quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Bibliografia cronológica de Honoré de Balzac

Biobliografia cronológica de Honoré de Balzac:
1799 – 20 de maio: nasce em Tours, no interior da França, Honoré Balzac, segundo filho de Bernard-François Balzac (antes, Balssa) e Anne-Charlotte-Laure Sallambier (outros filhos seguirão: Laure, 1800, Laurence, 1802, e Henri-François, 1807).
1807 – Aluno interno no Colégio dos Oratorianos, em Vendôme, onde ficará seis anos.
1813-1816 – Estudos primários e secundários em Paris e Tours.
1816 – Começa a trabalhar como auxiliar de tabelião e matricula-se na Faculdade de Direito.
1819 – É reprovado num dos exames de bacharel. Decide tornar-se escritor. Nessa época, é muito influenciado pelo escritor escocês Walter Scott (1771-1832).
1822 – Publicação dos cinco primeiros romances de Balzac, sob os pseudônimos de lorde R’Hoone e Horace de Saint-Aubin. Início da relação com madame de Berny (1777-1836).
1823 – Colaboração jornalística com vários jornais, o que dura até 1833.
1825 – Lança-se como editor. Torna-se amante da duquesa d’Abrantès (1784-1838).
1826 – Por meio de empréstimos, compra uma gráfica.
1827 – Conhece o escritor Victor Hugo. Entra como sócio em uma fundição de tipos gráficos.
1828 – Vende sua parte na gráfica e na fundição.
1829 – Publicação do primeiro texto assinado com seu nome, Le Dernier Chouan ou La Bretagne en 1800 (pos­teriormente Os Chouans), de “Honoré Balzac”, e de A fisiologia do casamento, de autoria de “um jovem solteiro”.
1830 – La Modepublica El Verdugo, de “H. de Balzac”. Demais obras em periódicos: Estudo de mulher, O elixir da longa vida, Sarrasine etc. Em livro: Cenas da vida privada, com contos.
1831 – A pele de onagro e Contos filosóficos o consagramcomo romancista da moda. Início do relacionamento com a marquesa de Castries (1796-1861). Os proscritos, A obra-prima desconhecida, Mestre Cornélius etc.
1832 – Recebe uma carta assinada por “A Estrangeira”, na verdade Ève Hanska. Em periódicos: Madame Firmiani, A mulher abandonada. Em livro: Contos jocosos.
1833 – Ligação secreta com Maria du Fresnay (1809-1892). Encontra madame Hanska pela primeira vez. Em periódicos: Ferragus, início de A duquesa de Langeais, Teoria do caminhar, O médico de campanha. Em livro: Louis Lambert. Publicação dos primeiros volumes (Eugénie Grandet e O ilustre Gaudissart) de Études des moeurs au XIXème siècle, que é dividido em “Cenas da vida privada”, “Cenas da vida de pro­víncia”, “Cenas da vida parisiense”: a pedra fundamental da futura A comédia humana.
1834 – Consciente da unidade da sua obra, pensa em divi­­di-la em três partes: Estudos de costumes, Estudos filosóficos e Estu­dos analíticos. Passa a utilizar sistematicamente os mesmos personagens em vários romances. Em livro: História dos treze (menos o final de A menina dos olhos de ouro), A busca do absoluto, A mulher de trinta anos; primeiro volume de Estudos filosóficos.
1835 – Encontra madame Hanska em Viena. Folhetim: O pai Goriot, O lírio do vale (início). Em livro: O pai Goriot, quarto volume de Cenas da vida parisiense (com o final de A menina dos olhos de ouro). Compra o jornal La Chronique de Paris.
1836 – Inicia um relacionamento amoroso com “Louise”, cuja identidade é desconhecida. Publica, em seu próprio jornal, A missa do ateu, A interdição etc. La Chronique de Paris entra em falência. Pela primeira vez na França um romance (A solteirona, de Balzac) é publicado em folhetins diários, no La presse. Em livro: O lírio do vale.
1837 – Últimos volumes de Études des moeurs au XIXème siècle (contendo o início de As ilusões perdidas), Estudos filo­sóficos, Facino Cane, César Birotteau etc.
1838 – Morre a duquesa de Abrantès. Folhetim: O gabinete das antigüidades. Em livro: A casa de Nucingen, início de Esplendor e miséria das cortesãs.
1839 – Retira candidatura à Academia em favor de Victor Hugo, que não é eleito. Em folhetim: Uma filha de Eva, O cura da aldeia, Beatriz etc. Em livro: Tratado dos excitantes modernos.
1840 – Completa-se a publicação de Estudos filosóficos, com Os proscritos, Massimilla Doni e Seráfita. Encontra o nome A comédia humana para sua obra.
1841 – Acordo com os editores Furne, Hetzel, Dubochet e Paulin para publicação de suas obras completas sob o título A comédia humana (17 tomos, publicados de 1842 a 1848, mais um póstumo, em 1855). Em folhetim: Um caso tenebroso, Ursule Mirouët, Memórias de duas jovens esposas, A falsa aman­te.
1842 – Folhetim: Albert Savarus, Uma estréia na vida etc. Saem os primeiros volumes de A comédia humana, com textos inteiramente revistos.
1843 – Encontra madame Hanska em São Petersburgo. Em folhetim: Honorine e a parte final de Ilusões perdidas.
1844 – Folhetim: Modeste Mignon, Os camponeses etc. Faz um Catálogo das obras que conterá A comédia humana (ao ser publicado, em 1845, prevê 137 obras, das quais cinqüenta por fazer).
1845 – Viaja com madame Hanska pela Europa. Em folhetim: a segunda parte de Pequenas misérias da vida conjugal, O homem de negócios. Em livro: Outro estudo de mulher etc.
1846 – Em folhetim: terceira parte de Esplendor e miséria das cortesãs, A prima Bette. O editor Furne publica os últimos volumes de A comédia humana.
1847 – Separa-se da sua governanta, Louise de Brugnol, por exigência de madame Hanska. Em testamento, lega a madame Hanska todos seus bens e o manuscrito de A comédia hu­mana (os exemplares da edição Furne corrigidos a mão por ele próprio). Simultaneamente em romance-folhetim: O primo Pons, O deputado de Arcis.
1848 – Em Paris, assiste à revolução e à proclamação da Segunda República. Napoleão III é presidente. Primeiros sintomas de doença cardíaca. É publicado Os parentes pobres, o 17o volume de A comédia humana.
1850 – 14 de março: casa-se com madame Hanska. Os problemas de saúde se agravam. O casal volta a Paris. Diagnos­ti­cada uma peritonite. Morre a 18 de agosto. O caixão é carrega­do da igreja Saint-Philippe-du-Roule ao cemitério Père-Lachaise pelos escritores Victor Hugo e Alexandre Dumas, pelo crítico Sainte-Beuve e pelo ministro do Interior. Hugo pronuncia o elogio fúnebre.