quinta-feira, 26 de agosto de 2010

RAIVA



A raiva pode ser um sentimento avassalador que destrói muitos relacionamentos.
Algumas pessoas conseguem lidar com a raiva mais positivamente, mas a grande maioria das pessoas, quando diante desse sentimento, não conseguem um bom autocontrole e explode!
Durval é o nome de um personagem que criei, na intenção de estudarmos esse sentimento tão difícil de lidar que é a raiva.
Durval é uma pessoa igual a tantas outras que lida com sua vida e seus sentimentos da melhor forma que pode e busca o que supõe necessitar para viver feliz. Procura agir dentro de seus mais altos princípios, mas em alguns momentos, mesmo não gostando de reagir desse modo, algo incontrolável ocorre em seus sentimentos e Durval perde a cabeça e ferve de raiva!
Algumas vezes, ele até consegue se controlar e evitar a explosão, mas isso acaba fazendo com que se sinta mal durante muito tempo, se cobrando que deveria ter feito isso ou aquilo, deveria ter dito isso ou aquilo. Durval passa, às vezes, dias seguidos remoendo os pensamentos, como que ensaiando como deverá agir na próxima vez em que aquele fato ocorrer. A tal próxima vez chega, e ele esquece todos os ensaios anteriores e repete o mesmo tipo de conduta emocional.
As explosões de Durval colocam em risco seus relacionamentos. Muitos amigos já se afastaram, pois não suportam viver ao lado de alguém que mais parece uma bomba relógio, pronta para explodir a qualquer momento. As explosões de Durval fazem com que todos se sintam muito constrangidos!
Na verdade, Durval não gosta de ser assim! Ele tem medo de que, em um dia desses, seu coração estoure, pois quando é acometido por um ataque de raiva, tem taquicardia, sua pressão sanguínea sobe e sua respiração fica ofegante. Porém antes que consiga raciocinar, já explodiu! Durante essas explosões, detesta que alguém menospreze sua raiva ou peça para que ele se acalme. Isso o irrita profundamente e até piora muito a situação. Mas depois, Durval sente muita vergonha de ter se comportado dessa forma. E às vezes não há sequer como tentar pedir desculpas e ser perdoado, devido à gravidade de suas atitudes. Durval quer mudar, mas não sabe como!
A primeira coisa que precisamos fazer, ao ficarmos frente a frente com algum sentimento incômodo seja ele qual for, é admiti-lo.
Dizer para nós mesmos o que estamos sentindo de verdade pode ser extremamente simples aparentemente. Mas seria real nossa avaliação do que estamos sentindo? Muitas vezes, nossa percepção da realidade, do que de fato sentimos estará mascarada, pois podemos estar escondendo de nós mesmos, um sentimento que não aprovamos, que não queremos ver por achá-lo mau, indigno ou até mesmo perverso.
De todas as emoções, talvez a raiva seja a mais difícil de ser controlada, porque é uma emoção aparentemente repentina.
Essa conturbada emoção funciona como um alarme, um alerta de que algo externo nos põe supostamente em perigo, seja esse perigo real ou apenas imaginário.
A raiva, seja ela explosiva ou não, é um tipo determinado de reação que nos avisa de que algo em nossas expectativas foi frustrado.
Raiva é frustração!
A raiva pode ser uma reação de alarme e auto-preservação, que pode nos servir para mostrar que algo não está exatamente como prevíamos, e que precisamos assumir alguma postura de lutar ou fugir de algum perigo físico eminente.
Controle! Essa é a palavra chave que precisa ser trabalhada, para quem tem problemas em lidar com a raiva.
Não temos aqui, infelizmente, espaço para trabalhar os aspectos envolvidos e como nos libertar desses sentimentos. Esses e outros sentimentos destrutivos são amplamente discutidos e trabalhados em todos os cursos do Instituto Ráshuah. Mas você pode trabalhar esses sentimentos, entendê-los e também aprender a lidar com pessoas que costumam ter esse tipo de reação no livro - Como se libertar da raiva.
Vale à pena trabalhar esse sentimento que pode estar destruindo sua saúde e seus relacionamentos!

 




Pode ser, também, o soar de um alarme interno para que apenas observemos melhor nossas expectativas, percebendo qual desejo nosso foi frustrado e qual o novo rumo que teremos que seguir em direção à meta. Nesse sentido, a raiva seria um alerta positivo, pois foi imediatamente direcionado para um foco interno e produtivo e não de ataque. Porém esse alarme pode extrapolar para sentimentos destrutivos, que geram violência física ou moral, quando nosso olhar se volta apenas para o externo. Nesse caso, vemos o evento externo e as pessoas envolvidas, como sendo nossos inimigos e como algo a ser controlado à força ou destruído.

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