domingo, 8 de agosto de 2010

Ainda há espaço para crer em Deus?

    


Se na nossa sociedade “a felicidade consiste na acumulação de bens”, Deus se torna inútil. Vivemos um materialismo que nos leva a um ateísmo prático    Para onde estamos indo? Aonde isto nos levará? Como isso repercute na vida do jovem?


Manfredo Araújo de Oliveira,
professor de Filosofia na Universidade do Ceará.
Endereço eletrônico: manfredo.oliveira@uol.com.br

Mundo Jovem: Aqueles que se dizem ateus são poucos, mas existe um ambiente de indiferença em relação a um deus?
Manfredo Araújo de Oliveira: Eu acho que tem que situar esta questão no contexto da cultura contemporânea. Por um lado, a nossa tradição religiosa faz com que certas pessoas não se sintam bem em se declarar ateias, porque se sentem como pessoas estranhas à nossa sociedade, que ainda é majoritariamente cristã, católica e evangélica das diversas confissões.

     Por outro lado, toda a nossa cultura contemporânea leva, no fundo, a um ateísmo prático. Não é um ateísmo elaborado a partir de justificações teóricas, mas é um ateísmo prático: a vida se reduz a acumular bens. É fundamental o conhecimento científico, para o qual a hipótese de Deus não tem significado. Então, as pessoas são formadas, por um lado, num ofício que, por razão, elimina a questão de Deus, que não está dentro do seu âmbito. E, por outro lado, uma sociedade para a qual Deus se tornou inútil, porque as preocupações de sentido da vida humana já estão estabelecidas.

Mundo Jovem: E qual é esse sentido da vida, hoje?
Manfredo Araújo de Oliveira: O sentido da vida humana, a felicidade humana, a realização humana é a acumulação de bens. Então essas grandes questões, as questões últimas de sentido, como vida, morte etc. são de certa maneira recalcadas para um fim que ninguém sabe quando. E as pessoas vão vivendo. Nesse sentido há um ateísmo generalizado. Não é expresso, mas vivido. Deus se tornou algo inútil. E isso a gente vê que marca fortemente os jovens.

Mundo Jovem: Então estamos diante de uma idolatria do consumo?
Manfredo Araújo de Oliveira: A idolatria do consumo é exatamente o ateísmo: você idolatra, substitui Deus por um falso deus. Se você quiser outro Deus, não há lugar para ele. E se a felicidade humana consiste na acumulação de bens, isso pode implicar inclusive na exploração dos outros. O sentido da justiça desaparece; são só meus interesses, minhas aspirações, meus desejos que valem. Os outros que se virem. E esse consumismo está intimamente ligado ao individualismo. Nessa perspectiva, qualquer instância que esteja além dos interesses do indivíduo já é uma frustração para ele. O indivíduo consome para satisfazer as suas aspirações e torna-se totalmente indiferente à dor humana. E aí a justiça desaparece. Esse mundo individualista tira qualquer interesse pelo sofrimento do outro e as grandes questões da justiça passam para segundo plano. O próprio relacionamento humano, a sexualidade humana, tudo fica atrapalhado, deixa de ser uma interrelação de conhecimento, de afeto, de amor: vira “lorota”, não existe.

Mundo Jovem: Desse jeito, para onde nós vamos? Há alguma esperança?
Manfredo Araújo de Oliveira: Estamos vendo que, seguindo nesse projeto, estamos diante de duas grandes tragédias: o apocalipse ecológico e o apocalipse social. Está sendo construída uma sociedade que caminha para a destruição de si mesma, enquanto relação humana. Porque apenas uma parte pequena da sociedade participa dos benefícios. Bilhões de pessoas no mundo vivem com menos de dois dólares por dia, o que é um fracasso gigantesco nesta civilização. E mais a tragédia da possibilidade da autodestruição coletiva da humanidade e da vida toda no planeta. Eu acho que ameaças como essa põem em questão os grandes valores dessa civilização, e dão chance de as pessoas refletirem.

     Para os jovens, que têm condições de perceber o novo desafio, é uma questão de vida e morte serem confrontados com isso, porque são coisas muito reais. É preciso fazer com que os jovens se confrontem com as realidades degradantes para que se choquem. Porque o choque faz as pessoas se darem conta, não dos grandes feitos da civilização moderna, mas de ver o outro lado da medalha. A custo de que possuímos este mundo? Como chegamos aí? Que grandeza é essa do ser humano, que foi capaz de construir um mundo fantástico, jogando fora grande parte da população?

Mundo Jovem: Neste contexto é possível falar em valores, em ética?
Manfredo Araújo de Oliveira: Claro que sim. É absolutamente possível. Isso não quer dizer que, em última instância, a referência a um absoluto não esteja embutida em qualquer ética. Mas a ética, em primeiro lugar, é uma elaboração da razão humana, tanto que os problemas éticos se põem indiferentemente da religião. Por exemplo, a discussão no Brasil sobre o que fazer com os embriões humanos. Se eu creio ou se eu não creio, a questão se põe de qualquer jeito. Tratase da possibilidade da existência de um ser humano, e como é que devo tratar o ser humano. Evidentemente, para quem crê, essas questões são radicalizadas, porque aí a relação com o absoluto se faz explícita.

Mundo Jovem: Se quisermos enfrentar o ateísmo prático devemos ter argumentos ou mostrar o contrário na prática?
Manfredo Araújo de Oliveira: As duas coisas. Nós vivemos num mundo que é cada vez mais marcado pela ciência. Isso significa que valoriza a argumentação. Onde as pessoas vão crescendo no mundo da argumentação, certamente é preciso saber argumentar, dar razões à sua fé. Por outro lado, é claro que é preciso que se veja que a fé é capaz de transformar os seres humanos. Portanto uma ação, seja individual ou coletiva, como fermento no mundo, que traga sentido ao mundo e à vida das pessoas. E isso se vê em primeiro lugar pela coerência de vida. Quando a fé é de tal maneira forte que é capaz de transformar a maneira de pensar, agir, estabelecer as relações com os outros e com a natureza, aí as pessoas vão dizer: “por trás disso tem alguma coisa séria”.

Mundo Jovem: Em que espaços as pessoas podem despertar o espírito de religiosidade?
Manfredo Araújo de Oliveira: A primeira responsabilidade é daquelas pessoas que estão mais envolvidas com a formação, que são os pais e professores. Mas acho que, hoje, na interação entre jovens, a descoberta da fé num movimento comum tem mais importância, talvez por causa da diferença muito forte de cultura em relação às gerações passadas. O processo cultural humano se acelerou muito. Na ciência, quem se forma hoje, cinco anos depois está atrasado. No passado as coisas caminhavam muito mais devagar. O que a Europa fez em 200 anos, nós fizemos em dez, quinze anos. Isso é uma revolução cultural. Então os jovens têm uma tendência de olhar as gerações passadas como resquícios de um mundo que não é mais o deles. Por isso a vivência da fé entre os jovens é muito importante.

Mundo Jovem: Mas existem muitas crianças que crescem sem nenhuma referência religiosa.
Manfredo Araújo de Oliveira: Isso, em parte, é um problema dos países que cresceram no sentido do desenvolvimento científico, tecnológico, que é a grande referência do mundo de hoje. Nós somos uma sociedade urbana industrial. Aqui no Brasil, tanto a igreja católica quanto as igrejas evangélicas pescaram dos Estados Unidos certas tendências religiosas de experiências carismáticas, pentecostais, como eram chamadas no princípio. Isso, de certa maneira, inclusive numa perspectiva muito rígida, consegue colocar muitas pessoas em contato com o absoluto. Especialmente pessoas que não tinham outra forma de experiência religiosa.

     Estas experiências estão conseguindo dar uma certa orientação à vida de adultos e à vida de jovens, inclusive. De certa maneira se conseguiu fazer uma barreira ao mundo moderno. Mas aí é que está o problema: são tendências que separam os crentes do mundo moderno. Há uma reação meio psicodélica, porque de um lado eles se utilizam de toda a parafernalha tecnológica para divulgar suas igrejas, são as igrejas midiáticas, que empregam os meios mais modernos possíveis de comunicação, porém, numa visão de mundo, têm uma teologia que rejeita fundamentalmente este mundo moderno. Até onde vão poder viver nesta tensão? É uma forma de esses grupos religiosos se “salvarem” do materialismo difuso que marca a sociedade contemporânea.


Afinal, que sentido tem tudo isso?

     O que os jovens veem nos pais e em outras pessoas é que a religião aparece como uma espécie de castração, e não como uma instância de apuração de sentido para a vida. Eu vejo isso na Europa com muita força. As igrejas não têm nada de novo a dizer aos jovens. Aquilo que é dito nas igrejas não toca o jovem. As pregações e as orientações não dão uma luz para a existência dele no dia a dia.
     Neste sentido, a importância fundamental da espiritualidade é articular uma chave de compreensão da própria vida. Muitas pessoas desvinculam Deus, a espiritualidade da vida como um todo. Na realidade isso não tem o menor sentido. As próprias palavras de Jesus dizem: “Eu sou a luz do mundo, quem me segue não anda nas trevas”. Isso significa dizer que aqui se articula um sentido global para a vida, que é absolutamente importante. Ainda mais numa sociedade fragmentada como a nossa, que separou os diversos segmentos da vida. E as pessoas estão por aí perdidas se perguntando: “Afinal, de onde eu vim, para onde eu vou? O que fazer na vida? Que sentido tem tudo isso?” As religiões têm esta tarefa, só que parece que elas não estão sabendo fazer isso. Preocupam-se mais em transmitir certas formas de ritos, que foram importantes no passado, mas que não falam mais para as pessoas de hoje. E não sabem mais como falar para os jovens, até porque eles vivem noutro mundo, onde não se tem religião.

     O ateísmo ou a religiosidade das pessoas também sofrem influências dentro dos sistemas sociais. Os atuais países que saíram da cortina de ferro, do socialismo real, têm uma grande parte da sua população sem qualquer referência religiosa, porque não existe nenhuma formação neste sentido. Se olharmos a Alemanha Oriental, entre os que foram de natureza socialista real não existe qualquer formação religiosa, por parte das massas. No Ocidente, houve primeiro uma crítica radical à religião por parte das ciências, por parte da Filosofia, e houve um materialismo radical da vida, ou seja, a vida aí se rege por princípios materialistas, e não é só em relação à religião, mas é em relação a qualquer coisa. Uma sociedade que se concentrou na materialidade, como dizia João Paulo II, deixou um enorme vazio na vida humana, não respondido. Afinal de contas, que sentido tem tudo isso? Minha vida, minha relação com a natureza e com os outros seres humanos, a história humana, os progressos da ciência, o não progresso, as grandes questões? Tudo isso conduz a quê? Esse é o grande vazio da sociedade moderna.

     O que fez com que as pessoas dissessem que as religiões não têm sentido é que as religiões não foram capazes de falar nesse vazio, ou seja, dizer que aqui está o sentido procurado, que Deus é este sentido. E as religiões se tornam uma espécie de resquício de um mundo que passou, um museu. Lembro que no tempo do socialismo real, num país totalmente organizado culturalmente, depois do regime do ateísmo, como era a Rússia, muitos russos gostavam de ir às igrejas ortodoxas não por causa da fé, mas para lembrar o passado russo. A religião era uma espécie de memória de um mundo que já passou!


Receita


Arroz à parmegiana
Redação FC


 Ingredientes
. 3 xícaras (chá) de arroz cozido “al dente”
. 2  berinjelas médias cortadas em fatias
. 4 tomates cortados em rodelas
. 250g de mussarela fatiada

. 1 xícara (chá) de queijo ralado
. Sal e pimenta a gosto
. Azeite a gosto e óleo para fritar

Modo de preparo
Deixe as berinjelas de molho na água com sal por alguns minutos. Escorra e esprema para retirar o excesso de água. No óleo quente frite as fatias de berinjelas e coloque sobre papel absorvente para retirar o excesso de gordura.
Em um refratário alterne camadas de arroz, berinjela, tomate e mussarela temperadas com sal, pimenta e regadas com azeite. Termine com uma camada de arroz e polvilhe o queijo ralado. Leve ao forno pré aquecido a 200°C até dourar.
Fonte: M de Mulher

Conselho Nacional quer o fim da reprovação no início do ensino fundamental


Conselho Nacional quer o fim da reprovação no início do ensino fundamental
Redação FC
Nos próximos dias, o ministro da Educação, Fernando Haddad, receberá uma resolução aprovada pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) que prevê o fim da reprovação nos três primeiros anos do ensino fundamental. A medida, na prática, é uma tentativa de resgate dos ciclos de progressão continuada, criados com o propósito de combater a repetência e a evasão escolar.
Pelo sistema, o aluno só pode ser reprovado ao término de cada etapa de aprendizagem, que pode variar de dois a quatro anos, dependendo do modelo adotado pela escola. No regime seriado, majoritário no País, o estudante pode ser reprovado a cada ano.
O texto, aprovado no início de julho pelo CNE, depende da homologação do Ministério da Educação (MEC). Ele não prevê a adoção dos ciclos em todas as fases da educação básica, mas deixa explícita a recomendação para as séries iniciais, de forma a garantir a continuidade do processo de alfabetização das crianças. “Mesmo quando o sistema de ensino ou a escola, no uso de sua autonomia, fizerem opção pelo regime seriado, será necessário considerar os três anos iniciais do ensino fundamental como um bloco pedagógico ou um ciclo sequencial não passível de interrupção”, afirma o parecer.
Em 2008, mais de 79 mil alunos da primeira série da educação fundamental não passaram de ano. O número representa 3,5% das matrículas dessa série. Para especialistas, a reprovação numa idade tão precoce (6 anos) compromete o desempenho do aluno por toda a trajetória escolar. “É preciso reconhecer que as crianças precisam de um tempo maior para se alfabetizar. Se ela tiver alguma dificuldade, devemos ajudá-la e não reprová-la”, afirma Clélia Brandão, presidente da Câmara de Educação Básica do CNE. “Reprovar é um fator de desestímulo. E, se resolvesse algo, o Brasil seria um dos países com melhor qualidade de ensino do mundo.”
O ciclo de alfabetização de três anos não deve encontrar problemas para ser ratificado pelo MEC. “Não se trata de maquiar dados estatísticos. Uma vez reprovada, a criança tende a repetir os mesmos erros, caso seja submetida à mesma estratégia de aprendizagem que fracassou com ela”, avalia a secretária nacional de Educação Básica, Maria do Pilar Lacerda. A educadora destaca, no entanto, que as escolas não serão obrigadas a aderir aos ciclos. “Os sistemas de ensino têm autonomia para fazer suas escolhas.”
Apesar das vantagens alardeadas pelos defensores dos ciclos, a medida pode encontrar forte oposição. A cada nova eleição, surgem críticas ferozes ao modelo, apelidado pelos críticos de “aprovação automática”. No ano passado, por exemplo, um dos primeiros atos do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), foi a extinção, por decreto, dos ciclos de progressão no ensino fundamental, uma de suas promessas de campanha.
Apenas o ciclo inicial, de alfabetização, foi poupado. Em Várzea Paulista, no interior de São Paulo, um promotor conseguiu uma liminar na Justiça para impedir a progressão continuada nas escolas municipais. Para embasar o pedido, destacou relatos de diretores de escolas que admitiam possuir “alunos concluintes do ensino fundamental com graves deficiências de leitura e escrita”. Pouco depois, a prefeitura conseguiu derrubar a liminar, que exigia a retenção dos alunos que não tinham aprendido 50% do conteúdo previsto no ano letivo.
Para o educador Miguel Arroyo, professor aposentado da Universidade Federal de Minas Gerais e ex-secretário- adjunto de Educação de Belo Horizonte, esses exemplos foram desastrosos. “A cultura da reprovação só serve para segregar e estigmatizar os alunos, como se eles fossem os únicos responsáveis pelo fracasso escolar”, afirma. “Ignora-se o fato de que as escolas estão despreparadas, com salas superlotadas, professores de baixa qualificação, estrutura precária. Em vez de atacar esses problemas, é mais fácil punir os alunos, deixar os retardatários para trás.”
Na mesma linha segue a argumentação de Roberto Leal, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação. “Não temos nada contra os ciclos, mas é preciso que as escolas tenham condições de suprir as necessidades dos alunos com problemas”, pondera. De acordo com a educadora Magda Soares, professora da Universidade Federal de Minas Gerais, a receita de sucesso é conhecida por todos, mas pouco aplicada. “É preciso envolver o aluno, levar em conta o contexto social no qual está inserido, avaliá-lo sempre, oferecer reforço e acompanhamento individual durante toda a trajetória escolar. Só que essa é uma realidade muito distante da maioria das escolas brasileiras.”
Cerca de 30% das escolas públicas brasileiras adotaram os ciclos de progressão continuada, segundo o Censo Escolar de 2006, o último a separar dados dos diferentes modelos. A medida não garante desempenho superior dos alunos, mas reduziu os indicadores de reprovação e evasão escolar.
Dados do Ministério da Educação revelam que o abandono no ensino fundamental passa dos 9% no sistema seriado, enquanto as escolas com ciclos têm uma taxa de evasão na casa dos 5%. Além disso, o número de reprovados no regime de progressão é de 9,1%, diante aos 15,5% do outro sistema.
Quanto à qualidade do aprendizado, ao contrário do que pregam os críticos, não há diferenças significativas. Um dos poucos estudos dedicados a comparar o desempenho dos estudantes dos dois sistemas foi publicado no fim de 2008, por pesquisadores do Banco Itaú, da USP e do Ibmec.
Ao avaliar as médias de 23 mil escolas estaduais na Prova Brasil, exame que avalia os alunos da rede pública, eles constataram uma variação nas notas inferior a 2% – ora pendendo a favor de um modelo, ora para outro. Conclusão: a disparidade no desempenho era ínfima, se comparada aos benefícios da redução do abandono nas escolas que aderiram aos ciclos.
Mesmo sendo apenas uma recomendação do Conselho Nacional de Educação, Carlos Eduardo Sanches, presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), aposta numa adesão maciça ao ciclo de alfabetização de três anos. “Os estudos comprovam que a reprovação não garante sucesso escolar. Não vejo resistência por parte dos gestores públicos em relação a essa questão.”
O educador Artur Gomes de Morais, professor da Universidade Federal de Pernambuco, destaca, porém, a necessidade de preparar melhor as crianças que ingressam no ensino fundamental. “Países como a França e a Espanha, usando ciclos, já assumiram que as crianças devem estar alfabetizadas ao término do ano letivo em que completam 6 anos de idade”, afirma. “Para que isso ocorra, é preciso universalizar o acesso à educação infantil e estimular a criança a refletir sobre a escrita alfabética desde os 4 anos.”
Fonte: Site Aprendiz / Carta Capital

Novo Plano Nacional de Educação deve ter poucas metas

Novo Plano Nacional de Educação deve ter poucas metas
Redação FC
O novo PNE (Plano Nacional de Educação) para os próximos dez anos deve trazer pouco mais de 25 metas a serem cumpridas até 2020. A informação é do membro do conselho do movimento Todos Pela Educação, Mozart Neves Ramos –que participa, também, do Conselho Nacional de Educação. O atual plano, que deixa de valer no final deste ano, tem 295 metas.
O próximo PNE, que valerá entre 2011 e 2020, deve seguir para o Congresso Nacional em até duas semanas, após ser concluído pelo Ministério da Educação. A redução de metas foi uma das diretrizes apontadas pela última Conae (Conferência Nacional de Educação), realizada em Brasília em março deste ano.
Segundo Ramos, um número excessivo de metas torna impraticável o cumprimento de todas. “Nem metade delas [das atuais] tem indicador para traduzi-las”, diz. A redução de metas, no entanto, não significa necessariamente que haverá um corte, mas sim que elas devem vir mais condensadas. O novo PNE não deve ter mais do que 30 metas.
Para especialistas, o atual PNE fracassou, já que poucas das atuais metas foram efetivamente cumpridas nos últimos dez anos. Entre as que foram atingidas, estão a criação do ensino fundamental de nove anos e a ampliação das estratégias de avaliação da educação básica. Não se cumpriu, por exemplo, a meta de expansão da educação de jovens e adultos e a redução da repetência e do abandono escolar.
Fonte: Folha Online / Site Aprendiz

Amizade

Amizade Maria Regina  Canhos Vicentin


Quando Maria era pequena uma das coisas que mais queria era uma amiga. Não tinha irmã, então, imaginava que uma amiga seria como uma irmã para ela. Procurava entre as colegas de escola alguém que desejasse ser sua amiga, mas infelizmente, ela não era das mais populares nem aceitava fazer qualquer coisa para conquistar afeição.
Logo percebeu que arrumar uma amiga não seria tão simples. Além de ter que confiar em alguém, alguém também teria que confiar nela. Notou que não era possível acreditar em todo mundo. Muitas pessoas mentiam e outras não sabiam guardar segredos. Isso era uma das coisas que Maria achava muito importante – saber guardar segredo. Quase ninguém sabia. Então, percebeu que, se quisesse ser uma boa amiga, teria de aprender a guardar segredo. Com o tempo, ela aprendeu.
Todos vinham lhe contar seus segredos, pois logo entenderam que ela não espalhava as notícias ao vento. Maria ficava feliz com a confiança depositada, mas continuava com um grande problema: não tinha para quem contar os seus segredos. A primeira vez que arriscou confiar em alguém foi traída e tremendamente humilhada. Aquilo doeu demais. Todos os seus colegas de classe se afastaram dela em função de uma mentira inventada por sua “amiga”. Na festa de aniversário que sua mãe organizou para ela naquele ano, apenas José apareceu. Isso ensinou muito a Maria acerca de respeito e lealdade.
Naquele mesmo dia, José ganhou uma amiga para sempre. O tempo passou, e acabaram se distanciando fisicamente. Há algumas semanas, no entanto, José foi criticado publicamente sem piedade. A crítica beirou a humilhação. Maria fez questão de lhe manifestar sua solidariedade e apreço, plantados há mais de trinta anos no solo fértil de seu coração adolescente. Jamais permitiria que seu amigo fosse humilhado na solidão. Nem que fosse a única a apoiá-lo, ele não estaria sozinho, pois a amizade que ela lhe tem não possui prazo de validade.
A verdadeira amizade não é somente aquela que enxuga lágrimas, mas também a que empunha a espada no momento decisivo, ainda que para morrer, dada a desigualdade de forças, mas na dignidade de honrar um compromisso fraterno. A verdadeira amizade não é somente aquela que ampara o desvalido, mas a que se rejubila com o sucesso do agraciado sem lhe invejar a posição de destaque ou o salário compensador. A verdadeira amizade é aquela que corre riscos de se frustrar, pois nem todos sabem ser amigos, mas a despeito disso continua acreditando no amor, pois se fez amor para poder acolher alguém. Que Jesus Cristo, o maior amigo que a humanidade já teve, nos sirva de exemplo.

  

Passa horas a frente do computador? Então leia!


Adultos, jovens e crianças chegam a passar horas e mais horas em frente ao computador seja por causa do trabalho, dos estudos ou por diversão. Com o tempo, é comum surgir dores nas costas, nos braços, tendões e até sentir a visão prejudicada. Mas não adianta culpar o computador por esses incômodos. Existem medidas simples que você pode adotar para evitar lesões e desconfortos que podem se tornar crônicos, prejudicando a saúde e bem-estar. A seguir, confira as dicas para usar o computador de forma consciente. 
Dores e lesões 
Quem nunca sentiu ao menos uma tensão nas costas que atire a primeira pedra. Hoje, esse mal atinge jovens, adultos e idosos, principalmente pelo fator estilo de vida. "Passar horas e horas por dia sentado de um maneira totalmente incorreta, pode acarretar até hérnias de disco a longo prazo", explica o ortopedista Fabio Ravaglia.
Computador - Foto: Getty Images
Uma das partes mais afetadas pelo uso excessivo do computador é a coluna. Em geral, quem usa o computador tende a sentar inclinando-se em direção à tela e em cadeiras que não permitem que a lombar fique com sua curvatura natural. Os músculos são tensionados e pressionam os nervos da coluna, causando dor nas costas. "Depois de horas sendo tracionada, a musculatura relaxa e a tensão vai toda para nossos ligamentos, gerando as dores", diz Fabio. A altura inadequada da tela é também um grande problema. "A altura ideal é aquela que permite que a cabeça fique reta, pois ao mantermos o pescoço levantado ou baixado durante muito tempo, os músculos ficam contraídos e tensos", explica o ortopedista.


Outro problema está nos tendões, conforme explica o especialista, a lesão por esforço repetitivo, conhecida como LER, causa problemas como a tendinite, tenossinovite (inflamação de membranas dos tendões) e bursite. Outro ponto importante é manter as pernas apoiadas corretamente no chão, com os joelhos dobrados em 90 graus, caso contrário, os vasos das coxas podem ficar pressionados, fazendo com que o sangue não circule corretamente. Ele fica represado nas veias, que se distendem e permitem a passagem de água para os tecidos, inchando as pernas.


Para driblar tantos incômodos, é importante sentar em cadeiras adequadas e ajustar a altura da mesa ao apoio correto dos cotovelos e da tela, aos olhos. Além disso, é fundamental alongar-se antes de começar o expediente (vale puxar os cotovelos para o lado, alongar os punhos e rotacionar o tronco, por exemplo) e fazer intervalos de dez minutos a cada duas horas, para movimentar as pernas, conforme recomenda o ortopedista.  
Fique de olho 


A saúde da sua visão também pode sair bastante prejudicada pela rotina virtual. Um dos danos mais comuns é o ressecamento dos olhos. O oftalmologista da Unifesp Wallace Chamon explica que isso ocorre por dois fatores: a atenção que colocamos ao ler e a má qualidade do ar. Explicando melhor: quando estamos concentrados em algo, nossa tendência é piscar menos, o que expõe mais os olhos ao ar. Esse ar, não raro, tem uma baixa umidade e uma boa quantidade de poluentes, que prejudicam a visão.


Além do extremo desconforto, a secura dos olhos pode acabar resultando em uma baixa na capacidade de visão: é aquela ?vista cansada?, sentida principalmente no final do dia. "Algumas boas horas de sono podem recuperar a umidade dos olhos em pessoas que não tenham tendência a ter pouca lágrima", diz Wallace. Além disso, depois de boas horas de leitura, os músculos do cristalino, responsável por dar foco a tudo o que vemos ficam com fadiga, o que pode deixar a visão desfocada.


Uma hipótese não confirmada pelos médicos é em relação à luminosidade: luz de mais ou de menos faz a pupila trabalhar mais para controlar a passagem dos raios luminosos. "Sobre a atuação da luminosidade na visão, existem estudos dizendo que crianças que passam mais horas ao ar livre, têm menos chances de desenvolver miopia. Mas há a hipótese de que as chances de miopia são diminuídas porque elas passariam menos horas fazendo atividades que envolvam a visão de perto, como jogos e leituras e não pela atuação da luz". Quando uma pessoa lê demais, ou seja, trabalha a visão "de perto" em excesso, o organismo entende que essa visão é mais utilizada e acaba desfavorecendo a visão.
Para driblar esse efeito em relação ao computador, existe um truque simples, mas que ninguém pratica. "Se, em vez de olhar para uma tela na altura dos olhos, olhássemos para algo um pouco abaixo deles, o ressecamento dos olhos poderia ser resolvido, porque a pálpebra não ficaria tão aberta, não permitindo a exposição excessiva da visão às agressões do ar", de acordo com Wallace. Mas o ideal é que o monitor do computador não fique muito abaixo da altura dos olhos, em um ponto em que você não precise abaixar a cabeça para enxergá-la (o que prejudicaria o pescoço) e sim em um ponto em que apenas as pálpebras fiquem um pouco mais fechadas. Para quem sente grandes desconfortos, vale consultar um oftalmologista, mas nunca se automedicar com colírios. 
Fonte: MSN


Alongamentos na frente do computador


Postura correta para trabalhar na frente do computador:

a) Mantenha os olhos no mesmo nível da parte superior da tela do monitor;

b) Mantenha o monitor a uma distância de aproximadamente 50 cm dos seus olhos;

c) Mantenha as costas apoiadas no encosto da cadeira;

d) Os cotovelos, próximos ao corpo, devem fazer um ângulo de 90º; os punhos devem permanecer retos e apoiados sobre a mesa de trabalho;

e) Caso a mesa de trabalho não permita o apoio dos punhos, utilizar cadeira com braços reguláveis, posicionados na mesma altura da mesa de trabalho;

f) Mantenha os pés apoiados no chão ou em apoio próprio, um ao lado do outro;

g) O monitor deve ficar perpendicular às janelas, evitando reflexos na tela ou ofuscamento;

h) Não trabalhe com rotação ou torção do tronco, ficando de frente para o monitor;

i) Faça pausas de 10 minutos a cada 50 minutos de digitação contínua.

Fonte: Ache

Já acessou o blog Faça Fisioterapia hoje?
Link desta postagem

Jovens têm o dobro de chances de sofrerem acidentes de trabalho


As pessoas mais jovens têm o dobro de chances de sofrerem acidentes de trabalho do que os mais velhos, segundo levantamento dos Centros de Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos. A análise de dados nacionais colhidos no período entre 1998 e 2007 mostrou também que os trabalhadores com idades entre 15 e 24 anos são os que mais sofrem acidentes de trabalho que necessitam de atendimento de emergência.

De acordo com os pesquisadores, as taxas de lesão são maiores entre os mais jovens, possivelmente, por causa da maior inexperiência dessas pessoas, devido a supervisão inadequada ou falta de treinamento. Além disso, eles ressaltam a necessidade de locais e condições de trabalho mais seguros, principalmente na indústria, construção e agricultura - áreas com maior ocorrência de fatalidades entre os jovens trabalhadores.

Em artigo publicado no Morbidity and Mortality Weekly Report, a pesquisadora Dawn Castillo destacou que os jovens trabalhadores "podem ter menor probabilidade de reconhecer riscos, serem menos propensos a falar sobre segurança e menos conscientes de seus direitos legais como funcionários". "Essa situação pode ser agravada para alguns grupos de trabalhadores, como hispânicos e aqueles em seu primeiro emprego", concluiu a especialista.

Fonte: Uol Saúde


Alongamentos para se fazer na empresa


Muitos desprezam o aquecimento e já entram direto na prática de exercícios físicos e atividades físicas. Nestes casos o que se despreza são as funções do aquecimento que são:

* Melhora da irrigação sangüínea para os músculos.
* Aumento da atividade enzimática para iniciar as reações metabólicas anaeróbicas e aeróbicas.
* Diminuição da viscosidade do líquido presente nas articulações.
* Adaptação do sistema cardiovascular para o esforço..
* Alongamento muscular prévio e preparação articular.




Ginástica no trabalho previne lesões e motiva funcionários


São dez ou doze minutos roubados ao horário de trabalho que previnem lesões e motivam os trabalhadores: a ginástica laboral ajuda tanto operários fabris como quem trabalha à secretária.
Na Tecnocrimp, uma empresa de comércio e indústria de cablagens da Venda do Pinheiro, o departamento de recursos humanos procurava sobretudo uma forma de motivar os trabalhadores.
«Estávamos a reparar que os colaboradoras eram pouco dinâmicas e um pouco desmotivadas e não estavam a alcançar os índices de produtividade», explicou à Lusa Iolanda Fernandes, responsável pelos recursos humanos da empresa.
Quebra a rotina e tem benefícios físicos
À animação das aulas das terças e quintas-feiras e à mudança na rotina provocada pela chegada do professor João, juntaram-se os benefícios físicos para quem desempenha tarefas repetitivas com peças pequenas.
«Chegam ao fim do dia com dores nas costas e nos ombros, com as aulas conseguem sentir um alívio e parecem sentir-se mais leves», contou Iolanda Fernandes.
«Acaba por ser um momento em que as pessoas estão a ter benefícios físicos e a prevenir lesões quase sem se aperceberem porque é também um momento lúdico que ajuda a voltar ao trabalho com uma nova vontade», descreveu à Lusa João Borges, professor de Educação Física, sócio da empresa Workwell.
Criada há um ano e meio por um grupo de colegas da licenciatura de Desporto da Universidade Lusófona, começou por ser um projecto que venceu um concurso para jovens empreendedores e tornou-se numa empresa que disponibiliza aulas de ginástica laboral.
Os programas variam e dependem de uma avaliação inicial ao tipo de trabalho e condição física dos funcionários, mas consistem sobretudo em aulas de dez a doze minutos, normalmente duas vezes por semana.
Não é necessário nenhum tipo de equipamento especial, as aulas são uma interrupção na rotina de trabalho que pode «fazer toda a diferença».
No trabalho fabril, a ginástica laboral pode ajudar a prevenir «lesões relacionadas com a coluna lombar, como hérnias, escolioses e tendinites», apontou João Borges.
Num «trabalho ao computador», as lesões mais comuns que podem ser evitadas são essencialmente «tendinites nos pulsos, dedos, cotovelos e a síndrome do túnel carpal».
Há ainda as «dores continuadas, que não chegam a ser lesões», frequentemente na zona do pescoço e na parte superior das costas, que alguns minutos de ginástica ajudam a aliviar.
Na Tecnocrimp, o principal objetivo parece cumprido: «A produtividade ainda não conseguimos medir se aumentou, mas a motivação aumentou muito», disse Iolanda Fernandes.


A INFLUÊNCIA DA GINÁSTICA LABORAL PARA A SAÚDE DOS TRABALHADORES E SUA RELAÇÃO COM OS PROFISSIONAIS QUE A ORIENTAM

A INFLUÊNCIA DA GINÁSTICA LABORAL PARA A SAÚDE DOS TRABALHADORES E SUA RELAÇÃO COM OS PROFISSIONAIS QUE A ORIENTAM

A IMPORTÂNCIA DA GINÁSTICA LABORAL NA PREVENÇÃO DE DOENÇAS OCUPACIONAIS





Dinâmica de grupo


A dinâmica de grupo constitui um valioso instrumento educacional que pode ser utilizado para trabalhar o ensino-aprendizagem quando opta-se por uma concepção de educação que valoriza tanto a teoria como a prática e considera todos os envolvidos neste processo como sujeitos.


A opção pelo trabalho com dinâmica de grupo permite que as pessoas envolvidas passem por um processo de ensino-aprendizagem onde o trabalho coletivo é colocado como um caminho para se interferir na realidade, modificando-a. Isso porque a experiência do trabalho com dinâmica promove o encontro de pessoas onde o saber é construído junto, em grupo.


Logo, esse conhecimento deixa de ser individualizado e passa a ser de todos, coletivizado. Ainda tem a qualidade de ser um saber que ocorre quando a pessoa está envolvida integralmente (afetivamente e intelectualmente) em uma atividade, onde é desafiada a analisar criticamente o grupo e a si mesma, a elaborar coletivamente um saber e tentar aplicar seus resultados.

É importante ressaltar que faz parte desse processo a garantia da participação constante de todos os participantes. Só assim todos se sentirão donos do saber alcançado.

A importância da dinâmica no processo coletivo do ensino-aprendizagem não deve ser, no entanto, absolutizada ou subestimada. Sua utilização deve responder a objetivos específicos de uma determinada estratégia educativa, no sentido de estimular a produção do conhecimento e a recriação deste conhecimento tanto no grupo/coletivo quanto no indivíduo/singular, uma vez que a técnica da dinâmica não é um fim, mas um meio - é uma ferramenta a ser usada.
 Ao optar pelo uso da técnica de dinâmica de grupo você poderá, através de jogos, brincadeiras, dramatizações, técnicas participativas, oficinas vivenciais e um ambiente descontraído, discutir temas complexos, polêmicos e até estimular que sejam externados conflitos (do indivíduo e do grupo), buscando estimular os participantes a alcançar uma melhoria qualitativa na percepção de si mesmo e do mundo e, conseqüentemente, nas relações estabelecidas consigo mesmo, com o outro e com o mundo.


Para o trabalho com dinâmica ter um desenvolvimento pleno, é recomendável que os grupos tenham, no máximo, 20 participantes. Isto porém não impossibilita que se faça o uso dessa metodologia educacional em grupos maiores, em congressos, em seminários e outros.

Orientamos que nestes casos o coordenador divida o plenário em subgrupos para o desenvolvimento dos trabalhos e reúna o grupão nos momentos de socialização e de síntese.

Outros recursos que podem ser utilizados em grupos grandes são o retroprojetor, vídeo, exposições dialogadas, além de técnicas de teatro, tarjetas e cartazes.

Em todo início de atividade (encontro) deve ser feito o "Contrato do Grupo". Trata-se de uma discussão da pauta proposta, definição de normas internas do grupo, formação de equipes de trabalho e distribuição de tarefas. Quando se tratar de uma atividade menor, um debate por exemplo, deve-se definir com o grupo o horário de terminar a atividade, o que será possível realizar, o que já foi preestabelecido, o objetivo da atividade e a metodologia de abordagem.



Aplicar esse tipo de atividade na Ginástica Laboral só faz melhorar a socialização e a motivação da atividade.

Alongamento Terapêutico

O Alongamento Terapêutico (técnica solo) busca a relação equilibrada e global do paciente com seu corpo e sua mente, através da reeducação postural, autoconhecimento corporal, relaxamento e bem-estar. Alongamento muscular são exercícios físicos para manter ou desenvolver a flexibilidade. O alongamento é uma das mais importantes categorias de exercícios que podem ser prescritos para manter e restaurar o equilíbrio normal em cada uma destas estruturas: o músculo, a fáscia, o tendão e o ligamento. Estes podem exibir um grau de rigidez aumentado – que conduz ao funcionamento não-ótimo em determinada articulação secundária – e restringir a amplitude de movimento disponível. O alongamento muscular permite modificar o comprimento do músculo, visando manter ao mesmo tempo, características mecânicas e funções neuromusculares.
O alongamento terapêutico pode ser utilizado como manobra terapêutica para aumentar o comprimento de tecidos moles que estejam encurtados, podendo ser definido também como técnica utilizada para aumentar a extensibilidade músculo-tendinosa e do tecido conjuntivo periarticular, de tal modo contribuindo para aumentar a flexibilidade articular. Um dos grandes benefícios encontrados em um programa de alongamento é a obtenção do relaxamento, pois um aumento da tensão muscular pode resultar em efeitos colaterais como diminuição da percepção sensorial, aumento da pressão sanguínea, diminuição do suporte sanguíneo muscular o que acarretará em produção elevada de resíduos tóxicos que se acumularão nas células devido à falta de oxigênio e de nutrientes resultando em fadiga e algia.

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PROJETO DE GINÁSTICA LABORAL

Histórico da Ginástica Laboral

Tipos de Ginástica e quando elas devem ser aplicadas

Fases de implantação de um projeto

Como se fazer uma avaliação laboral e ergonomica

Como entrar em contato com empresas

Passo a passo do projeto

Como prevenir Lesões por Esforços Repetitivos?

Nos últimos anos, aumentou o número de brasileiros que sofrem de Lesões por Esforços Repetitivos (L.E.R.), principalmente devido ao uso freqüente do computador. A doença, que também é conhecida como Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT), atinge mais as mulheres.
Segundo o ortopedista Sérgio Gama, de São Paulo, a proporção é de 85% de mulheres para 15% de homens diagnosticados e a faixa etária mais afetada está entre os 20 e 40 anos. "As mulheres são mais tensas e preocupadas que os homens, já que têm muitas responsabilidades. Elas chegam a enfrentar duas e até três jornadas de trabalho enquanto os homens não", acrescenta ele.
O rótulo de L.E.R. enquadra-se em um conjunto de problemas ortopédicos que envolvem nervos, tendões e músculos. "São as tenossinovites (inflamação da bainha dos tendões), as tendinites (inflamação dos tendões), epicondilites (inflamação do epicôndilo, proeminência óssea localizada na face lateral da extremidade distal do úmero), síndromes compressivas e outras enfermidades associadas ao uso repetitivo de segmentos do corpo, principalmente membros superiores, onde ocorrem com maior freqüência esses tipos de lesões", esclarece Rames Mattar, ortopedista de São Paulo.
"A cura das Lesões por Esforços Repetitivos acontece em 100% dos casos, quando diagnosticados nos primeiros estágios"
O tratamento demanda diagnóstico preciso e equipe multidisciplinar. "O sintoma mais freqüente é a dor, que no início surge durante o período de trabalho. O diagnóstico é baseado no exame médico", explica Mattar.
Na avaliação, além do exame físico, são importantes as informações e observações relativas ao posto de trabalho, condições e informações prestadas pelo paciente. "Elas serão úteis para esclarecer a relação da doença com a atividade profissional, para a detecção de fatores de risco presentes no ambiente de trabalho e planejamento eficaz de medidas preventivas", afirma o especialista.
De acordo com Gama, o repouso do segmento afetado é fundamental. "O afastamento do trabalho, onde geralmente se encontra o fator causal, é necessário. A utilização de analgésicos, antiinflamatórios, relaxantes musculares e fisioterapia compõem a primeira abordagem terapêutica. Há casos que necessitam de imobilização. Os casos crônicos podem exigir tratamento cirúrgico. A troca de função, o afastamento prolongado ou até definitivo de determinadas atividades pode ser preciso", diz ele.
Este foi o caso da advogada Claudete de Almeida, de São Paulo, que precisou ficar 15 dias de repouso em casa por causa da doença. "Eu sentia muitas dores e não sabia o motivo. Sempre achava que estava dormindo de mau jeito ou qualquer coisa parecida, mas não imaginei que poderia ser L.E.R. Depois de passar quatro meses com dores, procurei um médico para fazer exames e iniciar tratamento. Foi preciso imobilizar e fiquei em casa por duas semanas", conta a advogada, de 38 anos.
A cura das Lesões por Esforços Repetitivos acontece em 100% dos casos, quando diagnosticados nos primeiros estágios. Nos casos mais graves, a cura (integral ou parcial) dependerá da disciplina e de boas condições psicológicas do lesionado.
Prevenção
- Evitar atividade repetitiva e prolongada (datilografar ou digitar horas seguidas, sem interrupção).
- Melhorar as condições ergonômicas do trabalho (cadeiras e mesas adequadas, apoiadores de antebraços para digitadores etc).
- Descanso intercalado durante a jornada de trabalho, destinando 10 minutos em cada hora para exercícios de alongamento e relaxamento.
- Ação conjunta entre empregadores e empregados que visem prevenir as lesões decorrentes de esforços repetitivos

O que é Ginástica Laboral

Ginástica laboral é a prática de atividade física durante a jornada de trabalho, realizada pelos trabalhadores coletivamente, no próprio local de trabalho, objetivando dentre outras coisas manutenção e melhora da saúde física do colaborador.
Tem como função fortalecer e alongar determinados músculos muito exigidos durante a jornada de trabalho, prevenindo assim problemas posturais e lesões que, além de trazerem riscos aos funcionários, representam custos operacionais para a empresa.
Esta Ginástica é de curta duração, por isso não leva o colaborador ao cansaço e nem representa prejuízos a empresa. A Ginástica Laboral contribui para a prevenção e recuperação "doenças do trabalho" (LER e DORT) promovendo o bem estar e melhorando as relações interpessoais.

A importância da Ginástica Laboral no trabalho

A Ginástica Laboral começou a ser compreendida como um grande instrumento na melhoria da saúde física do trabalhador, reduzindo e prevenindo problemas ocupacionais, através de exercícios específicos que são realizados no próprio
local de trabalho.

A Ginástica Laboral não sobrecarrega nem cansa o funcionário, porque é leve e
de curta duração.

O objetivo da GL (Ginástica Laboral) é promover adaptações fisiológicas, físicas e psíquicas, por meio de exercícios dirigidos que:


- Trabalham a reeducação postural,

- Aliviam o estresse,

- Diminuam o sedentarismo;

- Aumentam o ânimo para o trabalho;

- Promovam a saúde e uma maior consciência corporal;

- Aumentam a integração social;

- Melhoram o desempenho profissional;

- Diminuam as tensões acumuladas no trabalho;

- Previnam lesões e doenças por traumas cumulativos, como as LER (Lesões por Esforços Repetitivos) e os DORT (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho).

- Diminuam a fadiga visual, corporal e mental por meio das pausas para os exercícios.


Dentre as lesões mais freqüentes podemos citar:

- Na coluna cervical: síndrome da tensão cervical e síndrome do desfiladeiro torácico;

- No ombro: tenossinovite do bíceps e tendinite do músculo supra-espinhoso;

- No cúbito (cotovelo): epicondilites;

- No punho: tenossinovite dos flexores do punho e dedos, tenossinovite dos extensores do carpo e dedos, tendinite de Dequervain e síndrome do túnel do carpo;

- Na mão: fascite palmar e miosite dos lumbricais.

- Outros problemas na coluna como: hipercifose torácica, hiperlordose, escoliose, entre outros.

- Encurtamentos musculares.

Para as empresas, a incorporação da Ginástica Laboral pode trazer muitos benefícios como:

- Redução de faltas dos funcionários;

- Aumento da produtividade;

- Redução de quedas;

- Maior integração da equipe etc.

Devido à importância da implantação da GL nas empresas resolvemos fazer esta matéria com mais alguns exercícios que podem ser feitos de duas a três vezes por dia e ajudá-los a ter uma qualidade de vida melhor.

Por que implantar Ginástica Laboral na sua esmpresa?

A vida do homem moderno hoje em dia, o leva cada vez mais a situações de stress, pois seu dia- a dia está voltado a circunstâncias críticas de subsistência, tais como moradia, alimentação, transporte, ensino, saúde e a própria manutenção do emprego.
Saber administrar este stress é o grande diferencial entre os dirigentes e colaboradores das empresas, levando- se em consideração que comprovadamente a melhoria no nível de qualidade de vida está diretamente relacionada a produtividade.
Ciente disto, muitas empresas já adotaram a Fisioterapia do Trabalho como uma das ferramentas a serem utilizadas na melhoria da qualidade de vida de seus colaboradores e na prevenção de Distúrbios Osteomioarticulares Relacionados ao Trabalho e Lesões por Esforços Repetitivos ( DORT/ LER ).
O Objetivo geral da Ginástica Laboral ( GL ) é promover adaptações fisiológicas, físicas e psíquicas, por meio de exercícios dirigidos.
Para explicitar os dados acima, o Ministério da Saúde divulgou os seguintes dados após pesquisa:

  • Resultados obtidos após implantação da GL em empresas:
- Produtividade: Aumento de 2 á 5%
- Acidentes: redução de 20 á 25%
- Faltas no serviço: redução de 10 á 15%

Diante destes números pode- se considerar de suma importância a realização de Ginástica Laboral nas empresas, pois esta atua nos seus 15 minutos de duração, em diversas estruturas fisiológicas dos trabalhadores, prevenindo dores e alterações posturais e amenizando dores e reabilitando colaboradores já atingidos pela LER

Ginástica laboral cuida do corpo e da mente

O trabalho é uma das atividades que mais ocupam o tempo de um ser humano e é grande o número de pessoas que passam horas em pé, sentadas numa mesma posição ou realizando repetidamente uma mesma atividade. Com isso, os problemas de saúde de origem física e psíquica são cada vez mais frequentes e atingem as mais diversas profissões. Com o objetivo de evitar problemas e despertar a consciência da necessidade da qualidade de vida no ambiente profissional, as ações para manutenção da saúde laboral têm se intensificado.

“Toda profissão que exige do corpo mais do que ele é capaz de oferecer pode trazer malefícios ao ser humano”, afirma a fisioterapeuta especialista em saúde do trabalho, Gislaine Moreno de Freitas. Segundo ela, uma profissão que exerce mais do corpo não está necessariamente relacionada a uma atividade que requer muito esforço físico. “Ficar sentado por mais de uma hora numa mesma posição, por exemplo, também não é algo a que o corpo está preparado”, destaca.

Interação

Nesse sentido, a presença da ginástica laboral na rotina trabalhista é algo que deve ser incorporado nas mais diferentes atividades, pois ela proporciona ao trabalhador não apenas pausas necessárias para evitar lesões físicas resultantes da má postura ou do esforço repetitivo, como também a interação entre funcionários, além de aumentar a sensação de bem-estar e satisfação. “Todos deveriam ter essa pausa porque é nesse momento que o funcionário pode observar o próprio corpo e identificar sintomas de males físicos, como dores e insatisfações emocionais, que quando não tratadas, tendem a piorar com o tempo e podem causar o afastamento da empresa”, explica Gislaine.

As sessões de ginástica laboral duram de 10 a 15 minutos e devem ser realizadas com o apoio de um profissional da área, como o fisioterapeuta ou um professor de educação física. Já os exercícios são elaborados de acordo com as necessidades de alongamento, relaxamento e fortalecimento dos músculos tensionados durante os movimentos do trabalho. “Todos os encontros são acompanhados de música e em algumas empresas também são aplicadas sessões de ‘quick massage’, em que sessões rápidas de massagem permitem um breve, porém revigorante momento de relaxamento ao profissional”, aponta a fisioterapeuta.

Em relação ao custo do serviço, Gislaine cita estudos que comprovam que, em média, a cada R$ 1 investido em saúde laboral, uma empresa pode lucrar até R$ 4, graças à prevenção de afastamentos de funcionários. O custo-benefício também é destacado pela fisioterapeuta Michelli Toyohara. “Com o início das sessões, os afastamentos por problemas musculares e até mesmo por fatores psicológicos realmente tendem a acabar. Por isso, as empresas devem investir mais na saúde laboral, pois é algo que motiva os funcionários e só traz benefícios tanto a patrões quanto a empregados”, afirma ela.

Ginástica pode propiciar novo estilo de vida

Dentre os principais requisitos para se ter uma boa qualidade de vida, de acordo com a fisioterapeuta do trabalho, Gislaine Moreno de Freitas, estão um sono reparador, uma alimentação saudável e o conforto emocional e físico na rotina de trabalho. “É preciso que a pessoa preste atenção aos sintomas que o corpo apresenta porque eles indicam que algo está fora do que é recomendável e que mudanças são necessárias”, destaca a fisioterapeuta. “A ginástica laboral pode contribuir para estimular uma mudança no estilo de vida, além de reduzir a fadiga mental e física.”

Ainda de acordo com a fisioterapeuta, cerca de 80% dos casos de lesões por esforços repetitivos (LERs) e distúrbios osteomusculares são causados por problemas adquiridos no ambiente laboral. “Quanto mais sedentária for a pessoa, maiores são as chances de sofrer com as lesões”, destaca Gislaine.

Além de incentivar a prática de exercícios físicos, a fisioterapeuta Michelli Toyohara também recomenda que o trabalhador cultive atividades que proporcionem lazer, fora do horário de trabalho, para que a saúde psicológica também seja garantida. Exercícios aumentam produtividade

O número crescente de afastamentos foi uma das principais causas que levaram a empresa Tecno Jabur – responsável pelo desenvolvimento de softwares de computador – a acrescentar à rotina de trabalho a ginástica laboral. Além disso, sessões de ‘quick massage’ e a criação de um ambiente de relaxamento e descontração – onde os funcionários podem inclusive tirar uma soneca depois do almoço – foram apontados pelo gerente administrativo da empresa, Jesse Rodrigues Silva, como principais responsáveis pelo aumento de produtividade e o fim de dores e estresse dos funcionários.

Segundo a fisioterapeuta Michelli Toyohara, desde que a ginástica laboral foi implantada na empresa, as segundas-feiras não são mais recebidas com a ansiedade e depressão que atingem a maioria dos trabalhadores. “Eles até podem chegar desanimados, mas depois do exercício e de toda a socialização que é realizada, eles declaram que se sentem muito mais dispostos para o trabalho.”

Ambiente relaxante

Duas vezes por semana, logo no começo do dia, Michelli Toyohara coordena a ginástica laboral ministrada aos funcionários da Tecno Jabur. Em outros três dias, durante o intervalo de almoço, ela promove sessões de ‘quick massage’. As duas atividades são realizadas com música e com a difusão de essências no ambiente para estimular o relaxamento e a descontração.

Como a empresa é voltada à criação de softwares, as atividades laborais geralmente são realizadas em frente ao computador. A fisioterapeuta sugere exercícios para melhorar a musculatura e diminir a tensão no antebraço, ombros e na região lombar, áreas mais comprometidas pela atividade. “Com os exercícios já deu pra notar que muitos funcionários estão com uma postura mais ereta e não reclamam de dores. Já com a massagem, o objetivo é diminuir o cansaço, melhorar a circulação e aliviar as tensões”, indica Michelli.

Fatores na Dort / LER


1 - Postura:
Posturas fixas são um fator de risco principalmente em trabalhos sedentários. No entanto em trabalhos mais dinâmicos, com posturas extremas de tronco como por exemplo abaixar-se e virar-se de lado também foram identificados como fatores de risco.
As más posturas de extremidades superiores também se constituem como fatores de risco, tais como: desvios dos punhos, braços torcionados e elevação do ombro.
Todos esses desvios são influenciados por uma série de fatores ocupacionais e individuais, incluindo característica do posto de trabalho, Ex: altura da mesa, da cadeira, formato da cadeira e seu encosto, etc.
2 - Movimento e força:
Estes dois fatores estão correlacionados ao aparecimento da Dort - (Distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho) nas mãos e punhos. A combinação de forças elevadas e alta repetitividade aumentam a magnitude da lesão mais do que qualquer uma delas isoladamente.
Movimentos repetidos podem danificar diretamente os tendões através do freqüente alongamento e flexão dos músculos.
A força exercida durante a realização dos movimentos é outro determinante das lesões, como por exemplo, no levantamento, carregamento e utilização de ferramentas pesadas; a força necessária para cortar objetos muito duros, a utilização de parafusadoras e furadeiras.
3 - Conteúdo de trabalho e fatores psicológicos:
A relação entre trabalho e a saúde é afetada pela organização do trabalho e fatores psicológicos relacionados ao trabalho, podendo contribuir para o aparecimento de disfunções músculo-esqueléticas. Passou-se a estabelecer a relação entre trabalho, stress e o sistema músculo-esquelético.
4 - Características individuais:
O tipo de musculatura e características individuais parecem manter uma relação com a incidência dos problemas. Nesse sentido, as mulheres parecem ser mais suscetíveis que os homens. A distribuição de tarefas por sexo e consequentemente na carga do trabalho determinam o aparecimento de problemas e estão ligados as características individuais.

Exercícios - Ginástica Laboral

Em pé, apóie as mãos numa mesa
com os dedos voltados para trás, alongando os antebraços.


Estenda um dos braços, com os
dedos voltados para baixo,
alongando também o antebraço.




Duplas


Você ajuda o seu companheiro em todos os exercícios depois vocês trocam de posição.


Quem está sentado permanece com a coluna reta, o olhar para frente. Puxe
o pescoço do seu colega para o lado e segure por 30 segundos, depois troque o lado.


Ainda na mesma posição, vamos alongar a lateral do corpo e coluna. Puxe o braço do companheiro para cima e para a lateral. Troque o lado.


Quem está sentado estende os
dois braços para cima unindo as
mãos enquanto você puxa os
braços deste para cima.


Puxe o braço do seu parceiro para
trás segurando pela mão, alongando
o tríceps.


Segure os braços do seu parceiro para trás e puxe-os alongando os braços e os músculos peitorais deste.


O seu companheiro deve ficar em
pé, encostado numa parede. Puxe
a perna deste, que deve estar flexionada, para cima. Troque
o lado.


Na mesma posição, agora
com a perna estendida. Troque
o lado.


Primeiro o seu companheiro deve
virar o corpo para trás, segurando
na cadeira. Você apenas ajuda a manter a posição. Este é um
exercício de torção que ajuda a
alongar as costas. Faça para os
dois lados.


Enquanto o seu parceiro está em
pé, você puxa a perna dele para
trás segurando pelo pé. O seu
parceiro deve manter o tronco
reto, um joelho ao lado do outro
e o quadril encaixado. Troque a
perna.


Neste exercício o seu companheiro puxa um dos braços pela frente do corpo, alongando o ombro. Você apenas ajuda a manter a posição. Troque o lado.


Troquem a posição. Quem foi alongado agora alonga o companheiro.


Dêem as mãos e levem o corpo para trás, curvando as costas e alongando-as. Flexionem os joelhos.


Coloque as mãos no ombro
do parceiro e desça o corpo à frente mantendo as costas retas
e as pernas estendidas. Desta forma vocês alongam a coluna
e a parte posterior das coxas e pernas.


Dêem as mãos e levem o corpo
para o lado, alongando a lateral
deste e dando uma espreguiçada.

Troquem o lado.


Dêem as mãos, um de costas
para o outro. Levem o tronco
à frente alongando a coluna e
a parte da frente do corpo.


Permaneçam em cada posição por 30 segundos.
Vocês podem, também, fazer massagens com uma bolinha de
tênis na região do pescoço e costas para aliviar a tensão do
trabalho. É realmente muito relaxante!

Beneficios para a empresa - Ginástica Laboral


  • Redução de custos com faltas e licenciados por doença ocupacional.

  • Redução dos acidentes de trabalho.

  • Prevenção de LER e DORT.

  • Redução de custos com planos de saúde.

  • Melhora do ânimo no trabalho.

  • Aumento da produtividade.

  • Enriquecimento da imagem da empresa perante os clientes, os colaboradores e a sociedade.

  • GINÁSTICA LABORAL - Eficácia da Ginástica laboral

    A ginástica laboral é a combinação de atividades físicas do indivíduo no seu ambiente de trabalho, objetivando promover a saúde e a prevenção das possíveis doenças osteomusculares e ligamentares. Os objetivos são diminuir as situações de stress e os acidentes de trabalho, aumentando a produtividade e a melhora do bem-estar geral.


    Todo programa de Ginástica Laboral dever ser desenvolvido após avaliação criteriosa de todos fatores do ambiente de trabalho, e individual dos trabalhadores. Por essa razão não existe um modelo de aplicação universal. Geralmente constam do Programa atividades de aquecimento (antes do início do trabalho), exercícios de alongamento (para equilibrar os músculos que ficam em posturas contraídas), relaxamento muscular (que, na realidade, atua no cérebro, para descontrair tensões emocionais), e micropausas (parar de realizar a atividade laborativa, em pequenas frações de tempo, durante a jornada de trabalho). Essas atividades evitam a fadiga crônica, os acidentes e as doenças. As atividades físicas laborais devem ser aplicadas todos os dias da semana, para que dê resultados. Também está incluído no programa de ginástica laboral, a construção de um espaço adequado na fábrica para que o trabalhador possa realizar exercícios, conforme a sua capacidade e vontade. A sofisticação maior se dá com a inclusão de piscinas e campos esportivos. A grande dificuldade é medir a eficácia desses programas para o rendimento da empresa, já que, pessoalmente, os resultados são bons nas primeiras etapas do processo.

    R. Elbel e colaboradores, da Universidade de Utah, da cidade de Salt Lake, tentaram medir essa eficácia, aplicando, em 148 ferroviários, essa ginástica laboral, através da teoria cognitiva comportamental. Essa teoria explicada incialmente aos trabalhadores parte da premissa que deve-se entender o que vai ser realizado, e dá-se a oportunidade aos que não quiserem participar do experimento que desistam. A idéia é que as pessoas aprendam isso que vai ser ensinado, e que tentem mudar o seu comportamento para continuar a realizar essa atividade por toda a vida, mas, depois do término do experimento, somente 120 permaneceram até o final. O programa todo foi monitorizado por um programa estatístico, e provas periódicas. Observou-se a formação de 2 grupos: um que recebeu esses informes e mais um treinamento, grupo A, que foi comparado a um grupo de outros profissionais do escritório, com quem só foi feita a preleção.

    Depois de avaliar os 2 grupos, observou-se que, em termos de gasto de energia nas tarefas realizadas, nas atividades de todos os dias, e rotineiras houve um
    aumento, e não redução, de gasto de energia de 3% depois desse preparo, já a atenção com as posturas e desempenho no trabalho estava redobrada. Mas, nas atividades específicas de cada grupo, houve uma redução, não significativa de 5% no grupo A, e de 9%, no grupo B. Os desempenhos no trabalho melhorou no Grupo A (p < 0,002) e no grupo B (p < 0,004). O grupo A manteve essa melhoria com o tempo (p < 0,001). Observou-se que a título pessoal 54% do grupo A, e 24% do grupo B continuaram a realizar os exercícios ensinados com o passar do tempo. O grupo A mostrou-se com mais disposição, e eficácia para o trabalho.

    Os autores concluem que esse tipo de atividade, uma espécie de ginástica laboral, tem uma eficiência adequada, porém às vezes difíceis de comprovar em termos estatísticos e preventivos.