terça-feira, 31 de agosto de 2010

CRÔNICAS DO PRIMO BERECI DA ROCHA MACEDO

sexta-feira, 14 de maio de 2010

FAMÍLIA, ABANDONO, DROGA

O consumo de droga provoca a desagregação familiar ou é esta que provoca o consumo daquela? O prato está na mesa, mas é preciso muita coragem para que cada um assuma suas responsabilidades em uma análise muito profunda dos males, que assolam a sociedade de um modo geral.

Acredito piamente que um homem da minha idade (63) e que tem um espaço num periódico nada mais é do que um covarde quando não apresenta as suas idéias e suas respectivas conclusões a respeito das diversas situações com as quais hoje se defronta a pessoa humana. Há muitos anos, e quem me lê sabe disso, chamo a atenção para o desordenamento jurídico do país e o desmantelamento familiar.

Reafirmo meu ponto de vista: Penso que é a desagregação da família a causadora do aumento assustador do consumo de todos os tipos de droga devido à falta de convivência e de integração entre os seus próprios membros. Os pais modernos mais pensam na realização material dos filhos do que na formação moral e intelectual dos mesmos. Constato que o jovem de hoje é violento e rebelde devido à falta de assistência permanente e adequada desde o nascimento até a adolescência dando-lhes a sensação de vazio e abandono.

Aqueles que vendem a falsa idéia de que uma babá ou uma creche substitui a proteção de uma mãe escondem sua omissão sob tal afirmativa. São mais prejudiciais ainda quando invadem todos os lares através desse instrumento da discórdia e do avacalhamento de nobres sentimentos que se chama televisão para dizer que a grande responsável pelos nossos males é a pobreza ou a miséria.

E por que o jovem da classe A é violento? E por que o jovem da classe A se droga? E por que existem as gangues de jovens abastados? E por que pessoas com formação acadêmica e alta renda mensal formam quadrilhas? Por que a mulher, outrora tão prendada, hoje participa em igualdade com o homem de crimes de toda sorte? Por que as ruas de hoje estão infestadas de um maior número de mulheres fumantes do que homens? Tirem suas próprias conclusões, mas não se deixem enganar por quem tem lucro com falsas campanhas que mais promovem do que combatem a prática dos ilícitos.

O proletariado não é cem por cento ruim, porém a burguesia não é cem por cento boa.

O objetivo deste espaço é contribuir com a evolução de todos. Deus queira que esteja errado, mas aposto tudo nas minhas vivências e observações. Lembrem-se de que todo aquele que só diz o que queremos ouvir é o mesmo que leva com rapidez tudo aquilo que demoramos construir ou adquirir.

Será modernidade a mocinha parir com 12/13 anos para os avós cuidarem dos netos? Será modernidade a mocinha com 18/20 anos ter 2/3 filhos com homens diferentes? Será modernidade irmãos não se conhecerem? Será que eles terão noção do que é família?

Precisamos urgentemente recuperar a família como base de toda e qualquer coletividade. Onde estão as rádios? Onde estão os bons debates? Por favor, se ninguém tem a coragem de debater assuntos de tamanha relevância que me proporcionem o veículo de comunicação porque estou pronto para todo e qualquer debate, mesmo só, desde que sirva para a reversão do quadro negativo atual e desde que o grande público seja o maior beneficiado.

Estou pronto, nada me assusta, venha quem vier e venham de onde vierem desde vereadores, prefeitos, deputados, senadores, governadores até a autoridade maior do país.

Precisamos discutir os novos rumos da família, é inadiável e exige a participação de todos.

Até enquanto a censura não me cortar, novamente.

Postado por Bereci Macedo às 05:24 0 comentários



sexta-feira, 30 de abril de 2010

AOS QUE ME SÃO SOLIDÁRIOS

Não existo, mas preocupo. Assim como o descrente em Deus quando roga aos céus em busca de ajuda reconhece a existência daquele, também certos vereadores reconhecem o meu trabalho em prol da informação da comunidade quando dedicaram boa parte da sessão da câmara do dia 26 do corrente em minha homenagem ou se manifestaram através de jornal. Exerceram seus direitos.

Ora, o que está em discussão é a atuação dos senhores vereadores e não a vida particular do articulista por demais conhecida da sociedade sãogabrielense, eis que aqui nasceu e aqui construiu seu nome através de uma vida de trabalho alicerçada na ética e nos princípios que devem nortear a existência de qualquer cidadão.

Bereci da Rocha Macedo é sinônimo de honradez, de grandeza, de eficiência no que faz, de credibilidade, de trabalho, de respeito, de exercício de seus direitos e de cumprimento de suas obrigações. Qualquer ambiente, por mais poluído que possa ser, se purifica com a pronúncia desse nome ainda que quem o pronuncie seja dotado de inteligência varzeana, pois não se discute aquilo que não existe. Ora, se fui debatido na sessão da colenda é porque preocupo; se preocupo é porque minha opinião faz eco na coletividade.

De outro lado é imperioso esclarecer que quem primeiro se manifestou sobre o tal processo relativo às contas de um ex-prefeito foi o presidente atual do legislativo e não pode o mesmo atribuir qualquer responsabilidade ao articulista que não exerce nenhuma ingerência no funcionamento da casa legislativa. Talvez tenha sido mal interpretado pela sua dificuldade de expressão.

Os amigos, admiradores e leitores podem ficar tranqüilos porque não existe nada de comprometedor na vida pregressa que desabone minha conduta. Quanto a ter ou não votos estou careca de saber que não os tenho e as causas disso escrevo exaustivamente há bastante tempo. Na história do Brasil consta que foram nomeados senadores, os chamados biônicos, para que com o seu talento e sua sabedoria remediassem a incapacidade dos eleitos. Portanto...

Necessário se torna dizer que o articulista não participou da elaboração, da discussão e da aprovação da desastrada LC 006/2009 e muito menos da Lei número 3.120, de 30.09.2008, cujo parágrafo único do artigo 2º e o artigo 3º foram declarados inconstitucionais. O parágrafo e o artigo citados são os que autorizavam o pagamento da verba de representação ao presidente da casa (40%) da remuneração mensal e mais duas vezes por ano a cada vereador o equivalente ao subsídio mensal de R$ 4.625,00.

Resta-me agradecer toda a sorte de solidariedade recebida dos que ouviram a tal sessão ou dela participaram desde alguns vereadores que fazem parte da casa até o cidadão mais modesto, pois moradores da aldeia há bastante tempo eles sabem quem tem razão.

O mandato da minha consciência é muito mais forte do que os mandatos adquiridos através dos votos. E ninguém me impedirá de exercê-lo ainda que pague um preço muito caro.

Repito: A vida privada de qualquer indivíduo não me interessa, todavia a vida pública, por ser sustentada com recursos do próprio povo, me interessa e muito. Lamento que pessoas não saibam separar suas individualidades dos cargos que ocupam causando transtornos que poderiam ser evitados.

Os sábios nasceram para entender e não para serem entendidos...

O que a sociedade precisa saber senhores vereadores, é se vão ou não devolver o que receberam indevidamente, prestem atenção, se é que receberam.

Até enquanto a censura não me cortar, novamente.

Postado por Bereci Macedo às 06:00 0 comentários

terça-feira, 27 de abril de 2010

O DIREITO DE DIVERGIR

Assim como os meus leitores têm o direito de divergir do pensamento que escrevo tenho o mesmo direito em relação a certas atitudes tomadas por certos homens públicos. A unanimidade não é fácil de ser alcançada e não serei eu, simples mortal, que terei essa pretensão.

Em um primeiro momento poderia se comparar o eleitor com o leitor; O primeiro vota em um candidato que se identifica com ele, com seu perfil, com sua personalidade e deste modo lhe outorga uma procuração. Já o segundo, o leitor, aplaude o articulista que escreve o que ele sente ou o que ele gostaria de escrever e só não o faz, muitas vezes, por que não tem o espaço privilegiado que aquele possui.

Não há, em nenhum momento, de minha parte a intenção de obter aplausos generalizados até porque procuro demonstrar, através do espaço que tenho hoje no Jornal Correio Gabrielense e que já tive em outros periódicos, as razões do Brasil ser um país extremamente desorganizado. Uma das principais é a desorganização do brasileiro, este é mais do que desorganizado é anárquico.

As pessoas que de uma maneira ou de outra se comportam mal dentro da sociedade da qual fazem parte, ainda que queiram parecer corretas, jamais vão concordar com o que escrevo, pois na ânsia de mostrar como é fácil consertar o que está errado acabo atingindo os enganadores e aproveitadores.

Sou um cidadão de rígidos princípios e bons propósitos e não silencio quando percebo que o comportamento dos nossos homens públicos, com raras exceções, é um quando almejam determinado cargo, elegível ou não, e outro completamente diferente depois de conquistá-lo.

Durante a campanha eleitoral optei por apoiar o atual grupo que está à frente da administração do município e por essa razão entendo que tenho o direito de criticar tudo aquilo que entendo de errado que o mesmo está fazendo. A preocupação da crítica é mostrar rumos melhores e soluções mais rápidas para os problemas que afligem a população. Optei por esse grupo porque ele era, em minha opinião, a única alternativa válida naquele pleito já que o meu próprio partido boicotou minha pretensão de ser a melhor opção. Não avalizei a atual administração para ser repeteco da anterior ou pior, mas sim para ser melhor. Talvez, por assim pensar e me manifestar que em determinados momentos pessoas do meu relacionamento se magoem comigo. Nesse momento essas pessoas demonstram todo o seu despreparo porque querem encarnar na sua individualidade o cargo que, temporariamente ocupam. A vida particular dos indivíduos não me diz respeito, mas quando esse mesmo indivíduo exerce uma função pública e com suas atitudes prejudica a maioria protegendo interesses da minoria ele está sujeito à crítica feroz de qualquer cidadão que olha para muito além dos seus mesquinhos interesses.

A obrigação de prestar contas é deles. Que fique bem claro que eles estão em determinadas funções é por que querem e muitos se delas se afastassem não deixariam saudades.

### Tínhamos 19 vereadores. Hoje temos dez e nem o nome de alguns se sabe. Ninguém sentiu a falta dos nove. Para os que não enxergaram a finalidade da emenda Pompeu de Mattos aumentando o número de vereadores creio que agora ficou claro. A intenção era arrumar mais cabos eleitorais sustentados com o dinheiro público. Menos mal que o Tribunal não permitiu tamanha desfaçatez.

Até enquanto a censura não me cortar, novamente.

Postado por Bereci Macedo às 14:21 0 comentários

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

SUPERPROTEÇÃO

A superproteção deve ser o maior pecado praticado contra o ser humano. Não interessa a idade. Ela torna a pessoa egoísta, mimada e, por incrível que pareça, violenta. Ao elaborarem o Estatuto da Criança e do Adolescente nossos legisladores pensando no bem dos mesmos causaram-lhes um grande mal. O melhor estatuto não é o superprotetor, mas sim aquele que dá proteção mediante o princípio da responsabilidade. Não é a lei que educa o menor ou a criança, mas sim o amor e o respeito que recebe transformando-o em um bom adulto.

Ao tomar conhecimento dos seus exagerados direitos o adolescente entende que já é adulto e pratica atos contra a vida, contra os bons costumes, contra a família justamente por estar ao alcance de uma lei que mais o protege do que pune. O que via de regra acontece é a violência da proteção demasiada se voltar contra o protegido fazendo a sociedade assistir, estarrecida, menores matando e menores sendo cruelmente assassinados. O caminho, definitivamente, não é esse.

As autoridades competentes ainda não avaliaram no seu devido grau a precocidade do nosso jovem de hoje resultando da falta de uma apreciação mais profunda instrumentos legais inadequados e vencidos para disciplinar o comportamento social da criança e do adolescente.

Penso que o homem não deve ser julgado pela idade, mas pela sua capacidade intelectual e psíquica. Todos, jovens e velhos, devem responder pelos atos praticados porquanto tiveram lucidez e vontade quando os praticaram, excluindo-se, é lógico, o ato acidental nos quais não há a vontade do autor em praticá-lo.

A marginalidade se faz sentir em todas as camadas sociais, indicativo de que o problema não é conseqüência da miséria como afirmam certos estudiosos da matéria. Os jovens são culpados? Acredito que não. São mais vítimas do que réus.

A culpa maior é da família moderna totalmente desagregada salvo honrosa exceção. Não há diálogo, não há respeito e a convivência familiar foi substituída pelas produções televisivas de péssima qualidade e pelo afastamento simultâneo de mães e pais da formação moral dos filhos.

O culto ao corpo enche as academias, mas de que vale um corpo perfeito guiado por uma cabeça vazia?

Pensem bem, pois todos devem se empenhar na busca de uma solução que amenize tal problema.

Até enquanto a censura não me cortar, novamente.

Postado por Bereci Macedo às 03:50 0 comentários

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