Ninguém podia
Entrar nela não
Porque na casa
Não tinha chão
Ninguém podia
Dormir na rede
Porque na casa
Não tinha parede
Ninguém podia
Fazer pipi
Porque penico
Não tinha ali
Mas era feita
Com muito esmero
Na Rua dos Bobos
Número Zero
São Francisco
(Vinicius de Moraes - Paulo Soledade)
Interpretação: Ney Matogrosso
Lá vai São Francisco
Pelo caminho
De pé descalço
Tão pobrezinho
Dormindo à noite
Junto ao moinho
Bebendo água
Do ribeirinho.
Lá vai São Francisco
De pé no chão
Levando nada
No seu surrão
Dizendo ao vento
Bom dia, amigo
Dizendo ao fogo
Saúde, irmão
Lá vai São Francisco
Pelo caminho
Levando ao colo
Jesuscristinho
Fazendo festa
No menininho
Contando histórias
Para os passarinhos
O Avião
Arca De Noé
Composição: Toquinho
Sou mais ligeiro que um carro,
Corro bem mais que um navio.
Sou o passarinho maior
Que até hoje você na sua vida já viu.
Vôo lá por cima das nuvens,
Onde o azul muda de tom.
E se eu quiser ultrapasso fácil
A barreira do som.
Minha barriga foi feita
Pra muita gente levar.
Trago pessoas de férias
E homens que vêm e que vão trabalhar.
Dentro eu não faço barulho,
Fora é melhor nem pensar.
Voando pareço levinho,
Mas sou mais pesado que o ar.
Venha voar comigo, amigo.
Sem medo venha voar.
De dia tem o sol brilhando,
De noite quem brilha é o luar.
Venha voar comigo, amigo.
Sem medo venha voar.
Em dia nublado não fique assustado
Que eu tenho radar.
Se às vezes balanço um pouquinho
É o vento querendo brincar.
Se chove chuvisco fininho
São nuvens tristonhas a choramingar.
Se você me vê lá no alto
Voando na imensidão,
Eu fico tão pequenininho
Que caibo na palma da mão.
O gato
(Bacalov - Toquinho - Vinicius de Moraes)
Interpretação: Marina Lima
O Gato
Arca De Noé
Composição: Bucalov, Toquinho & Vinicius de Moraes
Com um lindo salto
Lento e seguro
O gato passa
Do chão ao muro
Logo mudando
De opinião
Passa de novo
Do muro ao chão
E pisa e passa
Cuidadoso, de mansinho
Pega e corre, silencioso
Atrás de um pobre passarinho
E logo pára
Como assombrado
Depois dispara
Pula de lado
Se num novelo
Fica enroscado
Ouriça o pêlo
Mal humorado
Um preguiçoso
É o que ele é
E gosta muito
De cafuné
E quando à noite
Vem a fadiga
Toma seu banho
Passando a língua pela barriga.
O relógio
(Vinicius de Moraes - Paulo Soledade)
Interpretação: Walter Franco
Passa tempo, tic-tac
Tic-tac, passa hora
Chega logo, tic-tac
Tic-tac, vai-te embora
Passa, tempo
Bem depressa
Não atrasa
Não demora
Que já estou
Muito cansado
E já perdi toda alegria
De fazer meu tic-tac
Dia e noite
Noite e dia
Tic-tac
Tic-tac
Dia e noite
Noite e dia
Menininha
(Toquinho - Vinicius de Moraes)
Interpretação: Toquinho
Menininha do meu coração
Eu só quero você
A três palmos do chão
Menininha não cresça mais não
Fique pequenininha na minha canção
Senhorinha levada
Batendo palminha
Fingindo assustada
Do bicho-papão
Menininha, que graça é você
Uma coisinha assim
Começando a viver
Fique assim, meu amor
Sem crescer
Porque o mundo é ruim, é ruim e você
Vai sofrer de repente
Uma desilusão
Porque a vida é somente
Teu bicho-papão
Fique assim, fique assim
Sempre assim
E se lembre de mim
Pelas coisas que eu dei
Também não se esqueça de mim
Quando você souber enfim
De tudo o que eu amei.
Final
(Toquinho - Vinicius de Moraes)
Interpretação: Orquestra
Abertura - A Arca de Noé
(Vinicius de Moraes)
Interpretação: Dionísio Azevedo
Sete em cores, de repente
O arco-íris se desata
Na água límpida e contente
Do ribeirinho da mata.
O sol, ao véu transparente
Da chuva de ouro e de prata
Resplandece resplendente
No céu, no chão, na cascata.
E abre-se a porta da Arca
De par em par: surgem francas
A alegria e as barbas brancas
Do prudente patriarca
Noé, o inventor da uva
E que, por justo e temente
Jeová, clementemente
Salvou da praga da chuva.
Tão verde se alteia a serra
Pelas planuras vizinhas
Que diz Noé:
“Boa terra para plantar minhas vinhas!”
E sai levando a família
A ver; enquanto, em bonança
Colorida maravilha
Brilha o arco da aliança.
Ora vai, na porta aberta
De repente, vacilante
Surge lenta, longa e incerta
Uma tromba de elefante.
E logo após, no buraco
De uma janela, aparece
Uma cara de macaco
Que espia e desaparece.
Enquanto, entre as altas vigas
Das janelinhas do sótão
Duas girafas amigas
De fora a cabeça botam.
Grita uma arara, e se escuta
De dentro um miado e um zurro
Late um cachorro em disputa
Com um gato, escouceia um burro.
A Arca desconjuntada
Parece que vai ruir
Aos pulos da bicharada
Toda querendo sair.
Vai! Não vai! Quem vai primeiro?
As aves, por mais espertas
Saem voando ligeiro
Pelas janelas abertas.
Enquanto, em grande atropelo
Junto à porta de saída
Lutam os bichos de pelo
Pela terra prometida.
“Os bosques são todos meus!”
Ruge soberbo o leão
“Também sou filho de Deus!”
Um protesta; e o tigre — “Não!”
Afinal, e não sem custo
Em longa fila, aos casais
Uns com raiva, outros com susto
Vão saindo os animais.
Os maiores vêm à frente
Trazendo a cabeça erguida
E os fracos, humildemente
Vêm atrás, como na vida.
Conduzidos por Noé
Ei-los em terra benquista
Que passam, passam até
Onde a vista não avista
Na serra o arco-íris se esvai . . .
E . . . desde que houve essa história
Quando o véu da noite cai
Na terra, e os astros em glória
Enchem o céu de seus caprichos
É doce ouvir na calada
A fala mansa dos bichos
Na terra repovoada.
O leão (Inspirado em William Blake)
(Fagner - Vinicius de Moraes)
Interpretação: Fagner
Leão! Leão! Leão!
Rugindo como um trovão
Deu um pulo, e era uma vez
Um cabritinho montês.
Leão! Leão! Leão!
És o rei da criação!
Tua goela é uma fornalha
Teu salto, uma labareda
Tua garra, uma navalha
Cortando a presa na queda.
Leão longe, leão perto
Nas areias do deserto.
Leão alto, sobranceiro
Junto do despenhadeiro.
Leão na caça diurna
Saindo a correr da furna.
Leão! Leão! Leão!
Foi Deus que te fez ou não?
O salto do tigre é rápido
Como o raio; mas não há
Tigre no mundo que escape
Do salto que o Leão dá.
Não conheço quem defronte
O feroz rinoceronte.
Pois bem, se ele vê o Leão
Foge como um furacão.
Leão se esgueirando, à espera
Da passagem de outra fera . . .
Vem o tigre; como um dardo
Cai-lhe em cima o leopardo
E enquanto brigam, tranqüilo
O leão fica olhando aquilo.
Quando se cansam, o Leão
Mata um com cada mão.
Leão! Leão! Leão!
És o rei da criação!
O pinguim
(Toquinho - Vinicius de Moraes - Paulo Soledade)
Interpretação: Toquinho
Bom dia, pingüim
Onde vais assim
Com ar apressado?
Eu não sou malvado
Não fique assustado
Com medo de mim
Eu só gostaria
De dar um tapinha
No seu chapéu jaca
Ou bem de levinho
Puxar o rabinho
Da sua casaca
Quando você caminha
Parece o Chacrinha
Lelé da caixola
E um velho senhor
Que foi meu professor
No meu tempo de escola
Pingüim, meu amigo
Não se zangue comigo
Nem perca a estribeira
Não pergunte por quê
Mas todos põem você
Em cima da geladeira
O pintinho
(Gilda Mattoso - Pipo Caruso - Sergio Bardotti - Toquinho - Vinicius de Moraes)
Interpretação: Frenéticas
Pintinho novo
Pintinho tonto
Não estás no ponto
Volta pro ovo
Eu não me calo
Falo de novo
Não banque o galo
Volta pro ovo
A tia raposa
Não marca touca
Tá só te olhando
Com água na boca
E se ligeiro
Você escapar
Tem um granjeiro
Que vai te adotar
O meu ovo tá estreitinho
Já me sinto um galetinho
Já posso sair sozinho
Eu já sou dono de mim
Vou ciscar pela cidade
Grão-de-bico em quantidade
Muito milho e liberdade
Por fim
Pintinho raro
Pintinho novo
Tá tudo caro
Volta pro ovo
E o tempo inteiro
Terás, pintinho,
Um cozinheiro
No seu caminho
Por isso digo
E falo de novo
Pintinho amigo
Então volta pro ovo
Se de repente
Você escapar
Num forno quente
Você vai parar
Gosto muito dessa vida
Ensopada ou cozida
Até assada é divertida
Com salada e aipim
Tudo é lindo e a vida é bela
Mesmo sendo à cabidela
Pois será numa panela
Meu fim
Por isso eu digo
E falo de novo
Pintinho amigo
Então volta pro ovo
E se ligeiro
Você escapar
Tem um granjeiro
Que vai te adotar
A cachorrinha
(Tom Jobim - Vinicius de Moraes)
Interpretação: Tom Jobim
Pode haver coisa no mundo
Mais branca, mais bonitinha
Do que a tua barriguinha
Crivada de mamiquinha?
Pode haver coisa no mundo
Mais travessa, mais tontinha
Que esse amor de cachorrinha
Quando vem fazer festinha
Remexendo a traseirinha?
Uau, uau, uau, uau!
Uau, uau, uau, uau!
O girassol
(Toquinho - Vinicius de Moraes)
Interpretação: Jane Duboc
Sempre que o sol
Pinta de anil
Todo o céu
O girassol
Fica um gentil
Carrossel
Roda, roda, roda
Carrossel
Roda, roda, roda
Rodador
Vai rodando, dando mel
Vai rodando, dando flor
Sempre que o sol
Pinta de anil
Todo o céu
O girassol
Fica um gentil
Carrossel
Roda, roda, roda
Carrossel
Gira, gira, gira
Girassol
Redondinho como o céu
Marelinho como o sol
O ar (O vento)
(E.Bacalov - Toquinho - Vinicius de Moraes)
Interpretação: Boca Livre / Vinicius de Moraes
Estou vivo, mas não tenho corpo
Por isso é que eu não tenho forma
Peso eu também não tenho
Não tenho cor
Quando sou fraco
Me chamo brisa
E se assovio
Isso é comum
Quando sou forte
Me chamo vento
Quando sou cheiro
Me chamo pum!
O peru
(Toquinho - Vinicius de Moraes - Paulo Soledade)
Interpretação: Elba Ramalho
Glu! Glu! Glu!
Abram alas pro Peru!
O Peru foi a passeio
Pensando que era pavão
Tico-tico riu-se tanto
Que morreu de congestão.
O Peru dança de roda
Numa roda de carvão
Quando acaba fica tonto
De quase cair no chão.
O porquinho
(Toquinho - Vinicius de Moraes)
Interpretação: Grande Othelo
A galinha d’angola
(Toquinho - Vinicius de Moraes)
Interpretação: Ney Matogrosso
Coitada
Da galinha-
D’Angola
Não anda
Regulando
Da bola
Não pára
De comer
A matraca
E vive
A reclamar
Que está fraca:
— “Tou fraca!
Tou fraca!”
O Peru
Glu! Glu! Glu!
Abram alas pro Peru!
O Peru foi a passeio
Pensando que era pavão
Tico-tico riu-se tanto
Que morreu de congestão.
O Peru dança de roda
Numa roda de carvão
Quando acaba fica tonto
De quase cair no chão.
A formiga
(Vinicius de Moraes - Paulo Soledade)
Interpretação: Clara Nunes
As coisas devem ser bem grandes
Pra formiga pequenina
A rosa, um lindo palácio
E o espinho, uma espada fina
A gota d’água, uma manso lago
O pingo de chuva, um mar
Onde um pauzinho boiando
É navio a navegar
O bico de pão, o Corcovado
O grilo, um rinoceronte
Uns grãos de sal derramados
Ovelhinhas pela monte
Os bichinhos e o homem
(Toquinho - Vinicius de Moraes)
Interpretação: Céu da Boca
Nossa irmã, a mosca
É feia e tosca
Enquanto que o mosquito
É mais bonito
É mais bonito
Nosso irmão besouro
Que é feito de couro
Mal sabe voar
Mal sabe voar
Mal sabe voar
Mal sabe voar
Nossa irmã, a barata
Bichinha mais chata
É prima da borboleta
Que é uma careta
Que é uma careta
Nosso irmão, o grilo
Que vive dando estrilo
Só pra chatear
Só pra chatear
Só pra chatear
Só pra chatear
E o bicho-do-pé
Que gostoso que ele é
Quando dá coceira
Coça que não é brincadeira
Nosso irmão carrapato
Que é um outro bicho chato
É primo-irmão do bacilo
Que é um irmão tranqüilo
Que é um irmão tranqüilo
E o homem que pensa tudo saber
Não sabe o jantar que os bichinhos vão ter
Quando o seu dia chegar
Quando o seu dia chegar
O filho que eu quero ter
(Toquinho - Vinicius de Moraes)
Interpretação: Paulinho da Viola
É comum a gente sonhar, eu sei
Quando vem o entardecer
Pois eu também dei de sonhar
Um sonho lindo de morrer
Vejo um berço e nele eu me debruçar
Com o pranto a me correr
E assim, chorando, acalentar
O filho que eu quero ter
Dorme, meu pequenininho
Dorme que a noite já vem
Teu pai está muito sozinho
De tanto amor que ele tem
De repente o vejo se transformar
Num menino igual a mim
Que vem correndo me beijar
Quando eu chegar lá de onde vim
Um menino sempre a me perguntar
Um porquê que não tem fim
Um filho a quem só queira bem
E a quem só diga que sim
Dorme, menino levado
Dorme que a vida já vem
Teu pai está muito cansado
De tanta dor que ele tem
Quando a vida enfim me quiser levar
Pelo tanto que me deu
Sentir-lhe a barba me roçar
No derradeiro beijo seu
E ao sentir também sua mão vedar
Meu olhar dos olhos seus
Ouvir-lhe a voz a me embalar
Num acalanto de adeus
Dorme, meu pai, sem cuidado
Dorme que ao entardecer
Teu filho sonha acordado
Com o filho que ele quer ter
Abertura
A arca desconjuntada
Parece que vai ruir
Aos pulos da bicharada
Toda querendo sair
Afinal, e não sem custo
Em longa fila, aos casais
Uns com raiva, outros com susto
Vão saindo os animais
Conduzidos por Noé
Ei-los em terra benquista
Que passam, passam até
Onde a vista não avista....
O Pintinho
As Frenéticas
Pintinho novo
Pintinho tonto
Não estás no ponto
Volta para o ovo
Eu não me calo
Falo de novo
Não banque o galo
Volta para o ovo
A tia raposa
Não marca tpuca
Tá so te olhando
Com água na boca
E se ligeiro você escapar
Tem um granjeiro
Que vai te adotar
O meu ovo tá estreitinho
Já me sinto um galetinho
Já posso sair sozinho
Eu já sou dono de mim
Vou ciscar pela cidade
Grão-de-bico em quantidade
Muito milho e liberdade
Por fim
Pintinho raro
Pintinho novo
Tá tudo caro
Volta para o ovo
E o tempo inteiro
Terás pintinho
Um cozinheiro
No teu caminho
Por isso eu te digo
E falo de novo
Pintinho amigo
Então volta para o ovo
Se de repente você escapar
Num forno quente você vai parar
Gosto muito dessa vida
Ensopada ou cozida
Até assada é divertida
Com salada e aipim
Tudo é lindo e a vida é bela
Mesmo sendo à cabidela
Pois será numa panela
Meu fim
Por isso eu digo
E falo de novo
Pintinho amigo
Então volta para o ovo
E se ligeiro
Você escapar
Tem um granjeiro que vai te adotar
O Peru
Elba Ramalho
Glu! Glu! Glu!
Abram alas para o peru!
Glu! Glu! Glu!
Abram alas para o peru!
O peru foi a passeio
Pensando que era pavão
Tico-tico riu-se tanto
Que morreu de congestão
O peru dança de roda
Numa roda de carvão
Quando acaba fica tonto
De quase cair no chão
Glu! Glu! Glu!
Abram alas para o peru!
Glu! Glu! Glu!
Abram alas para o peru!
O peru se viu um dia
Nas águas do ribeirão
Foi-se olhando, foi dizendo
Que beleza de pavão
Foi dormir, teve um sonho
Logo que o sol se escondeu
que sua cauda tinha cores
Como a desse amigo seu
A Formiga
Clara Nunes
As coisas devem ser bem grandes
Pra formiga pequenina
a rosa, um lindo palácio
E o espinho, uma espada fina
A gota d’água, um manso lago
O pingo de chuva, um mar
Onde um pauzinho boiando
É navio a navegar
O bico de pão o Corcovado
O grilo, um rinoceronte
Uns grãos de sal derramados
Ovelhinhas pelo monte
Cachorrinha
Tom Jobim
Mas que amor de cahorrinha!
Mas que amor de cachorrinha!
Pode haver coisa no mundo
Mais branca, mais bonitinha
Do que a tua bariguinha
Crivada de mamiquinha ?
Pode haver coisa no mundo
Mais travessa, mais tontinha
Quando vem fazer festinha
Remexendo a traseirinha ?
uau, uau, uau, uau!
uau, uau, uau, uau!
O Leão
Fagner
Leão ! Leão ! Leão !
Rugindo como um trovão
Deu um pulo, e era uma vez
Um cabritinho montês
Leão ! Leão ! Leão !
És o rei da criação
Tua goela é uma fornalha
Teu salto uma labareda
Tua garra, uma navalha
Cortando a presa na queda
Leão longe, leão perto
Nas areias do deserto
Leão alto, sobranceiro
Junto do despenhadeiro
Leão ! Leão ! Leão !
És o rei da criação
Leão na caça diurna
Saindo a correr da furna
Leão ! Leão ! Leão !
Foi Deus quem te fez ou não !
Leão ! Leão ! Leão !
És o rei da criação!
O salto do tigre é rápido
Como o raio, mas não há
Tigre no mundo que escape
Do salto que o leão dá
Não conheço quem defronte
O feroz rinoceronte
Pois bem, se ele vê o leão
Foge como um furacão
Leão ! Leão ! Leão !
És o rei da criação
Leão ! Leão ! Leão !
Foi Deus quem te fez ou não?
Leão se esgueirando à espera
da passagem de outra fera...
Vem um tigre, como um dardo
Cai-lhe em cima o leopardo
E enquanto brigam, tranquilo
O leão fica olhando aquilo
Quando se cansam, O Leão
Mata um com cada mão
Leão ! Leão ! Leão !
Foi Deus quem te fez ou não?
Leão ! Leão ! Leão !
Rugindo como um trovão.....
O Ar (O Vento)
Boca Livre
Estou vivo, mas não tenho corpo
Por isso é que eu não tenho forma
Peso eu também não tenho
Não tenho cor
Quando sou fraco
Me chamo brisa
E se assobio
Isso é comum
Quando sou forte
Me chamo vento
Quando sou cheiro
Me chamo pum!
A Galinha D’Angola
Ney Matogrosso
Coitada,coitadinha
Da galinha d’angola
Não anda ultimamente
Regulando da bola
Ela vende confusão
E compra briga
Gosta muito de fofoca
E adora intriga
Fala tanto
Que parece que engoliu uma matraca
E vive reclamando
Que está fraca
Tou fraca! Tou fraca!
Tou fraca! Tou fraca! Tou fraca!
Coitada,coitadinha
Da galinha d’angola
Não anda ultimamente
Regulando da bola
Come tanto
Até ter dor de barriga
Ela é uma bagunceira
De uma figa
Quando choca, cocoroca
Como milho e come caca
E vive reclamando
Que está fraca
Tou fraca! Tou fraca!
Tou fraca! Tou fraca! Tou fraca!
Os Bichinhos e o Homem
Céu da Boca
Nossa irmã, a mosca
É feia e tosca
Nosso irmão, o mosquito
É mais bonito
É mais bonito
Nosso irmão, o besouro
É feito de couro
Mal sabe voar
Mal sabe voar
Nossa irmã, a barata
Bichinha mais chata
É prima da borboleta
Que ma careta
Que é uma careta
Enquanto que ogrilo
Que vvie dando estrilo
Só pra chatear
Só pra chatear
E o bicho-do-pé
Que gostoso que ele é
Quando dá coceira
Coça que não é brincadeira
E nosso irmão carrapato
Que é um outro bicho chato
É primo-irmão do bacilo
Que é um irmão tranqüilo
Que é um irmão tranqüilo
E o homem que pensa tudo saber
Não sabe o jantar que os bichinhos vão ter
Quando os eu dia chegar
Quando o seu dia chegar
O Pingüim
Toquinho
Bom dia, pingüim
Onde vais assim
Com ar apressado?
Eu não sou malvado
Não fique assustado
Com medo de mim
Eu só gostaria
de dar um tapinha
No seu chapéu jaca
Ou bem de levinho
Puxar o rabinho
Da sua casaca
Quando você caminha
Parece o Chacrinha
Lelé da caixola
è um velho senhor
Que foi meu professor
No meu tempo de escola
Pingüim, meu amigo
Não zangue comigo
Nem perca a estribeira
Não me pergunte por quê
Mas todos põem você
Em cima da geladeira
O Girassol
Jane Duboc
Sempre que o sol
Pinta de anil
Todo o céu
O girassol
Fica um gentil
Carrossel
Fica um gentil
Carrossel
Roda, roda, roda
Carrossel
Roda, roda, roda
Rodador
Vai rodando, dando mel
Vai rodando, dando flor
Sempre que o sol
Pinta de anil
Todo o céu
O girassol
Fica um gentil
Carrossel
Fica um gentil
Carrossel
Roda, roda, roda
Carrossel
Gira, gira, gira
Girassol
Redondinho como o céu
Marelinho como o sol
O Porquinho
Grande Otelo
Muito prazer, sou o porquinho
Eu te alimento também
Meu couro bem tostadinho
Quem é que não sabe o sabor que tem
Se você cresce um pouquinho
O mérito, eu sei
Cabe a mim também
Se quiser, me chame
Te darei salame
E a mortadela
Branca, rosa e bela
Num pãozinho quente
Continuando o assunto
Te darei presunto
E na feijoada
Mesmo requentada
Agrado a toda gente
Sendo um porquinho informado
O meu destino bem sei
Depois de estar bem tostado
Fritinho ou assado
Eu partirei
Com a tia vaca do lado
Vestida de anjinho
Pro céu voarei
De rabo ao focinho
Sou todo tocinho
Bota malagueta
Em minha costeleta
Numa gordurinha
Que coisa maluca
Minha pururuca
É uma beleza
Minha calabresa
No azeite fritinha
O Filho Que Eu Quero Ter
Paulinho da Viola
É comum a gente sonhar, eu sei
Quando vem o entardecer
Pois eu também dei de sonhar
Um sonho lindo de morrer
Vejo um berço e nele eu me debruçar
Com o pranto a me correr
E assim, chorando, acalentar
O filho que eu quero ter
Dorme, meu pequenininho
Dorme, que a noite já vem
Teu pai está muito sozinho
De tanto amor que ele tem
De repente o vejo se transformar
Num menino igual a mim
Que vem correndo em beijar
Quando eu chegar lá de onde eu vim
Um menino sempre a me perguntar
Um por quê que não tem fim
Um filho a quem só queira bem
E a quem só diga que sim
Dorme, menino levado
Dorme, que a vida já vem
Teu pai está muito cansado
De tanta dor que ele tem
Quando a vida, enfim, me quiser levar
Pelo tanto que me deu
Senti-lhe a barba me roçar
No derradeiro beijo seu
E ao sentir também sua mão vedar
Meu olhar dos olhos seus
Ouvir-lhe a voz, a me embalar
Num acalanto de adeus
Dorme, meu pai, sem cuidado
Dorme, que ao entardecer
Teu filho sonha acordado
Com o filho que ele quer ter
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