Como jogador, Dunga sempre chamou a atenção pela liderança em campo. Volante duro na marcação, não hesitava em tentar lançamentos para os companheiros da frente, nem em desferir potentes chutes com a perna direita.
Ficou internacionalmente conhecido quando foi convocado para disputar a Copa do Mundo de 1990 na Itália pela Seleção Brasileira. O técnico Sebastião Lazaroni, querendo transformar o jeito do Brasil jogar, que nas duas Copas anteriores com Telê Santana havia sido acusado de perder por se preocupar apenas em jogar bonito, convocou jogadores mais aguerridos e fortes na marcação. Dentre estes novos jogadores, o que chamou mais atenção foi Dunga. Daí logo a imprensa apelidar a nova filosofia de jogo como sendo próprio da "Era Dunga". A derrota na Copa e esse rótulo infeliz trouxeram grandes dissabores para o jogador. Mas em 1994 ele retornaria para uma nova chance. E desta vez não decepcionou: com a faixa de capitão ergueu a taça do mundo do Brasil tetracampeão. Diga-se de passagem que além da liderança do time, Dunga fora ainda incumbido de outra espinhosa missão, na qual também se saiu bem: foi o companheiro de quarto de Romário, a fim de segurar na linha o indisciplinado mas indispensável jogador. Em 1998 Dunga disputaria a sua terceira Copa. Mostrando toda a garra e vontade de vencer de sempre, desta vez Dunga acabou exagerando e foi flagrado pelas câmaras de televisão dando uma cabeçada em Bebeto, durante uma discussão em pleno jogo enquanto a bola estava parada (ref.: [1]). Constrangido, Dunga acabou se sentido isolado e diminuiu seu ímpeto. Dunga retornaria ao Internacional, no qual fez 3 gols na sua ultima passagem. O primeiro foi de falta num Grenal na Copa Sul que terminou 2x0 para o Inter. Num clássico Grenal levou um "chapéu" do futuro craque Ronaldinho Gaúcho, o que marcou muito o final de sua carreira como jogador. Porém deu a volta por cima ao fazer o gol que livrou o Inter do rebaixamento no Brasileiro, contra o Palmeiras na última rodada da competição. E em 2000 fez seu último gol contra o 15 de Novembro, jogo no qual o Inter venceu por 3x0. Mas Dunga nunca foi esquecido, e num dos momentos mais tristes para a torcida, quando o Brasil perdeu a Copa de 2006, quando era amplamente favorito, mas não apresentou um futebol digno, muitos acreditavam que aquela seleção carecia de uma voz forte de comando, diferente da de Parreira. Surpreendentemente, Dunga voltou para a Seleção Brasileira, desta vez como treinador, com a missão de mexer com o brio dos jogadores e montar novamente um time competitivo e vencedor. Seu discurso sempre se caracterizou por priorizar o orgulho de vestir a camisa amarela, além de uma certa implicância com a imprensa, com a qual Dunga frequentemente tem problemas a respeito de perguntas que ele não gosta. Suas entrevistas normalmente são um tanto quanto padronizadas, sem que ele exponha seus pensamentos a respeito do esquema tático da Seleção brasileira ou de seus adversários.
Administração
Em 24 de Julho de 2006, Dunga foi nomeado como o novo treinador da Seleção Brasileira de Futebol, substituindo Carlos Alberto Parreira, embora não tivesse nenhuma pré-experiência profissional no cargo. No entanto, surpreendeu a crítica quando ganhou seguidamente em seus primeiros cinco jogos. Zagallo recentemente declarou que o trabalho de Dunga tem sido satisfatório. Seu primeiro jogo no cargo foi contra a Noruega, em Oslo, em 16 de Agosto (o resultado foi um empate de 1 a 1). Sua segunda partida foi realizada contra a arque-inimiga Argentina, que terminou derrotada por 3-0, em 3 de Setembro, no Emirates Stadium. Em 5 de Setembro derrotaram o Gales por 2-0 no terreno do White Hart Lane. Mais tarde, derrotaram o Equador por 2-1, e tiveram uma vitória em cima da Suíça, por 2-1.
Nota: Para outros significados de Dunga, veja Dunga (desambiguação).
Dunga
Informações pessoais
Nome completo Carlos Caetano Bledorn Verri
Data de nasc. 31 de outubro de 1963 (46 anos)
Local de nasc. Ijuí (RS), Brasil
Altura 1,76 m
Peso 70 kg
Apelido Dunga
Informações atuais
Clube atual Brasil
Posição Treinador (ex-volante)
Clubes profissionais
Anos Clubes Jogos (golos)
1983–1984
1984–1985
1986
1987
1987–1988
1988–1992
1992–1993
1993–1995
1995–1998
1999–2000 Internacional
Corinthians
Santos
Vasco da Gama
Pisa
Fiorentina
Pescara
Stuttgart
Júbilo Iwata
Internacional 010 0(0)
013 0(1)
015 0(1)
017 0(1)
023 0(2)
124 0(8)
023 0(3)
053 0(7)
099 (16)
020 0(3)
Seleção nacional
1987–1998 Brasil 096 0(7)
Times que treinou
Anos Clubes Jogos
2006–
2008 Brasil
Brasil Olímpico 053 (37V, 11E, 5D)
009 (08V, 00E, 1D)
[Expandir]Medalhas
Jogos Olímpicos
Prata Los Angeles 1984 Equipe (jogador)
Bronze Pequim 2008 Equipe (treinador)
Última atualização: 2 de março de 2010
Carlos Caetano Bledorn Verri, mais conhecido como Dunga (Ijuí, 31 de outubro de 1963), é um treinador e ex-futebolista brasileiro que atuava como volante. Atualmente, dirige a Seleção Brasileira.
Dunga tem ascendência alemã e italiana. Como jogador, sua maior conquista foi a Copa do Mundo de 1994, disputada nos Estados Unidos, sendo o capitão da equipe. Como treinador, teve sua nomeação para ser o técnico do Brasil em 24 de julho de 2006, conquistando até então a Copa América de 2007 e a Copa das Confederações de 2009.
Foi considerado pela Revista Época um dos 100 brasileiros mais influentes do ano de 2009.
Como Dunga não é afeito a surpresas, o time do Brasil para a estreia no Mundial, em 15 de junho, contra a Coreia Norte, já está praticamente escalado. Quem quiser preencher logo o álbum de figurinhas da Copa não deve desprezar na coleção as fotos do lateral-esquerdo Michel Bastos e do meia Elano. São os mais cotados para ocupar as posições que ainda possam suscitar alguma dúvida.
Michel Bastos atuou nas últimas três partidas sob o comando de Dunga, enquanto Gilberto, seu concorrente na lateral-esquerda, não inicia um jogo pela seleção desde junho de 2008. No meio-de-campo, o técnico superlotou o setor com jogadores de pouca aptidão para criar. Kaká é a exceção. Ao lado do craque do Real Madrid , Elano surge com amplo favoritismo para formar a dupla que alimentará Luís Fabiano e Robinho, os dois titulares do ataque. Se Dunga tivesse cedido ao clamor de milhares de brasileiros pela presença Paulo Henrique Ganso na lista dos 23 convocados para a Copa, Elano estaria sob riscos mais claros de não iniciar o jogo contra a Coreia do Norte. Agora, seu único rival na luta pela vaga de titular é Ramires, que parece menos credenciado no momento. Excluindo-se a lateral-esquerda, a defesa do Brasil para o Mundial pode ser decorada até pelos mais desavisados. Julio Cesar é considerado por boa parte da crítica internacional como o melhor goleiro do mundo na atualidade. Maicon, na lateral-direita, não deixa saudade de Cafu - pelo menos no vigor com que atua. A dupla de zaga sempre foi a preferida de Dunga. Lúcio e Juan não atuaram juntos tantas vezes nos últimos anos por causa de contusões seguidas de Juan. Mas ele parece agora em boas condições e deve seguir com Lúcio desde a estreia do Brasil até o final da participação da seleção na Copa, salvo evidentemente alguma contusão ou punição. Os volantes também são figurinhas carimbadas, principalmente Gilberto Silva, credenciado para a sua terceira Copa do Mundo . Felipe Melo ganhou a confiança de Dunga no ano passado. Firmou-se na equipe. Em algumas entrevistas antes mesmo da convocação definitiva, Dunga explicou que levaria dois jogadores por posição. Isso significa que, na maior parte das vezes, vai optar por "trocar seis por meia dúzia" nos testes que ainda pretende fazer em dois amistosos - na África, ainda sem adversário definido - até o Mundial ou nos jogos da Copa. Essas medidas, no entanto, não devem ser consideradas como regra Dunga já viu e aprovou Daniel Alves como meia. O reserva de Maicon é um jogador versátil. Atua ainda na lateral-esquerda, é bom cobrador de faltas, eficiente na marcação e muito bom no apoio. Se Elano não corresponder, pode perder a vaga para o lateral-direito do Barcelona . A versatilidade de outros convocados vai ser um trunfo de Dunga durante o Mundial. Elano, Júlio Baptista, Kleberson e Ramires, por exemplo, podem jogar como volantes ou meias. No caso de Júlio Baptista, uma eventual escalação sua no ataque não seria nada improvável. Dunga não anunciará a escalação tão cedo. Vai esperar testes físicos e clínicos do grupo em Curitiba, entre 21 e 26 de maio, e deve testar duas formações nos dois amistosos que serão realizados possivelmente na primeira semana de junho. Mas já tem a equipe pronta em sua cabeça. (Sílvio Barsetti - AE) Autor: Vinculado ao Cruzeiro do Sul