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terça-feira, 11 de agosto de 2009
MITO
O mito, para o mundo letrado, representa uma forma autônoma de pensamento, persistente e resistente às invectivas de liquidação feitas pelo saber filosófico e científico. É conhecimento que contém o imediato da experiência numa unidade "fantástica" de difícil acesso. Só o pensamento o alcança, nunca o discurso de filosofia nem o de ciência.
"Um mito diz respeito, sempre, a acontecimentos passados: ‘antes da criação do mundo’, ou ‘durante os primeiros tempos’, em todo caso ‘faz muito tempo’.
O mito é um conhecimento originário, de valor constante e onipresente, porque exprime os mais recônditos níveis de experiência da psique humana da qual o consciente lógico é apenas uma expressão. Em contraposição à consciência lógica, o mito encerra o sonho desperto dos povos, coreógrafa o delírio báquico da vida, e dramatiza a linguagem da realidade em seu segredo dionisíaco.O mito está, por isso, intimamente ligado ao mistério, pois, quando se percebe o mito de cada coisa se está na experiência do mistério. Mistério é cada presença na força fantástica de si.
Tipos de mitos: Contos de Fada, Mitos para adultos, mitos de criação, mitologia indiana
Contos de Fada
São os mitos para crianças. Segundo Joseph Campbell, cada idade tem seus mitos. Quando éramos crianças meu pai contava histórias de fadas para nos fazer dormir. À medida que fomos crescendo ficou difícil para ele, porque queríamos saber o fim. E daí queríamos outra história, e não dormíamos. Quando já sabíamos ler ele comprou a coleção dos contos dos irmãos Grimm. Lá estão contos que viraram produções dos estúdios de Walt Disney, como Branca de Neve, mas tem também muitas coisas diferentes, algumas bastante estranhas. Tem Pele de Asno, a história da filha que foge do pai que quer se casar com ela. E tem A água da vida.
A água da vida
O pássaro trinador de flores A amoreira
A água da vida
(recolhido pelos irmãos Grimm)
Era uma vez um rei muito poderoso que vivia feliz e tranqüilo em seu reino. Um dia adoeceu gravemente e ninguém esperava mais que escapasse. Seus três filhos estavam consternados vendo o estado do pai piorar dia a dia. Choravam no jardim quando surgiu à sua frente um velho de aspecto venerável que indagou a causa de tamanha tristeza. Disseram-lhe estar aflitos por causa da enfermidade do pai, já que os médicos não tinham mais esperanças de o salvar. O velho lhes disse: "Conheço um remédio muito eficaz que poderá curá-lo; é a famosa Água da Vida. Mas é muito difícil obtê-la." O filho mais velho disse: "Vou encontrá-la, custe o que custar." Foi imediatamente aos aposentos do rei, expôs-lhe o caso e pediu permissão para ir em busca dessa água. "Não. Sei bem que essa água maravilhosa existe, mas há tantos perigos a vencer antes de chegar à fonte que prefiro morrer a ver um filho meu correndo esses riscos" disse o rei. O príncipe porém insistiu tanto que o pai acabou por consentir. Em seu íntimo o príncipe pensava: "Se conseguir a água me tornarei o filho predileto e herdarei o trono." Partiu pois montado em rápido corcel na direção indicada pelo velho. Após alguns dias de viagem, ao atravessar uma floresta viu um anão mal vestido que o chamou e perguntou: "Aonde vais com tanta pressa?" "Que tens com isso, homúnculo ridículo? Não é da tua conta" respondeu altivamente sem deter o cavalo. O anão se enfureceu e lhe rogou uma praga. Pouco adiante o príncipe se viu entalado entre dois barrancos; quanto mais andava mais se estreitava o caminho, até que não pôde mais avançar nem recuar, nem voltar o cavalo nem descer. Ficou ali aprisionado sofrendo fome e sede mas sem morrer.
O rei esperou em vão sua volta. O segundo filho, julgando que o irmão tivesse morrido, ficou contentíssimo pois assim seria o herdeiro do trono. Foi ter com o pai e lhe pediu para ir em busca da Água da Vida. O rei respondeu o mesmo que ao primeiro; por fim cedeu ante a insistência do rapaz. O segundo principe montou a cavalo e seguiu pelo mesmo caminho. Quando atravessava a floresta surgiu-lhe o anão mal vestido e lhe dirigiu a mesma pergunta: "Para onde vais com tanta pressa?" "Pedaço de gente nojento! Sai da minha frente se não queres que te espezinhe com meu cavalo." O anão lhe rogou a mesma praga, assim o principe acabou entalado nos barrancos como o irmão.
Passados muitos dias sem que os irmãos voltassem, o mais moço foi pedir licença ao pai para ir buscar a Água da Vida. O rei não queria consentir, mas foi obrigado a ceder ante suas insistências. O jovem príncipe montou em seu cavalo e partiu; quando encontrou o anão na floresta ele, que era delicado e amável, deteve o cavalo dizendo: "Vou em busca da Água da Vida, o único remédio que pode salvar meu pobre pai, que está à morte." "Sabes onde se encontra?" perguntou o anão. "Não." "Pois já que me respondeste com tanta amabilidade vou te indicar o caminho. Ao sair da floresta não te metas pelo desfiladeiro que está à frente, vira à esquerda e segue até uma encruzilhada; aí segue ainda à esquerda. Depois de dois dias encontrarás um castelo encantado: é no pátio dele que se encontra a fonte da Água da Vida. O castelo está fechado com um grande portão de ferro maciço, mas basta tocá-lo três vezes com esta varinha que te dou para que se abra de par em par. Assim que entrares verás dois leões enormes prestes a se lançarem sobre ti para te devorar; atira-lhes estes dois bolos para apaziguá-los. Aí corre ao parque do castelo e vai buscar a Água de Vida antes que soem as doze badaladas, senão o portão se fecha e tu ficarás lá preso."
O príncipe agradeceu gentilmente, pegou a varinha e os dois bolos e se pôs a caminho, e conforme as indicações chegou ao castelo. Com a varinha mágica bateu três vezes e o imenso portão se abriu; ao entrar os dois leões se arremessaram contra ele de bocas escancaradas, mas atirou-lhes os dois bolos e não sofreu mal algum. Porém antes de se dirigir à fonte da Água da Vida não resistiu à tentação de ver o que havia no interior do castelo, cujas portas estavam abertas: galgou as escadas e entrou. Viu uma série de salões grandes e luxuosos. No primeiro, imersos em sono letárgico, viu uma multidão de fidalgos e criados. Sobre uma mesa estava uma espada e um saquinho de trigo; pressentiu que lhe poderiam ser úteis e levou-os consigo. Indo de um salão a outro, no último deu com uma princesa de rara beleza, que se levantou e disse que, tendo conseguido penetrar no castelo, destruíra o encanto que pesava sobre ela e todos os súditos do seu reino; mas o efeito do encantamento só cessaria mais tarde. "Dentro de um ano, dia por dia, se voltares aqui serás meu esposo". Depois lhe indicou onde estava a fonte da Água da Vida e se despediu, recomendando-lhe que se apressasse para poder sair do castelo antes do relógio da torre bater as doze badaladas do meio-dia, porque nesse exato momento os portões se fechariam. O principe percorreu em sentido inverso todos os salões por onde passara, até que viu uma belíssima cama com roupas muito alvas e recendentes; cansado que estava da longa caminhada deitou-se para descansar um pouco e adormeceu. Felizmente mexeu-se e fez cair no chão a espada que colocara a seu lado, despertando com o barulho. Levantou-se depressa: faltava um minuto para o meio-dia e mal teve tempo de correr ao parque, encher um frasco com a água preciosa e fugir. Ao transpor os batentes da entrada soou o relógio dando meio-dia; o portão se fechou com estrondo e tão rápido que ainda lhe arrancou uma espora.
No auge da felicidade por ter conseguido a água que salvaria seu pai e ansioso por se ver no palácio pulou sobre a sela e partiu a galope. Na floresta encontrou o anão no mesmo lugar, o qual vendo a espada e o saquinho de trigo disse: "Fizeste bem em guardar este precioso tesouro. Com essa espada vencerás sozinho o mais numeroso exército, e com o trigo desse saquinho terás todo o pão que quiseres e nunca se lhe verá o fundo." O príncipe estava porém apoquentado com a desgraça dos irmãos, e perguntou se o anão poderia fazer algo por eles. "Posso, ambos estão pouco distante daqui entalados em barrancos muito apertados; amaldiçoei-os por causa de seu orgulho." O príncipe rogou encarecidamente que os perdoasse e libertasse, e o anão cedeu às suas súplicas. "Mas te advirto que te arrependerás. Não te fies neles, são de mau coração; liberto-os apenas para te ser agradável." Assim dizendo fez os barrancos se afastarem libertando os entalados, pouco depois reunidos ao irmão que os esperava. Muito feliz por tornar a vê-los o príncipe lhes narrou suas aventuras e disse que daí a um ano voltaria para desposar a maravilhosa princesa e reinar com ela sobre um grande país. Puseram-se os três de regresso para casa. Atravessarm um reino assolado pela guerra, estando o rei desesperado de poder salvar-se e a seu povo. O príncipe confiou-lhe então o saco de trigo e a espada mágica, com os quais o rei derrotou os exércitos invasores e encheu os celeiros até o forro. O príncipe tornou a receber a espada e o saquinho de trigo e os três irmãos seguiram viagem, tomando um navio para encurtar o caminho.
Durante a travessia os dois irmãos mais velhos, devorados de ciúmes, começaram a conspirar contra o mais novo. "Nosso irmão conseguiu a Água da Vida e nós não; com isso nosso pai o promoverá a herdeiro do trono que deveria ser nosso e nada nos restará." Então juraram perdê-lo. De noite quando ele dormia furtaram-lhe o frasco e substituíram a Água da Vida por água salgada. Tentaram também roubar-lhe a espada e o saquinho de trigo mas os objetos desapareceram de repente.
Chegando em casa o jovem correu para o pai e lhe apresentou o frasco para que logo sarasse. Mal engoliu alguns goles daquela água salgada o rei piorou sensivelmente. Estava se lastimando quando chegaram os mais velhos e acusaram o irmão de ter querido envenenar o pai. Eles porém traziam a verdadeira Água da Vida e lha ofereceram. Apenas bebeu alguns goles pôde se levantar do leito cheio de vida e saúde como nos tempos da juventude. O pobre príncipe, expulso da presença do pai, se entregou ao maior pesar. Os dois mais velhos vieram ter com ele rindo e mofando: "Pobre tolo! Tu tiveste todo o trabalho e conseguiste encontrar a Água da Vida mas nós tivemos o proveito; devias ser mais esperto e manter os olhos abertos, enquanto dormias a bordo trocamos o frasco por outro de água salgada. E poderíamos se quiséssemos ter-te atirado ao mar para nos livrarmos de ti, mas tivemos dó. Livra-te contudo de reclamar e contar a verdade ao nosso pai, que não te acreditaria; se disseres uma só palavra não nos escaparás, perderás a vida. Também não penses em ir desposar a princesa daqui a um ano, ela pertencerá a um de nós dois."
O rei estava muito zangado com o filho mais moço, julgando que o quisera envenenar. Convocou seus ministros e conselheiros e lhes submeteu o caso. Foram todos de opinião que o príncipe merecia a morte e o rei decidiu que fosse morto secretamente por um tiro. Partindo o moço para a caça sem suspeitar de nada um dos criados do rei foi encarregado de o acompanhar e matar na floresta. Chegando ao lugar destinado o criado, que era o primeiro caçador do rei, estava com um ar tão triste que o príncipe lhe indagou a razão: "Que tens, caro caçador?" "Proibiram-me de falar, mas devo dizer tudo." "Dize então o que há, nada temas." "Estou aqui por ordem do rei e devo matar-vos." O príncipe se sobressaltou mas disse: "Meu amigo, deixa-me viver. Dar-te-ei meus belos trajes em recompensa e tu me darás os teus, que são mais pobres." "Da melhor boa vontade" disse o caçador. "É preciso que o rei julgue que executaste suas ordens senão sua cólera recairá sobre ti. Vestirei estas roupas feias e tu levarás as minhas como prova de que me mataste. Em seguida abandonarei para sempre este reino." Assim fizeram.
Pouco tempo depois o rei viu chegar uma embaixada faustosa do rei vizinho incumbida de entregar ao bom príncipe os mais ricos presentes em agradecimento por ter ele salvo o reino da fome e da invasão do inimigo. Diante disso o rei se pôs a refletir: "Meu filho seria inocente?" e comunicou aos que o serviam: "Como me arrependo de o ter mandado matar! Ah, se ainda estivesse vivo ..." Encorajado por estas palavras o caçador revelou a verdade. Disse ao rei que o bom principe estava vivo mas em lugar ignorado. Imediatamente o rei mandou um arauto proclamar por todo o país que considerava o filho inocente e que desejava imensamente sua volta. Mas a notícia não chegou ao príncipe; encontrara seu amigo anão, que lhe dera ouro suficiente para poder viver como um filho de rei.
Nesse ínterim a princesa do castelo encantado que ele livrara do sortilégio mandara construir uma avenida toda calçada com chapas de ouro maciço e pedras preciosas que conduzia diretamente ao castelo, explicando aos seus vassalos: "O filho do rei que será meu esposo não tardará a chegar; virá a galope bem pelo meio da avenida. Mas se outros pretendentes vierem, cavalgando à beira da estrada, expulsem-nos a chicotadas." Com efeito, dia por dia, um ano depois do jovem príncipe ter penetrado no castelo, o irmão mais velho achou que podia se apresentar como sendo o salvador e receber a princesa por esposa. Vendo aquela avenida calçada no meio de ouro e pedrarias não quis que o cavalo estragasse com as patas tanta riqueza que já considerava sua e fez o animal passar pelo lado direito. Quando chegou diante do portão e disse ser o noivo da princesa todos riram e depois o correram de lá a chicote. Pouco tempo depois veio o segundo príncipe, e vendo todo aquile ouro e jóias pensou que seria um pecado arruiná-los; fez o cavalo galopar pelo lado esquerdo e se apresentou como sendo o noivo da princesa. Teve a mesma sorte do irmão mais velho: foi corrido a chicote. Findava o ano estabelecido e o terceiro príncipe resolveu deixar a floresta para ir ter com sua amada e a seu lado esquecer as mágoas. Pôs-se a caminho pensando só na felicidade de tornar a ver a linda princesa; ia tão embebido que nem sequer viu que a estrada estava toda coberta de pedras preciosas. Deixou o cavalo galopar pelo meio da avenida, e quando chegou diante do portão do castelo este lhe foi aberto de par em par. Soaram alegres fanfarras e uma multidão de fidalgos saiu para recebê-lo. Dentrou em pouco apareceu a princesa, deslumbrante de beleza, que o acolheu cheia de felicidade e declarou a todos que ele era seu salvador e senhor daquele reino. As núpcias foram realizadas imediatamente em meio a esplêndidas festas.
Terminadas as festas, que duraram muitos dias, ela lhe contou que seu pai o havia proclamado inocente e desejava vê-lo de novo. Acompanhado da rainha sua esposa ele foi ter com o pai e contou-lhe tudo que se passara: como fora traído pelos irmãos e como estes o obrigaram a se calar. O rei, extremamente irritado contra eles, mandou que seus arqueiros os trouxessem à sua presença a fim de receberem o castigo merecido, mas vendo suas maldades descobertas eles tinham tomado um barco tentando fugir para terras longínquas para aí esconderem sua vergonha. Não o conseguiram. Sobreveio uma tremenda tempestade que tragou o navio e eles pereceram miseravelmente.
Mitos para adultos
O ciclo do Rei Artur
Sir Gawain e a Dama AbominávelMitos indianos
Perguntas:
Narciso
O Rei Artur e os cavaleiros da távola redonda
Rosemary Sutcliff diz, na nota introdutória aos seus três livros sobre este ciclo, que o Rei Artur real deve ter sido um chefe guerreiro romano-bretão de algum momento da Idade Média. Especula-se que tenha vivido no século V, mas sua lenda contém elementos posteriores ao século XI. O conto aqui reproduzido veio de uma balada em inglês do século XV, e escolhi a versão que Heinrich Zimmer analisa em A conquista psicológica do mal.
Sir Gawain e a Dama Abominável
Em companhia de alguns de seus jovens cavaleiros, entre eles sir Gawain, o rei Artur estava um dia caçando na floresta. Todos conheciam bem a região e não esperavam nenhum acontecimento miraculoso. No que o rei esporeou seu cavalo e se adiantou, distanciando-se deles um pouco, apareceu-lhe à frente, de súbito, um grande cervo. O rei o seguiu e, mal havia cavalgado meia milha, o abateu. Desmontou, atou o cavalo a uma árvore, sacou a faca de caça e começou a preparar a presa. Enquanto estava debruçado sobre ela, num pequeno trecho coberto de musgo, percebeu que estava sendo observado; ao erguer os olhos viu diante de si um cavaleiro bem armado, de aspecto ameaçador, "cheio de força e grande em poder". "Sede bem-vindo, rei Artur!", disse o homenzarrão. "Afrontais-me há muitos anos, e por isso hei de vingar-me. Vossos dias de vida estão contados!". Assim ameaçado de morte imediata, o rei prontamente replicou, censurando, que pouca honra teria o cavaleiro com tal façanha. "Estais armado, e eu apenas vestido de verde, sem espada e sem lança". E indagou o nome de seu desafiante. "Meu nome", disse o homem, "é Gromer Somer Joure". O nome nada significava para o rei.
O argumento do soberano, no entanto, tocara num delicado ponto de honra cavalheiresca e o homenzarrão, protegido por sua armadura, viu-se forçado a ceder um pouco - não totalmente, mas um pouco. A condição imposta ao rei para permitir que se fosse constitui o tema e a trama deste grotesco romance. Sir Gromer Somer Joure exigiu que sua indefesa vítima jurasse voltar àquele mesmo local no mesmo dia do ano seguinte, desarmado como agora, vestindo apenas seu traje verde de caçador, porém trazendo, para resgatar a vida, a resposta a este enigma: "O que é que uma mulher mais deseja no mundo?"
O rei deu sua palavra e retornou, muito abatido, à companhia dos cavaleiros. Seu sobrinho, sir Gawain, notou-lhe a melancolia do rosto e, chamando-o à parte, indagou-lhe o que acontecera. O rei contou-lhe o segredo. Cavalgando ligeiramente afastados dos demais, ambos deliberaram, e finalmente Gawain deu uma excelente sugestão: "Deixai que preparem vosso cavalo para uma viagem por terras estranhas e a quem quer que encontreis, seja homem ou mulher, perguntai o que pensam do enigma. Cavalgarei em outra direção, inquirindo todos os homens e mulheres, a ver o que consigo; anotarei todas as respostas num livro."
Por um caminho o rei, Gawain por outro, Perguntando a mulheres, a homens e a todos: As mulheres, que é que elas mais querem? Uns disseram: estar bem enfeitadas; Outros: juras galantes - gostam delas; Outros: que homem vigoroso As tome nos braços, beijando-as sem demora. Alguns disseram isso, alguns aquilo, Foram muitas as respostas a Gawain. E tantas delas sir Gawain ouviu Que, em extensão e engenho, deram livro; À corte, no regresso, De seu trazia o rei livro também, Um do outro olhou todo o escrito: "Isso não falhará", Gawain falou. "Por Deus", lhe disse o rei, "temo ser pouco, Um pouco mais quero buscar ainda".
Só faltava um mês. O rei, inquieto, apesar da quantidade de respostas recolhidas, esporeou o cavalo e se aventurou na floresta de Inglewood, encontrando ali a bruxa mais feia já vista por olhos humanos: rosto vermelho, nariz destilando muco, grande boca, dentes amarelos pendendo-lhe sobre o lábio, pescoço comprido e grosso e pesados seios dependurados. Levava ás costas um alaúde e cavalgava um palafrém ricamente encilhado. Era uma visão inacreditável, a de tão horrenda criatura a cavalgar radiosa.
Vindo diretamente ter com o rei, saudou-o e avisou, sem rodeios, que nenhuma das respostas que ele e Gawain haviam obtido serviriam para nada. "Não vos ajude eu, e estareis morto", disse ela. "Concedei-me apenas uma coisa, senhor rei, e garantirei vossa vida; caso contrário, perdereis a cabeça". "Que quereis dizer, senhora?" - perguntou o monarca. "A que vos referis, dizendo que minha vida está em vossas mãos? Falai, e prometo-vos o que desejardes". "Pois bem", replicou a horrenda anciã, "assegurai-me que dar-me-eis em casamento um de vossos cavaleiros. Seu nome é sir Gawain. Proponho-vos um acordo: se vossa vida não for salva por minha resposta, meu desejo será vão; porém, se ela vos salvar, havereis de conceder-me ser a esposa de Gawain. Decidi agora, e depressa, porque assim tem que ser, ou estareis morto". "Santa Maria!" exclamou o rei. "Não concederei autorização a sir Gawain para desposar-vos. Tal coisa diz respeito somente a ele". "Bem", replicou ela, "retornai agora ao castelo e tentai persuadir sir Gawain. Apesar de feia, sou alegre". "Oh, Deus!", exclamou ele, "que desgraça se abate sobre mim!".
O rei Artur retornou ao castelo e seu sobrinho Gawain respondeu-lhe cortesmente: "Possa eu morrer em vosso lugar! Casar-me-ei com ela, ainda que seja um diabo tão feio como Belzebu - ou não serei vosso amigo". "Graças, Gawain", disse Artur, o rei, "de todos os cavaleiros que jamais encontrei, levais a palma".
Dona Ragnell era o nome da bruxa. Quando o rei Artur, voltando, fez-lhe a promessa, em seu nome e do sobrinho, ela respondeu: "Senhor, sabereis agora o que as mulheres desejam acima de tudo. Uma coisa habita-nos todas as fantasias, e a conhecereis: acima de qualquer coisa, desejamos ter soberania sobre o homem". Disse ainda ao rei que o gigantesco cavaleiro seria tomado pela ira ao ouvi-lo. "Maldirá aquela que vos ensinou, porque terá perdido seu trabalho".
O rei Artur galopou através de lama, pântano e charco para o encontro com sir Gromer Somer Joure; no momento em que chegou ao lugar combinado, deparou-se com o outro. "Adiantai-vos senhor rei", disse-lhe o desafiante armado, "vejamos qual será vossa resposta". O rei Artur estendeu-lhe os dois livros, na esperança de que alguma das respostas obtidas fosse suficiente, libertando-o e ao seu sobrinho do indesejável compromisso. Sir Gromer percorreu as respostas uma a uma. "Não, não, senhor rei", disse ele, "sois um homem morto". "Esperai, sir Gromer. Ainda tenho uma resposta". O outro se deteve para escutar. "Acima de tudo o mais", disse o rei, "as mulheres desejam a soberania - é o que lhes apraz, e o seu maior desejo". "E a ela, que tal vos contou, sir Artur, suplico a Deus que possa vê-la arder em uma fogueira. É minha irmã, dona Ragnell, aquela velha bruxa; cubra-a Deus de vergonha, pois se não fosse por ela, ter-vos-ia subjugado... Que tenhais um bom dia!" O peculiar cavaleiro há muito abrigava rancor contra o rei Artur, que outrora o despojara de suas terras, concedendo-as, "com grande injustiça", a sir Gawain. Perdera-se agora sua oportunidade de vingança e foi-se, enfurecido, pois jamais teria novamente a sorte de encontrar seu inimigo desarmado.
O rei Artur voltou a cavalo para a planície, logo encontrando dona Ragnell. "Senhor rei", disse ela, "sinto-me feliz porque tudo correu bem, como vos disse que ocorreria. Agora, desde que vos salvei a vida, Gawain deve desposar-me. É um completo e gentil cavaleiro; casar-me-ei publicamente, antes de permitir-vos separá-lo de mim . Cavalgai à frente; seguir-vos-ei até a corte, rei Artur".
Muita vergonha causava ela ao rei; mas ao chegarem à corte, e todos se indagarem atônitos de onde teria vindo tamanha monstruosidade, o cavaleiro Gawain adiantou-se sem qualquer sinal de relutância e virilmente honrou a promessa de desposá-la.
"Deus seja louvado", dona Ragnell disse, "Por vós quisera ser mulher formosa, Por ser vossa vontade assim tão boa".
Todas as damas e cavaleiros da corte apiedavam-se de sir Gawain, aquelas chorando em suas câmaras, porque ele teria que se casar com uma criatura tão pavorosa e horrível. Tinha dois dentes como presas de javali, um de cada lado, de um palmo do comprimento, um apontando para cima e outro para baixo; a boca era enorme, cercada de horríveis cerdas. Tampouco se contentara com um casamento discreto e tranqüilo (tal fora o desejo da rainha), mas insistira em uma missa solene e num banquete no grande salão, a que todos comparecessem. Durante a festa mastigou três capões, outras tantas aves e vários pratos de assados, estraçalhando-os com as longas presas e as unhas até só restarem os ossos. Sir Kai, companheiro de Gawain, rapaz impetuoso e descortês, sacudiu a cabeça e disse: "Quem quer que beije essa dama, terá medo dos próprios beijos". E a noiva continuou a mastigar até a carne se acabar.
Nessa noite, no leito, a princípio sir Gawain não conseguiu se obrigar a voltar o rosto e encarar o focinho pouco apetitoso da noiva. Após algum tempo, no entanto, ela rogou: "Ah, sir Gawain, já que nos casamos, demonstrai-me vossa cortesia na cama. Por direito, isso não me pode ser negado. Se eu fosse bela, não vos comportaríeis assim; não fazeis a mínima conta dos laços matrimoniais. Em consideração a Artur, beijai-me, ao menos; peço que atendais ao meu pedido. Vamos, vejamos quão ardente podeis ser!"
O cavaleiro e leal sobrinho do rei reuniu cada pedacinho de coragem e gentileza. "Farei mais", disse, muito amável, "farei mais do que apenas beijar, por Deus!". E, ao se voltar, deparou com a mais formosa criatura que jamais vira. Ela perguntou: "Qual é vosso desejo?" "Oh, Jesus!", exclamou ele, "quem sois?" "Senhor, sou vossa esposa, certamente, por que sois tão indelicado?" "Oh, senhora, mereço que me censureis; eu não sabia. Sois bela a meus olhos - apesar de terdes sido a mais feia criatura que meus olhos já viram. Ter-vos assim, senhora, muito me agrada!". Tomou-a nos braços, beijou-a, e sentiram-se muito felizes. "Senhor", avisou ela, "minha beleza não durará. Ter-me-eis assim, mas apenas durante metade do tempo. Esse é o problema: deveis escolher se me preferis bela à noite e horrenda durante o dia, diante dos olhos de todos, ou bela de dia e horrenda à noite". "Oh, Deus, a escolha é difícil", replicou Gawain. "Ter-vos bela apenas à noite entristeceria meu coração, mas se decidir ter-vos bela durante o dia, dormirei em leito de espinhos. Quisera escolher o melhor, mas não faço idéia do que dizer. Querida senhora, que seja como desejais; deixo a escolha em vossas mãos. Meu corpo, meus bens, meu coração e tudo o mais são vossos para que deles façais o que quiserdes; juro-o diante de Deus". "Ah, dou graças, cortês cavaleiro!", exclamou a dama. "Abençoado sejais, entre todos os cavaleiros do mundo! Agora estou livre de meu encantamento, e ter-me-eis bela e atraente tanto de dia como à noite".
Então ela contou a seu deleitado esposo como sua madrasta (que Deus tenha piedade de sua alma!) a encantara com suas artes de magia negra, condenando-a a permanecer sob aquela forma até que o melhor cavaleiro da Inglaterra a desposasse e lhe concedesse a soberania sobre seu corpo e seus bens. "Assim fui deformada", disse ela. "E vós, cortês sir Gawain, concedestes-me, sem condições, a soberania. Beijai-me agora, senhor cavaleiro, eu vos suplico; alegrai-vos e regozijai-vos". E desfrutaram deleitosamente um do outro.
Já se passara o meio dia. Disse o rei: "Senhores todos, vejamos Se sir Gawain ainda vive. Por sir Gawain ora temo Não vá tê-lo morto a bruxa!, Quisera sabê-lo já. Vamos", disse Arthoure, o rei. "Vejamos seu despertar E como se houve de noite." À câmara andaram juntos. "Sir Gawain, de longo sono Acordai!" - chamou o rei. E Gawain: "Santa Maria! Permitido, Sim, por certo, dormiria muito mais, Pois bem feliz eu me sinto. Aguardai, já abro a porta. Para que em meu bem creiais, Já quero, sim, levantar-me". Sir Gawain cumpriu o dito; tomou A dama que, bela, levou à porta: Em camisa, frente ao fogo, De ouro, os longos cabelos. "Vede! Eis meu prêmio, minha esposa", Disse a Arthoure sir Gawain. "Dona Ragnell, sir, é esta, Que vossa vida salvou".
Perguntas
Narciso Em O tarô mitológico, de Liz Greene e Juliet Sharman-Burke, Editora Siciliano: Narciso - na versão do poeta romano Ovídio filho do deus-rio Céfiso e de uma ninfa (Liríope) - era um jovem téspio que desde pequeno foi admirado por sua beleza, sendo adorado tanto por homens como por mulheres. A conselho do adivinho Tirésias sua mãe jamais lhe permitiu ver o próprio rosto, e assim Narciso não tinha noção de sua identidade. Certa vez, voltando de uma caçada pelos bosques, inclinou-se para beber num riacho de águas claras e puras, que jamais haviam sido tocadas por qualquer animal ou homem ou mesmo pelos galhos das árvores. Ao se debruçar para saciar a sede se apaixonou perdidamente pela imagem que viu refletida na água. Primeiro tentou abraçar e beijar o belo garoto que o olhava bem nos olhos. Depois, finalmente se reconheceu e ali permaneceu horas se contemplando. Por fim não conseguiu suportar mais a agonia daquele amor impossível: tomou de uma adaga e cravou-a no peito. Seu sangue jorrou na terra, e nesse lugar nasceu uma flor que se chamou narciso. Narciso não é um deus (é mortal). Sua mãe era uma ninfa, e as ninfas viviam apenas 9 000 e poucos anos. Em inglês Narcissus.
Morgan Upright, na Encyclopedia Mythica, diz que Narciso é um dos vários exemplos de um jovem bonito que rejeita o sexo e em conseqüência morre. Seu mito tem muito em comum com o de Adonis e Hipólito. Muitas ninfas e moças se apaixonaram por ele, que rejeitou todas. Uma das versões do mito diz que a paixão de Narciso por seu reflexo foi vingança da deusa Nêmesis por seu desprezo pela ninfa Eco, outra conta que foi resultado das pragas rogadas, ao se suicidar, por um rapaz apaixonado. Do ponto de vista psicológico, é chamada narcisismo a concentração em si mesmo. Ver, por exemplo, Narcisismo, de Alexander Lowen. O ego humano se torna inflado e busca para si poder, prestígio e privilégios que não são seus por direito. Essa inflação faz o homem contemplar eternamente a si mesmo como um deus.
Mitos indianos
A fábula do tigre
Parábola do gato e o rato
Fábula do leão, o gato e o rato
A fábula do tigre
relatada por Zimmer em Filosofias da Índia, a partir de The Gospel of Sri Ramakrishna
Um filhote de tigre fora criado entre cabras. Prenhe e balofa, sua mãe passara vários dias à procura de uma presa sem nada conseguir, até que deparou com um rebanho de cabras selvagens. Estava faminta, o que explica a violência de sua investida. O esforço do ataque precipitou o parto e ela acabou morrendo de esgotamento. As cabras, que haviam se dispersado, retornaram ao lugar e lá encontraram um filhote de tigre choramingando ao lado de sua mãe. Levadas pela compaixão maternal adotaram a débil criatura; amamentaram-na junto com suas próprias crias e dela cuidaram ternamente. O animal cresceu e sobreveio a recompensa pelos cuidados dispensados, pois o pequeno companheiro aprendeu a linguagem das cabras, adaptou sua voz àquele som suave e mostrou tanto afeto quanto qualquer cabrito. A princípio teve alguma dificuldade para mastigar com seus dentes pontiagudos as tenras folhas do pasto, mas logo se acostumou. A dieta vegetariana o mantinha enfraquecido, conferindo ao seu temperamento uma notável doçura.
Certa noite - quando o órfão, crescido entre as cabras, já havia alcançado a idade da razão - o rebanho foi atacado, desta vez por um velho e feroz tigre. As cabras se dispersaram, porém o jovem permaneceu onde estava, sem medo ainda que surpreso. Achando-se face a face com a terrível criatura da selva, fitou-o estupefato. Passado o primeiro impacto, começa a tomar consciência de si. Desamparado, berra, arranca folhas de pasto e se põe a mastigar, ante o olhar perplexo do outro.
De repente, o poderoso intruso pergunta: _ Que fazes aqui entre as cabras?! Que estás mastigando?! A resposta foi um berro. O outro, indignado, disse num rugido: _ Por que emites este som estúpido?! E antes que o pequeno pudesse responder, apanhou-o pelo cangote e o sacudiu como se quisesse fazê-lo recobrar a lucidez. O tigre da selva carregou o assustado animal até um lago próximo, soltando-o na margem e obrigando-o a olhar para a superfície espelhada da água, então iluminada pela lua. _ Vê estas duas imagens! Não são semelhantes? Tens a cara típica de um tigre, é como a minha. Por que te iludes pensando seres um cabrito? Por que berras? Por que mastigas pasto?!
O tigrezinho, incapaz de responder, continuava a olhar espantado comparando as duas imagens refletidas. Inquieto, apoiu-se numa e logo noutra pata, e lançou um grito de aflitiva incerteza. A velha fera novamente o carregou porém agora até seu covil, onde lhe ofereceu um pedaço de carne crua e sangrenta, sobra de uma refeição anterior. Ante a inusitada visão, o jovem tremeu de repugnância mas o velho, ignorando o fraco gesto de protesto, ordenou rudemente: _ Come! Engole!
O outro resistiu, porém a horripilante carne foi forçada a passar entre seus dentes; o tigre vigiava atentamente seu aprendiz que tentava mastigar e preparava-se para engolir. Sua não-familiaridade com a consistência da carne causava-lhe certa dificuldade, e estava prestes a emitir outro débil berro quando começou a experimentar o gosto do sangue. Excitado, devorou o restante com avidez, sentindo um prazer incomum à medida que o novo alimento descia-lhe pela garganta e atingia o estômago. Uma força estranha e quente irradiava de suas entranhas trazendo-lhe uma sensação eufórica e embriagadora. Estalou a língua, lambeu o focinho satisfeito e, erguendo-se, deu um largo bocejo como se estivesse despertando de uma longa noite de sono - uma noite que o manteve sob feitiço por anos e anos. Espreguiçando-se, arqueou as costas, estendeu e abriu as garras. Sua cauda fustigava o solo e, de súbito, irrompeu de sua garganta o triunfal e aterrorizente rugido de um tigre.
O inflexível mestre, que estivera observando de perto, sentia-se recompensado. A transformação, de fato, acontecera. Ao cessar o rugido, perguntou severamente: _ Agora sabes quem realmente és? E para completar a iniciação de seu jovem discípulo no saber secreto de sua própria e verdadeira natureza, acrescentou: _ Vem! Vamos caçar juntos pela selva.
Parábola do gato e o rato
relatada por Zimmer em Filosofias da Índia, a partir do Mahabharata
Certa feita um gato montês e um rato habitavam a mesma árvore na selva; o rato morava num buraco da raiz e o gato nos galhos, onde se alimentava de ovos de pássaros e de filhotes inexperientes. O gato também gostava de comer ratos, mas este de nosso conto conseguia manter-se fora do alcance de suas garras.
Um dia veio um caçador e armou habilmente uma rede sob a árvore e, naquela noite, o gato ficou preso em suas malhas. O roedor, contente, saiu de seu esconderijo e experimentou um prazer enorme ao andar em volta da armadilha, mordiscando a isca e tirando o máximo proveito daquela situação. Logo se deu conta de que dois outros inimigos haviam chegado: um pouco mais acima, entre a escura folhagem da árvore, pousar uma coruja de olhos resplandecentes prestes a lançar-se sobre ele, enquanto que por terra se aproximava, sorrateiramente, um mangusto. O rato, sem saber o que fazer, maquinou com rapidez um surpreendente estratagema. Dirigindo-se ao gato disse-lhe que o libertaria, roendo as malhas, se antes lhe permitisse entrar na rede e abrigar-se em seu colo. Mal o outro concordou, o pequeno animal, aliviado, foi para dentro da rede.
Todavia, se o gato esperava ser salvo de imediato sofreu uma grande decepção, pois o rato aninhou-se confortavelmente em seu corpo, escondendo-se de modo a fugir dos olhares atentos de seus dois outros inimigos; e então, uma vez seguro em seu refúgio, decidiu tirar uma soneca. O gato protestou mas o rato disse que não havia pressa. Ele sabia que poderia safar-se a qualquer instante e que a seu contrariado hospedeiro só restava ser paciente, na esperança de obter a liberdade. E então, o roedor falou francamente ao seu inimigo natural que iria esperar pelo caçador. Desse modo, o gato também estando ameaçado, não aproveitaria sua independência para apanhar e devorar seu libertador. O felino nada pôde fazer; seu pequeno hóspede cochilou bem no meio de suas garras. O rato esperou tranqüilamente a chegada do caçador e, quando viu o homem aproximar-se para examinar as armadilhas, cumpriu sem risco sua promessa roendo as malhas com rapidez e pulando em sua toca, ao passo que o gato, num salto desesperado, escapuliu e alcançou um galho, livrando-se da morte certa.
Depois que o frustrado caçador afastou-se carregando sua rede inutilizada, o gato desceu da árvore e, aproximando-se à morada do rato, chamou-o docemente, convidando-o para sair e reunir-se ao seu velho companheiro. Disse-lhe que a situação em que se viram envolvidos na noite anterior já havia passado e a ajuda que cada um prestara tão lealmente ao outro, na luta em comum pela sobrevivência, havia consolidado uma união duradoura que apagava todas as diferenças anteriores. Dali em diante, os dois seriam amigos para sempre, baseando-se numa confiança mútua. Porém, o rato mostrou-se cético e inarredável diante da retórica do gato; recusou-se terminantemente a sair do abrigo seguro em que estava. Uma vez terminada a situação paradoxal que os havia colocado juntos numa estranha e temporária cooperação, não havia palavra que pudesse persuadir o arguto animalzinho a se achegar a seu inimigo natural. Para justificar sua recusa aos galantes mas insidiosos sentimentos do outro, o rato pronunciou a fórmula destinada a servir de moral ao conto. Disse, franca e diretamente: “No campo da batalha política não existem coisas como uma amizade perdurável.”
Fábula do leão, o gato e o rato
relatada por Zimmer em Filosofias da Índia, a partir do Hitopadeia
Certo gato miserável, expulso pelos aldeões e vagando pelos campos a ponto de morrer de fome, magro e desvalido, foi encontrado por um leão e salvo de sua situação desesperadora. O rei dos animais convidou o infeliz a compartir sua caverna e se alimentar das sobras de suas abundantes refeições. Porém, este não era um convite inspirado pelo altruísmo ou por algum senso de lealdade racial; era simplesmente porque o leão estava sendo molestado por um rato que vivia num buraco de sua toca. Quando ele tirava a sesta, aquele vinha e lhe roía a juba. Acontece que os leões grandes e poderosos são incapazes de caçar ratos; em contrapartida, gatos ágeis o são; desse modo, ali estava a base para uma amizade sólida e talvez agradável.
Bastou a presença do gato para manter o rato afastado, e assim o leão poder dormir em paz. O pequeno roedor não fazia o menos barulho porque o gato estava sempre alerta. O leão premiava seus serviços com farta alimentação engordando, sem delongas, seu ministro.
Mas um dia o rato fez um ruído e o gato cometeu o erro fatal de agarrá-lo e devorá-lo. Desaparecido o rato, desapareceu também o favor do leão que, já cansado da companhia do gato, sem nem mesmo lhe agradecer, devolveu seu competente ministro à selva, onde teria que enfrentar novamente o perigo de morrer de fome.
Máxima final: “Cumpre tua tarefa, mas sempre deixes algo por ser feito. Através desse algo permanecerás indispensável.”
FÁBULAS
"Fábula é uma narrativa alegórica em prosa ou verso, cujos personagens são geralmente animais, que conclui com uma lição moral. Sua peculiaridade reside fundamentalmente na apresentação direta das virtudes e defeitos do caráter humano, ilustrados pelo comportamento antropomórfico dos animais. O espírito é realista e irônico e a temática é variada: a vitória da bondade sobre a astúcia e da inteligência sobre a força, a derrota dos presunçosos, sabichões e orgulhosos etc. A fábula comporta duas partes: a narrativa e a moralidade. A primeira trabalha as imagens, que constituem a forma sensível, o corpo dinâmico e figurativo da ação. A outra opera com conceitos ou noções gerais, que pretendem ser a verdade "falando" aos homens.
O Patinho Feio
João e o Pé de Feijão
Os Três Cabritinhos
A Bela Adormecida
Cinderela, a Gata Borralheira
Os Músicos de Bremen
Aladim e a Lâmpada Maravilhosa
O Coelhinho Joca
Fábulas de Esopo 1
O Lobo e os Sete Cabritinhos
Fábulas de Esopo 2
A Roupa Nova do Rei
Fábulas de Esopo 3
A Formiga e a Pomba
A Galinha e os Ovos de Ouro
A Mulher e a sua Galinha
A Mula
As Árvores e o Machado
As Lebres e as Rãs
O Asno, A Raposa e o Leão
O Boi e a Rã
O Asno em Pele de Leão
O Cachorro e sua Sombra
O Carvalho e os Juncos
O Cavalo e o seu Tratador
O Cego e o Filhote de Lobo
O Filhote de Cervo e sua Mãe
O Galo e a Pedra Preciosa
O cão e o osso!
Um dia, um cão, carregando um osso na boca, ia atravessando uma ponte. Olhando para baixo, viu sua própria imagem refletida na água. Pensando ver outro cão, cobiçou-lhe logo o osso que este tinha na boca, e pôs-se a latir. Mal, porém, abriu a boca, seu próprio osso caiu na água e perdeu-se para sempre.
Moral da História: Mais vale o certo do que o incerto.
Mário Sérgio Orestes da SilvaLeandro MouraProfª. Elisangela Fernandes
O cão e o osso!
Um dia, um cão, carregando um osso na boca, ia atravessando uma ponte. Olhando para baixo, viu sua própria imagem refletida na água. Pensando ver outro cão, cobiçou -lhe logo o osso que este tinha na boca, e pôs-se a latir.Mal, porém, abriu a boca , seu próprio osso caiu na água e perdeu - se para sempre. Moral da História: Mais vale um pássaro na mão do que dois voando
Nome: Graziela Roberta.Professora: Elisangela Fernandes
A gralha vaidosa
Júpiter deu a notícia de que pretendia escolher um rei para os pássaros e marcou uma data para todos eles comparecessem diante de seu trono.O mais bonito seria declarado rei. Querendo arrumar-se o melhor possível, os pássaros foram tomar banho e alisar as penas às margens de um arroio. A gralha também estava lá no meio dos outros, só que tinha certeza de que nunca ia ser escolhida, o que suas eram muito feias. "Vamos ter que dar um jeito", pensou ela. Depois que os outros pássaros foram embora, muitas penas ficaram caídas pelo chão; a gralha recolheu as mais bonitas e prendeu em volta do corpo. O resultado foi deslumbrante; nenhum pássaro era mais vistoso que ela. Quando o dia marcado chegou, os pássaros se reuniram diante do trono de Júpiter; Júpiter examinou todo mundo e escolheu a gralha para rei. Já ia fazer a declaração oficial quando todos os pássaros avançaram para o futuro rei e arrancaram suas penas falsas uma, mostrando a gralha exatamente como ela era. Belas penas não fazem belos pássaros.
Diana de Oliveira BarcaçaProfessora Elisangela Fernandes
A gralha vaidosa
Júpiter deu a notícia de que pretendia escolher um rei para os pássaros e marcou uma data para que todos eles comparecessem diante de seu trono.O mais bonito seria declarado rei. Querendo arrumar-se o melhor possível, os pássaros foram tomar banho e alisar as penas às margens de um arroio.A gralha também estava lá no meio dos outros,Só que tinha certeza de que nunca ia ser escolhida ,Porque suas penas eram muito feias. Vamos ter queDar um jeito, pensou ela.Depois que outros pássaros foram embora, muitas Penas ficaram caídas pelo chão; a gralha recolheu asMais bonitas e prendeu em volta do corpo. O resultado Foi deslumbrante: nenhum pássaro era mais vistoso que ela. Quando o dia marcado chegou, os pássaros se reuniram diante do trono de Júpiter examinou todo mundo e escolheu a gralha para o rei. Já ia fazer declarações oficial quando todos os pássaros avançaram para o futuro rei e arrancaram suas penas falsas uma a uma, mostrando a gralha exatamente como ela era. Moral da História: Belas penas não fazem belos pássaros.
Sabrina M. Moura.Prof: Elisangela Fernandes
A raposa e a cegonha
A raposa e a cegonha mantinham boas relações e pareciam ser amigas sinceras . certo dia , a raposa convidou a cegonha para jantar e ,por brincadeira , botou um prato raso contendo um pouco de sopa . para ela , foi tudo muito fácil , mas a cegonha pode apenas molhar a ponta do bico e saiu dali com muita fome .- sinto muito a raposa parece que você não gostou da sopa .- não pense nisso, respondeu a cegonha . espero que , em retribuição a esta visita , você venha em breve jantar comigo . no dia seguinte , a raposa foi pagar a visita . quando sentaram a mesa , o que havia para jantar estava contido num jarro alto, de pescoço comprido e boca estreita, no qual a raposa não podia introduzir o focinho. tudo o que ela conseguiu foi lamber a parte externa do jarro. - Não pedirei desculpas pelo jantar, disse a cegonha, assim você sente no próprio estômago o que senti ontem. Moral da História: quem com ferro fere com ferro será ferido
Camila ferreira dos SantosPatrícia da silva carvalhoProfª. Elisangela Fernandes
A Raposa e a Cegonha
A raposa e a cegonha mantinham boas relações e pareciam ser amigas sinceras. Certo dia, a raposa convidou a cegonha para jantar e, por brincadeira, botou na mesa apenas um prato raso contendo um pouco de sopa. Para ela, foi tudo muito fácil, mas a cegonha pode apenas molhar a ponta do bico e saiu dali com muita fome.- Sinto muito, disse a raposa, parece que você não gostou da sopa. - Não pense nisso, respondeu a cegonha. Espero que, em retribuição a esta visita, você venha em breve jantar comigo. No dia seguinte, a raposa foi pagar a visita. Quando sentaram à mesa, o que havia para o jantar estava contido num jarro alto, de pescoço comprido e boca estreita, no qual a raposa não podia introduzir o focinho. Tudo o que ela conseguiu foi lamber a parte externa do jarro. - Não pedirei desculpas pelo jantar, disse a cegonha, assim você sente no próprio estômago o que senti ontem. Moral da História: Quem com ferro fere, com ferro será ferido.
Deise Suffredini
A Raposa e as Uvas
Num dia quente de verão a raposa passeava por um pomar.Com sede e calor, sua atenção foi capturada por um cacho de uva."Que delicia", pensou a raposa "era disso que eu precisava para adoçar a minha boca'E, de um salto, a raposa tento, sem sucesso, alcançar as uvas. Exausta e frustrada, a raposa afastou-se da videira, dizendo:"A posto que estar uvas estão verdes"Esta fábula que algumas quando não conseguem o querem, culpam as circunstâncias.
Nome: Mikaeli Ferreira da SilvaProfessora: Elisangela Fernandes
A Raposa e as Uvas
Num dia quente de verão, a raposa passeava por um pomar.Com sede e calor, sua atenção foi capturada por um cacho de uvas." Que delícia ", pensou a raposa, "Era disso que eu precisava para adoçar a minha boca". E, deu um salto, a raposa tentou, sem sucesso , alcançar as uvas. Exausta ,e frustada, a raposa afastou-se da videira, dizendo: "Aposto que essas uvas estão verdes. Moral da História: Esta fábula ensina que algumas pessoas que não conseguem o que querem, culpam as circunstâncias
Nomes: Juanita e GeovanaProfª.: Elisangela Fernandes
O Corvo e o Jarro
Um corvo, quase morto de sede, foi a um jarro, onde pensou encontrar água. Quando meteu o bico pela borda do jarro, verificou que só havia um restinho no fundo. Era difícil alcançá-la com o bico, pois o jarro era muito alto. Depois de várias tentativas, teve que desistir, desesperado. Surgiu, então, uma idéia em seu cérebro. Apanhou um seixo (fragamente de roxo ou pedra)e jogou-o no fundo do jarro. Jogou mais um e muitas outras.Com alegria verificou que a água vinha, aos poucos, se aproximando da borda. Jogou mais alguns seixos e conseguiu matar a sede, salvando a sua vida.
Nome: Marilma Menezes P.Professora: Elisangela Fernandes
O Corvo e o Jarro
Um corvo quase morto de sede, foi a um jarro, onde pensou encontrar água. Quando meteu o bico pela borda do jarro, verificou que só havia um restinho no fundo. Era difícil alcança-la com o bico, pois o jarro era muito alto. depois de várias tentativas, teve que desistir, desesperado. Surgiu, então , uma idéia, em seu cérebro. Apanhou um seixo (fragmento de rocha ou pedra) e jogou-o no fundo do jarro. Jogou mais alguns seixos e conseguiu matar a sede, salvando a sua vida. Moral da História: Água mole pedra dura, tanto bate até que fura
Nome: Quitéria das Graças Nascimento CunhaProfessora: Elisangela Fernan
O Corvo e o Jarro
Um corvo, quase morto de sede, foi a um jarro , onde pensou encontrar água . Era difícil alcançá-la com o bico, pois o jarro era muito alto. Depois de varias tentativas teve queque desistir, desesperado . Surgiu , então, uma idéia, em seu cérebro. Apanhou um seixo (fragmento de rocha ou pedra ) e jogou _ o no fundo do jarro. Jogou mais um e muitos outros. Com alegria verificou que a água vinha, aos poucos , se aproximando da borda. Jogou mais alguns seixos e conseguiu matar a sede, salvando a sua vida .
Nome: Lucilete Teodoro e Eliane RibeiroProfª. Elisangela Fernandes
O fazendeiro, seu filho e o burro
Um fazendeiro e seu filho viajavam para o mercado, levando consigo um burro. na estrada, encontraram umas moças salientes, que riram e zombaram deles:-Já viram qe bobos? andando a pé, quando deviam montar no burro? O fazendeiro, então, ordenou ao filho: -Monte no burro, pois não devemos parecer ridículos. O filho assim o fez. Daí a pouco, passaram por uma aldeia. á porta de uma estalagem estavam uns velhos que comentaram: -Ai vai um exemplo da geração moderna: o rapaz, muito bem refestelado no animal, enquanto o velho pai caminha, com suas pernas fastigadas. -Talvez eles tenham razão,meu filho, disse o pai. ficaria melhor se eu montassee você fosse a pé. Trocaram então as posições. Alguns quilometros adiante, encontraram caponesas passeando, as quais disseram: -A crueldade de alguns pais para com os filhos étremenda! aquele preguiçoso, muito bem instalado no burro, enquanto o pobre filho gasta as pernas. -Suba na garupa, meu filho. não quero parecer cruel, pediu o pai. assim, ambos montados no burro, entraram no mercado da cidade. lá. pobre -oh!! gritaram outros fazendeiros que se encontravam burro, maltratado, carregando uma dupla carga! não se trata um animal desta maneira. os dois precisavam ser presos. deviam carregar o burro ás costas, em vez de este carregá-los. O fazendeiro e o filho saltaram do animal e carregaram-no. quando atravessavam uma ponte, o burro, que não estava se sentindo confortável, começou a escoicear, com tanta energia que os dois caïram na água. Moral da História: Quem a todos quer ouvir, de ninguém é ouvido
Nome: Luciana Vieira.Professora: Elisangela Fernandes
As rãs em busca de um rei
As rãs andavam muito amolada porque viviam sem lei, por isso pediam a Zeus que arranjasse um rei para ela .Zeus percebeu a ingenuidade das rãs e jogou um toco de árvore no logo. No começo as rãs ficaram apavoradas com o barulho da água quando cai o toco e mergulharam bem para o fundo. Um pouco depois, vendo que o toco não se mexia, subiram para a superfície e escalaram o toco. Aquele rei não prestava, pensaram ,e lá se foram pedir outro rei a Zeus . Mas Zeus já tinha perdido a paciência e lhe mandou uma cegonha, que num instante devorou todos as suas súditas .Saiba quando se dar por satisfeito.
Nome: Damaris Lemes SantiagoProfessora: Elisangela Fernandes
A narrativa, do mito, da ciência, Vale destacar que a questão tecnológica, ... O pensamento narrativo consiste na prática de se contarem histórias a cada um para construir significados, dar sentido às nossas experiências. o mito
como afirmação e nos reportamos às narrativas tradicionais que, por tempo bastante longo, foram transmitidas de geração a geração para dar explicações acerca da origem do homem, do mundo, da vida. Essas narrativas diversificadas e transpassadas pelas vozes das culturas, das religiões, do imaginário, das relações de poder, do gênero etc. apresentam em comum o fato de manipularem a emoção, a crença, os dogmas.
A FÁBULA é a narração de uma pequena cena, cujos figurantes são geralmente, animais, sendo pouco numerosos aquelas em que as personagens são vegetais ou seres humanos.
Lenda é uma narrativa fantasiosa transmitida pela tradição oral através dos tempos. De caráter fantástico e/ou fictício, as lendas combinam fatos reais
LENDAS
Lendas brasileiras
· Caipora
· Boi tatá
· Mula sem cabeça
· Iara
· Cobra grande
· Vitória Régia
· Saci Pererê
· Negrinho do pastoreio
· Papa figo
Lendas indígenas
Filha da Chuva
As Encantadas
AGAIBA
AGUAPÉ
A Águia-Gigante
Águia Sagrada
ANHANGÁ
ARTE RUPESTRE
As Amazonas
Ajuricaba
Astrolatria Indígena
Lendas gaúchas
A moça do cemitério
Quero-quero
A origem do mate segundo os ...
Boitatá
A Lenda do minhocão
João de Barro
Caverá
Salamanca do Jarau
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A Bruxa A Bruxa dos medos infantis só aparece nas ameaças noturnas quando a criança teima em não dormir. É um mito comum em todo Brasil, e ora se confunde com a Cuca, ou outras figuras da noite, usadas desde os tempos antigos para controlar crianças inquietas.
O Zumbi Interessante mito do nosso Folclore, que algumas vezes se confunde com o Saci, ou mesmo com o Heroi que liderou a rebelião dos Palmares Alagoanos. É um mito que explica inclusive de onde surgiu algumas expressões importantes do nosso vocabulário.
A Cuca Embora a maioria a identifique como uma velha enrugada, de cabelos brancos e assanhados, muito magra, sempre ávida por crianças que não querem dormir cedo e fazem barulho, há muito mais por trás desse curioso mito de nossa cadeia folclórica.
A Lenda do Curupira ou Caipora Personagem protetor das florestas e dos animais e tem os pés ao contrário. Dizem ter origem dentre os Tupis. Mas, na verdade pode ser um mito comum em todo o mundo, e é comum também em todo Brasil, com pequenas variações entre as regiões.
O Boi-Tatá Animal extraordinário que vive nos rios e tem os olhos de fogo. Este mito, apesar de muito comum entre os índios, ocorre em todo país e na América do Sul e Central.
A Matinta-Pereira Misteriosa criatura, ora pássaro, ora gente, que vive nas matas. Embora, muito comum nos estados da Região Norte, é conhecido no País inteiro, já que é uma variação da Lenda do Saci Pererê e do Caipora.
O Lobisomem Criatura, metade homem e metade lobo. De acordo com a lenda se alimentava de crianças. Lenda Européia, mas hoje comum em todo mundo.
A Mula-sem-Cabeça Uma estranha aparição que corre pelas ruas dos pequenos povoados assustando todo mundo. Dependendo da região, ela pode ou não ter cabeça.
A Mulher da Meia Noite Aparição na forma de uma mulher jovem e bonita, que encanta a todos e desaparece na porta dos cemitérios. Eis um mito que ocorre nas américas e na Europa, com relatos desde a Idade Média. O personagem, pode variar de um País para outro.
Região Centro Oeste
Romãozinho - (Atenção: Conteúdo Forte para crianças) Eis a lenda de um menino que era a maldade em pessoa. Era tão ruim que cometeu falso testemunho contra a própria mãe, então foi amaldiçoado...
Região Nordeste
A Cabeça Satânica Dizem que este ser seria a própria encarnação do mal. Aparece em lugares malditos e seu nome jamais deve ser pronunciado.
A Besta Fera Terrível criatura que assusta as cidades do interior do País. Conforme a crença é o próprio demônio.
A Cidade Encantada de Jericoacoara Lenda de uma misteriosa cidade subterrânea, no litoral do Ceará, com torres de ouro e uma princesa encantada.
O Papa FigoPersonagem muito popular, que sofre de uma terrível doença, cuja cura é o fígado de crianças. Por isso dá presentes às crianças para atraí-las. Lembra mito Europeu do Velho do Saco. Essa versão do Papa Figo, foi primeiro relatada no Nordeste, na cidade de Recife, Pernambuco.
O Barba Ruiva Mito que nasceu no Piauí, às margens da Lagoa Paranaguá. É a história de um estranho homem de Barba Ruiva ou Branca, que corre atrás das mulheres...
A Cabra-Cabriola Terrível criatura que pega meninos malcriados e desobedientes. Ela entra nas casas ao farejar que lá dentro, tem menino que não obedece aos pais ou faz xixi na cama.
Região Norte
A Mãe-Dágua - A Iara Lenda da sereia que com seu canto mágico atrai as pessoas para o fundo dos rios, ou lagos.
A Lenda da Cobra Grande, ou Cobra Norato A incrível história de uma índia que deu à luz a dois filhos que eram Cobras...
A Lenda da Vitória Régia Mito indígena que conta como surgiu a planta, que só existe no Amazonas, chamada Vitória Régia.
Região Sudeste
Chibamba Lenda de um fantasma do sul da província de Minas Gerais, que amedronta crianças choronas. Anda envolto com uma esteira de bananeira, ronca como um porco, e dança enquanto caminha.
A Lenda do Saci-Pererê História ilustrada com a lenda desse personagem símbolo do nosso folclore. Junto com o Caipora, é sem dúvida o mais famoso personagem do folclore brasileiro.
A Missa dos Mortos Lenda de uma misteriosa missa que de tempos em tempos é realizada para aliviar as almas penadas.
Região Sul
O Negrinho do Pastoreio O mais popular Mito do Sul do País. É a história de um pequeno escravo que se tornou mártir.
Lendas Gabrielenses
Guapa, a capelinha dos irmãos fuzilados, Sepé Tiarajá, a capelinha do Negrinho da Sanga Funda
Algumas lendas e mitos do folclore brasileiro:
BoitatáRepresentada por uma cobra de fogo que protege as matas, florestas e os animais. Possui a capacidade de perseguir e matar aqueles que desrespeitam a natureza. Acredita-se que este mito é de origem indígena e que seja um dos primeiros do folclore brasileiro. Foram encontrados relatos do boitatá em cartas do padre José de Anchieta, em 1560. Na região Nordeste do Brasil, o boitatá é conhecido como fogo que corre.
BotoA lenda do boto surgiu, provavelmente, na região amazônica. Esta figura folclórica é representada por um homem jovem, bonito e charmoso que seduz mulheres em bailes e festas. Após a conquista, conduz as jovens para a beira de um rio e as engravida. Antes da madrugada, ele mergulha nas águas do rio para transformar-se num lindo boto.
CurupiraAssim como o boitatá, o curupira também é um protetor das matas e dos animais silvestres. Representado por um anão de cabelos compridos e com os pés virados para trás. Persegue e mata todos que desrespeitam a natureza. Quando alguém desaparece nas matas, muitos habitantes do interior acreditam que é obra do curupira.
LobisomemEste mito aparece em várias regiões do mundo. Diz o mito que um homem foi atacado por um lobo numa noite de lua cheia e não morreu, porém desenvolveu a capacidade de transforma-se em lobo nas noites de lua cheia. Nestas noites, o lobisomem ataca todos aqueles que encontra pela frente. Somente um tiro de bala de prata em seu coração seria capaz de matá-lo.
Mãe-D'águaEncontramos na mitologia universal um personagem muito parecido com a mãe-d'água: a sereia. Este personagem tem o corpo metade de mulher e metade de peixe. Com seu canto atraente, consegue encantar os homens e levá-los para o fundo das águas.
Corpo-secoÉ uma espécie de assombração que fica assustando as pessoas nas estradas. Em vida, era um homem que foi muito malvado e só pensava em fazer coisas ruins, chegando a prejudicar e maltratar a própria mãe. Após sua morte, foi rejeitado pela terra e teve que viver como uma alma penada.
PisadeiraÉ uma velha de chinelos que aparece nas madrugadas para pisar na barriga das pessoas, provocando a falta de ar. Dizem que costuma aparecer quando as pessoas vão dormir de estômago muito cheio.
Mula-sem-cabeçaSurgido na região interior, conta que uma mulher teve um romance com um padre. Como castigo, em todas as noites de quinta para sexta-feira é transformada num animal quadrúpede que galopa e salta sem parar, enquanto solta fogo pelas narinas.
Mãe-de-ouroRepresentada por uma bola de fogo que indica os locais onde se encontra jazidas de ouro. Também aparece em alguns mitos como sendo uma mulher luminosa que voa pelos ares. Em alguns locais do Brasil, toma a forma de uma mulher bonita que habita cavernas e após atrair homens casados, os faz largar suas famílias.
Saci-PererêO saci é representado por um menino negro que tem apenas uma perna. Sempre com seu cachimbo e com um gorro vermelho que lhe dá poderes mágicos. Vive aprontando travessuras e se diverte muito com isso. Adora espantar cavalos, queimar comida e acordar pessoas com gargalhadas.