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terça-feira, 18 de maio de 2010
D U N G A
Como jogador, Dunga sempre chamou a atenção pela liderança em campo. Volante duro na marcação, não hesitava em tentar lançamentos para os companheiros da frente, nem em desferir potentes chutes com a perna direita.
Ficou internacionalmente conhecido quando foi convocado para disputar a Copa do Mundo de 1990 na Itália pela Seleção Brasileira. O técnico Sebastião Lazaroni, querendo transformar o jeito do Brasil jogar, que nas duas Copas anteriores com Telê Santana havia sido acusado de perder por se preocupar apenas em jogar bonito, convocou jogadores mais aguerridos e fortes na marcação. Dentre estes novos jogadores, o que chamou mais atenção foi Dunga. Daí logo a imprensa apelidar a nova filosofia de jogo como sendo próprio da "Era Dunga".
A derrota na Copa e esse rótulo infeliz trouxeram grandes dissabores para o jogador. Mas em 1994 ele retornaria para uma nova chance. E desta vez não decepcionou: com a faixa de capitão ergueu a taça do mundo do Brasil tetracampeão. Diga-se de passagem que além da liderança do time, Dunga fora ainda incumbido de outra espinhosa missão, na qual também se saiu bem: foi o companheiro de quarto de Romário, a fim de segurar na linha o indisciplinado mas indispensável jogador.
Em 1998 Dunga disputaria a sua terceira Copa. Mostrando toda a garra e vontade de vencer de sempre, desta vez Dunga acabou exagerando e foi flagrado pelas câmaras de televisão dando uma cabeçada em Bebeto, durante uma discussão em pleno jogo enquanto a bola estava parada (ref.: [1]). Constrangido, Dunga acabou se sentido isolado e diminuiu seu ímpeto.
Dunga retornaria ao Internacional, no qual fez 3 gols na sua ultima passagem. O primeiro foi de falta num Grenal na Copa Sul que terminou 2x0 para o Inter. Num clássico Grenal levou um "chapéu" do futuro craque Ronaldinho Gaúcho, o que marcou muito o final de sua carreira como jogador. Porém deu a volta por cima ao fazer o gol que livrou o Inter do rebaixamento no Brasileiro, contra o Palmeiras na última rodada da competição. E em 2000 fez seu último gol contra o 15 de Novembro, jogo no qual o Inter venceu por 3x0.
Mas Dunga nunca foi esquecido, e num dos momentos mais tristes para a torcida, quando o Brasil perdeu a Copa de 2006, quando era amplamente favorito, mas não apresentou um futebol digno, muitos acreditavam que aquela seleção carecia de uma voz forte de comando, diferente da de Parreira. Surpreendentemente, Dunga voltou para a Seleção Brasileira, desta vez como treinador, com a missão de mexer com o brio dos jogadores e montar novamente um time competitivo e vencedor.
Seu discurso sempre se caracterizou por priorizar o orgulho de vestir a camisa amarela, além de uma certa implicância com a imprensa, com a qual Dunga frequentemente tem problemas a respeito de perguntas que ele não gosta. Suas entrevistas normalmente são um tanto quanto padronizadas, sem que ele exponha seus pensamentos a respeito do esquema tático da Seleção brasileira ou de seus adversários.
Administração
Em 24 de Julho de 2006, Dunga foi nomeado como o novo treinador da Seleção Brasileira de Futebol, substituindo Carlos Alberto Parreira, embora não tivesse nenhuma pré-experiência profissional no cargo. No entanto, surpreendeu a crítica quando ganhou seguidamente em seus primeiros cinco jogos. Zagallo recentemente declarou que o trabalho de Dunga tem sido satisfatório.
Seu primeiro jogo no cargo foi contra a Noruega, em Oslo, em 16 de Agosto (o resultado foi um empate de 1 a 1). Sua segunda partida foi realizada contra a arque-inimiga Argentina, que terminou derrotada por 3-0, em 3 de Setembro, no Emirates Stadium. Em 5 de Setembro derrotaram o Gales por 2-0 no terreno do White Hart Lane. Mais tarde, derrotaram o Equador por 2-1, e tiveram uma vitória em cima da Suíça, por 2-1.