PROJETO: ALIMENTAÇÃO
TÍTULO DO PROJETO: ALIMENTAÇÃO SADIA
JUSTIFICATIVA:
Antigamente, a alimentação era uma necessidade, hoje a alimentação é um investimento tão importante que pode custar uma vida. Dessa forma, surge a necessidade de iniciar o Projeto "Alimente-se bem viva melhor", que aborda os itens citados e tem como objetivo orientar os hábitos alimentares dos educandos.
OBJETIVO GERAL:
- Orientar os hábitos alimentares dos educandos, favorecendo a compreensão da importância da boa alimentação e possibilitando mudanças comportamentais na educação alimentar.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
- Investigar o valor nutritivo dos alimentos.
- Reconhecer a importância de uma boa alimentação.
- Identificar, investigar e diferenciar, frutas, legumes e verduras.
- Reconhecer derivados de diferentes alimentos.
- Conscientizar os alunos dos danos causados pelos agrotóxicos nos alimentos.
- Identificar uma boa alimentação.
- Identificar os cuidados higiênicos.
- Investigar o valor nutritivo dos alimentos.
- Saber ler uma receita.
- Identificar vários tipos de alimentos.
- Desenvolver o conceito de alimentação e saúde.
- Desenvolver os conceitos de quantidades, cores e formas.
- Estimular a criatividade e a imaginação.
- Desenvolver a psicomotricidade e a socialização.
METODOLOGIA:
(TÉCNICAS E RECURSOS)
Será dialética priorizando em todos os momentos o diálogo, pelo qual far-se-á uma retomada de conhecimentos já trazidos pelos alunos sendo desenvolvida através de:
- Diálogos.
. Entrevistas com nutricionistas e cantineiro.
. Passeio.
. Relatórios.
. Observação de frutos variados, cor, forma, sabor e comentários sobre o sabor de cada um.
. Confecção de murais, desenhos.
. Confecção de móbiles.
. Jogos.
- Filmes.
- Teatro.
. Músicas, dramatizações.
. Poesias.
. Pesquisas.
. Calendário.
. Álbum.
. Labirinto.
. Cruzadinhas.
. Parlendas.
. Atividades de Matemática (Peso).
. Adivinhas.
. Versinhos.
. Dramatização com fantoches.
. Excursões.
. Rótulos.
. Receitas.
. Salada de frutas.
. Atividades com jornais e revistas.
. Atividades de Português.
. Experimento.
. Histórias dramatizadas com relax.
- Caixinhas surpresas.
- BINGO
- Víspora
- Sacola ortográfica
- Corrida de carros
- Soletrando.
- Trabalhos em grande grupo.
- Trabalhos em pequenos grupos.
- Motricidade ampla e fina.
Objetivando e propiciando a construção do conhecimento.
AVALIAÇÃO:
A avaliação será feita através da observação direta, acompanhamento diário, da participação e interesse do aluno, buscando sempre acompanhar o processo de construção do conhecimento, possibilitando ao professor e aos alunos repensarem suas práticas e buscarem novas alternativas. Será feita a montagem de uma “Feira da Alimentação”, com oficina de salada de frutas, dramatização com fantoches de frutas e legumes e construção de livros com histórias de frutas, verduras e legumes.
REGISTRO DE ATIVIDADES DO ESTÁGIO III
NOME DO (A) ALUNO (A): Marifé Carneiro da Costa.
INSTITUIÇÃO DE ENSINO LOCAL/DO ESTÁGIO: Instituto Estadual de Educação Menna Barreto.
ESTADO: Rio Grande do Sul MUNICÍPIO: São Gabriel
NÍVEL/ANO/TURMA DE ESTÁGIO E FAIXA ETÁRIA DOS ALUNOS: Educação Infantil
RELATO E ANÁLISE DAS ATIVIDADES SEMANAIS DE DOCÊNCIA
ATIVIDADES REALIZADAS NA SEMANA DE 12/12/08 à 17/12/08
INTERAGINDO COM O APRENDER
Na primeira semana houve ornamentação da sala-de-aula com o tema integrador do projeto ALIMENTE-SE BEM VIVA MELHOR, através de painel,.cartazes, onde se viu o entusiasmo dos alunos.
Iniciou-se a aula com a apresentação do tema Alimentação e foram feitas entrevistas com a nutricionista e o cantineiro da escola.
Foram feitas observações de variados frutos e relatório sobre os mesmos a fim de saberem a cor, forma e sabor.
Também foi desenvolvida a exploração das histórias, analisando individualmente e em grupo a interpretação de cada aluno a fim de avaliar a sua oralidade.
Na sequência foi apresentado o tema aos alunos com a exposição de cartazes, livros e cds das diferentes histórias infantis sobre legumes, frutas e hortaliças. Após esse contato, solicitou-se que a turma escolhesse a primeira história a ser contada. Após a explanação da história o professor fez a exploração da mesma com fantoches. Os alunos confeccionaram um livrinho sobre as histórias narradas, fantoches, máscaras e móbiles.
A turma foi dividida em primeiramente em duplas, depois em grupos, este processo foi sendo alternado durante a semana. Foram entregue aos alunos folhas de ofício e houve um acerto sobre qual parte da dupla ou grupo desenharia. Depois do desenho pronto os alunos fizeram uma explanação ao demais colegas. O professor colou a história em sequências numa folha de jornal. Esse processo seguiu até o último dia onde todas as histórias foram reunidas em um único livro com capa,índice e nome dos autores.
Os alunos tinham que dar um título a sua obra. Através da votação chegamos ao Clube das Vitaminas que está à disposição dos demais alunos.
No decorrer da semana os alunos mostraram-se interessados com o trabalho fascinante que eles criaram e pelo processo da escolha de qual parte teria que ser desenhada, pinturas a serem feitas, narrações, enfim, eles foram os escritores e editores daquela obra. Essa responsabilidade foi aceita de imediato, eles se mostraram compenetrados e atentos aos mínimos detalhes.
Os alunos por conhecerem a grande parte das historinhas sentiram-se familiarizados em criar seu jornalzinho, sempre que precisavam contavam com o auxílio do professor que fez com que eles percebessem quando ocorria algum engano com relação ao desenho e o que estava sendo criado em cima.
De acordo com Vygotsky (1991):
“A interferência do professor não pressupõe, no entanto, uma pedagogia diretiva, autoritária e menos ainda, uma relação hierárquica entre professor e alunos”.
Foi explicado aos alunos como seria trabalhada a segunda fase do projeto.
ATIVIDADES REALIZADAS NA SEMANA DE 19/12/08 à 26/12/08
LÚDICO x CONHECIMENTO
Nesse segundo período os alunos pediram aos seus familiares que contassem e cantassem para eles os mais diferentes contos, fábulas, canções, músicas infantis, versinhos, adivinhas, principalmente aqueles que mexessem com a imaginação.
Os adultos não decepcionaram e entraram nesse faz de conta “faz de contas” e surgiram maravilhas. A criançada apareceu com relíquias, cada qual mais empolgada em contar para a turma a sua descoberta.
Poesias, pesquisas e até mesmo um calendário foram construídos. Atividades matemáticas (peso) , cruzadinhas, labirinto estiveram presentes.
O professor ao tomar conhecimento das histórias fez com a turma a avaliação das mesmas antes de colocar em exposição na aula.
Foram selecionadas duas histórias por dia para serem narradas pelos seus escritores. Após ouvirem as mesmas, os alunos decidiram qual seria desenvolvida naquele momento. Escolha aprovada era feita à exploração oralmente para uma melhor compreensão.
A turma nesse processo confeccionou uma televisão e através de desenhos, de gravuras expôs sua história para as demais turmas que ao final da semana escolheu a história preferida.
Nessa semana de aprendizagem conseguimos integrar a comunidade com a escola, pois cada história narrada tinha nos bastidores a família do aluno.
Foi gratificante viajar com as crianças nesse mundo imaginário e contagiante. O entusiasmo da turma mostrou que o brinquedo é um aspecto de grande importância e o faz de conta coloca a criança em situações de repetição de valores e imitação de papéis e regras sociais.
Atividades de Português, experimento também estiveram presentes.
ATIVIDADES REALIZADAS NA SEMANA DE 27/12/08 à 02/01/09
EDUCAÇÃO X TRANSFORMAÇÃO
Os alunos participaram ativamente das aulas chamando atenção inclusive da professora regente. Foram desenvolvidos os conteúdos programados para a semana sempre com muito incentivo e brincadeiras.
Conforme Piaget:
“Para construir esse conhecimento, às concepções infantis combinam-se as informações advindas do meio, na medida em que o conhecimento não é concebido apenas como sendo descoberto espontaneamente pela criança, nem transmitido de forma mecânica pelo meio exterior ou pelos adultos, mas como resultado de uma interação, na qual o sujeito é sempre um elemento ativo, que procura ativamente, compreender o mundo que o cerca e que busca resolver as interrogações que esse mundo provoca.” (Centro de Referência Educacional – Piaget, p 3).
Fizemos excursões, trabalhamos com rótulos, receitas, atividades com jornais e revistas.
Para encerramento desse projeto a turma escolheu a história de sua preferência para representá-la. Depois das histórias aprovadas começaram os preparativos para que tudo transcorresse da melhor forma.
Alunos de posse de seus personagens começaram os ensaios. Texto na ponta da língua. Dá-se início a confecção das máscaras do figurino e cenário.
No começo algumas crianças estavam envergonhadas, mas aos poucos acostumaram com a idéia, foi à apresentação que encerrou com êxito esse projeto que aprovado pelas crianças pediram que continuasse.
Os objetivos propostos foram realizados como planejado.
O educador é o responsável pelo processo ensino-aprendizagem, ou seja, pelo sucesso do educando. Portanto, devem ser criadas situações que despertem o interesse do aluno pela escola.
No momento em que o professor inicia a história, abre-se um novo mundo onde tudo pode ocorrer, onde o mais fraco de repente vence o mais forte, vale-se unicamente de sua inteligência.
Escutando uma história, a criança descobre o mundo infinito, onde os problemas apresentados encontram soluções diversas e onde cada criança encontra um mundo próprio de descarregar suas cargas emocionais, permitindo que através deste jogo simbólico que toda a história esconde, a criança realize sua própria catarse.
Através da leitura aprendemos sobre nós mesmos e sobre o mundo em que vivemos, encontramos sonhos, fantasias e emoções.
O valor de um homem é aumentado pelos livros que ele lê, ele encerra as riquezas do conhecimento.
O professor tem muitos desafios e um deles é fazer com que seu aluno tome o gosto pela leitura, pois só assim será um cidadão, consciente, capaz de lutar pelos seus objetivos e conquistas.
O professor faz parte, na medida do possível manter o aluno atento o tempo todo. Mas a escola tem um grande papel social, pois é responsável na formação da cidadania das pessoas.
Dessa maneira a escolarização é muito importante para a autonomia das pessoas.
Com esse projeto houve uma melhor integração da turma, com as regras que foram propostas antes de cada trabalho como: Diversificar a dupla ou grupo, esperar a sua vez para falar, não desrespeitar o colega, enfim, normas de comportamentos que mesmo cobradas desde o início do ano letivo, começaram a cumprir durante a semana do projeto, caso contrário não seria possível ser realizado. Eles perceberam a importância da união e das regras.
As normas são aprendidas quando são usadas (PUIG, 2004, p. 174).
O autor também escreve que conhecer uma norma não garante saber usá-la e saber usá-la exige ampliar a quantidade de informação que ela transmite, para poder adequá-la a cada situação particular.
Acredito que a essência desse trabalho foi a de levar aos alunos uma maior compreensão de que somos capazes de mudar e devemos acreditar na mudança, sempre visando o melhor.
Cada ser humano é diferente e dever ser respeitado e a escola tem por meta modelar seus alunos para serem pessoas conscientes de seus atos.
Como diz Vygotsky: “A função da escola é fazer com que os conceitos espontâneos, informais, que as crianças adquirem na convivência social, evoluem para o nível de conceitos científicos, sistemáticos e formais, adquiridos pelo ensino. Eis aí o papel do docente.” (Teoria de Vygotsky e ação docente. p 1 e 2).
RELATO E ANÁLISE
Ao findar o estágio percebi que ser professor exige uma dedicação total. Precisa estar sempre se atualizando para poder interferir no processo de aprendizagem de seus alunos.
Ser professor é um desafio diário em sala-de-aula, somos formadores de opiniões.
Em nossas mãos está o futuro de um país que precisa de cidadãos críticos, participativos, responsáveis, compromissados e criativos. O aluno não é somente sujeito da aprendizagem, mas quem aprende, observa e forma conceitos.
É gratificante constatar que alcançamos os nossos objetivo, superando o medo e a incerteza do desconhecido.
Aprendi muito com as crianças e hoje sinto falta do convívio com elas.
Como diz Paulo Freire:
“Ninguém liberta ninguém, ninguém se liberta sozinho: os homens se libertam em comunhão.” (Pedagogia do Oprimido, p 58). “As experiências de aprendizagem necessitam estruturar-se de modo a privilegiarem a colaboração, a cooperação e o intercâmbio de pontos de vista na busca conjunta de conhecimento.”
O ideal será um constante buscar e nesse buscar, a cada dia está se solidificando uma co-responsabilidade consciente, partilhada e solidária de todos os membros envolvidos na educação.
Coloquei em prática todo o conhecimento teórico visto na Universidade o que muito contribuiu para se ter segurança, confiança e acima de tudo acreditar nas nossas capacidades, pois conforme GARDNER: “Todos os indivíduos têm potencial para ser criativo mas só serão se quiserem.”
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COUTINHO, Karyne Dias. Pesquisa: O aluno da Educação Infantil e dos Anos Iniciais. Curitiba: IESDE Brasil S.A. 2007 76 p.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Esperança. 11ª Edição. Rio de Janeiro. Ed. Paz e Terra. 1992.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 40º edição. São Paulo. Ed Paz e Terra. 2005.
GADOTTI, Moacir. Histórias das Idéias Pedagógicas. 8ª Edição. São Paulo. Editora Ática. 2004.
MATTOS, Airton Pozo de. Ética e Formação do Educador. Curitiba: IESDE Brasil S.A. 2007 76 p
PAULA, Ercília Maria Angelli T de. MENDONÇA, Fernando Mendonça. Psicologia e Desenvolvimento. Curitiba: IESDE Brasil S.A 160 p.
RADESPIEL, Maria. Alfabetização sem Segredos. Ensino Fundamental. Contagem. MG. IEMAR Ltda. 2004
RODRIGUES, Amir Sandro. Teorias da Aprendizagem. Curitiba: IESDE, 2005 144 p. (edição revisada)
VALLE, Bertha de Borja Reis de. Fundamentos Teóricos e Metodológicos do Ensino Fundamental. Curitiba: IESDE Brasil S.A; 2007.