segunda-feira, 2 de agosto de 2010

OTIMISMO

OTIMISMO Descrição operativa (como funciona) "Confia razoavelmente em suas próprias possibilidades, e na ajuda que lhe podem prestar os demais, e confia nas possibilidades dos demais, de tal modo que, em qualquer situação, distingue, em primeiro lugar, o que é positivo em si e as possibilidades de melhora que existem e, a seguir, as dificuldades que se opõem a essa melhora, e os obstáculos, aproveitando o que se pode e enfrentando os demais com esportividade e alegria". A MANEIRA PESSOAL DE VIVER O OTIMISMO 1. Confio razoavelmente em minhas próprias capacidades, qualidades e possibilidades de tal maneira que aproveito muitas delas. (O otimismo se baseia na confiança. A pessoa desconfiada, em qualquer sentido da palavra, tende a não aproveitar suas possibilidades. Não vê mais que as limitações). 2. Confio razoavelmente nos demais. Habitualmente descubro o que há neles de positivo. (É possível ser otimista com respeito a si próprio mas não com respeito aos demais. Sempre se pode descobrir algo positivo nas pessoas com as quais nos relacionamos). 3. Confio em Deus de tal maneira que, mesmo que não entenda o sentido de algum acontecimento a nível humano, habitualmente compreendo que tudo é para o bem. (Surgem na vida da maioria das pessoas situações em que não seria razoável continuar sendo otimista a nível humano. Por exemplo, ao morrer uma criança, uma doença grave, uma desgraça econômica. Unicamente a fé sobrenatural permite descobrir algo bom nelas). 4. Em situações difíceis, faço um esforço para buscar soluções positivas, tentando superar a tendência de queixar-me. (É fácil ser otimista em situações positivas. Em troca, quando as coisas vão mal é possível que passemos queixar-nos e lamentar-nos ou a acusar a outros de serem os responsáveis pela situação). 5. Em qualquer situação busco o positivo em primeiro lugar. (Não se trata de falsificar a realidade, mas sim de saber buscar o positivo em primeiro lugar. É um hábito que se pode desenvolver). 6. Sou realista e habitualmente sei enfrentar-me com as dificuldades esportivamente. (Mesmo que tentemos descobrir o positivo, objetivamente pode haver muitos problemas. O otimismo leva à pessoa a enfrentar-se com eles esportivamente). 7. Distingo entre o que é aproveitável e o que não o é, e assim chego a otimizar o primeiro. (O falso otimismo ou um excesso de otimismo levaria à pessoa a tentar aproveitar o que não se pode, a simular, a enganar-se ou a enganar aos demais). 8. Em geral, consigo enfrentar-me com a vida com um positivo sentido do humor. (O bom humor permite assumir a responsabilidade da própria vida sem sentir-se abatido ou desgraçado). 9. Entendo que se trata de ser otimista com o fim de aproveitar todos os talentos que Deus me deu, com o fim de contagiar a alegria de viver aos demais e com o fim de viver como um autêntico filho de Deus. (É possível que se tente ser otimista simplesmente para não sofrer, para sentir-se mais à vontade ou por comodidade). 10. Me encontro habitualmente com paz interior, que ajuda a superar o desalento. (Esta paz interior não é algo que se possa desenvolver como virtude. É, na verdade, um indicador para saber se está vivendo habitualmente a virtude do otimismo). A EDUCAÇÃO DO OTIMISMO 11. Crio as situações adequadas para que os meninos/as possam viver suas vidas com alegria. (Se existe um ambiente de alegria é mais provável que os jovens descubram o positivo ao seu redor). 12. Centro minha atenção nos aspectos e condutas positivos dos filhos/alunos de tal maneira que ganham confiança em suas possibilidades. (É relativamente freqüente encontrar educadores que insistem constantemente no "melhorável" dos educandos, no que fazem mal. Esta atitude não motiva, não ajuda aos jovens a ser otimistas). 13. Ajudo aos jovens a conhecer-se, a ser realistas com respeito a suas próprias qualidades e capacidades, com o fim de aproveitá-las ao máximo. (Os meninos/as necessitam de ajuda para autoconhecer-se. Podem infravalorizar-se ou supervalorizar-se. Trata-se de ser realista). 14. Aproveito ou crio situações para que os meninos/as possam começar a andar sozinhos sem ajudar-lhes desnecessariamente. (Uma ajuda desnecessária é uma limitação para a pessoa que a recebe. Se os educadores ajudam muito, o otimismo dos jovens pode ser falso, já que depende exclusivamente da ajuda que recebem dos demais). 15. Mostro minha confiança e meu amor aos filhos/alunos de tal maneira que tenham a segurança necessária para assumir a responsabilidade de suas próprias vidas. (Não basta querer ou confiar. É necessário manifestá-lo. Unicamente assim muitos meninos/as se lançarão a realizar ações boas, aproveitando seus talentos ao máximo). 16. Quando acontecem coisas que são objetivamente negativas, por exemplo uma doença, a falta de lealdade de um amigo, uma reprovação em um exame, ajudo ao filho/aluno a adotar uma atitude positiva com o fim de tirar algo positivo dessas situações. (Não é necessário criar situações deste tipo. Logo surgirão. Entretanto, se algum jovem não parece fracassar nunca, ou não ter dificuldades especiais nunca, pode ser bom criar uma situação problemática com o fim de que aprenda a superar dificuldades e a fracassar. Certamente vai encontrar dificuldades em algum momento de sua vida e melhor será que aprenda a superá-las quando ainda é jovem). 17. Falo com os jovens com o fim de que descubram o que significa confiar em Deus. (Normalmente não se trata de grandes conversações, mas de preferência de pequenas chamadas de atenção, informações breves que ajudam a pensar). 18. Tento criar situações para que aqueles meninos/as que costumam fracassar tenham a oportunidade de ter êxito. (Assim pode crescer a confiança em si próprios. Se acostumam-se a fracassar em quase tudo, jamais serão otimistas, nem aproveitarão as capacidades e qualidades que possuem). 19. Promovo ações ou situações em que os meninos/as são autenticamente importantes. (Não se trata de que os jovens "se sintam" importantes, mas que sejam importantes. Enquanto se responsabilizem por tarefas de serviço aos demais, de cumprir com encargos relevantes etc. encontrarão a satisfação do trabalho bem feito e, com isso, crescerá seu otimismo). 20. Ensino aos meninos/as a pedir a ajuda necessária para realizar seus projetos. (Os jovens necessitam saber quando convém pedir ajuda a seus pais, a seus professores ou a seus companheiros. Também têm que acostumar-se a pedir ajuda a Deus sabendo que assim tudo será para seu bem).

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