segunda-feira, 9 de agosto de 2010

TEXTOS









Forma de Responder aos Críticos 

Estou fazendo grande obra, de modo que não poderei descer; por que cessaria a obra, enquanto eu a deixasse e fosse ter convosco? Nee. 6:3.

Esse texto relaciona-se com a reconstrução dos muros de Jerusalém após o cativeiro babilônico. A árdua tarefa foi realizada em impressionantes 52 dias, mulheres trabalhando lado a lado com os homens. (Ver Nee. 6:15 e 3:12.)

Daniel havia profetizado que os muros seriam reconstruídos "em tempos angustiosos" (Dan. 9:25). Assim, Neemias talvez não se tenha impressionado muito quando alguns críticos chegaram e tentaram impedir o trabalho. Neemias disse que Sambalá, o horonita, Tobias, o amonita, e Gesém, o arábio, haviam-no desprezado e zombado dele (2:19). Certo dia, um dos críticos foi examinar o muro e ridicularizou-o: "Vindo uma raposa derrubará o seu muro de pedra" (4:3). Mas Neemias recusou-se a interromper a obra que Deus lhe havia confiado e a discutir com seus críticos. Essa é uma boa forma de responder aos astuciosos.

Quando o Coronel George Washington Goethals estava construindo o Canal do Panamá, enfrentou problemas de topografia e de doenças tropicais que teriam intimidado um homem de menos fibra. Mas o pior problema foi que ele teve de suportar comentários irônicos de críticos amargos de seu próprio país. Estes tinham certeza de que ele fracassaria. Afinal de contas, não havia o Visconde de Lesseps, famoso construtor do Canal de Suez, desistido do projeto? Mas Goethals ignorou os astuciosos.

Certo dia, um de seus subordinados perguntou-lhe, exasperadamente:

- O senhor não vai dar uma resposta aos críticos?

- Sim, oportunamente.

- Mas quando e como?

- Com o canal.

Que bela resposta!
Quando meu pai começou a obra missionária nas ilhas dos Açores, idealizou um plano para a conquista de almas. Consistia em ir de porta em porta com folhetos e voltar na semana seguinte com um folheto novo para ser trocado pelo velho. Alguns duvidaram de que o plano funcionasse com o povo conservador daquelas ilhas. Papai nunca discutiu a questão; simplesmente saía com mamãe e conosco, os meninos, e mostrava que aquilo podia ser feito.
Se a obra que você está realizando é aprovada por Deus, não pare para discutir com seus críticos. Deixe que os resultados falem por si mesmos!

Críticas à Bíblia
Se vir que a praga se estendeu nas paredes da casa, ele [o sacerdote] ordenará que arranquem as pedras, em que estiver a praga, e que as lancem fora da cidade num lugar imundo: e fará raspar a casa por dentro ao redor, e o pó que houverem raspado lançarão fora da cidade num lugar imundo. Lev. 14:39-41.

Os críticos da Bíblia no início do século dezenove passaram um bom período ridicularizando algumas das leis de saúde ordenadas pelo código mosaico - entre elas, a prática de remover o reboco das casas de pacientes leprosos. Embora não tenhamos todas as respostas para o por quê desses regulamentos, hoje não mais ouvimos esse tipo específico de zombaria, e com uma razão.

Há cerca de 100 anos, antes que a teoria de Pasteur sobre os germes fosse claramente entendida, os cientistas observaram que os cirurgiões que realizavam amputações no Hospital Bellevue, no Estado de Nova Iorque, estavam perdendo um número alarmante de pacientes para as infecções. Observaram também que os mesmos cirurgiões, que realizavam o mesmo tipo de cirurgia no recém-construído Hospital Roosevelt, no mesmo Estado, obtinham uma elevada taxa de convalescenças bem-sucedidas.

A partir das estatísticas, os cientistas concluíram que, embora se tomasse muito cuidado com a esterilização dos instrumentos cirúrgicos e com a própria sala de cirurgia, de algum modo o reboco e o assoalho do velho prédio do hospital deviam estar abrigando germes. Estes faziam caminho até às feridas dos amputados, causando o desenvolvimento de sepsia. Como conseqüência, o Dr. H. B. Sands introduziu uma resolução segundo a qual dali em diante nenhuma cirurgia grande fosse realizada no Hospital Bellevue.
A ciência posteriormente confirmou a lei levítica de Moisés. Hoje, alguns dos germes que se tornaram resistentes aos antibióticos, como o staphylococcus aureus, continuam a ser uma ameaça aos pacientes porque eles se instalam no reboco e no piso dos hospitais.
Que podemos aprender de tudo isso? Que, embora não saibamos dar uma explicação racional para tudo o que a Bíblia diz, não devemos procurar ser mais sábios do que aquilo que está escrito (ver II Cor. 4:6). O futuro ainda pode trazer descobertas adicionais que comprovem a autenticidade da Bíblia.




Por Quê? 

Até quando, Senhor, clamarei eu, e Tu não me escutarás? gritar-Te-ei: Violência! e não salvarás? Por que me mostras a iniqüidade, e me fazes ver a opressão? Hab. 1:2 e 3.

Minha mãe costumava dizer que, quando eu era criança, quase a deixava louca, perguntando: "Por quê?" Nem bem acabava ela de responder, e vinha eu de novo: "Mas por quê?"

As crianças não são as únicas que ficam perguntando Por Quê? Os adultos também perguntam. O profeta Habacuque, autor de nosso verso, foi um deles. Muitas pessoas lêem seu pequeno livro e deixam de entender-lhe a grande mensagem. Seu tema central é a pergunta Por Quê?

Habacuque viveu num tempo de apostasia. Ao investigar a condição espiritual de seu povo, ficou perplexo e quis saber por que Deus havia permitido que permanecessem impunes.

Não demorou muito para que obtivesse a resposta. "O Senhor respondeu: 'Prestem atenção e ficarão de boca aberta! Vocês ficarão espantados com o que Eu vou fazer muito em breve! Ainda enquanto estiverem vivos, Eu farei uma coisa que vocês terão de ver para crer'." Hab. 1:5, A Bíblia Viva. Imagino que Habacuque se sentiu bastante aliviado ao saber que, por fim, Deus iria fazer algo em relação com a impiedade de Judá!

Quando o Senhor revelou o que tinha em mente, entretanto, Habacuque ficou mais perplexo ainda. Deus disse: "Eu estou preparando uma nova potência mundial, os caldeus, uma nação cruel e violenta que marchará pelo mundo e o conquistará." Verso 6, A Bíblia Viva. Deus iria usar uma nação ainda mais ímpia que Judá para castigar Seu povo! Por quê? Não é de admirar que Habacuque tenha ficado mais desconcertado ainda.

Deus nunca respondeu a todas as perguntas de Habacuque, mas o profeta finalmente entendeu que "O Senhor está em Seu santo templo". Deus estava no trono; Ele estava no controle da situação e, sendo que Ele estava controlando as coisas, Habacuque pôde dizer: "Cale-se diante dEle toda a terra." Verso 2:20. Saber que o Deus de infinito poder e sabedoria estava controlando todas as coisas era resposta suficiente.

Você alguma vez já perguntou "Por Quê?" sem obter uma resposta satisfatória? Lembre-se: "O Senhor está em Seu santo templo." Mesmo que as aparências digam o contrário, Deus está controlando tudo, e para você e para mim isso é resposta suficiente - por enquanto. As respostas completas e definitivas virão quando estivermos no Céu.

A Conversão Opera Mudanças? 

O Espírito do Senhor se apossará de ti, ... e tu serás mudado em outro homem. ... Sucedeu, pois, que, virando-se ele para despedir-se de Samuel, Deus lhe mudou o coração. I Sam. 10:6 e 9.

Com a idade de 29 anos, Charles Grandison Finney era um advogado promissor no Estado de Nova Iorque. Os pastores que haviam tentado despertar-lhe o interesse pelo cristianismo desistiram, concluindo que ele estava além das esperanças - era um "caso perdido", alegavam.
Até 1821, Finney nunca havia possuído uma Bíblia, mas a fim de tornar mais completa a sua coleção de livros, adquiriu uma para a sua biblioteca. Mas fez mais do que isso. Começou a ler o Livro. Ao contrário de Saul, que experimentou uma conversão instantânea, Finney começou gradualmente a transferir seu interesse, dos Comentários de Blackwood para a Bíblia. Finney converteu-se, despediu-se de seus clientes e contou a seus colegas advogados que havia recebido "uma procuração do Senhor Jesus Cristo para pleitear a Sua causa".

Durante os anos que se seguiram, Finney experimentou um sucesso fenomenal como evangelista, tanto na América como na Inglaterra. Em 1834, estabeleceu o Tabernáculo Broadway, na cidade de Nova Iorque, e mais tarde se tornou o segundo diretor do Colégio Oberlin. Sua vida foi de uma dedicação sempre crescente ao Senhor. E tudo isso aconteceu porque um "livro de consulta" lhe foi parar na biblioteca e posteriormente no coração.


Não o Homem, mas a Mensagem

Alguns efetivamente proclamam a Cristo por inveja, insinceramente.... Todavia, que importa? Uma vez que Cristo, de qualquer modo, está sendo pregado, quer por pretexto, quer por verdade, também com isto me regozijo, sim, sempre me regozijarei. Filip. 1:15, 17 e 18.
Meu pai nasceu em Minneapolis, Estado de Minnesota, em 1889, mas seus antepassados vieram da Nova Inglaterra. A família Mansell viveu lá por 150 anos. Em 1960, papai e eu decidimos ir ao Estado do Maine e fazer algumas pesquisas relacionadas com nossos ascendentes.
Enquanto mergulhávamos em alguns interessantes materiais de consulta na Prefeitura de Brewer, encontramos um livro que continha várias anotações curiosas. Um pregador (ainda bem que não era um parente ou antepassado) tinha o seguinte comentário ao lado de seu nome: "Ele pregava tão bem no púlpito, que era uma pena quando precisava deixá-lo; mas fora do púlpito vivia tão vergonhosamente, que era uma pena que precisasse voltar a ele outra vez." Nunca me esqueci desse comentário tão contundente. (Mais tarde fiquei sabendo que essas palavras eram uma paráfrase de uma declaração de João Wesley, fundador do metodismo.)

Semear Junto a Todas as Águas
Bem-aventurados vós os que semeais junto a todas as águas. Isa. 32:20.

No dia 7 de maio de 1946, Roger Simms, que acabara de dar baixa do exército americano, estava pedindo carona para voltar para casa quando um comerciante dirigindo um Cadillac novo parou no acostamento.

- Vai para Chicago? - perguntou o motorista.
- Até lá, não - respondeu Simms, enquanto entrava no carro. - O senhor mora em Chicago?

- Sim, meu nome é Hanover e sou comerciante em Chicago.
Enquanto viajavam, Roger, um cristão, sentiu-se impressionado a fazer um contato missionário com seu benfeitor, mas deixou para mais tarde. Finalmente, a 30 minutos de seu ponto de destino, não conseguiu mais resistir ao impulso e falou.

- Sr. Hanover, eu gostaria de dizer-lhe algo muito importante. - E apresentou a seu novo amigo, de modo discreto e atraente, a necessidade de uma entrega pessoal a Cristo. Concluiu com um apelo para que o Sr. Hanover recebesse a Cristo como seu Salvador e Senhor.

O Sr. Hanover, que havia falado pouco durante o testemunho de Roger, conduziu o carro até ao acostamento da rodovia e parou. E ali, naquele momento, entregou a vida a Cristo.

- Esta é a coisa mais maravilhosa que já me aconteceu - disse ele, com lágrimas nos olhos.

Poucos quilômetros adiante, o Sr. Hanover deixou Roger em seu destino.

Cinco anos transcorreram. Certo dia, Roger decidiu visitar o homem que lhe havia dado carona. Dirigindo-se à Empresa Hanover, disse que queria ver o proprietário. Em lugar dele, veio a Sra. Hanover.
Quando Roger lhe pediu notícias do esposo, soube que o Sr. Hanover havia morrido num acidente automobilístico a poucos quilômetros de casa, no mesmo dia em que Roger o havia conduzido a Cristo. Durante anos a Sra. Hanover tinha orado pela conversão do marido. Que conforto foi, para ela, saber que ele havia aceitado a Cristo antes de morrer!

Um cristão deve estar sempre pronto a testemunhar por Jesus. "Prega a palavra", diz Paulo, "insta, quer seja oportuno, quer não." II Tim. 4:2. Hoje, ao sair para o trabalho e encontrar pessoas, permita que o Espírito Santo lhe mostre maneiras de dar um testemunho cativante em favor de Cristo.

Sentinela Adormecida
Filho do homem: Eu te dei por atalaia sobre a casa de Israel; da Minha boca ouvirás a palavra, e os avisarás da Minha parte. Eze. 3:17.

É responsabilidade da sentinela permanecer alerta e fazer soar o alarme se vir a aproximação do inimigo. Como a vida de tantos soldados companheiros seus depende de sua vigília, o costumeiro castigo por dormir no posto do dever é a morte diante do pelotão de fuzilamento.

Certa noite, após a batalha de Arcole (15 a 17 de novembro de 1796), Napoleão Bonaparte fez uma ronda por todos os postos de sentinelas do acampamento e viu que um dos atalaias dormia. Retirando cuidadosamente a arma do vigia sem despertá-lo, o general assumiu o dever de sentinela até quase o momento da chegada do substituto.
Perto do fim de seu período de vigília, o soldado acordou. Horrorizado por ver o general cumprindo em seu lugar o dever do qual tinha sido encarregado, e sabendo que a penalidade por dormir no posto do dever era a morte, exclamou:

- Sou um homem perdido!

- Fique sossegado - cochichou Napoleão, devolvendo-lhe a arma. - O segredo fica entre mim e você.



Consciência Cauterizada

Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios, pela hipocrisia dos que falam mentiras, e que têm cauterizada a própria consciência. I Tim. 4:1 e 2.
Numa noite de inverno eu estava atiçando o fogo em nossa lareira, quando um anteparo quente caiu sem que eu esperasse e me queimou a mão, levantando uma bolha. Doeu; tive certeza de que a dor não me deixaria dormir naquela noite. Então me lembrei de algo que alguém me havia sugerido anos antes. Disseram-me que se eu colocasse a queimadura perto do fogo repetidas vezes, doeria terrivelmente a princípio, mas se eu continuasse a aproximá-la do calor vez após vez, a dor iria diminuindo gradualmente. Experimentei a sugestão. Funcionou - comigo, pelo menos. (Antes de você tentar algo parecido, fale com seu médico.) Na manhã seguinte, senti apenas um leve incômodo na área afetada. A pele estava grossa e insensível.

Não sei o porquê do que aconteceu com minha queimadura, mas sei o que acontece quando uma pessoa viola sua consciência repetidamente. Quando pela primeira vez fazemos algo que sabemos ser errado, nossa consciência dói terrivelmente, mas as violações repetidas resultam numa sensação bem mais enfraquecida de dor psicológica, até que finalmente pecamos sem que a consciência nos incomode mais.

No âmbito físico, aquilo que aconteceu comigo (insensibilizar uma queimadura dolorida, aproximando-a repetidas vezes do calor) pode funcionar ou não para outra pessoa (mais uma vez aconselho você a conferir esse procedimento com seu médico). Mas sob o ponto de vista espiritual, insensibilizar a consciência é uma questão muitíssimo séria. Pode resultar no cometimento do pecado imperdoável (ver S. Mat. 12:31 e 32). Não que alguns pecados sejam tão graves que Deus não consiga perdoá-los. Mas porque aqueles que pecam conscientemente chegam ao ponto de não mais conseguirem ouvir o Espírito Santo falando.

Podemos evitar cometer essa "grande transgressão" ao permitir que Deus nos impeça de cometer o pecado da presunção - pecar premeditadamente na expectativa de que Deus nos perdoe (ver Sal. 19:13).

O Desejo de Deus
Toma o cinto, ... vai ao Eufrates, e esconde-o ali na fenda duma rocha. Fui, e escondi-o. ... Passados muitos dias, disse-me o Senhor: ... Vai ao Eufrates, e toma o cinto que te ordenei escondesses ali. Fui ao Eufrates, cavei, e tomei o cinto do lugar onde o escondera; eis que o cinto se tinha apodrecido. Jer. 13:4-7.

No outono de 1943, enquanto meu bom amigo Ralph Longway e eu estávamos presos no campo de concentração Holmes (hoje Campo Dangwa), decidimos dar uma escapadinha e esconder algumas de nossas lembranças da guerra sob um afloramento calcário no topo da montanha atrás da prisão. Entre nossos "tesouros", havia uma caneca de alumínio, uma bandoleira, munição do rifle Springfield e algumas balas do rifle 3030.

Em dezembro daquele ano, escapamos novamente da prisão e recuperamos alguns dos objetos. A bandoleira, feita de algodão, estava muito deteriorada. Enterramos novamente a bandoleira, junto com algumas das balas de rifle, sob uma laje de calcário de uns 25 centímetros de largura por 50 de comprimento e 5 de espessura; levamos os outros objetos de volta para a cela.

No dia 26 de março de 1991, quase meio século mais tarde, retornei ao Campo Dangwa. Acompanhado por dois sargentos filipinos, localizei a formação rochosa. Apontando para o local, contei aos soldados que o esconderijo estava sob uma laje e dei as dimensões. Cavamos uns 20 centímetros, e lá estava a laje! Procuramos a bandoleira, mas ela não existia mais; tampouco fomos capazes de encontrar vestígio da munição. Mas quebrei uma ponta da laje e a trouxe comigo, de modo que agora sou o orgulhoso proprietário de um pedaço daquela rocha!

O enterro e a exumação do cinto de Jeremias foram uma lição objetiva para o antigo povo de Deus, bem como para nós hoje. Na parábola encenada por Jeremias, o cinto apodrecido representava o orgulho de Israel e Judá (ver Jer. 13:9). Pensavam eles que, por serem o povo escolhido, eram invulneráveis. Mas a parábola de Jeremias mostrou a inutilidade daquela orgulhosa presunção. É a humilde obediência, e não o orgulho, que tem grande valor aos olhos de Deus (ver Miq. 6:8).

Os Perigos dos Cargos Elevados
Mas, havendo-se já fortificado, exaltou-se o seu coração para a sua própria ruína, e cometeu transgressões contra o Senhor, seu Deus, porque entrou no templo do Senhor para queimar incenso no altar do incenso. II Crôn. 26:16.

Quando nossa família morava no Estado de Maryland, havia muitos carvalhos nos terrenos vizinhos. Certa manhã, depois de um temporal muito forte com raios, encontramos um gigantesco carvalho que havia sido derrubado pelo vento. Bloqueava nosso caminho para o trabalho e tivemos de fazer um desvio. Olhando para aquela árvore, pudemos ver que, apesar de sua majestosa aparência, ela estava podre por dentro. O que era verdade acerca do carvalho é freqüentemente verdade acerca de pessoas - mesmo em elevadas posições.

Mas nem todas as árvores que caem durante uma tormenta, vêm abaixo porque estão podres por dentro. No campo de concentração Holmes havia um pinheiro perfeitamente saudável. Certa noite, durante um terrível tufão, ele foi arrancado pela raiz e jogado por cima da oficina do presídio. Foi cair do outro lado, sem ter tocado o teto da oficina. Enquanto inspecionava a área próxima, descobri que aquela não fora a única árvore derrubada. Numa região mais alta da montanha, onde os ventos tinham sido ainda mais fortes, muitas outras árvores haviam sido arrancadas pela tormenta.

Não é surpreendente descobrir essa verdade no mundo natural. Mas às vezes nos esquecemos de que o mesmo acontece igualmente nos domínios espirituais. "No vale da humilhação, onde os homens dependem de Deus para serem ensinados e guiados em cada passo, há relativa segurança. Mas os homens que se plantam, por assim dizer, num elevado pináculo, e que, por causa de sua posição, presumem possuir grande sabedoria - esses estão no mais grave perigo. A não ser que tais homens façam de Deus sua confiança, seguramente cairão." - Profetas e Reis, pág. 60.


Crie Raízes Profundas 

E agora, assim como vocês confiaram em Cristo como Salvador, confiem nEle também para os problemas de cada dia; vivam em união vital com Ele. Deixem que as raízes de vocês se aprofundem nEle e extraiam dEle a nutrição. Cuidem de continuar a crescer no Senhor, e tornem-se fortes e vigorosos na verdade. Col. 2:6 e 7 (A Bíblia Viva).

Uma árvore absorve água e nutrição através de suas raízes. Por meio de inumeráveis apófises e filamentos, cada ramificação do sistema de raízes aumenta a superfície absorvente. Essas minúsculas raízes são cobertas por uma espécie de "pele" especialmente designada pelo Criador para absorver os elementos vitais dissolvidos na água, assim como um mata-borrão absorve a tinta.

Algumas árvores não apenas tiram do solo a umidade e nutrientes para seu crescimento, mas também os guardam para uso futuro. Uma árvore, na ilha de Madagáscar, desenvolve protuberâncias parecidas com uma salsicha para servirem de reservatórios, retendo água para a árvore durante a estação seca.

Embora não passe de um arbusto, a tamargueira envia sua raiz principal a uma profundidade de 30 metros! Por outro lado, um cacto gigante pode enviar sua raiz principal a apenas um metro, mas suplementa-a com um sistema de raízes que se espalham horizontalmente até uns 27 metros em todas as direções. Ambos os sistemas procuram umidade e nutrientes. Calcula-se que um único tufo da grama de Kentucky lance em sua fase de desenvolvimento mais de 80.000 pequenas raízes, às quais se ligam um milhão de pêlos radiculares.

É só mediante seu sistema radicular que uma planta pode absorver os elementos essenciais necessários para a vida e o crescimento. O mesmo ocorre na vida cristã. Recebemos vida espiritual de Cristo quando nascemos de novo. Isso é justificação. Mas não paramos aí. Crescemos em Cristo. Isso é santificação. Esse processo resulta em uma transformação do caráter que continua enquanto durar a vida.
O crescimento na vida espiritual não é algo que realizemos por nós mesmos. É obtido mediante o viver de Cristo em nós (ver S. João 15:4-7). Cristo efetua em nós o querer e o realizar, segundo Sua boa vontade.

Esperando Orientação do Alto
A Ti, que habitas nos Céus, elevo os meus olhos! Como os olhos dos servos estão fitos nas mãos dos seus senhores, e os olhos da serva, na mão de sua senhora, assim os nossos olhos estão fitos no Senhor, nosso Deus. Sal. 123:1 e 2.

Muitos anos atrás, no Sul dos Estados Unidos, uma senhora nascida na cidade e sua prima do campo viajavam numa charrete no meio de densa floresta, quando anoiteceu. Não havia luar; só algumas estrelas. Em pouco tempo, ficou impossível enxergar a estrada. A moradora da cidade ficou um pouco assustada pensando que estavam perdidas, mas sua prima do interior não parecia nem um pouco preocupada. Ela parou o cavalo, pisou no chão, caminhou um pouquinho ali por perto e voltou, dizendo que havia encontrado a estrada. De volta à charrete, continuaram a jornada.

Enquanto prosseguiam, a moradora da cidade observou, pela fraca luz das estrelas, que sua companheira, em vez de olhar para o chão, olhava para cima.

- Por que você está olhando para cima, sendo que a estrada está aqui embaixo?

- Porque só assim posso saber para onde vai o caminho - explicou a prima. - As árvores foram cortadas para dar lugar à estrada. Numa noite como esta, é impossível ver o caminho, mas olhando para cima eu posso saber para onde vamos ao enxergar o céu pela clareira das árvores.

Assim acontece também na estrada da vida. Enquanto prosseguimos, há ocasiões em que as provas e perplexidades nos cercam, tornando a escuridão tão densa e impenetrável como a de uma floresta em noite sem luar. É nessas ocasiões que muitos se perdem, mas isso não precisa acontecer!

Quando ao nosso redor tudo é sombrio e ameaçador, não nos esqueçamos de que lá em cima existe luz. Consolemo-nos com o fato de que para Deus "as trevas e a luz são a mesma coisa". Sal. 139:12. Ele vê quando nós não conseguimos enxergar nada. Mesmo quando brilha o sol e tudo parece claro e iluminado, é sempre sensato olhar para o Céu, de onde Deus governa, pois nenhuma estrada é segura se não for Ele o nosso guia.

Você Está Seguro nas Mãos de Deus
Quanto a mim confio em Ti, Senhor. Eu disse: Tu és o meu Deus. Nas Tuas mãos estão os meus dias. Sal. 31:14 e 15.

No Museu Metropolitano de Arte, na cidade de Nova Iorque, está uma das famosas obras-primas do escultor francês Auguste Rodin. Ao nos aproximarmos dela, parece apenas um grande bloco bruto de mármore branco. Mas ao chegarmos bem perto, parece emergir da pedra uma grande, bela e bem cinzelada mão. Tem-se a impressão de que aquela mão brota de dentro do mármore - uma impressão característica que Rodin gostava de dar a algumas de suas obras.
Se nos aproximarmos ainda mais, veremos que a mão está segurando duas figuras humanas, os corpos ainda em formação de um homem e de uma mulher. Se examinarmos com atenção, veremos na base da obra uma inscrição que diz: "A Mão de Deus." Quando vi essas palavras, elas me fizeram recordar o texto do Antigo Testamento que diz: "Olhai para a rocha de que fostes cortados, e para a caverna do poço de que fostes cavados." Isa. 51:1.

No Salmo 74:11, Asafe dirige-se a Deus com a queixa: "Por que retrais a Tua mão, sim, a Tua destra?" - como se até àquele momento Deus o tivesse protegido, mas agora, por alguma inexplicável razão, tenha "puxado o tapete" sob seus pés. É como se Asafe, quase irreverentemente, estivesse dizendo: "Vamos, Senhor. Não me deixe passar por isso. Faça alguma coisa!"

Todos nós, provavelmente, já nos sentimos assim em alguma ocasião. A urgência do momento parece exigir que Deus faça algo no mesmo instante. Precisamos lembrar-nos de olhar para aquilo que é eterno, além do temporal (ver II Cor. 4:18), sem esquecer que nada nos pode separar do amor de Deus (ver Rom. 8:39).

Todo ser humano deve a sua existência e felicidade a um amorável Criador, um fiel Pai celeste que segura a todos na palma de Sua mão. Quando as provações e dificuldades nos oprimem, temos a tendência de perder de vista esse fato. Assim como no caso da "Mão de Deus" de Rodin, não podemos discernir claramente a Sua presença, a certa distância, apesar de que Ele "não está longe de cada um de nós". Atos 17:27.


Alegria por Ocasião da Colheita 

Quem sai andando e chorando enquanto semeia, voltará com júbilo, trazendo os seus feixes. Sal. 126:6.

Thomas Johannes Bach, estudante de Engenharia, caminhava por uma rua de Copenhague certo dia, quando um juvenil se aproximou dele com um folheto na mão.

- Aceita este folhetinho? - perguntou o menino. - Ele tem uma mensagem para o senhor.

Olhando para o folheto, Thomas viu que era religioso. Não estava interessado e não gostou de ter sido parado na rua por causa de um folheto.

- Por que você incomoda as pessoas com a sua religião? - quis saber ele. - Sou perfeitamente capaz de tomar conta de mim mesmo.
Como o rapazinho continuasse com a mão estendida, Thomas pegou o folheto de modo grosseiro, rasgou-o e colocou-o no bolso. O garoto virou-se e foi embora muito triste. Mas Thomas não conseguiu tirar os olhos do menino.

Dirigindo-se ao vão de uma porta, o juvenil curvou a cabeça e orou silenciosamente. Thomas observava e percebeu que lágrimas corriam pela face do menino. O coração de Thomas foi tocado. Ali estava alguém que se importara tanto com sua alma, a ponto de oferecer-lhe um folheto, e ele o havia rejeitado. A partir daquele momento, a vida de Thomas tomou um rumo diferente. Em vez de tornar-se engenheiro, tornou-se missionário na América do Sul.

Alguns, lendo acerca do método que o juvenil usou para testemunhar, podem acusá-lo de "impor" sua religião aos outros
- e talvez ele o estivesse fazendo. Alguns podem concluir que as lágrimas dele provinham de sentimentos feridos, e não de preocupação pela alma de Thomas - e podem estar certos! Mas outros ainda podem ver nas lágrimas do rapazinho um interesse genuíno pelas almas, como se estivesse clamando: "Passou a sega, findou o verão, e nós não estamos salvos" (Jer. 8:20) - e talvez estejam certos! Por que não dar ao garoto o benefício da dúvida?

Testemunhar por Cristo deve ser feito de modo cativante e inofensivo; as lágrimas derramadas devem provir de preocupação pelas almas e não de sentimentos feridos. Mas quem pode contestar o fato de que o Espírito Santo usou o testemunho do menino para ganhar uma alma para Cristo? Estamos nós fazendo a mesma coisa por Ele?

Não posso deixar de crer que no grande dia da colheita, no fim do mundo (ver S. Mat. 13:39), aquele rapazinho virá com regozijo, trazendo seu "feixe" de almas!







Sustentando a Causa de Deus 

Quando Moisés levantava a mão, Israel prevalecia; quando, porém, ele abaixava a mão, prevalecia Amaleque. Ora as mãos de Moisés eram pesadas, ... Arão e Hur sustentavam-lhe as mãos, um dum lado e o outro do outro: assim lhe ficaram as mãos firmes até ao pôr-do-sol. E Josué desbaratou a Amaleque. Êxo. 17:11-13.

A batalha que esses versos descrevem foi travada há mais de 3.400 anos, em Refidim, um vale rochoso na península do Sinai. Visitei Refidim em 1959, com um grupo que viajava pelas terras bíblicas. Alguns do grupo subiram até o topo de um monte que dominava a região. Pediram-me que me assentasse sobre uma pedra, assim como Moisés fez, enquanto dois do grupo me seguravam as mãos para que outros tirassem uma fotografia.

Geralmente é verdade que, para o sucesso de um empreendimento, deve haver apoio por parte daqueles que não desempenham um papel "heróico". Sem essa sustentação, muitos empreendimentos fracassam.

Um exemplo desse fracasso ocorreu alguns anos atrás, ao largo da costa da Nova Escócia. Uma embarcação havia sido atingida por terrível tormenta e feita em pedaços, com lamentável perda de vidas.

Um único sobrevivente, agarrado a destroços do naufrágio, podia ser visto pelas pessoas ansiosas que se haviam reunido na praia.

Um rapaz, conhecido como grande nadador, amarrou a extremidade de uma corda em torno de sua cintura e instruiu as pessoas a segurarem a outra ponta, enquanto ele nadava para resgatar o sobrevivente. Lutou contra as ondas até alcançar o homem em perigo e, depois de segurá-lo, fez sinal para que as pessoas na praia os puxassem.

Justamente naquele momento, as pessoas levantaram as mãos com um brado de triunfo e - por um instante apenas - soltaram a corda! Antes que pudessem agarrá-la novamente, a corda foi levada pelo mar e tanto o resgatador como o sobrevivente pereceram! Por um momento apenas os auxiliares do resgatador se esqueceram da importância vital de seu papel "sem charme".

Observe que, em nosso texto, Israel vencia quando as mãos de Moisés eram levantadas, e a vantagem passava para Amaleque quando ele as baixava. Essa foi uma parábola encenada, mediante a qual Deus quis ensinar a Israel - e também a nós - a verdade de que, embora nossa função não pareça atraente, os líderes da causa de Deus, bem como a "tropa de combate", necessitam de nosso apoio para levar a obra avante.


Bênçãos Disfarçadas 

Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim; porém Deus o tornou em bem, para fazer, como vedes agora, que se conserve muita gente em vida. Gên. 50:20.


Nosso verso refere-se à experiência de José. Quando foi vendido como escravo, os seus irmãos tiveram a certeza de que os sonhos proféticos dele jamais se cumpririam. Mas deixaram de considerar o fato de que Deus pode tomar uma situação má e convertê-la em algo bom. Ele fez isso por Seus filhos fiéis inúmeras vezes.

Wallace Johnson estava com 40 anos de idade em 1939. Achava que tinha estabilidade em seu emprego na serraria. Então um dia o seu patrão o chamou e disse-lhe que estava despedido. Isso não podia ter acontecido numa época pior. Os Estados Unidos da América estavam justamente saindo da grande depressão financeira da década de 30, e Johnson tinha esposa e filhos para manter. Como, perguntava-se ele, poderia a família sobreviver financeiramente agora?

Johnson saiu da serraria com a sensação de que seu pequeno mundo desabara. A caminho de casa, entretanto, orou por orientação divina. Quando entrou em sua casa e contou à esposa o que havia acontecido, o seu estado de ânimo já era melhor.
- O que é que você vai fazer agora? - quis saber a esposa.
- Vou hipotecar a casa e entrar no negócio de construções - anunciou ele.

Sua primeira tentativa foi a construção de duas pequenas estruturas. Dentro de cinco anos, a família Johnson estava multimilionária. Wallace foi o fundador da rede de hotéis Holiday Inn e ficou conhecido como o "albergueiro da América". Mais tarde ele declarou: "Se eu pudesse encontrar o homem que me despediu do emprego, eu teria de agradecer-lhe. Quando fiquei desempregado, não pude ver a mão de Deus naquela circunstância, mas posteriormente vim a entender que Ele o permitira para que eu pudesse contribuir financeiramente para a manutenção de Sua obra na Terra, enquanto ao mesmo tempo me dava condições de oferecer emprego a mais de 100.000 pessoas."

Depois de Muitos Dias
Lança o teu pão sobre as águas, porque depois de muitos dias o acharás. Ecle. 11:1.

Em 1568, quando a rainha Maria da Escócia fugiu para a Inglaterra, levou consigo um colar de raras pérolas negras. Dezenove anos mais tarde, quando foi executada, o ornamento desapareceu. O governo britânico ordenou uma busca, mas o colar jamais foi encontrado. Depois de muito tempo e considerável esforço, teve de ser suspensa a busca, mas o caso não foi esquecido.

Mais de 350 anos depois, duas mulheres americanas, viajando pela Grã-Bretanha, entraram numa velha loja de presentes à procura de uma lembrancinha para levar para casa. O encarregado da loja mostrou-lhes um colar de contas pretas encardidas, que ele ofereceu por um xelim (vigésima parte da libra). As senhoras o adquiriram e o levaram a um joalheiro, para que limpasse as continhas.

Vários dias mais tarde, quando as mulheres passaram por lá para retirar o "souvenir", um representante do governo britânico informou-lhes que as contas constituíam o colar da Rainha Maria, perdido fazia tanto tempo. Para reavê-lo, o governo pagou às senhoras a quantia de cinco mil libras esterlinas.





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