segunda-feira, 5 de julho de 2010

O GRITO DA AMAZÔNIA


Amazônia, mãe amada!
Grito vital da terra
Que clama sua grande dor.
Hoje a onça agonizante
O rosto do índio lambeu
E se abraçaram as árvores
Chorando por teu martírio.
De Manaus a Porto Velho,
De Macapá ao Xacurí
Surge uma voz entre sombras
Que alerta a Humanidade:
"Filho, estou dolorida"!
"Filho meu, cuida de mim"!
Só a metade consciente
Dos teus filhos, escutou.
Só a metade que sente
Tua tristeza e teu penar.
A outra metade, arrasa
Tua riqueza natural.
A outra metade só escuta
A música material.
A noite traz a Lua
O rio se põe a dormir,
A selva vela em silêncio
Esperando o que há por vir...
Enquanto o índio e a onça,
Irmãos no sofrer,
Secam suas lágrimas vãs,
Abrindo as veias da alma
E regam teu velho solo
Com dor, sangue e amor.
Version en portugués: Dilene Maia

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