domingo, 18 de julho de 2010

A importância de leitura de textos


 
A importância de leitura de textos

São objetivos da escola e das famílias em geral proporcionar às crianças o acesso ao conhecimento e a formação de indivíduos críticos, comprometidos consigo mesmos e com a sociedade.

fonte: Overmundo (3.04.2008)
Selma de Assis Moura

Indivíduos estes capazes de intervir modificando a realidade, auto motivados e aptos a buscar o aprendizado e o aperfeiçoamento contínuos, o que passa pela formação de leitores competentes.
É fato sabido que várias gerações têm demonstrado não apenas o desinteresse pela leitura, mas também a incapacidade de fazê-la coerentemente, compreendendo um texto em profundidade, o que inegavelmente limita o indivíduo em suas possibilidades de acesso ao conhecimento culturalmente construído.
Portanto, é tarefa urgente dos pais e da escola, em todos os níveis, buscar maneiras de estimular, mais do que a capacidade de ler, o prazer pela leitura. Apenas propiciando aos sujeitos leitores o prazer da leitura poderemos construir as competências necessárias para sua apreensão e produção.
Pensadores como Paulo Freire apontam para o reconhecimento de que a leitura do mundo precede sempre a leitura da palavra e a leitura da palavra escrita implica na ampliação da possibilidade de leitura do mundo. Assim, concluímos que o não desenvolvimento de bons leitores limita as possibilidades de leitura do mundo, da compreensão da realidade social e da intervenção do sujeito buscando a transformação da sociedade.
No intuito de desenvolver, desde a mais tenra idade, o hábito e o prazer da leitura, desde a educação infantil devemos oferecer oportunidades de leituras variadas, leitura não apenas de textos escritos, mas a própria leitura e interpretação do mundo em que a criança está inserida e do qual faz parte como ator social.
O acesso a diferentes tipos de texto, mesmo bem antes da alfabetização, permitirá desenvolver tais capacidades, alem de apresentar à criança elementos constitutivos do texto: vocabulário, estrutura, enredo, coerência interna, elenco de personagens e, além disso, o uso social da escrita, elementos esses que serão fundamentais no processo de alfabetização. Isso porque constatamos que “as crianças constroem conhecimentos sobre a escrita muito antes do que se supunha” (MEC/SEF, 1998, vol.3, p. 123).



Os Contos

Instrumentos privilegiados nesse sentido são as histórias infantis. Além de desenvolver o interesse pela leitura, vêm também ampliar o universo vocabular, permitir o exercício da fantasia e da criatividade. Ao apresentar, de modo maniqueísta, a polarização bem/mal, virtude/vício, recompensa/castigo, possibilitam a discussão de padrões éticos e morais, e a formação de valores.
A paixão das crianças pelos Contos vem das próprias características de seu desenvolvimento. “Sonhadora e imaginativa por natureza, a criança aceita sem hesitação o ilogismo das narrativas mágicas presentes nas histórias infantis” (Alberton, 1980). Seu interesse e participação nas atividades de leitura dessas histórias são poderosas ferramentas na formação de bons hábitos leitores.
“O pensamento mágico da criança traz recursos inesgotáveis para que se exercite sua imaginação e fantasia, passando o sonho e a realidade, muitas vezes, a se confundirem, o que reforçaria sua espontaneidade criadora” (Nicolau, 1990, p.131). Dar possibilidade à expressão desses pensamentos possibilitará um crescimento pessoal e social, através da interação com seus pares, que vivem fantasias semelhantes.
Na aquisição e aperfeiçoamento da segunda língua, é fundamental despertar o interesse das crianças para envolver-se no aprendizado, e torná-lo o mais significativo e prazeroso possível. Resgatando conhecimentos prévios, baseando-nos na familiaridade que as crianças já têm com essas histórias, poderemos fixar o vocabulário em inglês e apresentar novas estruturas de linguagem.
Essas habilidades de linguagem na segunda língua serão úteis não apenas para conferir-lhes mais confiança em expressar-se nesse idioma, mas também em constituir um lastro de conhecimento que poderá ser utilizado em situações posteriores em que devam construir frases no idioma inglês. O fortalecimento de suas capacidades lingüísticas e a constituição de um repertório de expressões são objetivos fundamentais deste trabalho.

As Poesias

As crianças pequenas se encantam com as poesias, que lhes parecem (e na verdade são) brincadeiras com as palavras. O ritmo, a métrica e as rimas são logo percebidos pelas crianças, que passam a brincar de fazer poesia, focam sua atenção à sonoridade das palavras, e montam seus versinhos orgulhosamente. Esse trabalho, quando feito paralelamente em Inglês e Português, apresentando poemas nas duas línguas, auxilia a criança a perceber as semelhanças entre os dois idiomas, ampliar seu vocabulário através da memorização de suas poesia prediletas.


Os textos informativos

O trabalho com textos informativos, encontrados, por exemplo, em jornais, revistas, internet e enciclopédias, permite a formação do hábito de ler para estudar, para buscar informações, competência essencial por toda a vida. As crianças percebem a diferença entre esse tipo de texto e os textos de ficção, pois passam a perceber a realidade imediata expressa nos artigos de jornais e revistas, que comparam com as conversas que ouvem, aquilo que vêem na rua e o que assistem na televisão. Ao trazer esses textos à análise das crianças, vemos surgir acaloradas discussões, onde as crianças põe em jogo aquilo que sabem sobre o tópico tratado, trocam opiniões, debatem e assim a prendem a negociar, a expressar verbalmente suas idéias, a rever seus conceitos. Os textos informativos, quando integrados ao trabalho com textos em geral, amplia as possibilidades de leitura do mundo.


As histórias em quadrinhos

Embora já tenham sido alvo de preconceito por parte dos adultos, os gibis hoje são aceitos para o entretenimento das crianças. Contudo, as HQs carregam grandes possibilidades de trabalho com texto, pois têm uma linguagem própria, aliando recursos de imagem e texto, apresentando histórias com textos curtos e sendo muito atraentes às crianças. Para os pequeninos que começam a perceber as letras e como elas formam palavras, e aventuram-se pelas primeiras leituras, oferece a vantagem adicional de serem escritos com letras maiúsculas, aquelas que eles começam a identificar primeiro. É imprescindível contar também com gibis na biblioteca familiar e na escola.


As parlendas e cantigas tradicionais:

Hoje é domingo, pede cachimbo... Eu sou pobre, pobre, pobre, de marre, marré, marré.... O cravo brigou com a rosa...
Desde muito pequenas as crianças adoram as cantigas, quadrinhas e parlendas, e demonstram muita facilidade em memorizá-las, passando a cantá-las ou declamá-las em vários momentos. Além de serem textos ricos por trazerem consigo a cultura do nosso país, suas regiões e momentos históricos em que foram criados e por terem sido transmitidas geração após geração como um tesouro cultural, esses textos são privilegiados para promover a aquisição de vocabulário e, na alfabetização, permitirem a correspondência entre a escrita e a sua leitura, pois por serem familiares às crianças, ajudam-nas a não se preocuparem com o conteúdo (que já é conhecido) e focalizar sua atenção à forma da escrita.

Bibliografia:

ABRAMOVICH, Fanny. Literatura Infantil, gostosuras e bobices. São Paulo, Scipione, 1989.
ALBERTON, Carmen Regina e outros. Uma dieta para crianças: livros – Orientação a pais e educadores. Porto Alegre, Redacta/Prodil, 1980.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil. Brasília, MEC/SEF, 1998.
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. 39. ed. São Paulo, Cortez, 2000.
NICOLAU, Marieta Lúcia Machado. Textos Básicos de Educação Pré-escolar. São
Paulo, Ática, 1990



Release - A Argumentação em textos escritos: a criança e a escola



 
Release - A Argumentação em textos escritos: a criança e a escola

Como conduzir melhor as atividades de produção de textos na escola? De que maneira ensinar crianças a produzir textos argumentativos? Essas são só algumas das questões que Telma Ferraz Leal e Artur Gomes de Morais buscam elucidar no livro A argumentação em textos escritos: a criança e a escola. Eles entendem que essas e outras perguntas encontram respostas sobretudo no cotidiano da sala de aula. No livro, os autores buscam articular os conhecimentos oriundos das pesquisas sobre o tema e as experiências de professores e alunos do ensino fundamental. A proposta da publicação é compreender os processos de escrita de crianças quando solicitadas a produzir textos de opinião. Foram analisados textos redigidos por crianças de 8 a 12 anos e os efeitos do contexto escolar de produção sobre as estratégias adotadas pelos alunos. O tema é especialmente relevante pela escassez de trabalhos sobre a argumentação em textos escritos por crianças dos anos iniciais do ensino fundamental e por ajudar o professor a pensar sobre os impactos de suas opções pedagógicas sobre a aprendizagem dos alunos.
Os autores entendem que o ensino da Língua Portuguesa vem passando por mudanças substanciais que são reflexos dos debates a respeito do que é a linguagem e de como os interlocutores de dada circunstância constituem-se como sujeitos participantes desses momentos de interação. “Nesse sentido é importante que sejam oferecidas condições para que as crianças entrem em contato com uma ampla diversidade de textos, em diferentes contextos de interação, para que possam ampliar as capacidades comunicativas e, assim, utilizar a língua, buscando os efeitos pretendidos”.




Crianças que Escrevem e Não Lêem: Dificuldades Iniciais em Alfabetização




Crianças que Escrevem e Não Lêem: Dificuldades Iniciais em Alfabetização

Autora: Michelle Brugnera Cruz

Introdução

O presente artigo trata das dificuldades iniciais na aprendizagem da leitura. É comum a queixa de que a criança, ao final da alfabetização, escreve, mas não lê. Com embasamento na Psicologia Cognitiva e nos estudos do Letramento, o artigo tem como objetivo apresentar um estudo sobre a dicotomia da aprendizagem da leitura e da escrita inicial. Primeiramente, faz-se uma revisão do embasamento teórico sobre a aprendizagem da escrita, posteriormente dos processos de leitura e seguindo, faz-se uma análise das dificuldades iniciais que envolvem a não-aprendizagem da leitura.

1 - Aprendizagem da Escrita: Revisitando saberes

Pelas pesquisas de FERREIRO e TOBEROSKY (1979), sabe-se que a criança já pensa sobre a escrita antes mesmo da alfabetização, isto é, a aquisição da representação escrita se dá por uma psicogênese, um processo de assimilação e acomodação de novas aprendizagens, levantamento de hipóteses e resolução de problemas, muito antes de ingressarem na primeira série do ensino fundamental.
As cidades se constituem em uma comunidade letrada, que faz uso da leitura e da escrita em práticas sociais e as crianças que convivem nesse meio, logo percebem a importância e o sentido dessas práticas, buscando naturalmente essa aquisição, pensado sobre a escrita, e levantado hipóteses tal qual a humanidade desenvolveu o sistema alfabético.

Para FERREIRO e TOBEROSKY (1979),

É extremamente surpreendente ver como a progressão de hipóteses sobre a escrita reproduz algumas das etapas-chaves da evolução da história da mesma na humanidade, apesar de que nossas crianças estejam expostas a um único sistema de escrita. A linha de desenvolvimento vai do pictograma estilizado à escrita de palavras, à introdução posterior de um princípio de “fonetização”, que evolui paulatinamente até as escritas silábicas e depois de uma complexa etapa de transição, culmina no sistema puramente alfabético dos gregos.
Dessa forma, em suas pesquisas, as autoras identificaram quatro estágios da progressão da escrita, que seria uma filogênese das etapas que a humanidade passou. São elas: a hipótese pré-silábica (desenho como escrita), a hipótese silábica (uma letra representando a sílaba), a hipótese silábico-alfabético (uma letra para cada sílaba com estruturação de sílabas) e finalmente a hipótese alfabética (representação grafema-fonema).

Para CAGLIARI (2003),

“A alfabetização é sem dúvida, o momento mais importante da formação escolar de uma pessoa, assim como a invenção da escrita foi o momento mais importante da História da humanidade, pois somente através dos registros escritos o saber acumulado pôde ser controlado pelos indivíduos”.
Dentro desse contexto, é papel da escola infantil oportunizar às crianças um ambiente alfabetizador, que estimule a construção da leitura e da escrita, do pensamento letrado, da utilização da leitura e da escrita cotidianamente de uma forma lúdica.
É importante que se trabalhe a escrita como uma forma de permitir a leitura. Escrevemos uma história para que outros a apreciem. Quem escreve, escreve para ser lido. A leitura poder ser trabalhada como a realização do objetivo da escrita, lemos para compreender, para conhecer, para descobrir, para se informar, para lazer e prazer. Mas primeiramente, o leitor irá decifrar, decodificar a escrita, para posteriormente entender a linguagem encontrada, compreender a mensagem do texto, refletir e formar o próprio conhecimento e opinião a respeito do que leu.

2 - Sobre a Leitura: um olhar da Psicologia Cognitiva

A aprendizagem da leitura não é apenas a aquisição de códigos gráficos, mas a capacidade de elaborar e utilizar a linguagem escrita. A leitura envolve raciocínio, interpretação e compreensão ativa do leitor, aspectos que superam a mera decifração mecânica grafema-fonema. Envolve também aspectos cognitivos, lingüísticos, perceptivos que interagem; é uma tarefa de estratégica que exige atenção e seleção. Tem como pré-requisito o desenvolvimento da consciência fonológica, o desenvolvimento de representações lexicais, uma memória semântica rica (bom número de significados), memória operativa. (manter ativo na memória alguns elementos com significado) e esquemas de conhecimento (conhecimentos prévios).
Uma das primeiras tarefas da leitura são os processos de percepção visual, o direcionar dos olhos para diferentes pontos do texto. Diferentemente da impressão de que os olhos percebem as palavras de forma linear, contínua, e uniforme através das linhas do texto, os olhos do leitor avançam em pequenos saltos chamados movimentos sacádicos, alterando a fixação.
É necessário que se trabalhe a análise global das palavras através de métodos analíticos e globais, que levam em conta que na aprendizagem inicial da leitura o pensamento da criança se fixa no todo ante as partes, da mesma forma que é um pensamento funcional, ligado ao significado.
Para acessar o significado, o leitor utilizará duas vias diferentes: a rota fonológica e a rota lexical. A rota lexical é o reconhecimento visual das palavra, é o que ocorre na leitura dos bons leitores que possuem um “dicionário interno de palavras”. A rota fonológica é a identificação grafema-fonema, é a decodificação.
No ensino da leitura deve-se trabalhar a representação fonológica da palavra e pouco-a-pouco deve-se introduzir a criança na aprendizagem de uma representação visual da palavra que se dá com a prática leitora e com o letramento, articulando as vias fonológicas e lexicais, equilibrando aspectos sintáticos e semânticos, desenvolvendo a compreensão e a capacitação da interpretação.

3 - Dificuldades Iniciais em Leitura

Seguindo a pesquisa de FERREIRO e TOBERSKY (1979), a criança com escrita alfabética faz uma representação grafema-fonema das palavras.
O mesmo processo pode não se dar na leitura, uma vez que decodificar através da rota fonológica de leitura pode ser muito cansativo e desestimulante quanto não ligada ao significado textual. Essa forma de leitura se contrapõe ao pensamento global da criança, que estará muito mais preocupada com o que diz o texto do que com a decodificação.
Uma criança alfabética pode escrever CAXORO, mas ao ter que ler CACHORRO em determinado contexto pode se sentir cansada na decodificação.
Para a criança pequena, os livros são muito mais do que letras e sons, por isso é fundamental incentivar que a criança se arrisque na rota lexical, através de questionamentos que a levem a pensar sobre o significado e não apenas sobre o som, elaborando hipóteses de leitura. LEMOS (IN: ROJO,) enfatiza a importância da oralidade para iniciar o relacionamento com o texto escrito:
As práticas discursivas orais em torno de objetos portadores de texto estão na origem das relações que se estabelecem entre a criança e o texto. Através dessas práticas é que o texto deixa o seu estado de “coisa” para se transformar em objeto significado antes pelos seus efeitos estruturantes sobre essas mesmas práticas orais do que pelas propriedades perceptuais positivas. Não se trata aí, portanto, de uma oralidade que desvenda o texto escrito nem que é por ele representada, mas de uma prática discursiva oral que, de algum modo, o significa, isto é, que o torna significante para o sujeito... Assim como o texto oral instaura relações com objetos, relações que são significadas como referenciais, o texto escrito pode entrar em relação com o texto oral. Ganhando uma significação que vem a ser interpretada como referência a ele. Nesse processo de ressignificação que incindiria fundamentalmente sobre cadeias de texto-discursos e não sobre unidades como palavras e sílabas, letras e fonemas – produtos desses processos -, o papel do outro seria, como na aquisição da linguagem oral, o de intérprete. Lendo para a criança, interrogando a criança sobre o sentido do que “escreveu”, escrevendo para a criança ler, o alfabetizado, como o outro que se oferece ao mesmo tempo como semelhante e como diferente, insere-a no movimento lingüístico-discursivo da escrita.
O trabalho sobre o léxico-visual seria o reconhecimento visual das palavras, para além da decodificação, que pode ser explorada através de práticas discursivas.

Para GARCIA (1998) uma forma de potencializar a representação léxica das palavras, seria fazer conexões com o significado através da sua correspondência com o grafema. Para isso, podem ser utilizados desenhos e mímica das palavras.

Segundo KLEIMAN (1998),

O conhecimento do aspecto psicológico, cognitivo do processo de leitura é importante por que ele pode alertar contra práticas pedagógicas que inibem o desenvolvimento de estratégias adequadas para processar e compreender o texto. .. a relevância desses aspectos do processamento para o desenvolvimento de estratégias flexíveis de leitura é clara. No início, a leitura será muito mais difícil para o leitor e por isso ela fica quase que limitada à decodificação, se o professor não tomar a atividade comunicativa, fazendo comentários, perguntas, enfim, fugindo da forma, já saliente demais devido às dificuldades iniciais do leitor, e focalizando o sentido.
A não-aprendizagem da leitura também pode estar relacionada com o simbólico da questão. Aprender a ler representa crescimento diante da família e do mundo, exige autonomia e descentramento que questão sendo construídos ainda pela criança pequena. Quando se escreve, se tem o controle da comunicação, sabe-se o que se vai expressar, em contrapartida, na leitura não há esse controle, não se sabe exatamente que mensagem o autor expressou em seus escritos. Ler é uma atividade extremamente complexa, que envolve problemas fonéticos, culturais, ideológicos e filosóficos. Ler é estar em contato com outro, o outro autor, cujo discurso não se possui controle. Assim, “não quero crescer”, “não posso ler o meu papel no mundo”, não posso fazer leituras” influenciam nas dificuldades de aprendizagem na leitura. Vencer esse medo é o primeiro desafio.

Considerações Finais

A aprendizagem da leitura e da escrita são processos distintos que se complementam. Enquanto a escrita se dá por estágios de elaboração de hipóteses, a leitura envolve processos para além da decodificação, envolvendo movimentos oculares, memória de trabalho, memória semântica e precisa ser uma aprendizagem com significado.É fundamental que os profissionais que atuam na alfabetização, seja no ensino ou na clínica psicopedagógica, tenham clareza desses dois processos, que estão intimamente ligados ao crescimento da criança, à sua autonomia e descentremanto.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização e Lingüística. São Paulo: Scipione, 2003
BETTELHEIM, Bruno. ZELAN, Karen. A Psicanálise da Alfabetização. Porto Alegre: Artes Médicas, 1992
FERREIRO, Emília. Psicogênese da Língua Escrita. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999
FERREIRO, Emília. Reflexões sobre Alfabetização. São Paulo: Cortez, 2001
GARCIA, Jesus Nicásio. Manual de Dificuldades de Aprendizagem: Linguagem, leitura, escrita e Matemática. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998
KLEIMAN, Ângela B. Os significados do letramento. Mercado das Letras
KLEIMAN, Ângela. Oficina de Leitura: teoria e prática. São Paulo: Pontes, 1998
POERCH, José Marcelino. Suportes Lingüísticos para a Alfabetização. Porto Alegre: Sagra, 1990
PUYUELO, Miguel. RONDAL, Jean-Adolphe. Manual de Desenvolvimento da Linguagem na Criança e no Adulto. Porto Alegre: Artmed, 2007
ROJO, Roxane. Alfabetização e Letramento. Mercado das Letras
SINCLAIR, Hermine. A Produção de Notações na Criança: Linguagens, número, ritmos e melodias.Editora Cortez.
SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica, 2001
SOARES, Magda. Linguagem e Escola – Uma perspectiva social. São Paulo: Ática, 1988
WEISS, Maria Lúcia Lemme. Psicopedagogia Clínica: Uma visão diagnóstica dos problemas de aprendizagem escolar. Rio de Janeiro: DR&A, 2004.
SVC 



TEXTOS INFANTIS



Os Amigos Perdidos  

Era uma vez 4 porquinhos, um dia as mães dos porquinhos foram ao mercado e eles queriam muito brincar na floresta. Eles foram na floresta, estavam tão concentrados que não sabiam o caminho e então se perderam. Eles encontraram um lobo. Correram tanto até que acharam o caminho de volta para casa. Na chegada eles encontraram suas mães, e as mães disseram:
- Meus filhos, vocês estão tão pálidos. O que vocês aprontaram dessa vez?
- Nós fomos à floresta.
- Vão pensar bem no que vocês fizeram!
Eles nunca mais fugiram.
Autor: Marcos Antônio Correia Junior
Idade: 07 anos
Cidade onde Mora: Porto União - SC.
Escolaridade: Concluindo a 1ª série.


O DIÁRIO

Uma vez um menino que ganhou um diário de sua mãe. Ele escrevia sozinho. Quando pegou o diario viu um escrito nele.
O diário contava tudo que ia acontecer com ele.
Um dia ele falou com a mãe:
" Mãe aquele diário que você me deu, escreve sozinho. "
O diário contou que ele ia levar um chock.
Daí um tempo... Ele se esqueceu do diário.
Foi ouvir uma música, ligou o som na tomada e levou o maior choque.

Autora: Gabriela Ferreira Guimarães
Idade: 07 anos
Cidade onde Mora: Patrocínio - SC.
Escolaridade: Não informada.



O MENINO E A CACHAÇA

O Menino chegou na venda e disse ao Homem:
- Me dá uma cachaça aí...!
- Quer muito ou não?
- Eu já sou grande. Quero cachaça com tira gosto.
- Você é meu amigo. Aqui todo mundo bebe e fuma.
- Legal...
Quando bebeu bem muito o Homem levou o menino embora, porque ele ficou tonto.
Autor: Preferi não Divulgar o Nome da Criança
Idade: 5 anosEscolaridade: Alfabetização - Recife - Pe
  


O ENGANO

Era uma vez Pedrinho. Ele é fã dos cantores que tocam Cavaquinho. Queria ter um cavaquinho para tocar.
E resolveu mandar uma carta para a Maracatu Instrumentos Musicais. E cometeu um engano. Em vez de escrever cavaquinho, escreveu cavalinho.
Chegando a carta na Maracatu, o gerente mandou a carta para o Haras Analu. Chegando a carta o haras, rapidamente mandaram um cavalinho para o garoto.
 Já na casa de Pedrinho, a família estava almoçando, quando de repente: "Dim,dom!" Pedrinho disse:
É meu cavaquinho!
Ele abriu a porta e era um enorme presente. E perguntou:
Um cavaquinho é tão grande assim?
E foi abrir o presente. Era o cavalinho. Toda a família se assustou: Ohhhh!
Pedrinho falou para o carteiro:
Não! Eu pedi um cavaquinho!
Senhor, na sua carta estava escrito cavalinho - disse o carteiro.
Troque esse cavalo por um cavaquinho por favor. - disse Pedrinho.
Está bem. - falou o carteiro.
Dois dias depois, chegou o cavaquinho com o mesmo carteiro. Pedrinho ficou feliz com o presente.
Pedrinho ficou mundialmente famoso tocando cavaquinho. Ficou muito rico e comprou um cavalinho.
Autor: Pedro Mobilio de Lima
Idade: 9 anos
Escolaridade: 4a. Fundamental - Rio de Janeiro - RJ


Medo e Confusão

Havia uma mnina chamada Esmeralda que tinha 15 anos de idade. Ela era pobre e só tinha mãe. Ela trabalhava em uma loja de flores, e a loja vizinha, era onde Greg, o cara que Esmeralda gostava, trabalhava.
Na mesma rua tinha outra Esmeralda mas, essa Esmeralda era rica e tinha um motorista particular chamado senhor Arruda. Ele dirigia uma perua importada.
Esmeralda caiu no chão e o senhor Arruda socorreu ela.
O senhor Arruda conhecia bem os problemas da vida e a levou para fazer um lanche.
No outro dia Esmeralda foi falar com o senhor Arruda.
Surpresa, uma mão pegou ela. Foi sequestrada e levada para uma igreja.
Os assaltantes se chamavam, Floriano, Centiquatro e Peixe Boi, e tinha um homem chamado Querubin.
Os assaltantes pensaram que ela era rica. Mantiveram ela por 3 dias e os guardas chegaram por causa da perua do senhor Arruda e resgataram Esmeralda.
tor: Hugo Jorge Pereira
Idade: 11 anos
Escolaridade: 5a. série do Fundamental - Recife - Pe


JUQUINHA E O DENTISTA

Mas Juquinha não gosta de escovar os dentes.Por isso coitadinho do Juquinha vai ter que fazer o décimo primeiro canal.
Pobre Juquinha pobre Juquinha !!!!
Mas o Juquinha é muito teimoso !!!
Diz sua mãe, que vai mandá-lo para um internato.
Ah! esqueci de lhes contar o Juquinha Também não gosta de ...
Acho que você não vai querer saber.

Autora: Nayara Luiza
Idade: 10 anos
Cidade onde Mora: Recife - Pe.
Escolaridade: 5ª série Fundamental


A TARTARUGA E A BORBOLETA

Era uma vez uma Tartaruga bem bonita mas, ela era muito chata porque brigava com todas as suas amigas.
Então uma dia, ela estava passeando no jardim chamado "Sol Brilhantino", e lá tinham muitos insetos como, Borboletas, Grilos, Gafanhotos etc., e ela escutou algo muito estranho fazendo muito barulho lá no jardim. Por isso, ela foi ver o que tinha lá. E lá tinha uma Borboleta com sua asa machucada, e a borboleta falou:
- Me ajude por favor, estou com minha asa machucada.
E aí a Tartaruga falou:
- Eu vou te ajudar borboletinha, e você vai ficar boa tá bem?
A Tartaruga levou a Borboleta no seu casco e foram as duas para a casa da Tartaruga.
Chegando lá, a Tartaruga mandou a Borboleta ficar lá por uns dias e a Tartaruga ficou sendo amiga dela também.
Então as duas ficaram muito amigas e a Tartaruga que era chata, ficou sendo muito legal e contente com todos.
E então elas viveram felizes para sempre.
Autora: Íris Maria Diniz
Idade: 12 anos
Escolaridade: 6a. do Fundamental - Recife - Pe



A FILHA DE OITAVA
Uma mulher se apaixonou por um homem falso e mentiroso. Eles tiveram uma filha que recebeu o nome: A Filha de Oitava, ela deu esse nome para demonstrar os dons de sua filha.
A filha cresceu, ela adorava brincar com seus amiguinhos Bruno, Amanda, Alexandra. Eles brincavam de tudo e sonhava com o que gostaria de ser quando ficasse adulta; aos 11 anos ela queria ser escritora, aos 15 médica, aos 17 atriz e aos 25 dentista. Achou que aos 29 poderia ser presidente...
Antes de chegar à presidência ela foi deputada estadual, federal e governadora. Ela era muito feliz!!! Mas, algo interferiu nesse percurso...
Ela ficou muito doente, quase morreu, ela continuou a lutar muito, pois tinha que chegar à presidência do Brasil...
Este é o primeiro capítulo...a estórinha vai continuar....
Autora: Ingrid Agata Camargo
Idade: 08 anos
Cidade onde Mora: São Paulo - SP.
Escolaridade: Terceira Série




A CACHOEIRA DO SALTÃO

Era uma vez, um menino que sempre escalava pelas cachoeiras. De repente viu um mistério descendo pela cachoeira.
E falou para o mistério assim
Como você chama?
Eu não tenho nome.....
O menino começou a descer junto com ele
Ai os pais dele foram embora e esqueceu ele lá
Eles pegaram o carro errado.
O menino saiu correndo, e foi para a floresta, o mistério também saiu correndo atrás dele
Ele parou de tão cansado que estava
O que o mistério fez....
Pegou o menino e levou para a casa dele, na casa dele era cheinha de caveiras
O menino estava com medo......
O mistério disse a el
Como você se chama?
Me chamo Joãzinho
Então não tenha medo... Essa caveiras são bichos que morreram caindo lá da cachoeira... Eu te trouxe para cá, porque lá é muito perigoso para ficar sozinho.
Seus pais daqui a pouco estarão de volta... E você poderá ir em segurança!!!!
O menino perguntou como se chama o mistério
E ele respondeu
Meu nome é Jonatha.
Autor: Felipe Pelatti Periotto
Idade: 6 anos
Observação: O Conto foi Ditado pelo autor e sua Mãe escreveu.
Escolaridade: Pré-escolar




A FAZENDA

Era uma vez uma fazenda que era mau assombrada.
Um dia, o neto do dono da fazenda, veio visitar o avô. Ele se chamava Luís, e seu avô Joaquim.
Seu Joaquim dizia a Luís que na fazenda havia, gente nas proximidades, que virava Lobisomem. Mas ele nem deu bola e não acreditou. Um dia foi passear na floresta que ficava perto dali e se perdeu.
De noite ele viu um Lobisomem e saiu correndo e daí em diante começou a prestar mais atenção no que os outros diziam, principalmente se for alguém que ele confie muito.

Autora: Jessica Camila Jorge
Idade: 11 anos
Escolaridade: 6a. Série - Recife - Pe



A LANTERNINHA

Aí um Homem encontrou uma Lanterninha. E aí um Velhinho disse ao Homem:
- Por que você está com essa Lanterninha?
E aí o Homem disse:
- Por que você é tão velho?
- Porque eu fumei demais.
E aí o Homem andou mais com o Velhinho para o parque e depois para a casa dele. E foram assistir televisão e comer pizza e tomar café, porque eles estavam com muita fome e muita sede.
Autor: Lucas Leonardo Jorge
Idade: 4 anos
Escolaridade: Alfabetização - Recife - Pe



A MENINA

Era uma vez uma menina chamada Simone.
Um dia ela saiu de casa e viu um belo arco-íris, o sol e as nuvens.
Depois ela foi para um jardim.
Então ela encontrou uma menina chamada Rayana.
Então elas arrancaram uma flor e elas duas foram brincar e foram viver felizes para sempre.
Autora: Camilly Regueira
Idade: 6 anos
Escolaridade: Alfabetização - Recife - Pe


A TARTARUGA E A BORBOLETA

Era uma vez uma Tartaruga bem bonita mas, ela era muito chata porque brigava com todas as suas amigas.
Então uma dia, ela estava passeando no jardim chamado "Sol Brilhantino", e lá tinham muitos insetos como, Borboletas, Grilos, Gafanhotos etc., e ela escutou algo muito estranho fazendo muito barulho lá no jardim. Por isso, ela foi ver o que tinha lá. E lá tinha uma Borboleta com sua asa machucada, e a borboleta falou:
- Me ajude por favor, estou com minha asa machucada.
E aí a Tartaruga falou:
- Eu vou te ajudar borboletinha, e você vai ficar boa tá bem?
A Tartaruga levou a Borboleta no seu casco e foram as duas para a casa da Tartaruga.
Chegando lá, a Tartaruga mandou a Borboleta ficar lá por uns dias e a Tartaruga ficou sendo amiga dela também.
Então as duas ficaram muito amigas e a Tartaruga que era chata, ficou sendo muito legal e contente com todos.
E então elas viveram felizes para sempre.
Autora: Íris Maria Diniz
Idade: 12 anos
Escolaridade: 6a. do Fundamental - Recife - Pe


A Noite de Lobisomem e a Lua Cheia

A Noite de lua cheia papai ouviu um uivo que parecia de um lobo.
Mamãe disse que dia de lua cheia algo vira lobisomem e sai pela cidade destruindo tudo que vê pela frente e uiva como lobo, mas é um lobisomem.
Quando eu vejo a lua cheia, o meu irmão Lucas fica tremendo tanto com medo desse monstro que faz até a minha boneca cair.
Autora: Jessica Camila Jorge
Idade: 7 anos
Escolaridade:
1a. do Fundamental - Recife - Pe