sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

ROCHINHA - 93 ANOS DE IDADE



Domingo, dia dezessete de janeiro, meu pai completou 93 anos de idade. Professor Rochinha, um homem muita fé e grande luta, digno, um ser humano a quem todos nos orgulhamos e admiramos tanto.
Meu pai, um homem de família humilde que se fez pelo próprio esforço. Bancário, economista e professor bem sucedido, sempre nos ensinou o que é amor de verdade. Homem sensível e generoso que com dificuldade, além de criar seus filhos, abrigou tantos outros em sua casa, como também criou os filhos do coração: Zelma, Paulo, Nely, Berlanda, Diulinha, Crispina, Ana Lígia, Beth, Pelé, Paixão.
Contigo aprendi a desejar e fazer o bem para o próximo, a ser uma pessoa honesta e esforçada.
Todos aqueles que te conhecem podem atestar a tua firmeza de caráter, tua lealdade, tuas virtudes e teu exemplo de vida.
Pai, obrigada pelos dias gloriosos!!! Obrigada, pelo carinho que deste a minha mãe e a todos nós, por orientar o meu caminho,feito de lutas e incertezas, mas também de muitas esperanças e sonhos!
És o meu orgulho, o meu exemplo, o meu pai querido. Tu és um homem cheio de certezas, confiança, alegre, brincalhão.
Que Deus te dê muita saúde, paz e uma longa vida! Te amo, pai!
Adoro teu abraço aconchegante a me acolher, meu velho conselheiro e leal amigo. Infinita é a tua bondade e o teu coração.
Não foi a primeira vez que eu fiz isso, e sempre cada vez mais eu entendo que a verdade é quase sempre uma fogueira - e me lembro de "fogueira das vaidades"Pois eu defendo essa verdade seja onde e como for, como defendo meus ideais.Ele me disse q fui corajosa...será?talvez. Talvez eu tenha sido mesmo corajosa - porque apesar de tudo eu sempre assumo o que digo, mesmo que isso me doa. E tem gente tão acostumada a viver num mundo de joguinhos, mentiras, manipulações e incoerências, que ao se deparar com a verdade acha q é hipocrisia, que é joguinho.Se eu soubesse jogar tão bem assim, acredite, eu estaria bem melhor. Pois todo jogador que conheço ou de quem eu tenha ouvido falar, de vez em quando ganha alguma coisa.O que eu jogo sim é minha cara à tapa, meus sonhos no inverno e no verão, minhas vontades e minhas crenças, todas, aos pés de quem quiser ver e ouvir.Jogo minhas palavras quentes como bolo que acabou de sair do forno, tão logo elas tenham tido forma pelo pensamento.Jogo na cara do mundo a vontade que eu tenho de ver as pessoas a quem amo felizes, de VERDADE, seja como e onde for.Porque eu nao estive sempre ao lado de quem eu amo. Eu nao fiquei em casa todas as vezes. Eu mudei de casa, estado, cidade, humor, ânimo e sei la mais o quê, um milhão de vezes, e nesssas mudanças todas, muitas e muitas vezes eu abri mão de quem ou o que eu amava - porque apesar de toda minha malfalada loucura, sei entender qdo nao é mais meu lugar.Mas nao sei ver alguem enganar e mentir e usar, a seu bel prazer, alguém a quem amo.Isso sim me destrói e isso sim me faz atirar-me na maior das fogueiras. Quem me conhece um pouco sabe que sou assim - quem me conhece um pouco ja me viu chorar pela injustiça, mesmo uma injustiça que em nada me atingisse aparentemente. Dizem que o pior cego é aquele que nao quer ver? não acho.acho que o pior cego é o cego rodeado de "amigos" que não põe a cara a bater para ajuda-lo a enxergar. Se alguem fizer isso e ele quiser continuar cego... é só uma escolha.===========================E quem conviveu um pouco comigo sabe que eu nao acerto sempre, alias, eu erro muito, muito, muito, todos os dias, e assim vai a vida, assim vai meu caminho e um passo de cada vez eu vou seguindo e aprendendo.Nao tenho a pretensão de acertar sempre.Nao tenho a pretensão de ser compreendida, ou amada, ou odiada, ou seja la o que for. Tudo vem e vai..... não há meios de se controlar o tempo. Nao há meios de se controlar o destino. Há meios de se acreditar, ou nao, em um ideal, em força pra seguir em frente mesmo quando tudo desaba, mesmo quando o chão desaparece debaixo dos pés.Não sou forte nem sou fraca, corajosa nem medrosa, sou só eu mesma tentando viver segundo o que eu acredito. Se mudo de idéia? sim, muitas vezes - quem nao muda de ideia é porque nao tem ideias.

A escolha do Rei Arthur

A escolha do Rei Arthur
O jovem Rei Arthur foi surpreendido pelo monarca do reino vizinho enquanto caçava furtivamente num bosque. O Rei poderia tê-lo matado no ato, pois era o castigo para quem violasse as leis da propriedade, contudo se comoveu ante a juventude e a simpatia de Arthur e lhe ofereceu a liberdade, desde que no prazo de um ano trouxesse a resposta a uma pergunta difícil.
A pergunta era: O que querem as mulheres? Semelhante pergunta deixaria perplexo até o mais sábio, e ao jovem Arthur lhe pareceu impossível de respondê-la.
Contudo aquilo era melhor do que a morte, de modo que regressou a seu reino e começou a interrogar as pessoas: a princesa, a rainha, as prostitutas, os monges, os sábios, o bobo da corte, em suma, a todos e ninguém soube dar uma resposta convincente.
Porém todos o aconselharam a consultar a velha bruxa, porque somente ela saberia a resposta. O preço seria alto, já que a velha bruxa era famosa em todo o reino pelo exorbitante preço cobrado pelos seus serviços.
Chegou o último dia do ano acordado e Arthur não teve mais remédio senão recorrer a feiticeira. Ela aceitou dar-lhe uma resposta satisfatória, com uma condição: primeiro aceitaria o preço. Ela queria casar-se com Gawain, o cavaleiro mais nobre da mesa redonda e o mais intimo amigo do Rei Arthur!
O jovem Arthur a olhou horrorizado: era feíssima, tinha um só dente, desprendia um fedor que causava náuseas até a um cachorro, fazia ruídos obscenos... nunca havia topado com uma criatura tão repugnante.
Acovardou-se diante da perspectiva de pedir a um amigo de toda a sua vida para assumir essa carga terrível.
Não obstante, ao inteirar-se do pacto proposto, Gawain afirmou que não era um sacrifício excessivo em troca da vida de seu melhor amigo e a preservação da Mesa Redonda.
Anunciadas as bodas, a velha bruxa, com sua sabedoria infernal, disse: O que realmente as mulheres querem é Serem Soberanas de suas próprias vidas!!
Todos souberam no mesmo instante que a feiticeira havia dito uma grande verdade e que o jovem Rei Arthur estaria salvo.
Assim foi, ao ouvir a resposta, o monarca vizinho lhe devolveu a liberdade. Porém que bodas tristes foram aquelas.....toda a corte assistiu e ninguém sentiu mais desgarrado entre o alívio e a angústia, que o próprio Arthur. Gawain, se mostrou cortês, gentil e respeitoso.
A velha bruxa usou de seus piores hábitos, comeu sem usar talheres, emitiu ruídos e um mau cheiro espantoso. Chegou a noite de núpcias.
Quando Gawain, já preparado para ir para a cama, aguardava sua esposa, ela apareceu como a mais linda e charmosa mulher que um homem poderia imaginar! Gawain ficou estupefato e lhe perguntou o que havia acontecido.
A jovem lhe respondeu com um sorriso doce, que como havia sido cortês com ela, a metade do tempo se apresentaria horrível e outra metade com o aspecto de uma linda donzela.
Então ela lhe perguntou qual ele preferiria para o dia e qual para a noite. Que pergunta cruel...Gawain se apressou em fazer cálculos...
Poderia ter uma jovem adorável durante o dia para exibir a seus amigos e a noite na privacidade de seu quarto uma bruxa espantosa ou quem sabe ter de dia uma bruxa e uma jovem linda nos momentos íntimos de sua vida conjugal.
Vocês, o que teriam preferido? ... O que teriam escolhido?????A escolha que fez Gawain está, mais adiante, porém, antes tome a sua decisão. ATENÇÃO É MUITO IMPORTANTE QUE VOCÊ SEJA SINCERO.
O nobre Gawain respondeu que a deixaria escolher por si mesma. Ao ouvir a resposta, ela anunciou que seria uma linda jovem de dia e de noite, porque ele a havia respeitado e permitido ser SOBERANA DE SUA PRÓPRIA VIDA.
MORAL DA HISTÓRIA... Não importa se a mulher é bonita ou feia ... no fundo ela é sempre uma bruxa ou uma fada... ela se transformará de acordo com a forma que você a tratar...
A estória mesmo sendo direcionada a mulher, é uma verdade universal, válida a todos os seres vivos. Um desejo comum a todos é o de ser soberano de sua própria vida.
"Morre lentamente quem não viajaQuem não lê,Quem não ouve música,Quem não encontra graça em si mesmo.Morre lentamente,Quem destrói seu amor próprio,Quem não se deixa ajudar.Morre lentamente,Quem se transforma em escravo do hábito,Repetindo todos os dias os mesmos trajectos,Quem não muda de marca,Não se arrisca a vestir uma nova cor,Ou não conversa com quem não conhece.Morre lentamente,Quem evita uma paixão e seu redemoinho de emoções,Justamente as que resgatam o brilho dos olhos,E os corações aos tropeços.Morre lentamente,Quem não vira a mesa quando está infeliz,Com o seu trabalho, ou amor,Quem não arrisca o certo pelo incerto,Para ir atrás de um sonho,Quem não se permite,Pelo menos uma vez na vida,Fugir dos conselhos sensatos…"Pablo Neruda

Sobre o amor

Algumas pessoas chamam de amor esse querer escravo, e pensam que o amor é alguma coisa que pode ser definida, explicada, entendida, julgada. Pensam que o amor já estava pronto, formatado, inteiro, antes de ser experimentado, mas é exatamente o oposto. Para mim, que o amor se manifesta, a virtude do amor é sua capacidade potencial de ser construido, inventado e modificado, o amor está em movimento eterno, em velocidade infinita, o amor é um móbile. Como fotografá-lo? Como percebê-lo? Como se deixar sê-lo? E como impedir que a imagem sedentária e cansada do amor não nos domine? Minha respota? O amor é o desconhecido. Mesmo depois de uma vida inteira de amores, o amor será sempre o desconhecido. A força luminosa que ao mesmo tempo cega e nos dá uma nova visão. A imagem que eu tenho do amor é a de um ser em mutação. O amor quer ser interferido, quer ser violado, quer ser transformado a cada instante. A vida do amor depende dessa interferência. A morte do amor é quando, diante do seu labirinto, decidimos caminhar pela estrada reta. Ele nos oferece seus oceanos de mares revoltos e profundos e nós preferimos o leito de um rio, com inicio, meio e fim. Não, não podemos subestimar o amor. Não podemos castrá-lo. O amor não é orgânico. Não é meu coração que sente o amor. É a minha alma que o saboreia. Não é no meu sangue que ele ferve. O amor faz sua fogueira dionisíaca no meu espirito. Sua força se mistura com a minha e nossas pequenas fagulhas ecoam pelo céu como se fossem novas estrelas recém-nascidas. O amor brilha, como uma aurora colorida e misteriosa, como um crespúsculo inundado de beleza e despedida, o amor grita seu silêncio e nos dá sua música. Nós dançamos sua felicidade em delírio porque somos o alimento preferido do amor, se estivermos também a devorá-lo. O amor, eu não conheço, e é exatamente por isso que o desejo e me jogo do seu abismo, me aventurando ao seu encontro. A vida só existe quando o amor a navega. Morrer de amor é a substância de que a vida é feita, ou melhor, só se vive no amor. E a língua do amor é a língua que eu falo e escuto.

Vc é especial para mim

Tem gente que tem cheiro de passarinho quando canta.De sol quando acorda. De flor quando ri. Ao lado delas, a gente se sente no balanço de uma rede que dança gostoso numa tarde grande, sem relógio e sem agenda. Ao lado delas, a gente se sente comendo pipoca na praça. Lambuzando o queixo de sorvete. Melando os dedos com algodão doce da cor mais doce que tem pra escolher. O tempo é outro. E a vida fica com a cara que ela tem de verdade, mas que a gente desaprende de ver. Tem gente que tem cheiro de colo de Deus. De banho de mar quando a água é quente e o céu é azul. Ao lado delas, a gente sabe que os anjos existem e que alguns são invisíveis. Ao lado delas, a gente se sente chegando em casa e trocando o salto pelo chinelo. Sonhando a maior tolice do mundo com o gozo de quem não liga pra isso. Ao lado delas, pode ser abril, mas parece manhã de Natal do tempo em que a gente acordava e encontrava o presente do Papai Noel. Tem gente que tem cheiro das estrelas que Deus acendeu no céu e daquelas que conseguimos acender na Terra. Ao lado delas, a gente não acha que o amor é possível, a gente tem certeza. Ao lado delas, a gente se sente visitando um lugar feito de alegria. Recebendo um buquê de carinhos. Abraçando um filhote de urso panda. Tocando com os olhos os olhos da paz. Ao lado delas, saboreamos a delícia do toque suave que sua presença sopra no nosso coração. Tem gente que tem cheiro de cafuné sem pressa. Do brinquedo que a gente não largava. Do acalanto que o silêncio canta. De passeio no jardim. Ao lado delas, a gente percebe que a sensualidade é um perfume que vem de dentro e que a atração que realmente nos move não passa só pelo corpo. Corre em outras veias. Pulsa em outro lugar. Ao lado delas, a gente lembra que no instante em que rimos Deus está conosco, juntinho ao nosso lado. E a gente ri grande que nem menina arteira...