domingo, 15 de agosto de 2010

MAIS UM POUCO DE SÃO GABRIEL RS - ENCHENTES ... VENDAVAL ...

Moradores contabilizam prejuízos em São Gabriel

A forte chuva e ventos de 117 km/h arrasaram parte da zona urbana do município

Atualizada às 23h38min
Ronan Dannenberg, São Gabriel | ronan.dannenberg@zerohora.com.br
Bastaram cerca de dez minutos de uma tempestade para que parte de São Gabriel fosse quase arrasada. Por volta das 19h30min de sexta-feira, um vendaval com rajadas de até 117km/h destelhou cerca de 200 casas e ainda destruiu estruturas como galpões, silos, paradas de ônibus, outdoors e até um CTG. Por sorte, nenhuma pessoa se feriu gravemente.

Oito mil residências continuavam sem energia elétrica até as 20h deste sábado. A maioria fica em São Gabriel, na fronteira oeste. Ainda há muitos postes e árvores caídos. A AesSul espera normalizar o abastecimento no domingo.

O cenário da noite de sexta-feira na cidade era assustador. Sem energia elétrica devido à série de postes derrubados, a escuridão escondia o estrago. Foi a luz voltar parcialmente, por volta das 3h30min de sábado, que foi possível enxergar os danos.

­— Eu ouvia o vendaval, mas ficava abrigado em casa. Contudo, já imaginando os estragos que seriam causados. Foi muito forte — aponta o presidente da Defesa Civil de São Gabriel, Marcos Paulo do Monte Vieira.

Os locais mais atingidos foram os bairros Cidade Nova e Mariana, situados em pontos mais altos do município. Lá, duas casas foram destruídas completamente, além das residências destelhadas. Os moradores, com receio de terem utensílios domésticos roubados, preferiram não sair de casa. Para eles, a prefeitura disponibilizou ginásios que acabaram não sendo aproveitados.

Ainda em meio à escuridão, Bombeiros trataram de tirar centenas de árvores e galhos que bloqueavam as ruas. Temendo ataque de vândalos, patrulhas ostensivas da Brigada Militar faziam a ronda nas principais ruas da cidade enquanto a luz não voltava. Na residência de Vera Lúcia Goulart, 49 anos, que ficou parcialmente destelhada, assaltantes chegaram a entrar na casa, aproveitando a falta de energia.

— Por sorte, ninguém levou nada, mas a chuva molhou tudo — lamentava ela, enquanto limpava a casa com ajuda de amigos na manhã de sábado.

Entre os principais estragos, o telhado de zinco de um centro de paintball chamou a atenção no bairro Vargas. A estrutura se desprendeu e voou por cima de casas, derrubando postes, arrebentando fios e caindo no meio da rua.

— Veio por cima de tudo. Nunca tinha visto nada parecido — observava assustado o aposentado Osvaldo Barcelos, 67 anos, que reside no bairro há 17 anos.

No centro da cidade, o Estádio Silvio de Faria Corrêa, teve parte de seu muro — cerca de 50 metros — derrubado com o vendaval.

Assim que o dia clareou, no sábado, moradores deram início à reconstrução. A Defesa Civil do município começou a distribuição de 1,5 mil metros de lonas para as casas destelhadas. Também para auxílio, cerca de 800 telhas de amianto chegariam ainda no sábado direto de Porto Alegre. Durante a manhã de ontem, o prefeito Rossano Gonçalves (PDT) estudava com lideranças decretar ou situação de emergência ou de calamidade pública no município.
Equipes da prefeitura realizam a limpeza dos locais mais atingidos pelo temporal. O prefeito está à frente das operações e conversou nesta manhã com o coordenador estadual da Defesa Civil, coronel Joel Prates, que está enviando o município mais de 3 mil telhas para ajudar na reconstrução das residências atingidas pela tempestade.
Estruturas como galpões, silos, paradas de ônibus, outdoors e até um CTG também sofreram estragos com o temporal
Foto: Duda Pinto, Especial

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