domingo, 1 de agosto de 2010

A EDUCAÇÃO DA AMIZADE



A EDUCAÇÃO DA AMIZADE



Descrição operativa (como funciona)










“Chega a considerar algumas pessoas que já conhece previamente por interesses comuns de tipo profissional ou de tempo livre, diversos contatos periódicos pessoais devido a uma simpatia mútua, interessando-se, ambos, pela pessoa do outro e por sua melhora”.






A MANEIRA PESSOAL DE VIVER A AMIZADE










1. Trato às pessoas em situações de relação social ou de trabalho, pensado que alguma delas pode chegar a ser um amigo.










(A amizade supõe selecionar entre conhecidos. Se conhecemos poucas pessoas, menos possibilidades haverá para selecionar. Mas também tenho que ser consciente da possibilidade de adquirir novos amigos nessas situações).






2. Sei que para poder encontrar amigos, deve haver uma certa semelhança em nossas condições, uma certa homogeneidade e alguns interesses em comum.






(Sempre é possível estabelecer uma relação de amizade com uma pessoa muito diferente, mas tem que haver algum interesse em comum).






3. Nas relações de amizade, me preocupo pelo bem do outro, não apenas pelo objeto de interesse comum.










(Se unicamente nos interessa a outra pessoa como colega em alguma atividade de interesse comum, mas não nos interessa como pessoa, não seria correto falar de amizade. Seríamos nada mais que colegas de atividade).






4. Com as pessoas que escolhi, e que me escolheram como amigos, asseguro um número de contatos periódicos. Busco o tempo necessário para dedicar-me a meus amigos.










(A amizade é recíproca. Eu não posso nomear a outro “amigo” se o outro não quer aceitar-me como amigo. Por outra parte, a amizade supõe ter contatos com certa freqüência: ver-se, ligar-se, escrever-se, pensar no outro, rezar por ele).






5. Entendo que a qualidade da amizade aumentará de acordo com o grau em que chegue a haver maior intercâmbio de questões íntimas e exista uma maior preocupação pelo bem do outro.










(Se não existe um certo intercâmbio de questões íntimas, a ajuda mútua na relação não será possível. Tampouco se trata de abusar da entrega da intimidade, tratando temas que são mais próprios de outros tipos de relações).






6. Sou consciente de que devo cuidar dos limites da amizade com pessoas do outro sexo.










(A amizade natural leva às pessoas a compartilhar sua intimidade. Como existe a possibilidade de uma entrega íntima corporal entre homens e mulheres, convém tratar as relações de amizade com pessoas do outro sexo com prudência).






7. Estabeleço relações paterno-filiais com meus filhos, sabendo que podem surgir condições para uma maior amizade com algum deles.










(É lógico que existam maior número de interesses em comum com algum filho ou afinidade de caracteres. A relação paterno-filial é superior à relação de amizade).






8. Reconheço que, para ser bom amigo e para que um amigo meu cumpra bem como tal, devemos estar lutando para superar-nos em um conjunto de virtudes humanas.










(Por exemplo: a lealdade, a compreensão, a generosidade, o pudor, a sinceridade).






9. Tento dedicar a atenção necessária aos amigos que tenho pessoalmente, e se sou casado, também tento buscar maneiras de ter casais amigos com os quais podemos relacionar-nos à vontade.










(Não é fácil, já que com certa freqüência, os cônjuges dos amigos do cônjuge não chegam a ser amigos próprios. Entretanto, vale a pena esforçar-se para que se possa crescer juntos como casal).






10. Dou um bom exemplo no que se refere a preocupar-me por meus amigos em casa.










(Visito aos amigos que estão doentes, não falo mal deles diante dos outros membros da família, faço esforços para atender-lhes, lhes cumprimento em seus aniversários, lhes convido para vir em casa, lhes escrevo quando estou de férias).










A EDUCAÇÃO DA AMIZADE














11. Ensino às crianças pequenas a estar com os demais, a brincar com eles e a compartilhar seus interesses.










(Nestas idades precoces, não existe a amizade autêntica. Trata-se de criar situações para que se acostumem a relacionar-se com outras crianças. Mais adiante é quando começam a escolher seus amigos).






12. Em torno dos oito anos tento conseguir que as crianças comecem a brincar em equipes, comprometendo-se com eles ou a realizar atividades em grupo.










(Ainda não é a idade de escolher amigos íntimos, apesar de ser importante que aprendam a comprometer-se com um grupo ou com uma equipe, reconhecendo seu próprio papel no grupo e como os demais estão contribuindo com ele).






13. Tento criar situações para que os filhos/alunos possam relacionar-se com outros que compartilhem o mesmo tipo de valores familiares.










(Se as crianças têm esta oportunidade desde cedo, é provável que destes conhecidos, destes colegas, surjam seus amigos no futuro).






14. Tento conseguir que os filhos/alunos vão descobrindo um conjunto de virtudes humanas que possam favorecer suas possibilidades de ser bons amigos.










(Não se pode ser bom amigo sem ser virtuoso. Algumas pessoas não se dão conta disto, e se contentam com pouco, desejando unicamente que os filhos/alunos compartilhem algum tipo de interesse comum).






15. Ao chegar à adolescência lhes explico o que é a amizade e como vivê-la.










(Nunca devemos esquecer-nos da importância do processo de raciocínio. Como o tema da amizade costuma ter uma carga muito afetiva, é de especial interesse esclarecer as idéias a tempo).






16. Tento cuidar dos próprios amigos, não apenas porque sei que todos necessitamos de amigos, mas também porque será melhor que os filhos de meus amigos sejam amigos de meus filhos.










(Este tipo de atenção é o melhor remédio preventivo contra as más influências).






17. Aceito que os adolescentes vão dedicar muito tempo a seus amigos e que isto é natural e necessário.










(Haverá que exigir aos adolescentes para que continuem atendendo a sua família mas sem incomodá-los).






18. Tento introduzir aos jovens em diferentes grupos com o fim de que tenham a possibilidade de escolher amigos.










(Por exemplo: atividades paroquiais, um clube de jovens, uma associação esportiva).






19. Abrimos a casa para que nossos filhos possam convidar a seus conhecidos e amigos.










(Tampouco se trata de deixar entrar qualquer jovem, independentemente de seus critérios ou maneira habitual de ser. Um critério operativo pode ser o de dizer aos filhos que não convidem a nenhum “amigo” que não estariam dispostos a aceitar como marido de alguma de suas irmãs ou vice-versa).






20. Explico aos jovens quais são os limites de uma relação com uma pessoa do outro sexo.














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