quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

PROJETO HIGIENE ATRAVÉS DE MÚSICAS INFANTIS


Hábitos de Higiene através de Músicas Infantis
Introdução
O presente artigo resultou de trabalho desenvolvido na escola onde os professores tem como objetivo a promoção da saúde das crianças. Após observar dificuldades para desenvolver ações de higienização com as crianças, optou-se por usar a música como fonte de estímulo.
A escola é uma instituição que tem por objetivo não só o cuidado das crianças, mas também a educação e o desenvolvimento das mesmas. Dessa maneira os profissionais devem buscar meios para estimular a educação e o desenvolvimento adequado dessas crianças. As músicas infantis, além de promover um ambiente agradável e bem-estar das crianças, pode ser
um instrumento interessante nessa busca ao melhorar as capacidades de socialização, autoconfiança e auto-estima (DELISA, 1992).
A música representa uma importante fonte de estímulos, equilíbrio e felicidade para a criança (ANDRADE, 2000). Assim, na Educação Infantil, os fatos musicais devem induzir ações, comportamentos motores e gestuais (ritmos marcados caminhando, batidos com as mãos, e até mesmo falados) (DELISA, 1992), inseparáveis da educação perceptiva propriamente dita. Até o
primeiro ano de vida, as janelas escancaradas são as dos sentidos. Contar histórias, colocar música na vitrola, agarrar e beijar, brincar com a fala são estímulos que ajudam o aperfeiçoamento das ligações neurais das regiões sensoriais do cérebro.
As crianças entre dois e três anos, por brincarem muitas vezes no chão e por terem o hábito de levar vários objetos à boca, têm aí uma via importante de infecção. Sabendo disso, o educador não pode descuidar da higiene fundamental. Assim, buscou-se, além da educação das crianças,
a orientação adequada da educadora.
Por seu poder criador e liberador, a música torna-se um poderoso recurso educativo a ser utilizado na Pré-Escola (CAMPOS, 2005). É preciso que a criança seja habituada a expressar-se musicalmente desde os primeiros anos de sua vida, para que a música venha a se constituir
numa faculdade permanente de seu ser (LOPEZ, 1998).

JUSTIFICATIVA:

Tendo em vista a necessidade de conscientizar os educando e seus pais sobre a importância da higiene para uma boa saúde consideramos de suma importância trabalharmos o projeto higiene.

RESUMO: O projeto de musicalização na Educação Infantil está relacionado a uma motivação diferente do ensinar, em que é possível favorecer a auto-estima, a socialização e o desenvolvimento do gosto e do senso musical das crianças dessa fase. Com base nessa afirmação, as professoras colheram informações sobre a melhor forma de ensinar com música; trabalhando detalhadamente a letra, a melodia e o seu grau de ludicidade.
Dessa forma, viram também a importância do movimento, dos gestos e do imitar, podendo diagnosticar novas capacidades das crianças, além do interesse musical. As professoras que já realizam este trabalho atentam para um detalhe importante: Para a transmissão desse tipo de conhecimento é necessário utilizar uma metodologia adequada, dividindo a música em partes, repetindo cada parte aprendida várias vezes, isoladamente e em seguida junto com as demais. Em seguida, relatam atividades trabalhadas .

Palavras-chave: Música, ludicidade, interação, criança, higiene


OBJETIVOS:
. proporcionar o bem-estar das crianças fazendo com que o ambiente passe a ser mais agradável, onde elas se habituem sem resistências a hábitos simples de autocuidado como escovação dos dentes e lavagem das mãos.


METODOLOGIA:
Eis aqui algumas informações que facilitarão o trabalho realizado com osalunos. São informações variadas, enfocando sempre a prática da higiene corporal.Vale lembrar que, nós, educadores, somos o exemplo vivo para os alunos,portanto, assim como orientá-los, devemos praticar corretamente as normas dehigiene.
Banho: A pele tem milhões de glândulas especiais que produzem suor, eoutras que produzem uma substância parecida com o sebo. A falta de banhoprovoca o acúmulo gradativo dessas substâncias, que se somam às sujeirasexteriores (poeiras, terra, areia, etc.). A conseqüência é o aparecimento deassaduras, além do odor (mau cheiro) desagradável, e o risco de aparecimentode piolhos e sarna. Frisar a importância do banho diário em países de climaquente, como no nosso, e destacar o banho de chuveiro, que é mais higiênico.De acordo com as necessidades locais, ensinar a fazer um chuveiro de lata.SUGESTÕES:
Realize na sala de aula a "Feira do banho", trazendo todos osobjetos envolvidos na higiene corporal.
Monte-os num pequeno balcão e esta exposição poderá ser usada toda vez queo assunto permitir.
Unhas: Cortar as unhas e mantê-las sempre limpas são medidas importantespara prevenir certas doenças. Quando a pessoa coloca a mão na boca, asujeira armazenada debaixo das unhas pode dar origem a verminose e outrasdoenças intestinais. Além disso, valorizar os aspectos estéticosrelacionados à beleza das unhas. E procurar eliminar o hábito de roer unhas.
Vestuário: O corpo humano regula, automaticamente, sua temperatura quandoexposto ao frio ou calor. Entretanto, quando há exposição aos excessos detemperatura, podem surgir alterações no organismo. Mostre que o vestuário éimportante na manutenção da temperatura corporal.SUGESTÕES:
Utilize cartazes ou murais para mostrar hábitos de vestuáriosdo Brasil e de outros países, sob as mais diferentes condições climáticas.
Mostre a importância do sol na higiene da roupa.
Destaque a necessidade de se usarem roupas sempre limpas, e de ter umlugar para guardar roupas sujas.
Mostre a necessidade de andar calçado. Se os pés não estiverem protegidos,correm o risco de sofrer muitas agressões ou machucados, por pregos,espinhos, pedras, etc.
Além disso, os pés descalços são portas abertas às verminoses (amarelão,lombriga, solitária) e outras doenças, como o tétano.
Dentes: Existe uma íntima relação entre dentes bem cuidados e boa saúde.A pessoa com dentes estragados não mastiga direito; a qualquer momentopode sofrer violentas dores; e existe sempre o perigo de doenças muito sérias, como reumatismo infeccioso, que pode ter nos dentes podres a sua origem.Mostre ao aluno que a cárie é o resultado da ação dos micróbios sobre restos de alimentos retidos entre os dentes. Portanto, a limpeza correta dos dentesimpede a formação das cáries. É importante mostrar aos alunos que os dentes de leite devem ser cuidados da mesma forma que os dentes permanentes.Essa importância decorre não só da necessidade de se criarem bons hábitos higiênicos, mas também do fato de que o dente de leite estragado pode afetar o organismo, inclusive prejudicando os novos dentes que virão.Destaque os fatores estéticos e emocionais relacionados com os bons dentes:a beleza de um sorriso; o mal-estar causado a sim e aos outros pelo mau hálito.
Cabelos: Devem ser cortados habitualmente. E lavados com shampoo ou sabão diariamente, ou então, duas vezes por semana.Destacar os fatores estéticos relacionados com cabelos limpos, cheirosos e bem cortados.Mostrar os riscos de cabelos grandes e sujos, que facilitam a proliferação de piolhos.
QUESTIONAMENTOS:
Levar o aluno a refletir e questionar sobre suas atitudes higiênicas.O que posso fazer para conservar meu corpo limpo?Que cuidados devo ter com meus cabelos, unhas e dentes?Qual a melhor maneira de limpar as orelhas?Como devo conservar os meus pés? Por que?Como devem ser estar as roupas que uso par ir à escola?Que roupas devo usar para dormir?E para passear?Como devem ser as roupas nos dias de frio e calor?O professor deve também estar atento a toda e qualquer modificação no estado geral de seus alunos, pois, alteração na temperatura do corpo, dor de garganta, palidez, dor de cabeça, náuseas, vômitos, diarréias, podem ser sinais e sintomas de doenças transmissíveis.



Foram utilizadas músicas infantis educativas nos horários de lanche Inicialmente, foi tocada uma música com o tema de lavagem das mãos e todas as crianças foram encaminhadas à torneira para realizarem a lavagem da mesma maneira que ensinado na música. Posteriormente, ao terminarem a refeição foi tocada outra música com o tema da escovação dos dentes e assim como na lavagem das mãos, elas escovaram os dentes da maneira como foi ensinada na música.
Após trabalhar o conteúdo em sala de aula por meio de conversa, texto, questionários, cartazes, os alunos farão no computador (nas aulas de informática) desenhos dos amigos da higiene e escrever os nomes de cada um e dizer para que serve.
Músicas utilizadas
Hélio Ziskind - Ratinho Tomando Banho
by Hélio Ziskind
Tchau preguiça
Tchau sujeira
Adeus cheirinho de suor
Oh...
Lava lava lava
Lava lava lava
Uma orelha uma orelha
Outra orelha outra orelha
Lava lava lava lava
Lava a testa, a bochecha,
Lava o queixo
Lava a coxa
E lava até...
Meu pé
Meu querido pé
Que me agüenta o dia inteiro
Oh Oh
E o meu nariz
Meu pescoço
Meu tórax
O meu bumbum
E também o fazedor de xixi
Oh...
La la
Laia laia la
Laia la la la
Laia la
La la la la la
Hum... Ainda não acabou não
Vem cá vem... vem
Uma enxugadinha aqui
Uma coçadinha ali
Faz a volta e põe a roupa de paxá
Ahh!
Banho é bom
Banho é bom
Banho é muito bom
Agora acabou!

Hélio Ziskind - Ratinho Escovando Os Dentes
by Hélio Ziskind
Nhau!
Nham nham nham
Nhau
Legal
- Nós...
- Somos...
- Ai, vocês são quem?
- Os restos...
- Cuidado dente!
- Nós somos os restos de comida
Nós vamos grudar em você
- A escova não me alcança...
A escova não me alcança...
A escova não me ... oh...
Quando eu pego a minha escova
Eu já penso em rock and roll
rock rock
rock rock
rock rock
E lá no cantinho eu limpo com o fio dental
E é tanto rock rock que eu fico assim:
BRANCÃO
Branco como o coco
Branco como o leite
Branco como o dente é
BRANCÃO
Oh... Yeah...

Arnaldo Antunes - Lavar As Mãos
by Arnaldo Antunes
Uma,
Lava outra,
Lava uma,
Lava outra,
Lava uma, [mão]
Lava outra, [mão]
Lava uma, [mão]
Lava outra, [mão]
Lava uma.
Depois de brincar no chão de areia a tarde inteira
Antes de come, bebe, lambe, pega na mamadeira,
Lava uma, [mão]
Lava outra, [mão]
Lava uma
Lavo outra, [mão]
Lava uma.
A doença vai embora junto com a sujeira
Verme bactéria manda embora embaixo da torneira
Água uma,
Água outra,
Água uma [mão],
Água outra,
Água uma
Na segunda, terça, quarta, quinta e sexta-feira
Na beira da pia, tanque, bica, bacia, banheira
Lava uma [mão]
[mão]
[mão]
[mão]
Água uma, [mão]
Lava outra, [mão]
Lava uma, [mão]
Lava outra, lava uma.

Conhecimento popular-O sapo não lava o pé
O sapo não lava o pé
Não lava porque não quer
Ele mora lá na lagoa
E não lava o pé porque não quer
Mas que chulé!!

- Como você deseja desenvolver um Projeto, sugiro que "trabalhe" uma brincadeira por dia até completar o CD...Faixas do CD:1. Pique Alto2. Bobinho3. Bambolê4. Dança da Cadeira5. Pula Corda6. Dança da Laranja7. Cabo de Guerra8. Bola com a Boca9. Pedra, Papel e Tesoura10. Morto-Vivo11. Amarelinha 12. Sala da Mista13. Gato Mia14. A Linda Rosa Juvenil (Dá para "imitar" a coreografia utilizada no DVD! É uma graça!)15. Brincar de Sonhar (Como é a última música e o último dia do Projeto, você poderia criar situações de "relaxamento" com as crianças, algum tempo antes do término da aula... Que tal?)- Para cada faixa do CD trabalhe o título da música explorando-a o quanto puder...! Por exemplo, a primeira música é Pique Alto, então trabalhe esta palavra durante toda a aula com as crianças! - Não fique só em sala de aula! Leve-os ao Pátio para brincar de Pique alto!- Explore a palavra formando frases com sílabas previamente recortadas pelos alunos (podem ser retiradas de jornal, feitas no computador ou escritas de canetinha pelos alunos);- Faça "assimilações" das sílabas da palavra com o nome dos alunos. Por exemplo, o "P" de pique também é visto no nome do Paulo, do Pablo, etc.- Por último, peça que "ilustrem" a brincadeira (que já brincaram no pátio no início da aula!) Pique alto!- Com a ilustração de cada brincadeira, monte um Livro de Preferências com a Turma!Há diversas opções de Músicas Infantis que você pode trabalhar... Por exemplo, Músicas Clássicas, Cantigas de Roda, Palavra Cantada, Xuxa, etc...Bem, para "montar" a minha resposta "tomarei" Xuxa como "base", OK?No mais recente trabalho de Xuxa (XSPB 7, Brincadeiras) há exemplos de brincadeiras bem conhecidas, então utilize-as com as crianças...!
Selecionar as músicas, aquelas que contam histórinhas infantis são muito apreciadas, têm tambem musicas do folclore. É preciso que as canções estejam ao nível de idade e entendimento das crianças.Tempo do projeto,é importante para não se perder no caminho.Apresente a letra, leia,mostre personagens,cante devagar se eles já souberem fica fácil, senâo, vá colocando letra e melodia aos poucos.O importante é que as crianças se envolvam e isso acontecerá se a canção tiver ritmo e uma mensagem legal.Desenhos da música feitos por elas, desenhos para pintar, personagens para montar, quebra cabeça com o(os) personagens, desenhar ou contar na hora da conversa o que entendeu e gostou.Comparar com a próxima canção....Mostrar ou falar sobre os instrumentos musicais, perguntar o que conhecem........

Brincar é um direito da criança. Deixe a turma se divertir em classe e aprenda a usar essa atividade nas aulas.
Se você leciona para crianças da Educação Infantil, já deve ter refletido sobre a importância da
musicalização na vida de seus alunos. E já pensou em usar essa atividade nas aulas?
Ela é ótima para transmitir conteúdos, conhecer a personalidade das crianças e saber quais são as dúvidas e o conhecimento delas.
Cantando e gesticulando a criança aprende a lidar com o mundo e forma sua personalidade.
Com base nessas idéias, resolvemos realizar o projeto de musicalização, ora proposto no Referencial Curricular da Educação Infantil.
Percebendo que o trabalho com música na Educação Infantil é prioridade para fortalecer a auto estima, a socialização infantil, o desenvolvimento do gosto e do senso musical e a formação da cultura no ser humano, resolvemos “arregaçar as mangas” e partir para o trabalho.
Colhendo informações, consultamos alguns psicólogos da música, que são unânimes em afirmar que as crianças expostas a um ambiente auditivo e musicalmente rico desenvolvem-se mais rapidamente
do que aquelas que não têm um ambiente favorável nesse particular.
Dentre as informações colhidas, consideramos que, para ensinar música, devemos atentar para
alguns detalhes como: a letra, a melodia e o seu grau de ludicidade. Por exemplo:
A letra - Deve estar de acordo com a realidade da criança, com a sua faixa etária, com seus
interesses e deve, principalmente, ser de fácil entendimento.
A melodia - O que acontece na maioria das canções, melodias, músicas infantis é que cada um
canta “o que quer” ou “como entendeu que é certo”. Para que não exista uma diferença tão grande faz-se necessário conhecer a melodia correta, com seus tons altos, baixos, graves, agudos e, ao cantar, devemos entrar no tom da criança, que nem sempre é compatível com o nosso. Mas não podemos “sacrificar” nossos alunos com melodias extensas e com grande variação de tons.
Grau de ludicidade - Esse item pode ser subdividido em vários outros, pois acaba envolvendo-se diretamente com os outros citados anteriormente. Por exemplo: com uma letra e uma melodia interessantes para a criança, você já pode atingir certo grau de interesse, participação e entendimento. Mas, com um pouco de criatividade, tudo pode tornar-se mais fácil e divertido.
Que tal ilustrações sobre a música em um álbum seriado? Ou talvez ilustrações feitas pelos próprios alunos, registradas em um “manual de canções da turma”? Muitas outras alternativas podem ser utilizadas nesses casos, depende da disponibilidade e imaginação de cada professor.
Ao falar em musicalização, um dos recursos mais eficazes para despertar o interesse da criança é o movimento associado à canção. Imitando animais ou mesmo tentando interpretar uma situação, utilizando gestos e movimentos corporais, podemos trabalhar novas capacidades das crianças, além do interesse musical.
Em outras canções, podemos solicitar a memória e o raciocínio rápido, onde a seqüência de movimentos cobrados aumenta gradativamente, sendo necessária uma lembrança imediata do que acabou de ser dito, mas que por vezes torna-se difícil pelo acúmulo de informações.
Não podemos nos esquecer também de que, para uma aprendizagem eficiente, não basta termos mil recursos se não utilizarmos uma metodologia adequada para a transmissão desse tipo de conhecimento.
É necessário dividir a música em partes, repetindo cada parte aprendida várias vezes, isoladamente e, em seguida, junto com as demais aprendidas.
Gincana envolvendo alunos com atividades para higiene.
Teatro elaborado pelas próprias crianças com assunto voltado para melhor conscientização da higiene.
Apresentação musical.
Concurso de cabeleireiro após orientação de cabelos limpos.
Palestra envolvendo pais.
Cabeleireiros voluntários para prestar serviços.
APRENDENDO A CONSOANTE C:
As professoras aproveitaram a música “A Casa” (A Arca de Noé) para trabalhar a consoante “C”.
Em um primeiro momento cantaram a música com as crianças, realizaram gestos, trabalhando toda a ludicidade da música.
Depois as crianças conheceram a letra da música, esta por sua vez digitada e colada no caderno, onde todos puderam visualizar a consoante “C” na palavra “Casa” e grifá-la. Trabalharam também com a dobradura da “casa” colada no caderno de desenho.
As crianças ficaram tão encantadas com essa atividade que, nos intervalos, cantavam e gesticulavam a música lembrando da letra “C”.

A CASA
Era uma casa muito engraçada;
Não tinha teto,
Não tinha nada;
Ninguém podia
Entrar nela não;
Porque na casa não tinha chão.
Ninguém podia dormir na rede,
Porque na casa não tinha parede.
Ninguém podia fazer pipi;
Porque penico não tinha ali;
Mas era feita com muito esmero;
Na rua dos bobos;
Número zero.
MORAES, Vinícius. A Arca de Noé. Companhia das Letras.
AVALIAÇÃO DO RENDIMENTO
Percebendo que a higiene corporal é de suma importância, portanto, através desse projeto, queremos que nossos alunos sejam beneficiados, orientados e alertados da necessidade do cuidado do corpo como um todo.É um assunto abrangente, e faz-se necessário um trabalho contínuo, sempre voltado para o fator limpeza. Na oportunidade, queremos também que todos os alunos se informem das várias formas de higiene em casa, na escola, no local de estudo e trabalho.
A proposta é mostrar ao aluno que seu corpo "é fonte de vida" e que merece carinho e cuidados especiais.


CONCLUSÃO:

A utilização de músicas infantis se mostrou eficaz em relação ao objetivo de estimular através das mesmas a prática dos hábitos de higiene. Tornou o ambiente mais agradável para todos (alunos e educadores), melhorando a sociabilidade, além da capacidade, relatada por alguns autores, de melhorar a auto-estima e autoconfiança das crianças.
O projeto tem dado grandes resultados, sendo constatados na vivência de cada aluno e nos relatos que fazem diariamente.
O que se pôde notar assim que as crianças ouviram as músicas foi satisfação e o interesse.
Ficaram mais calmas, dançaram e brincaram. As músicas mais calmas mantiveram as crianças tranquilas, aliviando também o estresse das orientadoras que puderam ficar mais relaxadas durante a atividade. Quanto aos hábitos de higiene, a educadora foi orientada a tocar sempre as músicas fornecidas e, se possível, criar coreografias que estimulem as crianças e facilite o entendimento das músicas. Foi orientada também a realizar sempre nos horários de almoço e jantar das crianças a lavagem das mãos e a escovação dos dentes.
A educadora, peça fundamental desse trabalho, demonstrou disposição e colaboração diante da idéia apresentada. Entretanto, foi notado um baixo nível de exigência quanto à higiene das crianças. Segundo relatado, as crianças da referida turma só escovam os dentes ao chegar na creche. Foi notado que nem sempre lavam as mãos antes de lanchar ou jantar.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ANDRADE, B.B.; PIMENTA, A.L.D. Musicoterapia: um caminho. Belo Horizonte. 2000.
BORGES, Teresa Maria Machado. A criança em idade pré-escolar. São Paulo: Ática, 1994.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998.
CAMPOS, G. A Importância da música na Educação Infantil. In: Musicalização Infantil.
Disponível em: . Acesso em: 19
de junho de 2005.
DELISA, J.A. Medicina de reabilitação: princípios e prática. São Paulo: Manole, 1992.
GARCIA, Regina Leite. Revisitando a pré-escola. São Paulo: Cortez, 1997.
LOPEZ, A.L.L. A Influência das Músicas Infantis no Desenvolvimento Psicomotor da
Criança. In: Revista Brasileira de Musicoterapia. 1998. v. 4, p. 5.

PIRUETAS NO CIRCO DO MEIA SOLA


PROJETO: PIRUETAS NO CIRCO DO MEIA SOLA
Duração:15 dias

Período: março
RESUMO: O Projeto Piruetas é uma eficiente ação no combate a exploração do trabalho infantil e outras formas de violação de direitos. Tem contribuído para a retirada de crianças e adolescentes do espaço da rua, oportunizando-lhes atividades formativas, de arte-educação, e de arte circense, resgatando-lhes a cidadania, a valorização de sua identidade cultural, a convivência familiar e comunitária e a inclusão e permanência com sucesso na escola.
PALAVRAS-CHAVE: arte, educação, cultura, circo.
JUSTIFICATIVA:
O Circo é uma prática com um alto valor sócio-cultural e que está vivendo um aumento significativo do interesse popular nos últimos tempos. Além disso, esta atividade centenária traz consigo valores cívicos, morais e educacionais fundamentais para a vida em comunidade e para o desenvolvimento pessoal e social, dando resposta a estas grandes necessidades da sociedade contemporânea.
Justifica-se o presente projeto.

OBJETIVOS:
Este projeto tem como objetivo principal divulgar o potencial educativo, formativo e lúdico das atividades circenses, onde se pretende mostrar a importância do Circo enquanto parte relevante da cultura corporal e como instrumento para a melhora da qualidade de vida de nossa sociedade.

Valorizar a arte circense.

Adquirir conhecimentos sobre a história do circo.

Conhecer vários tipos de profissionais que trabalham no circo.

Identificar as semelhanças e diferenças entre os animais do circo.

Identificar as ações de um integrante de um circo.

Conhecer como vive a família circense.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
· Desenvolver o gosto pelo circo;· Despertar o gosto pela arte e pela música;· Conhecer e valorizar os profissionais que trabalham no circo.· Trabalhar e desenvolver a criatividade e a imaginação;· Desenvolver a motricidade ampla e fina;· Desenvolver e trabalhar o raciocínio e a atenção;· Executar movimentos básicos associados ao ritmo;· Manter o equilíbrio em diversas posições;· Desenvolver e trabalhar noções de tamanho e quantidade.

REFERENCIAL TEÓRICO:
"... A criança deve ter todas as possibilidades de entregar-se aos jogos e às atividades recreativas, que devem ser orientadas para os fins visados pela educação; a sociedade e os poderes públicos devem esforçar-se por favorecer o gozo deste direito". (Declaração universal dos direitos da criança, 1959).

Durante o espetáculo, sob uma lona colorida, tem música, teatro, dança cenografia e figurinos apropriados que encantam a platéia, um espetáculo de magia que faz até hoje a alegria não só das crianças, como também de muitos adultos.
Criança gosta de brincar. E, brincando é que se aprende!
“O conhecimento não deriva da representação de fenômenos externos, mas sim, da interação da criança com o meio ambiente. O processo de acomodação e assimilação é meio pelo qual a realidade é transformada em conhecimento. No brincar, a assimilação predomina e a criança incorpora o mundo à sua maneira sem nenhum compromisso com a realidade. Neste sentido, brincar é parte ativa, agradável e interativa do desenvolvimento intelectual.” (Piaget).
O circo, uma das artes mais populares, na qual se misturam linguagens e valores culturais, como forma de expressão da vida, fantasia e realidade, se tornou uma das principais formas de educação e interação humana de toda a proposta. Favorecendo o processo de criação coletiva, com sua linguagem espontânea, o circo é o momento pelo qual a comunidade se reconhece, se encontra consigo mesma, com seus problemas, fazendo de sua própria representação social, um dos meios pelo qual descobre seus potenciais de transformação da realidade.
O resultado é construção de materiais pedagógicos, esquetes, músicas, poesias e apresentações teatrais, culminando num espetáculo comunitário ao final das programações, que é representativo do próprio processo de aprendizado e da difusão dos conteúdos com a própria linguagem comunitária.
No circo, todos participam, pois a linguagem lúdica, divertida, desperta o desejo pelo aprendizado, o envolvimento, e amplia o senso de comunidade.
Um dos pontos mais interessantes, quando se pesquisa o circo, é darmos conta do modo como os
circenses relatam as suas aprendizagens para se tornarem artistas, transformando-se em
profissionais que dominam todo conhecimento necessário para isso. Esta aprendizagem era
adquirida no interior do mundo da lona, transformando aquele espaço, durante o século XIX até
mais ou menos a década de 1950, em importante escola que formava seus próprios componentes a
partir de uma metodologia de educação permanente, ou seja, a consolidação do saber era e é
realizada a partir da reflexão do próprio trabalho.1
A referência de uma organização familiar como a base de sustentação de um complexo modo de
organização do trabalho e produção do circo como espetáculo, pressupunha certas características
definidoras e distintivas do grupo circense, como: a constituição do profissional artista, baseada na
transmissão oral dos saberes e práticas, que não se restringia à aquisição de um simples número ou
habilidades específicas, que implicava um processo de formação/socialização/aprendizagem, bases
de estruturação e identidade; uma contemporaneidade do espetáculo através de um diálogo tenso e
constante com as múltiplas linguagens artísticas de seu tempo.
A organização do trabalho, o modo de produção do espetáculo e o processo de
formação/socialização/aprendizagem formavam um conjunto, eram vinculados e mutuamente
dependentes. A transmissão oral da técnica pressupunha um método, ela não acontecia por acaso,
mesmo que não seguisse nenhum tipo de cartilha. A dimensão tecnológica era indissociável da
dimensão cultural e ética, e revelava como este grupo construiu a sua relação de adaptação. As
alternativas e soluções tecnológicas encontradas eram orientadas pelas referências culturais
específicas dos grupos circenses, pois, em última instância, a tecnologia se inscreve antes como um
tipo de saber. Não é demais recolocar a idéia de que no circo nada é apenas técnico.
A partir disso, o que se analisa é que as atividades circenses desenvolvidas por homens e mulheres
contem uma rica produção cultural, com uma multiplicidade de linguagens artísticas, que não só a
acrobática. Também, é importante assinalar a sua contemporaneidade com os demais produtores
culturais, vivenciada em cada período histórico. Havia e há um intercâmbio permanente entre as
várias produções artísticas, independente do lugar onde estivesse acontecendo. No picadeiro, o
campo de originalidade e experimentação se desdobrava e desdobra, inclusive, como referência para
estruturar outros lugares de produção.
Todo o acumulo de saberes e produção cultural produzindo e se reproduzindo na multiplicidade e
diversidade artísticas, geraram novas formas de produção da teatralidade circense não mais sob as
lonas, mas fixas nas cidades, ocupando de novo os múltiplos e nômades espaços urbanos: ruas,
praças, palcos, picadeiros, boates, bares, raive, shoppings, etc.
As primeiras escolas de circo surgiram no Brasil, no final da década de 1970, fora das lonas. No
final da década de 1990, na maioria dos grandes e médios municípios brasileiros abria-se novas
experiências de ensino da linguagem circense. Quem acabou por se transformar em alunos, e muitos
se tornando depois artistas circenses ou de teatro utilizando esta linguagem, foram pessoas vindas
dos mais diferentes grupos sociais e com propostas e objetivos diversos e múltiplos.
Estas escolas retomaram as metodologias de ensino que já estavam presentes no processo de
formação dos circenses até a década de 1950: exercícios acrobáticos, teatro, música, dança; além da
necessidade de se aprender a montar e desmontar o circo, ser cenógrafo, coreógrafo, ensaiador,
figurinista, instrumentista, etc. Mas, não é apenas um retorno ao passado. Com as escolas há de fato
novos profissionais utilizando-se da linguagem circense, demonstrando o quanto ela dá e permite a
possibilidade de criar, inovar e transformar os espaços culturais.
Na segunda metade da década de 1990, junto com as primeiras experiências de escolas de circo no
Brasil, surgem propostas de desenvolvimento de projetos sociais – de iniciativa de grupos
governamentais e de organizações não governamentais – que viam no aprendizado circense, não
somente nas técnicas, uma forma de educação/recreação destinada a crianças e adolescentes; que
não tinham oportunidades de acesso a processos educacionais, lazeres e entretenimentos, que
contribuíssem com sua formação como cidadão. Em linhas gerais, têm como objetivo a
possibilidade – através da oferta de projeto cultural de aprendizagem da linguagem circense –, de
serem inseridas em atividades artístico-culturais e educativas, visando o fortalecimento, ou mesmo a
produção de laços e/ou (re)estabelecimento da convivência familiar e comunitária.
Os primeiros motivos explicitados do porque da utilização da linguagem circense como método
pedagógico, para trabalhar com essas crianças e adolescentes, são aqueles que estão no imaginário
da maioria das pessoas: o circo como um mundo mágico, alegre e cheio de desafios. Estes aspectos
são fundamentais, mas como a linguagem circense é composta por acrobacia, teatro, música, dança,
capoeira, entre outras, torna-se uma ferramenta importante de aproximação, motivação junto aos
diversos grupos em situação de risco, desassistidos e/ou desfiliados.
Algumas meninas e meninos que são envolvidos neste processo acabam sendo levados a trabalhar e
visualizar outras ofertas que a aprendizagem circense é capaz de dar-lhes, como: a perspectiva de
incentivo e valorização das potencialidades de cada um substituir a desconfiança pela lealdade de
parceiros; de produzir seu número individual, mas saber que depende da coletividade; de
concentração; de viver a aprendizagem de forma permanente.
É importante destacar que, a utilização da linguagem circense como ferramenta, no processo
pedagógico, não toma o circo como algo que está “naturalmente” inscrito no campo social, devido
aos seus valores “universalmente compartilhados”, como solidariedade, sentido de responsabilidade
e respeito. Pois, como ferramenta ou dispositivo pedagógico, a aprendizagem da linguagem circense
não é isenta na maneira como é pedagogicamente utilizada, sendo totalmente dependente dos
sujeitos que as operam e seus projetos societários; portanto, não há um sentido necessariamente
positivo no uso desta linguagem, por si.
Ao mesmo tempo em que ele está aprendendo um novo campo de fazer, ele também poderá se
transformar em mestre naquilo que havia se tornado virtuoso. Todo este campo atende as pessoas de
todas as idades e faixas sociais, podendo ou não desenvolver atividades físicas, ou seja, aquela
pessoa impossibilitada de realizá-las estaria inserida em outras práticas acima descrita. Na tradição
do circo família como foi enfocado, não havia nenhuma criança abandonada, sem atividade, bem
como não havia nenhum adulto – jovem ou idoso – que também não tivesse o que fazer.
Diante de uma sociedade tão desigual, na qual o índice de pobreza é relevante, os distintos governos
têm gerado políticas sociais compensatórias com forte conteúdo focal. Essa prática atende a alguns
excluídos dos principais bens de mercado, entretanto reforça as práticas excluidoras da sociedade,
como um todo. Desse modo, essas políticas reproduzem o isolamento entre os distintos grupos
sociais ao implementarem projetos fragmentados e isolados entre si, com forte terceirização das
responsabilidades sociais de pedaços dessas políticas públicas compensatórias, de construção de
uma imaginada cidadania, para organismos não-governamentais. Estes, entretanto, não conseguem
impor uma unificação no conteúdo das mesmas, e que de modo equivocado acabam gerando um
mercado em si, em vez de serem incorporadas como parceiros complementares e não como
responsáveis sociais pela geração e sustentação das ações estatais perante os distintos grupos alvos
das políticas sociais.
Assim, parece ser necessário e possível a produção de novos sentidos para as ações dos indivíduos e
grupos, focos dos vários projetos dessas políticas públicas, que rompam com o conteúdo e a
fragmentação que os mesmos portam, abrindo chances de novas ações e direcionalidades nos seus
territórios de práticas, ampliando seus escopos e adotando uma outra ótica de construção da
cidadania na sociedade brasileira.
As ações governamentais podem se abrir para um outro conjunto de políticas sociais e culturais, que
permita um diálogo entre as várias frentes de práticas sociais que elas contêm. O que pede a
construção de novas ofertas de ações, no campo societário de existência desses grupos
populacionais, que possa ter a potencialidade de produzir outros canais de comunicação, entre os
distintos territórios das políticas sociais, possibilitando transversalmente a construção de novos
espaços intersetoriais e interdisciplinares, que se alimentem e estimulem a capacidade dos distintos
grupos sociais gerarem novos sentidos para si e suas ações, olhando para o futuro.
Pensar na utilização da linguagem circense, incluindo a música, o teatro, a dança, a capoeira, a
cenografia, o figurino, é, portanto voltar-se para um novo sentido de produção coletiva do fazer.
Aprender a fazer circo – pensado como uma atividade entre as culturais, artísticas e esportivas –, pode fazer das meninas e meninos aprendizes/mestres permanentes.Na era da introdução de novas tecnologias de informação e comunicação na educação básica, convive-se com problemas tão antigos quanto comuns: a inadequação da idade da criança ou do adolescente à série que se encontra, atraso justificado quase sempre pelo ingresso tardio na escola e, também, pelos altos índices de repetência e evasão escolar. Em regra, como comprova os dados trazidos pela pesquisa , são crianças e adolescentes oriundos de famílias de baixa renda, onde, desde a mais tenra idade, os filhos ocupam-se de tarefas domésticas e assumem grandes responsabilidades financeiras numa atitude considerada de apoio e ajuda aos pais como a si mesmo. Este cenário chamou a atenção para a necessidade de uma ação imediata e direta dirigida ao contingente populacional de crianças e adolescentes que fazem das ruas seu espaço de vivência e convivência, trabalho e lazer, contingente este que demanda ações complementares, num trabalho conjunto entre diversas entidades do poder público e da sociedade civil organizada.
O Projeto Piruetas no circo Meia Sola traz uma combinação de ações que visam diminuir o ônus social vivido por crianças e adolescentes, através de sua inclusão em atividades culturais e artísticas, em que eles possam conhecer e dominar os instrumentos da arte e da comunicação como forma de valorização pessoal e garantia de uma vida profissional futura, já que “a arte não possibilita apenas um meio de acesso ao mundo dos sentimentos, mas também ao seu desenvolvimento, a sua educação, constitui-se num estímulo permanente para que a imaginação flutue e crie mundos possíveis, novas possibilidades de ser e sentir-se ”.
A opção por inserir Piruetas no Circo no Programa de Atendimento à Criança e ao Adolescente se fez pela natureza de suas atividades, e por constituir-se em um leque diversificado de ações em função de ser um grande teatro que possibilita integrar diferentes linguagens artísticas com liberdade e interação. A lona de circo ou espaço construído com estrutura semelhante à lona permite maior contato com a natureza, melhor percepção da luz, das mudanças do tempo, da chuva, do vento, do amanhecer e permite também a proteção. Neste espaço é possível ensinar, aprender, brincar, alimentar, sentir emoções, fazer amizades, crescer, integrar, criar, enfim, vivenciar os seus direitos.
O Circo também possibilita contato mais estreito com as crianças e adolescentes pela aceitação estabelecida entre si, permitindo desenvolver um processo educativo através da arte nas diversas linguagens: teatro, artes plásticas, música, expressão corporal e artes circenses. Através das linguagens artísticas desenvolvidas no Circo, a criança e o adolescente têm a oportunidade de expressar seus sentimentos; ter novas experiências e aumentar sua auto-estima por perceber que é um ser capaz de realizar atividades artísticas e de produzir, fazendo com que possa acreditar em um futuro melhor. É a vivência deste coletivo onde todos se ajudam para que dê certo, onde há uma preocupação presente em garantir a segurança de cada um, para que o grupo esteja seguro, apostando no brilho do conjunto, que permite desenvolver sentimentos solidários e fraternos, os quais são buscado dentro do Projeto Escola Circo.
O projeto pedagógico Piruetas no circo vem sendo desenvolvido através de atividades específicas da Arte Circense, de Educação Social e de Acompanhamento às Famílias. As crianças e adolescentes são inseridas em cursos e oficinas que discutem temas como meio ambiente, os meios de comunicação, a sexualidade e o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, além das oficinas específicas de música, arte circense (malabaristas, perna de pau, arame, monociclo, ballet aéreo – corda indiana e lira giratória -, comicidade, foca, dança e adereços), teatro, construção de instrumentos musicais, artes plásticas, maquiagens e máscaras, e atividades que envolvem pesquisas e conhecimentos sobre a história do circo.
Todos os cursos e oficinas são direcionados ao processo educativo das crianças e adolescentes como forma de conhecer seu espaço de moradia, os espaços públicos e as organizações existentes, o cuidado com o corpo, prevenção ao uso de drogas, cuidado com alimentação, inserção e permanência na escola, contribuindo com o perfil evolutivo, conhecendo seus direitos e deveres.
O Projeto Escola Circo como alternativa a reversão do quadro de abandono e risco social e pessoal que se encontravam as crianças e adolescentes nas ruas de Belém, vem a cada ano apresentando resultados expressivos e se firmando como um instrumento de real intervenção na realidade de seu público alvo. Citamos assim,
A situação escolar das crianças e adolescentes que participam do Projeto, segundo avaliação das escolas em que estão inseridas demonstraram uma melhora na sua capacidade de concentração e absorção dos conteúdos programáticos, melhorando em 100% o rendimento escolar;
A participação efetiva das crianças e adolescentes no processo educativo relativo à cultura local, em eventos demonstrando o conhecimento em artes circenses aprendidas no Projeto, programações educativas abordando temas como saúde e educação;
A garantia de articulação com equipamentos governamentais e não governamentais na perspectiva de implementar as ações realizadas pelo Projeto e o acompanhamento sistemático às famílias. A participação da família permitiu uma maior compreensão e interação entre pais e filhos, uma aproximação e co-responsabilidade na superação das dificuldades;
Estímulo ao conhecimento cognitivo de crianças e adolescente;
Crianças e adolescentes melhorando sua integração grupal;
Melhor qualidade no desenvolvimento das atividades pedagógicas;
Melhoria das condições sócio-econômicas das famílias;
Erradicação do trabalho infantil em 100% das crianças e adolescentes atendidos;
Melhoria no desenvolvimento psico-motor dos alunos da Escola Circo; Melhoria no nível de socialização em atividades artísticas e lúdicas;
Aumento da auto-estima as crianças e adolescentes envolvidas nas atividades;
Diminuição da carência alimentar;
80% das ações realizadas com eficiência e eficácia;
Participação de 100% das crianças e adolescentes em atividades que contribuem na criação de sua cidadania;
Fortalecimento dos laços familiares;
Crianças e adolescentes fora das ruas, envolvidas em atividades práticas e teóricas;
Inserção de 100% das crianças e adolescentes atendidos em atividades de esporte e lazer;
O Projeto é referência nacional em atividades circenses com crianças e adolescentes.
A situação crescente de pobreza, a qual está submetida à maioria da população brasileira, o processo desordenado de desenvolvimento e ocupação das grandes cidades e a enorme concentração de renda são fatores que historicamente vem causando grandes crises estruturais na sociedade. A família, como instituição constituinte desse processo, reproduz essa desestruturação, submetendo suas crianças e adolescentes a uma série de situações de vulnerabilidade, expondo-os ao trabalho precoce, à violência doméstica, ao abandono, maus-tratos, drogadição, abuso e exploração sexual, dentre outras.
A reversão desse quadro dependerá de ações de enfrentamento, de forma articulada com outros programas e políticas setoriais, tendo como unidade primeira à família, fortalecendo-a para que possa dar sustentabilidade aos seus componentes, em especial às crianças e aos adolescentes por serem pessoas em processo de desenvolvimento físico, intelectual e emocional, na perspectiva de construir um futuro melhor para a população dessa cidade.


DESENVOLVIMENTO: ESTRATÉGIAS (TÉCNICAS E RECURSOS)

Assistir fita de vídeo.

Linguagem oral.

Conversa informal sobre circo.

Quebra -cabeça de palavras relacionadas aos personagens do circo:

palhaço, elefante, trapezista, leão, macaquinho.

Relação de produtos vendidos no circo.

Classificar animais existente no circo:
.como domésticos, selvagens, aquáticos.

.Desenhar figuras referentes ao circo ;

.Relatar por escrito nomes de animais existentes no circo;

.Montar uma maquete de um circo;

.Pintar as carinhas das crianças;

.Citar nomes de profissões existentes no circo.
Assistir o DVD do desenho Dumbo;
· Conversa informal e questionamento sobre o desenho assistido e sobre o circo;
· Relatar os nomes de animais e profissionais existentes no circo;
· Músicas dramatizadas relacionadas ao circo/palhaço;
· Confecções de máscaras, babadinho (babeiro), móbile, viseiras e nariz e óculos do palhaço;
· Confecção de um cartaz;
· Grafismo;
· Alinhavo, colagem, pintura com tintas;
· História em seqüência;
· Quebra cabeça do palhaço;
· Historinhas e poema: O leão cantor, O palhaço narigudo, O palhacinho, O aniversário do Palhaço;
· Jogos com figuras relacionadas ao tema.

CULMINÂNCIA

Convidar um palhaço para ir até à escola,

Organizar barraquinhas contendo alimentos e outras coisas que são vendidas no circo.
Avaliação: Avaliação será contínua, através da observação diária da criança no desempenho de suas atividades, no relacionamento com os colegas e com a professora."O circo é, antes de tudo, um espetáculo visual. O palhaço faz tudo seriamente. Ele não precisa falar e sim fazer graciosos trejeitos. Sua mímica ingênua sempre consegue fazer rir." (Leonid G. Engibarov)
BIBLIOGRAFIA
ESCOLA CIRCO, Belém - Pa. Prêmio Mercocidades de Cultura – Cidade de Juiz de Fora: FUNALFA Edições. 2002 p.22.
MATOS, Lucilia da Silva. Equilibristas da vida quotidiana: Arte Circense, Lazer e Corpo a partir da Escola Circo em Belém-Pará. Dissertação de Mestrado em Antropologia. Centro de Filosofia e Ciências Humanas - Universidade Federal do Pará. Belém, 2001.
PEREIRA Elizangela B, SANTOS, Renato de Fátima P. A Avaliação como Fonte de Crescimento da Assistência no Município de Belém: um estudo do Projeto Escola Circo. Trabalho de Conclusão de Curso em Serviço Social. Centro sócio-econômico - Universidade Federal do Pará. Belém, 2002.