quinta-feira, 26 de agosto de 2010

ESPIRITUALIDADE DOS NOVOS TEMPOS



Não faz muito tempo, o único conceito que se tinha a respeito de espiritualidade era o conceito religioso. A espiritualidade estava ligada exclusivamente a pratica de alguma religião, seja qual fosse.
O número de religiões e vertentes foram aumentando com o passar do tempo, possibilitando que cada um pudesse escolher livremente, qual filosofia se encaixaria melhor dentro de suas expectativas e sentimentos.
 Até que começou a surgir o que se chamou de – O homem da Nova Era.
Esse homem era chamado de místico, pois mesmo não estando ligado necessariamente a alguma religião, trazia em si ainda, a necessidade de certos rituais, talvez por herança da antiga formação religiosa de infância.
O homem da Nova Era surgiu na virada dos anos 60/70, guiava-se pela astrologia, vivia a liberdade da Era de Aquário, pregava a liberdade filosófica, vestia-se com roupas indianas, acendia incensos, acreditava em fadas e praticava yoga.
Esse homem não conseguia mais se contentar com as explicações e dogmas religiosos e suas divindades passaram a se chamar: Natureza e energias.
Sua filosofia era a paz, o respeito a natureza e o amor a tudo e todos.
Porém esse homem percebeu que apesar de ter conseguido algo de muito positivo, não poderia sustentar na sociedade ocidental, as praticas, crenças e vestimentas de sua tribo e começou a mudar outra vez.
Tornou a vestir suas roupas ocidentais e a entrar na correria da vida cotidiana.
A razão, as atitudes e pensamentos puramente racionais e práticos ocuparam seu dia completamente, embora lá no fundo de sua mente, ouvisse de vez em quando uma música que cantava: Aquarius.....aquarius.....
Esse homem já não poderia voltar a se ligar a nenhum dogma religioso e também não mais se sentia à vontade em suas roupas indianas. A natureza continuou a ser seu ícone de paz, embora a deixasse apenas para os finais de semana. Mas ele já não acreditava em fadas e duendes, duvidava da bondade das pessoas e sua identidade espiritual ficou suspensa e magoada.
Mas esse homem não estava completo! Ele se sentia pressionado pela vida corrida mas ao mesmo tempo vazia que levava e volta e meia se perguntava: “Mas a vida é só isso?”
E a angústia crescia e a impossibilidade de crer aumentava, embora sua voz interior gritasse: “Me mostrem algo em que eu possa crer e que me sustente!”
Sua solidão foi aumentando a um ponto insustentável até que começou a ouvir algumas pessoas dizerem:
“Não pretenda dar seu poder e responsabilidade de sustentação ao externo!”
“Conheça a si mesmo e sustente sua própria energia e vida!”
“Não busque do lado de fora, algo que somente poderá ser encontrado em seu interior!”
“Encontre e realize a paz e o amor em seu interior, para só depois poder pretender estendê-la a seu mundo!”
“Aprenda a ler e a entender as lições e crescimento de cada evento em sua vida!”
“O que estiver se manifestando em sua vida é reflexo do que está manifestando em seu interior!”
“A vida está ruim? Então mude a si mesmo!”
E esse novo homem, começou a vislumbrar a nova espiritualidade!
Começou a entender que não pode jogar em nada externo, a responsabilidade de sustentar sua vida em harmonia, pois isso só depende dele!
Começou a ver as outras pessoas, como a si mesmo, lutando e tentando vencer suas próprias angustias através do autoconhecimento. Dispôs-se a aprender com cada relacionamento, a fazer auto-reflexões cada vez mais responsáveis e a olhar a vida com mais respeito e amor.
O novo homem conhece a lei de causa e efeito e percebe que tudo tem um motivo de aprendizado e crescimento em sua vida e passou a vivê-la com mais intensidade, com maior consciência de suas palavras, sentimentos e ações, pois percebeu que não é uma ilha isolada e que cada pensamento seu, irá refletir em emoções e atitudes positivas ou negativas em sua vida.
 O novo homem parou de colocar a culpa de seus infortúnios no externo e começou a trabalhar em seu mundo interior, para que seu mundo cotidiano se traduzisse em harmonia.
Foi uma longa jornada até a Nova Espiritualidade e essa jornada apenas começou!
Temos muito ainda a descobrir a nosso respeito e a respeito ao mundo mágico em que vivemos!
Mas estamos a caminho!



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