sexta-feira, 16 de julho de 2010

Ziraldo



Ziraldo



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Ziraldo


Nome completo Ziraldo Alves Pinto


Nascimento 24 de outubro de 1932


Caratinga , Minas Gerais


Nacionalidade brasileira


Ocupação Chargista, desenhista, dramaturgo, cartunista, escritor e pintor.


Escola/tradição banda desenhada ou história em quadrinhos


Ziraldo Alves (Caratinga, 24 de outubro de 1932) é um cartunista, chargista, pintor, dramaturgo, escritor, cronista, desenhista e jornalista brasileiro. É o criador de personagens famosos, como o Menino Maluquinho, e, atualmente, um dos mais conhecidos e aclamados escritores infantis do Brasil.










Vida


Ziraldo Alves Pinto passou toda a infância em Caratinga. É irmão do também desenhista, cartunista, jornalista e escritor Zélio Alves Pinto e também de Ziralzi Alves Pinto, seu grande amigo. Estudou dois anos no Rio de Janeiro e voltou a Caratinga, tendo concluído o módulo científico (atual ensino médio). Formou-se em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais em 1957. Seu talento no desenho já se manifestava desde essa época, tendo publicado um desenho no jornal Folha de Minas com apenas seis anos de idade.






Começou a trabalhar no Jornal Folha de Minas, de Belo Horizonte, em 1954, com uma coluna dedicada ao humor. Ganhou notoriedade nacional ao se estabelecer na revista O Cruzeiro em 1957 e posteriormente no Jornal do Brasil, em 1963. Seus personagens (entre eles Jeremias, o Bom; a Supermãe e o Mirinho) conquistaram os leitores.






Em 1960, lançou a primeira revista em quadrinhos brasileira feita por um só autor, Turma do Pererê, que também foi a primeira história em quadrinhos a cores totalmente produzida no Brasil. Embora tenha alcançado uma das maiores tiragens da época, Turma do Pererê foi cancelada em 1964, logo após o início do regime militar no Brasil. Nos anos 70, a Editora Abril relançou a revista, desta vez, porém, sem o sucesso inicial.










Ziraldo em 2003Em 1969, Ziraldo recebeu o "Nobel" Internacional de Humor no 32º Salão Internacional de Caricaturas de Bruxelas e também o prêmio Merghantealler, principal premiação da imprensa livre da América Latina.






Foi fundador e posteriormente diretor do periódico O Pasquim, tablóide de oposição ao regime militar, uma das prováveis razões de sua prisão, ocorrida um dia após a promulgação do AI-5.






Em 1980, lançou o livro "O Menino Maluquinho", seu maior sucesso editorial, o qual foi mais tarde adaptado na televisão e no cinema.






Incansável, Ziraldo ainda hoje colabora em diversas publicações, e está sempre envolvido em novas iniciativas. Uma das mais recentes foi a "Revista Bundas", uma publicação de humor sobre o cotidiano que faz uma brincadeira com a revista "Caras", esta, voltada para o dia-a-dia de festas e ostentação da elite brasileira. Ziraldo foi também o fundador da revista "A Palavra" em 1999.






Ilustrações de Ziraldo já figuraram em publicações internacionais como as revistas Private Eye da Inglaterra, Plexus da França e Mad, dos Estados Unidos.






Ziraldo é pai da cineasta Daniela Thomas e do compositor Antonio Pinto.






Prêmios


Em 09 de dezembro de 2008, Ziraldo foi agraciado com o VI Prêmio Ibero-americano de Humor Gráfico Quevedos [1].






O prêmio foi atribuído pela "qualidade e importância de sua obra", "seu compromisso social" e sua "difusão e grande repercussão internacional" e homenageia a trajetória profissional de cartunistas espanhóis e ibero-americanos cuja obra se destaque pelo significado social e artístico






Este prêmio é convocado a cada dois anos pelos Ministérios da Cultura e de Assuntos Exteriores da Espanha e oferece 30 mil euros (R$ 95,5 mil, aproximadamente). É promovido pela Universidade de Alcalá de Henares, em cuja sede se reuniu o júri.






Polêmicas


Uma cartilha chamada O Olho do Consumidor[2] produzida pelo Ministério da Agricultura, com arte do Ziraldo, para divulgar a criação do Selo do SISORG (Sistema Brasileiro de Avaliação de Conformidade Orgânica) que pretendia padronizar, identificar e valorizar produtos orgânicos, orientando o consumidor na sua escolha de alimentos realmente orgânicos, teria sido vítima de um pedido de segurança a pedido da multinacional Monsanto[3]. Essa informação, veiculada livremente pela internet, nunca foi confirmada por nenhum dos envolvidos, mas apesar de a cartilha aparecer nos arquivos do Ministério[4], nem "Ziraldo", nem "SISORG", nem "Olho do Consumidor" retornam resultado na busca interna do site.






Em 5 de abril de 2008, Ziraldo — e mais vinte jornalistas que foram perseguidos durante os anos de chumbo — teve seu processo de anistia aprovado pela Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, e foi indenizado em mais de R$ 1 milhão, além de receber uma pensão vitalícia de R$ 4.375,88.[5] Ele e o cartunista Jaguar receberam as maiores indenizações.[6] À época, Ziraldo afirmou que "o Brasil lhe devia" tal indenização, declarando: "Eu quero que morra quem está me criticando. Porque é tudo cagão e não botou o dedo na seringa. Enquanto eu estava xingando o Figueiredo e fazendo charge contra todo mundo, eles estavam servindo à ditadura e tomando cafezinho com o Golbery. Então, qualquer crítica que se fizer em relação ao que está acontecendo conosco eu estou me lixando".[5] O episódio foi comentado por seu antigo colega Millôr Fernandes, que se negou a exigir indenização, questionando: "Quer dizer que aquilo não era ideologia, era investimento?".[7]






Em fevereiro de 2010, o advogado de Ziraldo tentou aumentar o valor da prestação mensal da pensão vitalícia recebida por ele para R$ 19.432,91, alegando que a soma de R$ 4.375,88 era compatível apenas com a função de jornalista, e não com as funções de direção de arte e até de presidência de jornal que o cartunista chegou a exercer. A Justiça Federal negou o pedido.[8]






Curiosidades


Ziraldo foi um dos fundadores da Banda de Ipanema


No carnaval de 2003, foi tema da escola de samba paulistana Nenê de Vila Matilde


Seu nome vem da combinação dos nomes de sua mãe, Zizinha com o de seu pai Geraldo: assim surgiu o Zi-raldo, um nome único.[9]


Ziraldo apresentou um programa de entrevistas de fim-de-noite antes de Jô Soares. Em 1982, dirigido por Maurício Sherman, Ziraldo comandava o programa Etc., na TV Bandeirantes, depois das 23h. Durou apenas um ano, mas fez história com a primeira longa entrevista de Dom Hélder Câmara sobre a ditadura.


[editar] Algumas obras e criações


O Menino do Rio Doce


Prêmio Galo de Ouro - troféu desenhado por Ziraldo para o Festival Internacional da Canção - 1966


A supermãe


Flicts


O Aspite


Turma do Pererê


O Menino Maluquinho


O Bichinho da Maçã


A Fábula das Três Cores


O Joelho Juvenal


O Planeta Lilás


Uma Professora Muito Maluquinha


Vito Grandam


O Menino e seu Amigo


Jeremias, o Bom


Queremos Paz (em parceria com crianças de todo Brasil por meio do Portal Educacional)


O Menino Quadradinho


Almanaque Maluquinho - Esportes Radicais[10]


Os dez amigos


Rolim


O Olho do Consumidor[11]


O Menino Maluquinho


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