quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

PIRUETAS NO CIRCO DO MEIA SOLA


PROJETO: PIRUETAS NO CIRCO DO MEIA SOLA
Duração:15 dias

Período: março
RESUMO: O Projeto Piruetas é uma eficiente ação no combate a exploração do trabalho infantil e outras formas de violação de direitos. Tem contribuído para a retirada de crianças e adolescentes do espaço da rua, oportunizando-lhes atividades formativas, de arte-educação, e de arte circense, resgatando-lhes a cidadania, a valorização de sua identidade cultural, a convivência familiar e comunitária e a inclusão e permanência com sucesso na escola.
PALAVRAS-CHAVE: arte, educação, cultura, circo.
JUSTIFICATIVA:
O Circo é uma prática com um alto valor sócio-cultural e que está vivendo um aumento significativo do interesse popular nos últimos tempos. Além disso, esta atividade centenária traz consigo valores cívicos, morais e educacionais fundamentais para a vida em comunidade e para o desenvolvimento pessoal e social, dando resposta a estas grandes necessidades da sociedade contemporânea.
Justifica-se o presente projeto.

OBJETIVOS:
Este projeto tem como objetivo principal divulgar o potencial educativo, formativo e lúdico das atividades circenses, onde se pretende mostrar a importância do Circo enquanto parte relevante da cultura corporal e como instrumento para a melhora da qualidade de vida de nossa sociedade.

Valorizar a arte circense.

Adquirir conhecimentos sobre a história do circo.

Conhecer vários tipos de profissionais que trabalham no circo.

Identificar as semelhanças e diferenças entre os animais do circo.

Identificar as ações de um integrante de um circo.

Conhecer como vive a família circense.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
· Desenvolver o gosto pelo circo;· Despertar o gosto pela arte e pela música;· Conhecer e valorizar os profissionais que trabalham no circo.· Trabalhar e desenvolver a criatividade e a imaginação;· Desenvolver a motricidade ampla e fina;· Desenvolver e trabalhar o raciocínio e a atenção;· Executar movimentos básicos associados ao ritmo;· Manter o equilíbrio em diversas posições;· Desenvolver e trabalhar noções de tamanho e quantidade.

REFERENCIAL TEÓRICO:
"... A criança deve ter todas as possibilidades de entregar-se aos jogos e às atividades recreativas, que devem ser orientadas para os fins visados pela educação; a sociedade e os poderes públicos devem esforçar-se por favorecer o gozo deste direito". (Declaração universal dos direitos da criança, 1959).

Durante o espetáculo, sob uma lona colorida, tem música, teatro, dança cenografia e figurinos apropriados que encantam a platéia, um espetáculo de magia que faz até hoje a alegria não só das crianças, como também de muitos adultos.
Criança gosta de brincar. E, brincando é que se aprende!
“O conhecimento não deriva da representação de fenômenos externos, mas sim, da interação da criança com o meio ambiente. O processo de acomodação e assimilação é meio pelo qual a realidade é transformada em conhecimento. No brincar, a assimilação predomina e a criança incorpora o mundo à sua maneira sem nenhum compromisso com a realidade. Neste sentido, brincar é parte ativa, agradável e interativa do desenvolvimento intelectual.” (Piaget).
O circo, uma das artes mais populares, na qual se misturam linguagens e valores culturais, como forma de expressão da vida, fantasia e realidade, se tornou uma das principais formas de educação e interação humana de toda a proposta. Favorecendo o processo de criação coletiva, com sua linguagem espontânea, o circo é o momento pelo qual a comunidade se reconhece, se encontra consigo mesma, com seus problemas, fazendo de sua própria representação social, um dos meios pelo qual descobre seus potenciais de transformação da realidade.
O resultado é construção de materiais pedagógicos, esquetes, músicas, poesias e apresentações teatrais, culminando num espetáculo comunitário ao final das programações, que é representativo do próprio processo de aprendizado e da difusão dos conteúdos com a própria linguagem comunitária.
No circo, todos participam, pois a linguagem lúdica, divertida, desperta o desejo pelo aprendizado, o envolvimento, e amplia o senso de comunidade.
Um dos pontos mais interessantes, quando se pesquisa o circo, é darmos conta do modo como os
circenses relatam as suas aprendizagens para se tornarem artistas, transformando-se em
profissionais que dominam todo conhecimento necessário para isso. Esta aprendizagem era
adquirida no interior do mundo da lona, transformando aquele espaço, durante o século XIX até
mais ou menos a década de 1950, em importante escola que formava seus próprios componentes a
partir de uma metodologia de educação permanente, ou seja, a consolidação do saber era e é
realizada a partir da reflexão do próprio trabalho.1
A referência de uma organização familiar como a base de sustentação de um complexo modo de
organização do trabalho e produção do circo como espetáculo, pressupunha certas características
definidoras e distintivas do grupo circense, como: a constituição do profissional artista, baseada na
transmissão oral dos saberes e práticas, que não se restringia à aquisição de um simples número ou
habilidades específicas, que implicava um processo de formação/socialização/aprendizagem, bases
de estruturação e identidade; uma contemporaneidade do espetáculo através de um diálogo tenso e
constante com as múltiplas linguagens artísticas de seu tempo.
A organização do trabalho, o modo de produção do espetáculo e o processo de
formação/socialização/aprendizagem formavam um conjunto, eram vinculados e mutuamente
dependentes. A transmissão oral da técnica pressupunha um método, ela não acontecia por acaso,
mesmo que não seguisse nenhum tipo de cartilha. A dimensão tecnológica era indissociável da
dimensão cultural e ética, e revelava como este grupo construiu a sua relação de adaptação. As
alternativas e soluções tecnológicas encontradas eram orientadas pelas referências culturais
específicas dos grupos circenses, pois, em última instância, a tecnologia se inscreve antes como um
tipo de saber. Não é demais recolocar a idéia de que no circo nada é apenas técnico.
A partir disso, o que se analisa é que as atividades circenses desenvolvidas por homens e mulheres
contem uma rica produção cultural, com uma multiplicidade de linguagens artísticas, que não só a
acrobática. Também, é importante assinalar a sua contemporaneidade com os demais produtores
culturais, vivenciada em cada período histórico. Havia e há um intercâmbio permanente entre as
várias produções artísticas, independente do lugar onde estivesse acontecendo. No picadeiro, o
campo de originalidade e experimentação se desdobrava e desdobra, inclusive, como referência para
estruturar outros lugares de produção.
Todo o acumulo de saberes e produção cultural produzindo e se reproduzindo na multiplicidade e
diversidade artísticas, geraram novas formas de produção da teatralidade circense não mais sob as
lonas, mas fixas nas cidades, ocupando de novo os múltiplos e nômades espaços urbanos: ruas,
praças, palcos, picadeiros, boates, bares, raive, shoppings, etc.
As primeiras escolas de circo surgiram no Brasil, no final da década de 1970, fora das lonas. No
final da década de 1990, na maioria dos grandes e médios municípios brasileiros abria-se novas
experiências de ensino da linguagem circense. Quem acabou por se transformar em alunos, e muitos
se tornando depois artistas circenses ou de teatro utilizando esta linguagem, foram pessoas vindas
dos mais diferentes grupos sociais e com propostas e objetivos diversos e múltiplos.
Estas escolas retomaram as metodologias de ensino que já estavam presentes no processo de
formação dos circenses até a década de 1950: exercícios acrobáticos, teatro, música, dança; além da
necessidade de se aprender a montar e desmontar o circo, ser cenógrafo, coreógrafo, ensaiador,
figurinista, instrumentista, etc. Mas, não é apenas um retorno ao passado. Com as escolas há de fato
novos profissionais utilizando-se da linguagem circense, demonstrando o quanto ela dá e permite a
possibilidade de criar, inovar e transformar os espaços culturais.
Na segunda metade da década de 1990, junto com as primeiras experiências de escolas de circo no
Brasil, surgem propostas de desenvolvimento de projetos sociais – de iniciativa de grupos
governamentais e de organizações não governamentais – que viam no aprendizado circense, não
somente nas técnicas, uma forma de educação/recreação destinada a crianças e adolescentes; que
não tinham oportunidades de acesso a processos educacionais, lazeres e entretenimentos, que
contribuíssem com sua formação como cidadão. Em linhas gerais, têm como objetivo a
possibilidade – através da oferta de projeto cultural de aprendizagem da linguagem circense –, de
serem inseridas em atividades artístico-culturais e educativas, visando o fortalecimento, ou mesmo a
produção de laços e/ou (re)estabelecimento da convivência familiar e comunitária.
Os primeiros motivos explicitados do porque da utilização da linguagem circense como método
pedagógico, para trabalhar com essas crianças e adolescentes, são aqueles que estão no imaginário
da maioria das pessoas: o circo como um mundo mágico, alegre e cheio de desafios. Estes aspectos
são fundamentais, mas como a linguagem circense é composta por acrobacia, teatro, música, dança,
capoeira, entre outras, torna-se uma ferramenta importante de aproximação, motivação junto aos
diversos grupos em situação de risco, desassistidos e/ou desfiliados.
Algumas meninas e meninos que são envolvidos neste processo acabam sendo levados a trabalhar e
visualizar outras ofertas que a aprendizagem circense é capaz de dar-lhes, como: a perspectiva de
incentivo e valorização das potencialidades de cada um substituir a desconfiança pela lealdade de
parceiros; de produzir seu número individual, mas saber que depende da coletividade; de
concentração; de viver a aprendizagem de forma permanente.
É importante destacar que, a utilização da linguagem circense como ferramenta, no processo
pedagógico, não toma o circo como algo que está “naturalmente” inscrito no campo social, devido
aos seus valores “universalmente compartilhados”, como solidariedade, sentido de responsabilidade
e respeito. Pois, como ferramenta ou dispositivo pedagógico, a aprendizagem da linguagem circense
não é isenta na maneira como é pedagogicamente utilizada, sendo totalmente dependente dos
sujeitos que as operam e seus projetos societários; portanto, não há um sentido necessariamente
positivo no uso desta linguagem, por si.
Ao mesmo tempo em que ele está aprendendo um novo campo de fazer, ele também poderá se
transformar em mestre naquilo que havia se tornado virtuoso. Todo este campo atende as pessoas de
todas as idades e faixas sociais, podendo ou não desenvolver atividades físicas, ou seja, aquela
pessoa impossibilitada de realizá-las estaria inserida em outras práticas acima descrita. Na tradição
do circo família como foi enfocado, não havia nenhuma criança abandonada, sem atividade, bem
como não havia nenhum adulto – jovem ou idoso – que também não tivesse o que fazer.
Diante de uma sociedade tão desigual, na qual o índice de pobreza é relevante, os distintos governos
têm gerado políticas sociais compensatórias com forte conteúdo focal. Essa prática atende a alguns
excluídos dos principais bens de mercado, entretanto reforça as práticas excluidoras da sociedade,
como um todo. Desse modo, essas políticas reproduzem o isolamento entre os distintos grupos
sociais ao implementarem projetos fragmentados e isolados entre si, com forte terceirização das
responsabilidades sociais de pedaços dessas políticas públicas compensatórias, de construção de
uma imaginada cidadania, para organismos não-governamentais. Estes, entretanto, não conseguem
impor uma unificação no conteúdo das mesmas, e que de modo equivocado acabam gerando um
mercado em si, em vez de serem incorporadas como parceiros complementares e não como
responsáveis sociais pela geração e sustentação das ações estatais perante os distintos grupos alvos
das políticas sociais.
Assim, parece ser necessário e possível a produção de novos sentidos para as ações dos indivíduos e
grupos, focos dos vários projetos dessas políticas públicas, que rompam com o conteúdo e a
fragmentação que os mesmos portam, abrindo chances de novas ações e direcionalidades nos seus
territórios de práticas, ampliando seus escopos e adotando uma outra ótica de construção da
cidadania na sociedade brasileira.
As ações governamentais podem se abrir para um outro conjunto de políticas sociais e culturais, que
permita um diálogo entre as várias frentes de práticas sociais que elas contêm. O que pede a
construção de novas ofertas de ações, no campo societário de existência desses grupos
populacionais, que possa ter a potencialidade de produzir outros canais de comunicação, entre os
distintos territórios das políticas sociais, possibilitando transversalmente a construção de novos
espaços intersetoriais e interdisciplinares, que se alimentem e estimulem a capacidade dos distintos
grupos sociais gerarem novos sentidos para si e suas ações, olhando para o futuro.
Pensar na utilização da linguagem circense, incluindo a música, o teatro, a dança, a capoeira, a
cenografia, o figurino, é, portanto voltar-se para um novo sentido de produção coletiva do fazer.
Aprender a fazer circo – pensado como uma atividade entre as culturais, artísticas e esportivas –, pode fazer das meninas e meninos aprendizes/mestres permanentes.Na era da introdução de novas tecnologias de informação e comunicação na educação básica, convive-se com problemas tão antigos quanto comuns: a inadequação da idade da criança ou do adolescente à série que se encontra, atraso justificado quase sempre pelo ingresso tardio na escola e, também, pelos altos índices de repetência e evasão escolar. Em regra, como comprova os dados trazidos pela pesquisa , são crianças e adolescentes oriundos de famílias de baixa renda, onde, desde a mais tenra idade, os filhos ocupam-se de tarefas domésticas e assumem grandes responsabilidades financeiras numa atitude considerada de apoio e ajuda aos pais como a si mesmo. Este cenário chamou a atenção para a necessidade de uma ação imediata e direta dirigida ao contingente populacional de crianças e adolescentes que fazem das ruas seu espaço de vivência e convivência, trabalho e lazer, contingente este que demanda ações complementares, num trabalho conjunto entre diversas entidades do poder público e da sociedade civil organizada.
O Projeto Piruetas no circo Meia Sola traz uma combinação de ações que visam diminuir o ônus social vivido por crianças e adolescentes, através de sua inclusão em atividades culturais e artísticas, em que eles possam conhecer e dominar os instrumentos da arte e da comunicação como forma de valorização pessoal e garantia de uma vida profissional futura, já que “a arte não possibilita apenas um meio de acesso ao mundo dos sentimentos, mas também ao seu desenvolvimento, a sua educação, constitui-se num estímulo permanente para que a imaginação flutue e crie mundos possíveis, novas possibilidades de ser e sentir-se ”.
A opção por inserir Piruetas no Circo no Programa de Atendimento à Criança e ao Adolescente se fez pela natureza de suas atividades, e por constituir-se em um leque diversificado de ações em função de ser um grande teatro que possibilita integrar diferentes linguagens artísticas com liberdade e interação. A lona de circo ou espaço construído com estrutura semelhante à lona permite maior contato com a natureza, melhor percepção da luz, das mudanças do tempo, da chuva, do vento, do amanhecer e permite também a proteção. Neste espaço é possível ensinar, aprender, brincar, alimentar, sentir emoções, fazer amizades, crescer, integrar, criar, enfim, vivenciar os seus direitos.
O Circo também possibilita contato mais estreito com as crianças e adolescentes pela aceitação estabelecida entre si, permitindo desenvolver um processo educativo através da arte nas diversas linguagens: teatro, artes plásticas, música, expressão corporal e artes circenses. Através das linguagens artísticas desenvolvidas no Circo, a criança e o adolescente têm a oportunidade de expressar seus sentimentos; ter novas experiências e aumentar sua auto-estima por perceber que é um ser capaz de realizar atividades artísticas e de produzir, fazendo com que possa acreditar em um futuro melhor. É a vivência deste coletivo onde todos se ajudam para que dê certo, onde há uma preocupação presente em garantir a segurança de cada um, para que o grupo esteja seguro, apostando no brilho do conjunto, que permite desenvolver sentimentos solidários e fraternos, os quais são buscado dentro do Projeto Escola Circo.
O projeto pedagógico Piruetas no circo vem sendo desenvolvido através de atividades específicas da Arte Circense, de Educação Social e de Acompanhamento às Famílias. As crianças e adolescentes são inseridas em cursos e oficinas que discutem temas como meio ambiente, os meios de comunicação, a sexualidade e o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, além das oficinas específicas de música, arte circense (malabaristas, perna de pau, arame, monociclo, ballet aéreo – corda indiana e lira giratória -, comicidade, foca, dança e adereços), teatro, construção de instrumentos musicais, artes plásticas, maquiagens e máscaras, e atividades que envolvem pesquisas e conhecimentos sobre a história do circo.
Todos os cursos e oficinas são direcionados ao processo educativo das crianças e adolescentes como forma de conhecer seu espaço de moradia, os espaços públicos e as organizações existentes, o cuidado com o corpo, prevenção ao uso de drogas, cuidado com alimentação, inserção e permanência na escola, contribuindo com o perfil evolutivo, conhecendo seus direitos e deveres.
O Projeto Escola Circo como alternativa a reversão do quadro de abandono e risco social e pessoal que se encontravam as crianças e adolescentes nas ruas de Belém, vem a cada ano apresentando resultados expressivos e se firmando como um instrumento de real intervenção na realidade de seu público alvo. Citamos assim,
A situação escolar das crianças e adolescentes que participam do Projeto, segundo avaliação das escolas em que estão inseridas demonstraram uma melhora na sua capacidade de concentração e absorção dos conteúdos programáticos, melhorando em 100% o rendimento escolar;
A participação efetiva das crianças e adolescentes no processo educativo relativo à cultura local, em eventos demonstrando o conhecimento em artes circenses aprendidas no Projeto, programações educativas abordando temas como saúde e educação;
A garantia de articulação com equipamentos governamentais e não governamentais na perspectiva de implementar as ações realizadas pelo Projeto e o acompanhamento sistemático às famílias. A participação da família permitiu uma maior compreensão e interação entre pais e filhos, uma aproximação e co-responsabilidade na superação das dificuldades;
Estímulo ao conhecimento cognitivo de crianças e adolescente;
Crianças e adolescentes melhorando sua integração grupal;
Melhor qualidade no desenvolvimento das atividades pedagógicas;
Melhoria das condições sócio-econômicas das famílias;
Erradicação do trabalho infantil em 100% das crianças e adolescentes atendidos;
Melhoria no desenvolvimento psico-motor dos alunos da Escola Circo; Melhoria no nível de socialização em atividades artísticas e lúdicas;
Aumento da auto-estima as crianças e adolescentes envolvidas nas atividades;
Diminuição da carência alimentar;
80% das ações realizadas com eficiência e eficácia;
Participação de 100% das crianças e adolescentes em atividades que contribuem na criação de sua cidadania;
Fortalecimento dos laços familiares;
Crianças e adolescentes fora das ruas, envolvidas em atividades práticas e teóricas;
Inserção de 100% das crianças e adolescentes atendidos em atividades de esporte e lazer;
O Projeto é referência nacional em atividades circenses com crianças e adolescentes.
A situação crescente de pobreza, a qual está submetida à maioria da população brasileira, o processo desordenado de desenvolvimento e ocupação das grandes cidades e a enorme concentração de renda são fatores que historicamente vem causando grandes crises estruturais na sociedade. A família, como instituição constituinte desse processo, reproduz essa desestruturação, submetendo suas crianças e adolescentes a uma série de situações de vulnerabilidade, expondo-os ao trabalho precoce, à violência doméstica, ao abandono, maus-tratos, drogadição, abuso e exploração sexual, dentre outras.
A reversão desse quadro dependerá de ações de enfrentamento, de forma articulada com outros programas e políticas setoriais, tendo como unidade primeira à família, fortalecendo-a para que possa dar sustentabilidade aos seus componentes, em especial às crianças e aos adolescentes por serem pessoas em processo de desenvolvimento físico, intelectual e emocional, na perspectiva de construir um futuro melhor para a população dessa cidade.


DESENVOLVIMENTO: ESTRATÉGIAS (TÉCNICAS E RECURSOS)

Assistir fita de vídeo.

Linguagem oral.

Conversa informal sobre circo.

Quebra -cabeça de palavras relacionadas aos personagens do circo:

palhaço, elefante, trapezista, leão, macaquinho.

Relação de produtos vendidos no circo.

Classificar animais existente no circo:
.como domésticos, selvagens, aquáticos.

.Desenhar figuras referentes ao circo ;

.Relatar por escrito nomes de animais existentes no circo;

.Montar uma maquete de um circo;

.Pintar as carinhas das crianças;

.Citar nomes de profissões existentes no circo.
Assistir o DVD do desenho Dumbo;
· Conversa informal e questionamento sobre o desenho assistido e sobre o circo;
· Relatar os nomes de animais e profissionais existentes no circo;
· Músicas dramatizadas relacionadas ao circo/palhaço;
· Confecções de máscaras, babadinho (babeiro), móbile, viseiras e nariz e óculos do palhaço;
· Confecção de um cartaz;
· Grafismo;
· Alinhavo, colagem, pintura com tintas;
· História em seqüência;
· Quebra cabeça do palhaço;
· Historinhas e poema: O leão cantor, O palhaço narigudo, O palhacinho, O aniversário do Palhaço;
· Jogos com figuras relacionadas ao tema.

CULMINÂNCIA

Convidar um palhaço para ir até à escola,

Organizar barraquinhas contendo alimentos e outras coisas que são vendidas no circo.
Avaliação: Avaliação será contínua, através da observação diária da criança no desempenho de suas atividades, no relacionamento com os colegas e com a professora."O circo é, antes de tudo, um espetáculo visual. O palhaço faz tudo seriamente. Ele não precisa falar e sim fazer graciosos trejeitos. Sua mímica ingênua sempre consegue fazer rir." (Leonid G. Engibarov)
BIBLIOGRAFIA
ESCOLA CIRCO, Belém - Pa. Prêmio Mercocidades de Cultura – Cidade de Juiz de Fora: FUNALFA Edições. 2002 p.22.
MATOS, Lucilia da Silva. Equilibristas da vida quotidiana: Arte Circense, Lazer e Corpo a partir da Escola Circo em Belém-Pará. Dissertação de Mestrado em Antropologia. Centro de Filosofia e Ciências Humanas - Universidade Federal do Pará. Belém, 2001.
PEREIRA Elizangela B, SANTOS, Renato de Fátima P. A Avaliação como Fonte de Crescimento da Assistência no Município de Belém: um estudo do Projeto Escola Circo. Trabalho de Conclusão de Curso em Serviço Social. Centro sócio-econômico - Universidade Federal do Pará. Belém, 2002.