À medida que a árvore cresce vão-se formando no seu tronco vários anéis. Formam-se todos os anos, dois novos anéis: um escuro e um claro. Podemos saber a idade das árvores contando só os anéis escuros ou só os anéis claros.
As plantas verdes são os únicos seres vivos capazes de fabricar os seus próprio alimentos a partir da água, do dióxido de carbono e da energia solar. Durante esse processo , chamado fotossíntese, a planta liberta oxigénio.
As plantas transpiram. Algumas perdem água em forma de vapor e outras em forma de gotinhas ( gotação ).
Os cactos armazenam água dentro dos seus grossos caules. As suas folhas são os espinhos.
Cientistas comprovam atividade elétrica em plantas
Cientistas comprovam atividade elétrica em plantas
Experimentos realizados no Laboratório de Física Aplicada e Computacional (Lafac) da USP, demonstraram que as plantas possuem sinais elétricos que podem, inclusive, ser medidos.
Nos testes realizados com a espécie Epipremnum pinnatum, popularmente conhecida como jibóia (foto ao lado), foram detectados sinais emitidos em pequenas frequências, da ordem de microvolts. “Na verdade utilizamos dois tipos de plantas, a Sansevieria trifasciata, conhecida como espada-de-São Jorge e a Epipremnum pinnatum. “A jibóia foi a que apresentou os resultados mais satisfatórios”, conta a pesquisadora Paula Cristina Pécora. O trabalho feito por Paula teve a coordenação dos professores Ernane José Xavier Costa e Euvaldo Cabral Junior.
Atividade elétrica das plantas
Os experimentos para detectar e mensurar a atividade elétrica de plantas tiveram início quando Cabral Junior teve acesso a um estudo que comprovava a emissão de pulsos elétricos em células de plantas.
“De acordo com a pesquisa, cientistas conseguiram medir potenciais elétricos usando microagulhas inseridas nas folhas”, conta Paula. A partir daí, o cientista teve a idéia de começar os experimentos com plantas.
“Uma outra notícia que temos de um experimento semelhante a este teria sido realizado na Alemanha, na Universidade de Munique. Lá, os cientistas também analisaram o comportamento das células das plantas mediante diferentes tipos de estímulo. Portanto, um processo invasivo”, descreve o prof. Xavier.
Cabine blindada
Para a pesquisa, os cientistas construíram uma cabine blindada especial, capaz de isolar a planta de qualquer outro sinal do ambiente. Além disso, o processo de aferição foi totalmente não invasivo. É que os pesquisadores adaptaram um aparelho de eletroencefalograma (EEG) para os testes.
“Desde novembro do ano passado fizemos várias aferições dos sinais. Ao mesmo tempo, construímos um circuito gerador de ruído na cabine, o que possibilitou distinguir os sinais da planta em relação ao ambiente mostrando que os sinais eram muito diferentes do ruído”, explica Paula.
Para medir os sinais elétricos, os eletrodos foram colocados nas folhas da planta. Em seguida foram processados, fora da cabine, por softwares desenvolvidos no próprio Lafac.
Melhoria de plantas cultivadas em estufas
Esta pesquisa pode abrir o caminho para outras pesquisas na área de botânica e para estudos de interesse agronômico, como avaliar a resposta elétrica das plantas a certos agrotóxicos e produtos similares, por exemplo.
“Podemos imaginar melhores maneiras de monitorar o comportamento e a emissão de sinais de plantas cultivadas em estufas. Testar quais os melhores ambientes, intensidades de luz, som, etc.”, avalia o professor Xavier. Outra aplicação imaginada pelo professor é a avaliação do comportamento de plantas de acordo com fertilizantes ou defensivos agrícolas empregados.
Fonte: Inovação Tecnológica
Você sabia que a margarida não é uma só flor?
Na verdade, ela é formada por várias pequenas flores que crescem uma ao lado da outra
Quem diria que uma das flores mais populares de nossos jardins - a margarida, pertencente à família Asteraceae, e, portanto, parente dos girassóis, crisântemos, entre outras - não é uma só flor, mas a reunião de muitas flores?
Áster significa "estrela" em latim, e é por causa da distribuição de suas flores, que lembra o astro, que as margaridas e as outras flores de sua família levam este nome científico. Há na margarida inúmeras flores muito pequenas, que crescem bem próximas, uma ao lado da outra, sobre uma mesma estrutura. Esse conjunto de flores é chamado, entre os pesquisadores, de inflorescência. Para o tipo de inflorescência particular das margaridas – pequeninas flores, que funcionam perfeitamente crescendo juntas parecendo uma única flor –, os botânicos dão um nome especial: pseudanto (pseudo = falso; anthos = flor), ou seja, falsa flor.
Tente examinar a falsa flor da margarida aproximando-se bem dela. Você verá que há ali reunidos dois tipos de flores: umas formam o miolo amarelo, enquanto as outras formam a borda esbranquiçada. Mas não pense que elas crescem assim, juntas, apenas para que possamos admirar sua união. Essas flores têm funções biológicas importantes quando unidas, como a de produzir néctar, atrair polinizadores, além de gerar e receber pólen. Para isso, se dividem para desempenhar essas diversas “tarefas”. Muitas começam a desabrochar das extremidades em direção ao centro, assim, enquanto as flores da periferia estão na fase feminina – durante a qual são capazes de receber pólen –, as flores mais centrais estão na fase masculina – na qual liberam seu próprio pólen.
Fonte: Ciência Hoje
Berinjela: de renegada a prestigiada
A berinjela é um dos legumes mais presentes na história da humanidade. Tudo indica que surgiu na Ásia há 6 mil anos e logo se tornou popular em todo o Oriente.
Como diversos alimentos que consumimos hoje, ela também já foi usada para fins terapêuticos: na China, era misturada a sal-marinho e passada nos dentes para deixar as gengivas sadias. Quando chegou ao Ocidente, porém, por volta do século 8, ganhou uma péssima fama, que a acompanhou até o século 19.
Muitas pessoas diziam que o legume causava demência e epilepsia. De acordo com a jornalista e crítica Danusia Barbara, a crença era tão forte que seu primeiro nome científico foi Solanum insanum.Daí a designação "mela insana" (maçã louca), dada no início pelos italianos. Atualmente, eles chamam a berinjela de melanzana. Os franceses preferiram aubergine, do árabe al-badingian. Em 1750, o naturalista sueco Carl von Linné, organizador de notável classificação das plantas, rebatizou a berinjela de Solanum melongena, seu atual nome botânico.
Também derivam do árabe a designação espanhola berenjena e a portuguesa beringela (os pais de nossa língua escrevem assim, com g). Os ingleses preferiram egg plant, ou seja, planta de ovo. Apesar de engraçado, o nome faz sentido. Durante muito tempo, os ingleses usaram a berinjela como planta ornamental. Cultivavam uma variedade que produz pequenos frutos ovalados e brancos, parecidos com o ovo. Por isso, hoje denominam todas as berinjelas de egg plant.
Os antigos detratores se converteram. Agora, atribuem à berinjela efeitos benéficos. Seu consumo habitual reduziria o nível de colesterol e triglicérides no sangue e as gorduras no fígado; eliminaria as "areias da bexiga"; atuaria como diurético; estimularia o funcionamento dos rins; protegeria a uretra das infecções, auxiliaria na redução da glicose em pessoas diabéticas e ajudaria também na mobilidade intestinal.
São inúmeras as possibilidades culinárias da berinjela - fruto de uma planta da família das Solanáceas, a mesma do tomate, batata, pimentão e várias pimentas. Rica em proteínas e podendo ser empregada em substituição à carne, contém vitaminas B e C, além de minerais, sobretudo cálcio.
Fontes de Pesquisa: Aventuras na História e O Estado de S. Paulo
Dieta das plantas carnívoras tem pequenos animais
Todos os vegetais são seres autótrofos, ou seja, produzem seu próprio alimento realizando o processo da fotossíntese. Para isso, necessitam de gás carbônico, encontrado na atmosfera, de água e sais minerais, encontrados basicamente no solo, e essencialmente de luz solar. Tudo isso faz ocorrer a formação da glicose (alimento para planta) e liberação de oxigênio para o ambiente. Mas, se as plantas se alimentam assim, por que existem plantas carnívoras que "devoram" animais? E quais são os recursos que elas utilizam para "caçá-los"?
Complemento alimentar
Basicamente, essas plantas precisam complementar sua dieta com proteínas de origem animal, recebendo assim grande quantidade de nitrogênio, visto que o solo onde se encontram é pobre em nutrientes. Assim, para se adaptar e sobreviver, passaram a consumir diferentes animais tais como, insetos e aranhas (artrópodes), lesmas e caramujos (moluscos) e, ocasionalmente, pequenos vertebrados, como sapos, pássaros e roedores. Sua digestão ocorre da seguinte forma: as enzimas aceleram o processo de quebra do alimento, transformando-o em substâncias menores que são absorvidas diretamente pelas folhas.
Dionea muscipula
Há diferentes espécies de plantas carnívoras com as mais diversas armadilhas para atrair e capturar suas presas. Dentre elas, podemos citar a Dionea muscipula (foto ao lado), que funciona como se fosse uma jaula. Os insetos são atraídos pelo odor que a planta exala de seu centro. Quando eles pousam em seu interior, pretendendo alimentar-se, automaticamente a Dionea se fecha, prendendo o animal. Ela o digere através da liberação de enzimas digestivas. Quando termina "a refeição", as folhas se abrem novamente, prontas para uma nova captura.
Já a Drosera glanduligera atrai os insetos através do odor do seu néctar. Ela apresenta uma substância pegajosa na ponta de cada folha e em toda sua extensão. Ao pousar, o inseto fica grudado na substância e acaba sendo digerido.
Plantas carnívoras em forma de jarro
As plantas do gênero Nepenthes (ao lado, um exemplar da Nepenthes albo marginata) têm a forma de um jarro para capturar suas presas. O animal é atraído pelo odor e pela cor da planta. Quando o inseto entra no jarro, suas asas ficam molhadas em contato com as paredes. Então, a vítima tenta escalá-las, mas existem cristais serosos que acabam se quebrando. Resultado: o animal cai no fundo do jarro, que contém substâncias secretadas pela planta e enzimas digestivas. Nessa planta há uma tampinha que se encontra na parte superior do jarro. No entanto, ela não auxilia o processo de captura da presa. Sua função é apenas interferir na entrada de água da chuva, evitando diluir a substância em seu interior.
As plantas do gênero Nepenthes chegam a ingerir pequenos vertebrados. Acredita-se que estes animais entram nelas à procura de insetos e acabam caindo no fundo do jarro, de onde não conseguem escapar por serem pequenos ou estarem debilitados.
Finalmente, há ainda as plantas carnívoras do gênero Sarracenia, em que o processo de captura é parecido com o das Nepenthes, mas no interior de seu jarro encontram-se pêlos invertidos, que dificultam a saída da presa.
Fonte: Folha Online
Rituais de Primavera
"Quando as nuvens parecerem pedras e flores, a terra será renovada por chuvas de primavera".
E chega a primavera! É o despertar da natureza que sai de seu repouso de inverno e traz um renascer, uma renovação que invade a vida vegetal e animal. Para nós, humanos, também é um tempo de recarregar as energias, absorver a força da natureza, revigorar e rejuvenescer.
Povos antigos realizavam rituais a cada mudança de ciclo da natureza, ou seja, a cada mudança de estação. E os rituais de primavera eram valorizados por celebrarem a fertilidade, para marcar o início de um período de abundância e generosidade da Mãe Natureza.
Nessa época, no Equinócio da Primavera, povos antigos da Europa celebravam rituais em homenagem à deusa Eostar, também chamada Eostre, Ostera ou Esther - a deusa que presidia o nascimento da primavera e o despertar da vida na Terra.
O ritual do Equinócio da Primavera também recebia vários nomes, como Sabá do Equinócio da Primavera, Sabá do Equinócio Vernal, Festival das Árvores, Ostara e Rito de Eostre. Era essencialmente um rito de fertilidade. A deusa Eostre era simbolizada segurando um ovo na mão e observando um coelho pulando aos seus pés.
Mais tarde, o cristianismo transformou esta festa na Páscoa. A própria palavra "Esotre" ou "Ostara" deu origem ao termo Easter (Páscoa, em inglês). No hemisfério Norte, a Páscoa é celebrada justamente próximo ao início da primavera. Até os dias atuais, o Domingo de Páscoa é determinado pelo antigo sistema do calendário lunar, colocando este dia sagrado para os cristãos no primeiro domingo após a primeira lua cheia, ou após o Equinócio da Primavera. E a Páscoa celebra justamente a ressurreição, o renascimento.
Outros fatores também podem indicar a relação da celebração da Páscoa com os antigos rituais da primavera. O coelho e os ovos, além de participarem da representação da deusa Eostre, eram antigos símbolos de fertilidade e renascimento. Além disso, decorados e pintados com vários símbolos mágicos, os ovos eram lançados ao fogo ou enterrados como oferendas à Deusa. Ovos cozidos também eram consumidos durante os ritos de primavera, junto com outros alimentos sagrados como bolo de mel e frutas da estação.
Os celtas realizavam no Equinócio de Primavera o ritual de Ostara - que marcava o ponto nodal no giro da roda do ano, quando o poder da luz começa a ganhar ascendência sobre o poder das trevas. Uma simbologia interessante, pois em Ostara, a duração da noite e do dia são iguais. A luz começa a vencer a escuridão e a partir daí o dia terá maior duração que a noite, inspirando a reprodução das criaturas na Terra e marcando o início de uma época propícia para iniciar, agir e semear. O ritual marcava o início do plantio, tanto físico como espiritual.
Alguns símbolos relacionados aos rituais do equinócio de primavera são as flores e os ovos decorados. Neste dia, povos antigos da Europa colhiam flores nos campos e as levavam para casa, pois acreditavam que as flores colhidas neste equinócio tinham potenciais mágicos e, por meio delas, seriam capazes de se conectarem à poderosa energia renovadora da Natureza. Depois, essas flores eram secas e com elas faziam-se enfeiteis para as casas, que permaneciam até o ritual de Ostara do ano seguinte, época em que eram trocados por novas flores, de forma a garantir a continuidade da renovação, trazendo saúde e prosperidade.
Mesmo nos dias atuais, em meio a tanta tecnologia e conhecimento científico, podemos aproveitar a chegada da primavera para retomar nosso contato com a Mãe Natureza e atrair boas energias de renovação e prosperidade para a nossa vida. Embora atualmente seguidores de sabedorias diversas ainda pratiquem certos rituais ligados aos ciclos da natureza, não é preciso participar de um Sabá para celebrar esta passagem de ciclo tão simbólica. Pequenos e simples rituais podem ser incorporados em nossa rotina para nos lembrar que não estamos aqui por acaso e que não só influenciamos como também somos influenciados por este grande ser do qual fazemos parte: a Mãe Natureza.
Que tal aproveitar este período para atrair prosperidade e encher a sua vida de energia renovadora? Então aí vão algumas dicas para você fazer seu próprio ritual de primavera:
* No Brasil, o equinócio de primavera ocorre geralmente no dia 22 de setembro, com a entrada do Sol no signo de Libra. Alguns dias antes, podemos fazer uma espécie de "dieta da purificação" , eliminando os alimentos e bebidas considerados mais pesados, como a carne vermelha, as bebidas alcoólicas e as ricas em cafeína, os embutidos e enlatados, etc. Isso tudo para que nosso organismo ganhe energias mais sutis. O consumo de chás sem cafeína também é indicado. Alguns deles têm a fama de promover a limpeza do organismo e facilitar a abertura da intuição, é o caso dos chás de anis, canela, alecrim e manjericão.
* Enfeite a casa com flores e frutas. Para estimular determinadas energias, é possível escolhê-las de acordo com sua relação aos planetas. Abaixo segue uma lista para servir de orientação. Se desejar, pode escolher aquelas relacionadas apenas ao planeta regente de seu signo:
PLANETA ........................FLORES............................................. FRUTAS
Marte .............................cravos e rosas vermelhas ....................goiaba e manga
Vênus .............................rosas cor-de-rosa ..............................maçã
Mercúrio .........................margaridas e crisântemos amarelos .......frutas cítricas
Lua.................................jasmim e rosas brancas .......................melancia
Sol .................................girassol e flores cor-de-laranja .............melão
Júpiter ............................íris e flores roxas ou lilases ..................uvas
Saturno ...........................folhas verdes em geral ........................abacaxi
Urano ..............................orquídeas e strelitzia ..........................kiwi
Netuno ............................lírios brancos e nenúfar ......................coco
Plutão .............................copo-de-leite ...................................amora
* Vista-se com roupas de cores claras ou estampadas com flores e tome banhos perfumados com cravo e canela. Os perfumes mais indicados para este período são os de lavanda e de rosas
* No dia do equinócio de primavera, acenda velas perfumadas, de cores claras e espalhe pelos ambientes. Quando estiver acendendo as velas, se desejar, mentalize a seguinte frase: "Abençoada seja a Primavera que regressa, que a roda da vida sempre gire, que assim seja e que assim se faça!".
* Para se conectar com as energias da natureza, é recomendável fazer passeios em parques e praças, observando a mudança de ritmo da natureza nas plantas e nos insetos e sentindo a grandeza deste momento tão especial, repleto de energia renovadora.
* Rose Aielo Blanco é jornalista, escritora e editora do www.jardimdeflores.com.br
Recado das Flores
A filósofa argentina Isabel Furini, autora do livro Mensagem das Flores, garante que a preferência por uma flor ou por outra revela um pouco da personalidade. Alguns exemplos:
* Violeta: Preferida pelos tímidos, que gostam de agir nos bastidores em qualquer setor na vida.
* Rosa: É preferida por aqueles que acreditam que a vida sem amor não vale a pena.
* Orquídea: Escolhida por quem busca a perfeição e dá o melhor de si no que faz.
* Cravo: É a escolha das pessoas extremamente dinâmicas e cheias de planos.
* Jasmim: Mulheres que valorizam a inteligência e querem ser reconhecidas por suas habilidades.
* Margarida: Preferida por gente leale com o dom de fazer amigos
* Coroa-de-Cristo: É a preferência de pessoas espiritualizadas, compassivas e extremamente sensíveis.
* Flor-de-Cacto: Escolhida por pessoas cheias de energia, fortes e muito independentes.
*Flor-de-Ipê: Preferida por pessoas espontâneas, alegres, sinceras, que sempre demonstram os sentimentos.
* Verbena: É a escoha dos otimistas, de pessoas capazes de esquecer o passado, sem abalar o alto-astral.
O elo perdido da baunilha
A baunilha, esta essência exótica e inimitável, é a semente de uma orquídea. Há mais de 150 variedades. A mais rara e apreciada de todas só cresce no Taiti. Ninguém sabia como ela foi parar lá. Até agora.
Esqueça os frasquinhos com essência de baunilha. Se você nunca teve a oportunidade de provar um crème brûlée ou um sorvete com cobertura de baunilha, baunilha de verdade, extraída da fava (foto ao lado), não sabe o que está perdendo. É como estar acostumado a tomar cidra e um belo dia descobrir que existe champanhe. O caminho é sem volta. Esta essência de sabor e fragrâncias inimitáveis deriva de mais de 200 substâncias presentes na semente, ou melhor, na fava de 10 a 20 centímetros de uma orquídea chamada Vanilla planifolia (vanilla, em latim, quer dizer vagina).
Isso mesmo, a baunilha é uma orquídea. Originária da América Central, esta trepadeira pode atingir mais de 35 metros e desabrochar mil flores ao mesmo tempo. Ela se espalhou pelos trópicos de todo o mundo levada pelos galeões espanhóis nos séculos XVII e XVIII. Existem cerca de 150 variedades. Mas só duas têm valor comercial. A V. planifólia bourbon é cultivada em Madagascar e no entorno do oceano Índico. Madagascar respondeu por 60% das 11 mil toneladas colhidas em 2006.
Já a raríssima Vanilla tahitensis, a mais cobiçada baunilha dos gourmets, como o nome indica, só cresce no Taiti, na Polinésia Francesa. São apenas 50 toneladas de favas por ano, ou menos de 0,5% da produção mundial. Até hoje, ela era considerada uma espécie diferente, pois suas folhas são mais estreitas do que as da V. planifolia. Não mais. O biólogo Pesach Lubinsky, da Universidade da Califórnia em Riverside, fez uso da genética para revelar a origem desta preciosa orquídea. Lubinsky conseguiu comprovar que a V. tahitensis é um híbrido entre duas variedades de baunilha, a V. planifólia, que era cultivada pelos maias na América Central antes da chegada dos conquistadores espanhóis, e a V. odorata, que cresce nas florestas da Guatemala e nunca foi cultivada.
Fonte: Revista Época
Flor usa nicotina em manipulação sexual
As flores de uma espécie de tabaco selvagem manipulam o comportamento dos seus "cúmplices" sexuais, os insetos ou pássaros responsáveis pela sua polinização, segundo pesquisa feita na Alemanha.
Usando odores para ora atrair, ora repelir os animais, as flores otimizam sua "vida sexual" - isto é, o cruzamento com outras plantas que é benéfico à sobrevivência da espécie. Uma das substâncias usadas pela flor é a conhecida nicotina, que causa a dependência química do fumante ao invadir o seu cérebro.
Ao contrário dos humanos, os insetos e aves são repelidos pelo cheiro da nicotina presente no néctar da flor do tabaco selvagem. Isso é especialmente útil como "guerra química", quando a planta precisa se defender de insetos que roubam seu néctar ou comem a flor, mas sem fazer polinização.
Porém, como para ser polinizada a flor precisa atrair o animal, ela também produz um odor agradável - que lembra jasmim ou morango - através de outra substância, a benzil acetona. Segundo o líder da pesquisa, Ian Baldwin, do Instituto Max Planck para Ecologia Química, de Jena, Alemanha, o estudo mostrou "como as plantas resolvem um dilema muito importante: como obter sexo.
As plantas fazem sexo, como outros organismos". O problema é que a planta é um ser vivo imóvel. Em geral, isso se resolve pela "autopolinização", pois a flor inclui órgãos sexuais masculinos e femininos. O pólen é o equivalente na planta do espermatozóide. Mas o "sexo" com outras plantas mediado pelos polinizadores é vantajoso para melhorar a aptidão biológica, passando características variadas e genes em uma população que podem facilitar sua sobrevivência, especialmente a capacidade de adaptação a mudanças ambientais.
Esse cruzamento é obra da coevolução das plantas com insetos e aves que ocorre há dezenas de milhões de anos. "As plantas usam muitos meios para atrair polinizadores, incluindo dicas visuais e odor", lembram Baldwin e dois colegas, Danny Kessler e Klaus Gase, em artigo na revista científica "Science". Isso explica a variedade em uma floricultura.
Eles testaram o papel da nicotina e da benzil acetona no relacionamento do tabaco (Nicotiana attenuata) com dois polinizadores, um beija-flor (Archilochus alexandri) e uma mariposa (Hyles lineata). Diferentes tipos de plantas transgênicas foram montadas para o estudo. Baldwin e colegas filmavam as flores desabrochando de noite e atraindo (ou não) mariposas e beija-flores, além de medir de manhã o quanto restava de néctar. As plantas sem as substâncias estudadas eram menos visitadas. E as que não produziam nicotina tinham metade do líquido das outras, indicando que os polinizadores puderam beber à vontade - mas com isso, deixavam de visitar outras flores e espalhar pólens.
Para a flor do tabaco selvagem, o ideal é que o polinizador "beba com moderação". Para demonstrar as vantagens reprodutivas da polinização e da "manipulação" feita pela flor, a equipe fez dois outros testes científicos. Um envolveu flores sem o órgão masculino, a antera, o que impedia a autopolinização e permitiu checar a fertilização feita só com auxílio dos "cúmplices" animais. Ficou claro que apenas as plantas normais, do experimento-controle, recebiam pólen de outras. Outro teste checou a "paternidade" das sementes fertilizadas. E mostrou que as plantas normais, produzindo nicotina e benzil acetona, tinham mais sucesso no processo reprodutivo
Brasil ganha uma nova espécie de flor a cada dois dias
O Brasil tem em média uma descoberta de planta angiosperma --que produz flores-- a cada dois dias. E a mata atlântica, apesar de quase extinta, ainda é o lugar onde mais se encontram novas espécies. Na seqüência, está o cerrado e, depois, a floresta amazônica.
Uma tese de doutorado defendida na UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) mostra que, entre o início de 1990 e o final de 2006, foram registradas 2.875 novas espécies de angiospermas, desde ervas até árvores --o que dá cerca de 170 descrições por ano.
Mata atlântica concentra maior parte das descobertas. Foram 1.194 na mata atlântica, 966 no cerrado e 582 na Amazônia
A estimativa é que existam entre 40 mil e 60 mil espécies de angiospermas no país. O grupo representa a maioria da espécies vegetais.
Apesar de toda a destruição da mata atlântica -da qual restam apenas 7% de área original preservada- essa floresta ainda é uma das mais ricas em biodiversidade no mundo. Segundo a Fundação SOS Mata Atlântica, ela detém o recorde de plantas lenhosas por hectare (450 espécies no sul da Bahia), por exemplo.
De acordo com o autor da pesquisa, Marcos Sobral, os dados demonstram principalmente a falta de investimento em pesquisas na Amazônia. "A região amazônica tem uma quantidade muito pequena de descobertas, proporcionalmente, se considerarmos que o bioma ocupa 49% do território. Há um lapso de coleta." Para seu orientador, João Renato Stehmann, do Departamento de Botânica da UFMG, a "urgência de descrever" as novas espécies dos nossos biomas "reside no risco de extinção que muitas delas correm", já que várias possuem distribuição geográfica restrita.
Segundo ele, nas regiões Sul e Sudeste já existe uma massa crítica de conhecimento que permite encontrar espécies novas. "Em outras regiões do país há um vazio de taxonomistas [especialistas em classificação de organismos]", diz. "A maioria dos taxonomistas que havia nessas instituições se aposentou e não houve reposição." Segundo Stehmann, só há dois programas de pós-graduação em botânica na Amazônia.
Taxonomistas em falta
O chefe do Departamento de Botânica da USP (Universidade de São Paulo), José Rubens Pirani, diz que o país não encerrou as etapas de exploração e descobrimento de plantas há muito superadas em países onde os estudos iniciaram há mais tempo e que têm menor diversidade, como os da Europa. "É verdade que a mata atlântica sofreu extensa devastação, mas nas áreas remanescentes continuam a ser descobertos táxons [categorias] novos regularmente", afirma. Pirani atualmente descreve três espécies de arvoretas da família da laranja. Uma é do interior da Bahia, e as outras, do Espírito Santo --uma delas é o primeiro registro do gênero Spiranthera na mata atlântica. "Aparentemente, temos no Brasil muito mais gente trabalhando em sistemática vegetal fora da Amazônia, daí uma razão incontestável para a taxa de descobertas mais baixa naquela vastidão com tanto a explorar", afirma Pirani. Tanto para Sobral quanto para Stehmann, embora a taxonomia no Brasil tenha iniciado no século 19, ainda estamos longe de ter um corpo de pesquisa desejável.
Planta capaz de viver em locais contaminados mostra caminho para recuperar solos
A concentração excessiva de metais nos solo representa riscos para a saúde humana, animal e vegetal, e também para o ambiente em geral. A contaminação do solo com metais tóxicos geralmente é resultado de atividades humanas, especialmente aquelas relacionadas à mineração, emissões industriais, descarte ou vazamento de resíduos industriais, uso de adubos, fertilizantes e pesticidas, etc. Em razão do potencial tóxico e alta persistência dos metais, solos poluídos com estes elementos são um problema ambiental que requer uma solução efetiva.
Uma das tecnologias que estão sendo aplicadas para buscar a solução deste problema é a fitoextração. A fitoextração é uma tecnologia emergente para despoluição de solos contaminados por metais pesados que usa plantas para transferir metais do solo para a parte aérea, a qual pode ser removida da área poluída. O principal objetivo da fitoextração é reduzir a concentração de metais em solos contaminados dentro de um período de tempo razoável. O processo de extração depende da capacidade que as plantas selecionadas têm de crescer e acumular metais sob condições específicas de clima e solo do local que está sendo tratado.
Duas técnicas têm sido normalmente usadas: o uso de plantas com natural e excepcional capacidade de acumular metais (chamadas "hyperaccumulators" ou hiperacumuladoras) e a utilização de plantas que produzem grande volume de biomassa tais como milho, arroz, cevada e aveia, por exemplo.
Uma espécie de planta indiana apresenta uma capacidade quimicamente elevada de fitoextração. Trata-se da Arabidopsis halleri, uma planta herbácea capaz de crescer em terrenos contaminados com metais pesados e que está ajudando cientistas a entenderem como recuperar este tipo de solo, segundo estudo publicado em abril de 2008 pela revista britânica "Nature".
As pesquisas genéticas realizadas pela Universidade alemã de Heidelberg têm como finalidade destrinchar os mistérios da Arabidopsis halleri, uma das poucas plantas adaptadas a terrenos contaminados. A Arabidopsis halleri é uma herbácea pouco comum da família Brassicacea que extrai do solo as substâncias tóxicas e, por meio de um sistema de bombeamento, as envia das raízes para as folhas, onde se concentram para defender a planta de insetos e de agentes patogênicos. Os cientistas alemães descobriram que esta planta tem três cópias do gene HMA4, quando a compararam com outra espécie do gênero, a Arabidopsis thaliana, que só tem uma cópia e que não consegue sobreviver em locais contaminados com metais pesados, diz o estudo.
Quando este gene foi transplantado para a Arabidopsis thaliana, ela se tornou mais resistente aos metais pesados, mas não o suficiente. A autora principal do estudo, Ute Kraemer, explicou que há outros genes envolvidos no processo que ainda não foram totalmente identificados. No entanto, o efeito de acumulação e tolerância aos metais é muito amplo no HMA4, o que é animador, pois o número de genes adicionais necessários para ter uma planta destas características é baixo (entre um e dez), acrescentou.
A pesquisadora alemã disse, que, por causa da pouca biomassa da Arabidopsis halleri, seria inviável economicamente para limpar os terrenos contaminados com esta planta, já que em teoria seriam necessários aproximadamente cem anos para regenerar um solo moderadamente contaminado. A solução é aumentar a produção de biomassa nesta variedade ou potencializar geneticamente outras plantas mais frondosas da mesma família da Brassica juncea (planta da mostarda) para que sobrevivam nestes terrenos inóspitos e se comportem como a Arabidopsis halleri. Os terrenos contaminados com metais pesados existem em grande quantidade no mundo e estão se transformando em um grave problema na Europa, sobretudo na Europa Oriental, na China e na Índia.
Será que as plantas se movem?
Presos ao solo, os vegetais parecem seres vivos imóveis, não é mesmo? Não é bem assim, embora fixos ao solo, os vegetais executam movimentos desencadeados por estímulos externos e até internos: são os chamados movimentos vegetais.
Dormideira (Mimosa pudica)
Será que as plantas se movem? Essa questão também despertou a atenção de Charles Darwin, nos idos de 1880. Após ter estudado os efeitos que a exposição à luz provoca sobre o crescimento de plantas, Darwin escreveu no seu livro "The Power of Movement in Plants": "Quando os brotos são expostos livremente à luz lateral, há alguma transmissão de influência da parte superior à inferior, o que faz com que a última se curve". Ao observar os efeitos da gravidade sobre raízes das plantas, ele anotou: "É somente o topo que recebe a ação, e esta parte exerce alguma influência sobre as partes adjacentes, fazendo com que se curvem para baixo".
Sim, as plantas se movem e os movimentos vegetais podem ser classificados como tactismos, tropismos e nastismos.
O tactismo acontece quando ocorre movimento de todo o organismo, por exemplo, quando as algas buscam a luminosidade, aproximando-se ou afastando-se da superfície da água de acordo com o horário do dia.
Já os tropismos e nastismos se referem aos movimentos de órgãos das plantas. Diferenciam-se porque o tropismo depende da direção do estímulo (ex: o caule se curva para a luz que vem de uma janela), enquanto que o nastismo depende da intensidade do estímulo (ex: a flor da planta onze-horas abre suas pétalas no período em que a luz do dia é mais intensa e temperatura mais elevada). Pode-se dizer que os nastismos são movimentos reversíveis que se relacionam à curvatura da planta. Um bom exemplo de natismo é o caso da planta dormideira (Mimosa pudica), que fecha seus folíolos por meio de uma ação mecânica.
No tropismo, quando o movimento é realizado em direção ao estímulo, ocorre tropismo positivo; quando o movimento acontece em direção contrária ao estímulo natural, ocorre o tropismo negativo. Além disso, no tropismo acontece uma distribuição desigual de auxina entre os lados da planta, fazendo com que um dos lados cresça mais lentamente que outro. E o que é a auxina? As auxinas são os compostos que provocam o alongamento nas células dos brotos de plantas. As auxinas são sintetizadas e apresentam-se em maior concentração nas áreas nas quais as células se dividem rapidamente para renovar o seu crescimento. É a partir dessas áreas que as auxinas são deslocadas por toda a planta. Assim, temos que:
* Existem movimentos de órgãos de plantas fixas que dividem-se em:
Induzidos por estímulos externos:
Tropismos - quando a direção do estímulo determina a direção do movimento
Nastismos - quando o estímulo externo provoca abertura ou fechamento do órgão, independentemente da direção do estímulo, sendo a intensidade do estímulo mais relevante.
Não induzidos por estímulos externos:
Nutações - movimento autônomo, típico de plantas trepadeiras volúveis, que faz com que elas alternem seu crescimento em busca de um ponto de apoio.
Balísticos - movimentos de esporos ou sementes que são lançados à distância pela abertura explosiva do esporângio ou do fruto.
Higroscópicos - movimentos causados por variação de umidade que se segue ao amadurecimento, fazendo com que os esporângios e os frutos deiscentes se abram para liberar as sementes.
Movimentos locomotores:
Tactismos ou taxias - causados por estímulos externos e encontrados em seres geralmente unicelulares - hoje classificados nos Reinos Monera ou Protista - que fazem com que o corpo inteiro do indivíduo mude de lugar.
Ainda sobre tropismos e nastismos, podemos dizer que existem movimentos classificados de acordo com a fonte de estímulo que os produz:
Tropismos Fototropismo ou heliotropismo - quando o crescimento do vegetal se dá em direção a uma fonte de luz ou afastando-se dela. Podendo, então, ser positivo ou negativo.
Geotropismo - quando a direção do crescimento do vegetal é afetada pelo efeito da gravidade. Geralmente é positivo nas raízes e negativo nos caules.
Quimiotropismo - é a tendência que as raízes dos vegetais têm de crescer em direção a uma fonte de estímulo químico, que poder ser a água ou minerais.
Haptotropismo ou tigmotropismo - um bom exemplo é a tendência que as plantas trepadeiras volúveis e as gavinhas têm de, ao encostar em um objeto sólido, crescer em sua direção. É o que faz com que uma trepadeira cresça encostada a um muro, ou que as gavinhas se enrolem ao redor de um suporte.
Nastismos Nictinastia - causada por fatores que variam conforme seja dia ou noite. Assim, é possível ocorrer: fotonastia (abertura e fechamento dos estômatos, ex: rainha-da-noite), termonastia (ex: onze-horas) e higronastia (ex: as folhas de algumas leguminosas ficam murchas durante o dia e mais viçosas à noite)
Haptonastia ou tigmonastia - ocorre nas plantas carnívoras que se fecham quando tocadas por algo sólido ou quando um inseto pousa sobre elas.
Quimionastia - as mesmas plantas carnívoras têm o seu movimento de fechamento acelerado pelo estímulo químico depois da captura do inseto
Seismo ou sismonastia - um bom exemplo é o movimento da dormideira ou sensitiva (Mimosa pudica) que se fecha quando é tocada.
Proteína da gardênia pode virar droga contra diabetes
Um trabalho unindo biologia molecular avançada e medicina tradicional chinesa resultou em uma descoberta que pode render uma droga contra o diabetes tipo 2.
Pesquisadores da Escola Médica de Harvard, nos EUA, e da Universidade de Nanquim, na China, encontraram em frutos da planta da gardênia uma proteína que promove a produção de insulina. A genipina, molécula encontrada no vegetal, atua bloqueando a enzima UCP2, que normalmente inibe a atividade das chamadas células beta, as produtoras de insulina no pâncreas. A falta desse hormônio é o que causa excesso de glicose no sangue e outros sintomas de diabetes.
A proteína foi testada com sucesso em células pancreáticas cultivadas em laboratório e já despertou o interesse de laboratórios de companhias farmacêuticas. Segundo os pesquisadores de Harvard, antes de alguém investir em testes com animais e humanos, é preciso provar a segurança da molécula. A genipina tem propriedades químicas que ainda precisam ser estudadas, mas as perspectivas são boas. "Bolamos alguns testes para ver se essas propriedades eram requisitos para a droga inibir a UCP2 e descobrimos que elas não são necessárias, o que é bom", disse Bradford Lowell, líder da pesquisa em Harvard. "Isso significa que poderiam ser feitas versões mais específicas da genipina contendo apenas as propriedades desejadas para tratar diabetes”. Lowell conta que, para isolar a molécula, a ajuda do grupo de Chen-Yu Zhang, um especialista em medicina tradicional chinesa, foi fundamental.
Para encontrar uma droga com propriedades desejadas, pesquisadores de empresas farmacêuticas normalmente fazem ensaios clínicos in vitro automatizados com incontáveis compostos até encontrar aquele com a propriedade desejada. Lowell, porém, não teve como usar uma abordagem tão direta.
Ajuda da China
Uma vez que, além de encontrar a propriedade desejada, Lowel queria também saber se a proteína atuava por meio da inibição de UCP2, era preciso fazer um ensaio clínico paralelo. Para isso foram usados camundongos geneticamente alterados para não produzir UCP2, mas o estudo acabou ficando complicado demais. "Dada a natureza desse ensaio, não teríamos como testar milhares e milhares de compostos, então decidimos fazer uma varredura em um número menor de extratos vindos de fontes naturais", conta Lowell. “Aí que Zhang entrou no nosso trabalho, com seu conhecimento de medicina tradicional chinesa. Ele obteve alguns extratos de diferentes fontes e começamos os trabalhos.” A genipina foi isolada de uma variedade oriental da gardênia, a Gardenia jasminoides, uma das cerca de 250 espécies descritas do vegetal.
Apesar de ter descoberto um composto promissor para tratar diabetes tipo 2, Lowell procurava primeiramente uma droga para fins científicos. "Somos um laboratório de pesquisa básica, não uma empresa farmacêutica", diz. A genipina deve se tornar uma ferramenta útil para estudar o funcionamento das mitocôndrias, organelas celulares responsáveis por processar energia.
Lowell e Zhang descrevem o achado na edição atual do periódico científico "Cell Metabolism".
Fonte: Science
Orquídea da China pratica sexo solitário
Holcoglossum amesianum
Uma espécie oriental de orquídea consegue fertilizar a si própria, revelaram cientistas chineses em estudo publicado na revista científica "Nature" (www.nature.com).
A Holcoglossum amesianum, que não depende de insetos ou de vento para a polinização, desenvolve a parte masculina de sua flor para se encaixar na feminina. LaiQiang Huang, da Universidade Tsinghua, de Pequim, afirma que a planta é capaz de se fertilizar sem uso de fluidos viscosos, como ocorre em outras plantas autopolinizadoras. Trata-se de um método de inseminação até agora desconhecido.
Huang e seus colegas analisaram mais de 1.900 exemplares da espécie, que floresce na primavera em troncos de árvores da província de Yunnan. A orquídea não possui perfume nem néctar, porque a polinização não ocorre entre indivíduos diferentes.
Fonte: Nature
O uso mágico do cravo
Cravo (Diantus caryphyllus)
A flor do cravo é muito utilizada nos Andes em cerimônias e oferendas, sendo que as de cor vermelha são dedicadas à Pachamama (Mãe Terra), e as de cor branca dedicadas aos espíritos tutelares (apus).
Na medicina Kallawaya (a palavra significa "medicina andante"), praticada por curandeiros da Bolívia, a infusão fria é usada para lavar os olhos e tonificar os sistema nervoso. Na forma de chá, as folhas fervidas acalmam a tosse, resfriados e cólicas. Fonte:
Fonte:www.terramistica.com.br
Curiosidades sobre as pimentas
Os registros mais antigos do consumo de pimentas datam de aproximadamente 9 mil anos, resultado de explorações arqueológicas em Tehuacán, México. Outros sítios arqueológicos pré-históricos (2500 a.C.) são conhecidos no Peru, nas localidades de Ancon e Huaca Prieta.
* O cultivo de pimentas era uma característica de tribos indígenas brasileiras quando do descobrimento do Brasil. Com a imensa variabilidade de pimentas nativas, certamente pode-se supor que diversas tribos cultivavam e colhiam pimentas; e o plantio de pimenta por tribos indígenas continua até hoje, como entre os índios mundurucus, da bacia do rio Tapajós.
* As rotas de navegação no período 1492-1600 permitiram que as espécies picantes e doces de pimentas e pimentões viajassem o mundo. A globalização do conhecimento e do uso da pimenta tem, possivelmente, seu registro principal no livro De historia stirpium, escrito por Leonhartus Fuchsius em 1543, onde são apresentadas as primeiras ilustrações de pimentas com precisão científica.
* De 1500 para 2000, as sementes e frutos de pimentas e pimentões passaram a ser consumidas por povos de todas as origens, em quantidade crescente e em usos os mais diversos.
* As pimentas e os pimentões pertencem à família Solanaceae e ao gênero Capsicum. Este gênero possui de 20-25 espécies, normalmente classificadas de acordo com o nível de domesticação. O Brasil destaca-se por possuir ampla diversidade em todas as categorias e contempla 4 espécies domesticadas:
· Capsicum annuum var. annuum
· Capsicum baccatum var. pendulum
· Capsicum chinense
· Capsicum frutescens
Existem ainda 3 espécies semi-domesticadas:
· Capsicum annuum var. glabriusculum
· Capsicum baccatum var. praetermissum
· Capsicum baccatum var. bacctaum
· E também 8 a 10 espécies silvestres.
* As diferentes espécies e variedades (variação morfológica dentro da mesma espécie) domesticadas e semidomesticadas podem ser discriminadas por características morfológicas visualizadas principalmente nas flores.
* Há quem utilize a pimenta como tempero do amor, por acreditar que seja afrodisíaca, e também os que juram que ela afasta o "mau-olhado".
* Hoje, tailandeses e coreanos são considerados os maiores consumidores de pimenta do mundo; o consumo atinge até oito gramas por dia por pessoa. Por aqui, não há dados sobre o consumo, mas o cultivo é feito em praticamente todas as regiões, com destaque para Bahia, Ceará, Minas Gerais, Goiás, São Paulo e Rio Grande do Sul. As espécies de pimenta do gênero Capsicum - do qual também faz parte o pimentão - pertencem à família
* A característica "ardida" da pimenta, chamada pungência, é exclusiva desse gênero e é atribuída a um alcalóide, a capsaicina, que fica acumulado na parte interna do fruto. A pungência das pimentas pode ser medida em Unidades de Calor Scoville (Scoville Heat Units - SHU), com aparelhos específicos. O valor SHU pode chegar a 300 mil, caso, por exemplo, da cumari-do-pará.
* Os frutos maduros são vermelhos, mas podem variar desde o amarelo até o preto, além de alaranjado, salmão e roxo. O formato varia segundo a espécie, e há frutos alongados, arredondados, triangulares e quadrados.
* As espécies do gênero Capsicum mais cultivadas no Brasil são:
- Bode (C. chinense) - frutos arredondados ou achatados, vermelhos e amarelos. É muito picante e os frutos maduros são utilizados principalmente em conservas.
- Cambuci (C. baccatum var. pendulum) - frutos vermelhos em forma de campânula ou de sino. Com sabor adocicado, pode ser utilizada em saladas.
- Cumari-do-pará (C. chinense) - frutos triangulares e amarelos quando maduros. Bastante picante, é utilizada em conservas.
- Cumari-verdadeira (C. baccatum var. praetermissum) - frutos arredondados ou ovalados, vermelhos e muito picantes.
- Dedo-de-moça (C. baccatum var. pendulum) - frutos alongados e vermelhos. Sua pungência é baixa e é utilizada em molhos, conservas e desidratada, em flocos (calabresa).
- Jalapeño (C. annuum) - originária do México, com frutos grandes, sabor forte e pungência mediana.
- Malagueta (C. frutescens) - uma das mais cultivadas é vermelha, mede de 1,5 e quatro centímetros. Com pungência de média para alta, é a mais utilizada para "esquentar" o acarajé.
- Pimenta-de-cheiro (C. chinense) - frutos alongados, triangulares ou retangulares. A coloração também é variável (amarelo-leitoso ao preto), assim como a pungência (doce até muito picante).
Receitas Básicas com pimentas
Pimenta no Vinagre
2 copos de vinagre branco de maçã ou arroz
colher de sopa de açúcar
1 colher de chá de sal pimentas selecionadas
Modo de preparo Faça uma calda com o vinagre, o sal e o açúcar levando esta mistura para ferver por 2 minutos. Faça o branqueamento das pimentas. Coloque as pimentas num vidro esterilizado e jogue a calda quente de vinagre por cima. Deixe esfriar. Conserve na geladeira.
Pimenta no Azeite
1 xícara de azeite de oliva extra virgem
1 dente de alho picado 6 gotas de suco de limão pimentas selecionadas
Modo de preparo Retire as sementes, as veias e o talo das pimentas Frite o alho no azeite até ficar levemente dourado. Cuidado para não queimar. Coloque as pimentas num vidro de conserva deixando um espaço livre de 2cm. Aqueça uma xícara de azeite a 300 graus C. Enfie o cabo de uma colher no meio das pimentas e abra um buraco. Despeje o azeite quente, lentamente, para evitar que o azeite suba. Complete o pote com azeite até atingir 0,5 cm da boca e tampe bem firme. Deixe esfriar naturalmente. Conserve na geladeira.
Fonte de pesquisa: Embrapa Hortaliças
Flor do Maracujá: porque é conhecida como "flor-da-paixão"
Flor do Maracujá: porque é conhecida como "flor-da-paixão"
Por: Rosane Volpatto
O maracujá é uma planta tipicamente brasileira, muito apreciada pelo sabor de seus frutos e pelo perfume de suas flores. Estas flores, conhecidas como "Flores da Paixão", foram antigamente muito apreciadas e celebradas como "as graças dos prados, brincos da natureza e devoção da piedade cristã".
Dizem que em princípio do século XVII, chegou a primeira planta da América a Roma que foi oferecida a Paulo V. Parece que também foi aqui que a piedosa fantasia se apoderou desta bela flor e descobriu-lhe as relações religiosas, com tanto entusiasmo expostas por Vasconcelos.
Atribuem ao padre Ferrari a paternidade do nome, "flor da paixão ou passiflora", o qual a classificou na sua obra "De florum cultura", publicada em 1833. Esta elegante trepadeira no Brasil é conhecida pelo nome indígena "maracujá".
É crença geral que o maracujá foi criado por Deus para perpetuar a lembrança do sacrifício do calvário. Esta flor de extraordinária beleza tem a singularidade de apresentar num simbolismo caprichoso da natureza, os principais instrumentos da Paixão de Cristo: coroa, açoites, cravos, chagas, etc. Sua aludida descrição de bela flor americana é célebre! Lozano adaptou-a quase palavra por palavra na sua história da conquista e outros historiadores a reproduziram. É esta:
"A flor é o mistério único das flores. Tem o tamanho de uma grande rosa e, neste belo campo, formou a natureza como um teatro dos mistérios da redenção do mundo. Lançou por fundamento cinco folhas mais grossas, ao exterior verdes, no interior rosadas; sobre estas, postas em cruz, outras cinco púrpuras, todas a uma e outra parte. E logo deste como tono sangüíneo, vai armando um quase pavilhão feito de uns semelhantes a fios de roxo, com mistura de branco.
Outros lhe chamavam coroa, outros molhos de açoites aberto, e tudo vem a ser. No meio deste pavilhão, ou coroa, ou molho, se vê levantada uma coluna branca, como de mármore, redonda, quase feita ao torno e rematada por uma preciosa maçã ou bola, que tira o ovalado. Do remate desta coluna nascem cinco quase expressas chagas, distintas todas e penduradas cada qual do seu fio, tão perfeitas que parece as não poderia pintar noutra forma o mais destro pintor: se não que, em lugar de sangue, tem por cima um como pó subtil, ao qual se aplicais o dedo, fica nele pintada a mesma chaga, formada de pó, como com tinta se poderia formar.
Sobre a bola ovada do remate, se vêem três cravos perfeitíssimos, as pontas na bola, os corpos e cabeças no ar; mais cuidareis que foram ali pregados de indústria, se a experiência vos não mostrara o contrário. A esta flor por isso chamam da paixão, porque mostra aos homens os principais instrumentos dela, que são: coroa, coluna, açoite, cravos, chagas. É flor que vive com sol e morre com ele; o mesmo é sepultar-se o sol, que fazê-lo sepulcro daquele pavilhão ou coroa, já então cor de luto e sepultar nele os instrumentos da Paixão sobreditos, que, nascido o sol, torna a ostentar ao mundo."
Complementamos a esta, outra descrição com belos versos do poema épico do Caramuru:
"Nem tu me esquecerás, flor admirada
Em quem não sei se a graça, se a natura
Fez da Paixão do Redentor Sagrada
Uma formosa e natural pintura
Pende com pomos mil sobre a latada
Áureos na cor, redondos na figura
O âmago fresco, doce rubicundo
Que o sangue indica que salvaria o mundo
Com densa cópia se derrama,
Que muito a vulgar hera é parecida,
Entre sachando pela verde rama
Mil quadros da Paixão do Autor da vida;
Milagre natural que a mente chama
Com impulsos da graça, que a convida,
A pintar sobre a flor aos nossos olhos
A cruz de Cristo, as chagas e os abrolhos.
É na forma redonda, qual diadema,
De pontas, com espinhos, rodeada,
A coluna no meio, e um claro emblema
Das chagas santas e da cruz sagrada;
Vêm-se os três cravos e na parte extrema
Com arte a cruel lança figurada;
A cor é branca, mas de um roxo exangue
Salpicada, recorda o pio sangue.
Prodígio raro, estranha maravilha,
Com que tanto mistério se retrata!
Onde em meio das trevas a fé brilha
Que tanto desconhece a gente ingrata!
Assim, do lado seu nascendo filha
A humana espécie, Deus piedoso trata,
E faz que, quando a graça em si despreza,
Lhe pregue com esta flor a natureza" (Southey, History of Brazil, cap. 34).
Segundo folclore popular nordestino, quando Jesus estava na cruz, seu sangue escorreu pela madeira e molhou o solo. No pé da cruz havia uma planta que nunca deu flor e não tinha nenhuma virtude. Quando o sangue molhou a planta, ela soltou um botão, o botão virou flor e a flor trazia todos os sinais da crucificação. - "E havia junto da cruis, Um pé de maracujá, Carregadinho de frô, Aos pé de nosso sinhô. I o sangue de Jesus Cristo, Sangui pisado de dô, Nus pé du maracujá, Tingia todas as frô."
Não é provável que os feiticeiros ou pajés, conhecessem estas relações que os cristãos puseram no maracujá. O que se sabe, porém, é que certos pajés de algumas tribos, ao serem iniciados nas superstições, abstinham-se dos frutos do maracujá.
Maracujá, na língua tupi, quer dizer "alimento dentro da cuia". É mesmo na cuia, isto é, na própria casca, que o maracujá recebe total apreciação de norte a sul do país. Tanto que o Brasil conhece o recorde de mais de 150 variedades da fruta. Das quais são deliciosamente comestíveis o maracujá-amarelo, o maracujá-roxo e o avermelhado, bastante comuns nas regiões Sudeste e Sul.
Devido as suas propriedades terapêuticas, o maracujá possui grande valor medicinal: as folhas e o suco contêm passiflorina, um sedativo natural e o chá preparado com as folhas tem efeito diurético. Seu uso principal, no entanto, está na alimentação humana, na forma de sucos, doces, geléias, sorvetes e licores. É rico em vitamina C, cálcio e fósforo.
As flores e a qualidade de vida no
ambiente de trabalho
As flores e a qualidade de vida no ambiente de trabalho
Pesquisas feitas pela A&M da Universidade do Texas revelam que receber flores e plantas como demonstração de gratidão melhoram o estado de humor, melhoram a habilidade de memorização e elevam a produtividade dos funcionários, especialmente das secretárias.
A pesquisa demonstrou que as flores e plantas aumentam a habilidade das pessoas em gerar idéias criativas e a resolver problemas. "Nossos estudos mostram que a presença de flores e plantas no ambiente de trabalho pode ser muito compensador para os negócios no cenário competitivo que vivemos, diz Roger Ulrich, Ph.D, que comandou a pesquisa da A&M Universidade do Texas. "A produtividade pessoal, a inovação e a criatividade na solução de problemas tem sensível melhoria - o que em certas circunstancias pode significar a diferença entre pequenos e grandes resultados no mundo corporativo".
Rebecca Cole, autora do estudo "O poder das flores" e apresentadora do programa "Surpreendendo com flores" do Discovery Channel, complementa com a alegação de que "dar flores é uma marcante, orgulhosa e sofisticada maneira de dizer: eu aprecio o que voce faz!". Trata-se de uma maneira perfeita para construir uma forte relação de fidelidade e comprometimento entre o funcionário e a empresa.
Fonte: Augusto Aki (Assessoria para Negócios com Flores)
Você sabe o que significa sonhar com flores?
Você sabe o que significa sonhar com flores?
A flor é o símbolo cósmico da vida, do amor, da geração e, por extensão, do sexo. É o símbolo da mulher que se ama, da beleza, do perfume e das lembranças queridas do amor...
As flores amarelas são de caráter solar e têm relação com os símbolos solares de sabedoria, força, poder, hierarquia; as flores vermelhas estão relacionadas com Marte, e as flores azuis são o símbolo do Santo Graal, da elevação e sublimação espiritual que é o destino dos seres...
Num sonho, ver um jardim ou muitas flores é indicação de alegria e fortuna; flores caídas do galho sugerem aflições. Sonhar que recebe uma flor de alguém, é casamento para solteiros...
Fonte: www.bemzen.com
Por que algumas plantas e pratos culinários
são considerados afrodisíacos?
Essa é a questão discutida no livro "No Rastro de Afrodite - Plantas Afrodisíacas e Culinária" (Editora Senac São Paulo e Ateliê Editorial), escrito pelo botânico Gil Felippe. O autor analisa 400 espécies e mostra as razões pelas quais elas são consideradas afrodisíacas, além de apresentar algumas receitas culinárias que podem despertar os sentidos.
Afrodite, a deusa do amor, que emergiu do oceano em uma concha e abandonou o mar nas praias de Chipre, fazia uma planta nascer apenas com o toque de seus pés - o primeiro vegetal a surgir em seu rastro foi a romã. Com o tempo, as plantas criadas pelo dom da deusa passaram a ser veneradas como dádivas de Afrodite aos homens e conhecidas como espécies afrodisíacas. Essa é a lenda que se criou em torno de frutos, caules, bulbos e raízes que, cientificamente ou nas crenças populares, são considerados afrodisíacos.
Gil Felippe, Ph.D. em botânica (fisiologia vegetal) pela Universidade de Edimburgo (Escócia), se debruça em estudos de botânica para analisar cada uma das espécies de vegetais, mostrando sua origem, denominação, gênero, família e uso na culinária, na perfumaria ou medicina. Discorre também sobre as lendas e crenças populares que cercam essas plantas, além de mostrar receitas culinárias reunidas por ele durante os anos em que morou no Reino Unido e também depois, na volta ao Brasil. Algumas das receitas já foram testadas por Felippe e outras foram recolhidas de amigos e de livros e jornais.
Histórias curiosas que cercam algumas das plantas analisadas na obra:
Flor-de-lis - Diz a história que o rei Clóvis I da França, quando ficou encurralado entre as tropas dos godos em uma curva do rio Reno, perto de Colônia, observou rio abaixo essas plantas em flor. Sabendo que eram de águas rasas, percebeu que naquele local o exército poderia atravessar. Foi o que aconteceu e, em gratidão, o rei fez da flor seu emblema e tornou-a símbolo da França. Outra lenda diz que seu nome é corruptela de "flor de Luís" (fleur de Louis) em homenagem a Luís VII da França, que a adotou como símbolo heráldico na sua cruzada contra os sarracenos. Seu rizoma é fonte de um pigmento preto, e as flores, de um pigmento amarelo. O rizoma reduzido a pó é afrodisíaco para ambos os sexos.
Tâmara - A tamareira é considerada árvore sagrada e mágica há milhares de anos. No Egito, a tamareira era uma árvore sagrada, e a folha era símbolo do deus Heh, que representava a eternidade. Mais tarde, passou a ser símbolo de fecundidade, fertilidade e vitória. As tâmaras são usadas como doces ou para cobrir quitutes afrodisíacos. Os egípcios comem as tâmaras antes de fazer amor.
Fonte: No Rastro de Afrodite - Plantas Afrodisíacas e Culinária (Editora Senac São Paulo e Ateliê Editorial), escrito pelo botânico Gil Felippe
Os Signos e as Plantas
Os Signos e as Flores
A Lei das Correspondências é apenas uma das muitas que governam os vários processo criativos do Universo. E a astrologia é um dos meios pelos quais estas leis podem ser reconhecidas na prática.
Dentro do estudo da astrologia, existe a presença constante da correspondência - tudo está interligado e é influenciado por outros elementos. Pela Lei da Correspondência, cada signo está relacionado a um elemento da existência humana, de acordo com sua simbologia e com as vibrações de seu planeta regente. Assim, os signos regem as partes do corpo humano, têm correspondência com as cores, com as pedras preciosas, com os perfumes e até com as flores.
Veja abaixo as flores que são regidas por cada signo, lembrando que quando uma planta é regida por Áries, por exemplo, significa que ela possui vibrações que estão muito ligadas a este signo e seu planeta regente, Marte.
SIGNOS FLORES
Áries (Marte)
O ariano costuma ser direto e competitivo. Não costuma fazer rodeios. Precisa de desafios, por isso está sempre à procura de novas metas. No entanto, a impaciência é a sua característica predominante. Odeia esperar. Seu temperamento é forte, mas não guarda ressentimentos. Dália, gerânio, bico-de-papagaio, cravo, gérbera e antúrio
Touro (Vênus)
O taurino gosta de preservar tudo o que valioso, quer se trate de dinheiro, de arte, de natureza ou de relacionamentos. Busca a segurança e a estabilidade material. Sólido e firme, só perde a calma quando abusam de sua paciência. Seu lar costuma ser um oásis de tranqüilidade e conforto.
Kalanchoe, amor-perfeito e rosa amarela
Gêmeos (Mercúrio)
O nativo de Gêmeos é ágil, versátil e despreocupado. A vida para ele nada mais é do que um bom exercício mental. Para saciar sua curiosidade está sempre pesquisando algum assunto. Sempre em movimento, circula pelos ambientes sociais à procura de uma conversa inteligente. Seu temperamento agitado exige mudança e excitação contínuas. Lavanda, azaléia, margarida,
verbena e flores que nascem espontaneamente (ex: maria-sem-vergonha)
Câncer (Lua)
O canceriano aprecia a casa, a família e as tradições. É extremamente sensível e emotivo, embora geralmente procure esconder isso. Um espírito devotado e protetor é natural deste signo, assim como a forte ligação que tem com suas raízes. Lírio branco, rosa branca, jasmim, flores minúsculas e todas as plantas que crescem em água.
Leão (Sol)
O leonino vive como se estivesse num palco, sempre se apresentando. Adora ser visto e admirado. Cheio de energia vital, é confiante, ousado e altivo. É extrovertido, orgulhoso e consciente de seus direitos. Funcho, salsa, arroz, canela, narciso, lírio amarelo, girassol, e boca-de-leão
Virgem (Mercúrio)
O virginiano é amante dos detalhes e à vezes se prende tanto a eles que não consegue ter uma visão ampla das coisas. É, também, especialista em fazer cálculos e análises minuciosas. Reservado, sutil e muito realista, deve evitar a mania de perfeição. Aprecia a atividade constante e está sempre disposto a ajudar. Madressilva, frésia e flores do campo
Libra (Vênus)
Para o libriano o mundo deveria ser equilibrado, perfeito, simétrico e harmonioso. Acredita na justiça e igualdade e, por isso, às vezes se desilude com as imperfeições humanas. Sempre procura o bom, o verdadeiro e o belo. Sabe usar seu charme e diplomacia natural, evitando demonstrar agressividade ou impaciência. Rosas, prímula e lisianthus
Escorpião (Plutão)
Enigmático e penetrante, o nativo de Escorpião sonda sem nada revelar. Por baixo deste manto enigmático, é profundamente sentimental e sensível. Tem um instinto especial para perceber aquilo que os outros querem esconder. Está sempre apaixonado, seja pelo trabalho, pela vida ou por alguém em especial. Gladíolos, amarílis, bromélias e todas as plantas com espinhos
Sagitário (Júpiter)
Para o sagitariano a vida é uma aventura, uma viagem, uma busca. E o mais importante é fazer de tudo isso uma experiência rica, interessante e variada. Adora o que é novo e inexplorado. É sincero, jovial e otimista, embora sua falta de tato seja inegável. Necessita de estímulos mentais, mudanças e novos horizontes. Agapanto, hortênsia e tulipa.
Capricórnio (Saturno)
Racional e sério, o capricorniano se preocupa com tudo. É disciplinado, astuto e ambicioso. A desconfiança que tem da vida, faz com que faça tudo com prudência. A realização de um projeto pode consumir sua vida inteira, mas com certeza vai lhe dar poder e conforto. Violeta, orquídea e lírio tigrado.
Aquário (Urano)
Embora seja uma pessoa afável e tranqüila, o aquariano gosta de desafiar o senso comum e até pode ser divertir em chocar as pessoas mais convencionais. Instintivamente, acredita que todos os hábitos antigos estão errados. Possui um senso de justiça muito apurado, seus ideais são a igualdade, a liberdade e a fraternidade. Copo-de-leite (calla), íris e strelítzia.
Peixes (Netuno)
O pisciano sente-se atraído pelo misticismo, pelo transcendental e mágico. É emotivo, sensível e profundamente intuitivo, embora sua insegurança às vezes o torne indeciso e sugestionável. Papoula, tabaco, flor-de-lótus e angélica
A verdadeira flor-de-lis
A verdadeira flor-de-lisPor: Rose Aielo Blanco*Símbolo do escotismo, a flor-de-lis desperta muita curiosidade a respeito de sua origem e até controvérsias quanto à verdadeira planta popularmente batizada com este nome. É quase impossível precisar a exata origem do símbolo. A única certeza é que seu surgimento data de épocas bem remotas. Sabe-se que a imagem da flor-de-lis foi usada nas armas da França em 496. O desenho da flor era colocado no manto de reis na época pré-Cruzadas, na indumentária de luxo dos reis de armas, nos pavilhões, nas bandeiras e, ainda hoje, em vários brasões de municípios franceses. No ano de 1125, a bandeira da França apresentava o seu campo semeado de flores-de-lis, o mesmo acontecendo com o seu brasão de armas até o reinado de Carlos V (1364), quando passaram a figurar apenas três. Conta-se que este rei teria adotado oficialmente o símbolo como emblema para honrar a Santíssima Trindade.
Alguns historiadores relatam que o símbolo começou a ser utilizado no reinado de Luiz VII, o Jovem (1147) e também como emblema da cidade de Florença. Este rei teria sido o primeiro dos reis da França a servir-se desse desenho para selar suas cartas-patentes, principalmente em alusão ao seu nome Luiz, que na época se escrevia "Loys". Os reis que vieram a seguir conservaram a flor-de-lis como atributo real e o mesmo fizeram seus descendentes.
Certos estudiosos da heráldica (arte ou ciência dos brasões) afirmam que a flor-de-lis teve sua origem na flor-de-lótus do Egito, outros defendem que foi inspirada na alabarda ou lírio - um ferro de três pontas que se colocava fincado nos fossos ou covas para espetar quem ali caísse. Outra possível origem é a de que seja uma cópia do desenho estampado em antigas moedas assírias e muçulmanas. A flor-de-lis é símbolo de poder e soberania, assim como de pureza de corpo e alma.
A verdadeira flor-de-lis é uma Amarilidácea
Entretanto, a relação do símbolo com determinada flor é encontrada em praticamente todas as referências. Mas qual seria
esta flor? Seria um lírio? Ou seria uma íris? Algumas referências afirmam que a planta chamada íris é a verdadeira flor-de-lis.
Segundo o livro ilustrado dos Signos e Símbolos, de Miranda Bruce-Mitford, Luís XVII adotou a íris como seu emblema
durante as Cruzadas e o nome evoluiu de "fleur-de-louis" para "fleur-de-lis" (flor-de-lis), representando com as três pétalas,
a fé, a sabedoria e o valor. Realmente, há uma grande semelhança entre a íris e a flor-de-lis, quando as analisamos de perfil.
Outras referências sugerem que a flor-de-lis é uma espécie de lírio. Os espanhóis traduzem "fleur-de-lis" como "flor del lírio"
(flor-de-lírio) e, neste caso, defende-se o lírio - e não uma íris - como a verdadeira flor-de-lis. Há uma lenda que ajuda a
reforçar esta idéia, contando que um anjo teria ofertado um lírio a Clóvis, rei dos Francos, em 496 d.C., quando este se
converteu ao Cristianismo.
A íris (Íris germanica) é uma planta da família das Iridáceas, originária da Europa. Já as espécies mais conhecidas de lírio (Lilium pumilum, Lilium speciosum, Lilium candidum) são plantas da família das Liliáceas, originárias da Ásia. A verdadeira flor-de-lis não pertence à família das Iridáceas, nem das Liliáceas: trata-se da Sprekelia formosissima, uma representante da família das Amarilidáceas, originária do México e da Guatemala. Conhecida em outros idiomas como lírio-asteca, lírio-de-Saint-James (St. James lily), lírio-de-saint-Jacques (Lis de Saint-Jacques) a Sprekelia formosíssima é a única espécie do gênero. O nome da espécie foi dado pelo botânico Linnaeus (Lineu) quando recebeu alguns bulbos de J. H. van Sprekelsen, um advogado alemão. Os espanhóis introduziram a planta na Europa, levando os bulbos do México, no final do século XVI.
Ficha da Planta
Nome Científico: Sprekelia formosissima
Nomes Populares: flor-de-lis, lírio-asteca, lírio de St. James, Jacobean lily, Lis de Saint-Jacques, Croix de Saint-Jacques
Família: Amarilidáceas
Origem: México e Guatemala
Características: Planta bulbosa, produz flores de cor vermelho-brilhante e folhas laminares que aparecem depois das flores.
Reprodução: Divisão de bulbos, durante o período de repouso
Luminosidade: sol pleno
Solo: Arenoso. Em vasos e canteiros, a mistura de solo ideal é a arenosa - 1 parte de terra vegetal, 1 parte de terra comum de jardim e 2 partes de areia.
Regas: Espaçadas no início do período vegetativo, intensificando para dias alternados até depois da floração, quando deve-se voltar a espaçar as regas. Recomenda-se evitar o excesso de água, pois pode provocar o apodrecimento do bulbos e o surgimento de doenças fúngicas.
Você sabe o que significa sonhar com flores?
A flor é o símbolo cósmico da vida, do amor, da geração e, por extensão, do sexo. É o símbolo da mulher que se ama, da beleza, do perfume e das lembranças queridas do amor...
As flores amarelas são de caráter solar e têm relação com os símbolos solares de sabedoria, força, poder, hierarquia; as flores vermelhas estão relacionadas com Marte, e as flores azuis são o símbolo do Santo Graal, da elevação e sublimação espiritual que é o destino dos seres...
Num sonho, ver um jardim ou muitas flores é indicação de alegria e fortuna; flores caídas do galho sugerem aflições. Sonhar que recebe uma flor de alguém, é casamento para solteiros...
Fonte: www.bemzen.com
Por que algumas plantas e pratos culinários
são considerados afrodisíacos?
Essa é a questão discutida no livro "No Rastro de Afrodite - Plantas Afrodisíacas e Culinária" (Editora Senac São Paulo e Ateliê Editorial), escrito pelo botânico Gil Felippe. O autor analisa 400 espécies e mostra as razões pelas quais elas são consideradas afrodisíacas, além de apresentar algumas receitas culinárias que podem despertar os sentidos.
Afrodite, a deusa do amor, que emergiu do oceano em uma concha e abandonou o mar nas praias de Chipre, fazia uma planta nascer apenas com o toque de seus pés - o primeiro vegetal a surgir em seu rastro foi a romã. Com o tempo, as plantas criadas pelo dom da deusa passaram a ser veneradas como dádivas de Afrodite aos homens e conhecidas como espécies afrodisíacas. Essa é a lenda que se criou em torno de frutos, caules, bulbos e raízes que, cientificamente ou nas crenças populares, são considerados afrodisíacos.
Gil Felippe, Ph.D. em botânica (fisiologia vegetal) pela Universidade de Edimburgo (Escócia), se debruça em estudos de botânica para analisar cada uma das espécies de vegetais, mostrando sua origem, denominação, gênero, família e uso na culinária, na perfumaria ou medicina. Discorre também sobre as lendas e crenças populares que cercam essas plantas, além de mostrar receitas culinárias reunidas por ele durante os anos em que morou no Reino Unido e também depois, na volta ao Brasil. Algumas das receitas já foram testadas por Felippe e outras foram recolhidas de amigos e de livros e jornais.
Histórias curiosas que cercam algumas das plantas analisadas na obra:
Flor-de-lis - Diz a história que o rei Clóvis I da França, quando ficou encurralado entre as tropas dos godos em uma curva do rio Reno, perto de Colônia, observou rio abaixo essas plantas em flor. Sabendo que eram de águas rasas, percebeu que naquele local o exército poderia atravessar. Foi o que aconteceu e, em gratidão, o rei fez da flor seu emblema e tornou-a símbolo da França. Outra lenda diz que seu nome é corruptela de "flor de Luís" (fleur de Louis) em homenagem a Luís VII da França, que a adotou como símbolo heráldico na sua cruzada contra os sarracenos. Seu rizoma é fonte de um pigmento preto, e as flores, de um pigmento amarelo. O rizoma reduzido a pó é afrodisíaco para ambos os sexos.
Tâmara - A tamareira é considerada árvore sagrada e mágica há milhares de anos. No Egito, a tamareira era uma árvore sagrada, e a folha era símbolo do deus Heh, que representava a eternidade. Mais tarde, passou a ser símbolo de fecundidade, fertilidade e vitória. As tâmaras são usadas como doces ou para cobrir quitutes afrodisíacos. Os egípcios comem as tâmaras antes de fazer amor.
Fonte: No Rastro de Afrodite - Plantas Afrodisíacas e Culinária (Editora Senac São Paulo e Ateliê Editorial), escrito pelo botânico Gil Felippe
Pimentão verde contém menos calorias
Pimentão verde contém menos calorias
Verde, vermelho ou amarelo, que tipo de pimentão escolher?
Conhecer algumas características do alimento pode ajudar na hora da compra. O verde seria vermelho ou amarelo se não fosse colhido com 120 dias - seus companheiros esperam 150 dias.
Grande ou pequeno é sempre um pimentão imaturo.
Em relação ao beta-caroteno, precursor da vitamina A no organismo e antioxidante, o vermelho ganha com larga vantagem, pois tem, em cada 100 gramas, 2.379 microgramas dessa substância que combate os radicais livres, contra 198 no verde e 120 no amarelo.
O amarelo é campeão em vitamina C. Em 100 gramas, encontram-se cerca de 330 miligramas desse nutriente.
A mesma porção do vermelho oferece somente 180 miligramas e do verde, mal chega a 150 miligramas. O vermelho e o amarelo acumularam carboidratos com a idade, por isso são levemente adocicados.
O verde tem um gosto mais ácido.
Todos são alimentos muito leves, mas o verde é ainda mais. Esse tipo tem apenas 16 calorias em cada 100 gramas, contra 26 do vermelho e 27 do amarelo.
Planta ajuda a monitorar poluição
Planta ajuda a monitorar poluição
Tradescantia pallida cv. purpurea
Em dias mais poluídos, uma pessoa tem 33% a mais de chance de sofrer um infarto. Levantamento feito na cidade de São Paulo revela que pelo menos 12% das mortes envolvendo idosos acontecem em decorrência dos altos níveis de poluentes emitidos principalmente pelos veículos existentes na cidade.
Além de causar doenças cardiovasculares (infarto e arritmia) e respiratórias (asma e pneumonia), a poluição ainda é vista como um verdadeiro veneno para gestantes e bebês. Já está comprovado que altos níveis de poluentes podem contribuir para a prematuridade da criança e seu baixo peso ao nascer.
E o que isso tem a ver com a planta popularmente conhecida como "coração-roxo"?
É que o Laboratório de Poluição Atmosférica Experimental da Universidade de São Paulo (LPAE/USP) realizou um estudo que comprova que a planta Tradescantia pallida, a popular coração-roxo, ajuda no controle da qualidade do ar - é o biomonitoramento.
Na cidade de Santo André (SP), a planta está ajudando o Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) a monitorar a qualidade do ar da cidade, servindo como um sensor na análise de dados. O objetivo é fazer um mapeamento completo dos bairros mais poluídos. Em 2002, floreiras foram plantadas em seis pontos da cidade.
Em um estudo preliminar, analisando-se mutações da planta entre setembro de 2003 e janeiro de 2004, constatou-se as áreas mais poluídas de Santo André.
A idéia do biomonitoramento foi do professor Paulo Saldiva, da Faculdade de Medicina da USP, parceira no estudo. Em 2002, Saldiva participou em Santo André de um seminário sobre meio ambiente e propôs para a Prefeitura o biomonitoramento, por ser uma tecnologia mais barata e tão precisa quanto os métodos convencionais. "Santo André é uma cidade com vocação industrial e com número elevado de carros. Daí a preocupação com o monitoramento do nível de poluição", diz Saldiva, supervisor do programa.
Em 1998, o professor descobriu as propriedades do coração roxo na Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, por meio de um pesquisador chinês. "Essa planta é fácil de cultivar em qualquer lugar e tem alta resistência. O seu DNA (ácido desoxirribonucleico) registra os poluentes e suas mudanças", conta Saldiva.
Entre 2002 e 2003, foram preparadas as condições para a coleta das plantas. "Esse tempo foi necessário para que criássemos condições iguais de cultivo nos seis pontos da cidade, para que não houvesse divergência de dados", explica a bióloga Eriane.
Entre setembro de 2003 e setembro deste ano, foram recolhidas amostras quinzenalmente nas floreiras e encaminhadas para a USP e para o Ipen (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares), que é responsável em detectar todos os elementos poluentes encontrados.
O projeto também tem o objetivo de realizar educação ambiental. Estudantes de escolas municipais e estaduais são convidados a conhecer o programa e entender as propostas do biomonitoramento. "Tentamos conscientizar os jovens sobre a necessidade de preservação ambiental", conta Eriane.
E em Salvador, na Bahia, a plantinha também está mostrando serviço...
Ainda que Salvador não possua grandes complexos industriais dentro da área urbana, sua população está vulnerável a ação de diversos poluentes que são liberados principalmente a partir da queima de combustíveis durante o funcionamento de veículos automotores. A depender da concentração, esses poluentes podem causar até câncer. Esta afirmação é da bióloga Josanidia Santana Lima, que coordena uma pesquisa sobre a utilização da Tradescantia pallida cv. purpurea (normalmente encontrada em canteiros públicos da cidade) na avaliação da poluição atmosférica de Salvador.
A pesquisa com a Tradescantia pallida, segundo a bióloga, é apenas uma das várias na área de biomonitoramento atmosférico por meio de vegetais realizado pelo Laboratório de Avaliação de Impactos em Ecossistemas Terrestres (Laviet) do Instituto de Biologia (Ibio) da Universidade Federal da Bahia (Ufba), do qual é coordenadora. "Esse biomonitoramento pode ser ativo ou passivo. No primeiro caso, monitora-se a vegetação já presente no ambiente que se está avaliando. No segundo, introduz-se nas áreas a serem avaliadas vegetais cultivados em condições padrões", explica.
O biomonitoramento usando a Tradescantia pallida é ativo, uma vez que a planta já existia nos ambientes avaliados. Em termos práticos, ele se traduz na utilização do que Josanidia Lima chama de "teste Trad-MCN", que se baseia na contagem de micronúcleos em células mães de grãos de pólen na Tradescantia. "O uso deste teste permite determinar a capacidade de substâncias causarem danos ao material genético, levando à formação de micronúcleos ao fim da divisão celular. Uma freqüência elevada de micronúcleos nas análises é o indicador de que as substâncias afetam a planta", explica a bióloga.
A estrutura do DNA e seus mecanismos de replicação e reparo são universais para todos os seres vivos, ou seja, o que causa danos ao material genético dos vegetais pode vir a causar danos aos cromossomos de seres humanos.
O teste Trad-MCN revelou que, nos locais testados com um maior tráfego de automóveis, onde a emissão de poluentes é maior, há uma concentração de "compostos clastogênicos", pois as células da planta recolhida nesses lugares apresentaram mutação genética (alta freqüência de micronúcleos). "Já nas células da planta recolhida em áreas de menor fluxo de veículos, as freqüências médias de micronúcleos encontradas foram menores", compara.
De acordo com Jasanidia Lima, a freqüência de micronúcleos esperada para locais isentos ou com nível baixo de poluição é de 8%, enquanto que em locais extremamente poluídos, como garagens de grandes edifícios, são esperadas freqüências que atinjam até 28%. Estudos remontam a 1789O uso de vegetais como bioindicadores data de 1789, segundo a bióloga Josanidia Lima. "Quatro químicos holandeses observaram que plantas de hortelã e feijão, em uma redoma, ficaram manchadas depois de expostas, por um dia, a vapores de mercúrio e morreram dias depois", conta. O teste Trad-MCN, por sua vez, foi desenvolvido em 1978. Desde então, ele tem sido utilizado para monitorar a ação de poluentes do ar em vários locais dos Estados Unidos, Canadá, Alemanha, República Popular da China e México. O teste foi introduzido no Brasil recentemente e já foi utilizado com sucesso por pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e do Instituto de Botânica de São Paulo.
A espécie Tradescantia pallida cv. purpurea é uma planta ornamental facilmente encontrada em ruas e jardins, mesmo em locais com concentrações elevadas de poluentes atmosféricos. Por essas características, ela é adequada para o biomonitoramento.
Uma das principais vantagens do teste Trad-MCN, segundo Jasanidia Lima, é que ele é rápido, altamente sensível, eficiente e econômico, fornecendo uma advertência precoce sobre a qualidade do ar. "É bastante adequado para ser implementado em países em desenvolvimento para fins de proteção ambiental e da saúde da população", conclui.
Fontes: Correio da Bahia e Diário do Grande
Maior flor do mundo não é a mais perfumada
Amorphophallus titanum
Ao contrário do que se pode imaginar, a maior flor do mundo não é a mais perfumada. Trata-se da Titan Arum (Amorphophallus titanum), que pode chegar a 6 metros de altura, com média de 1,35 metro de diâmetro. Mas tanto tamanho não significa muito perfume. Em razão do seu odor repulsivo, esta flor é chamada de "flor-cadáver".
Ela só floresce duas ou três vezes durante seus 40 anos de vida e cheira mal para atrair moscas e besouros que se alimentam de carniça, responsáveis pela polinização da flor. A estratégia usada para fazer o cheiro ficar ainda mais forte e atrair mais insetos é interessante: a planta se aquece e sua temperatura interna chega a 36 graus. Para tanto, ela consome grande parte da energia que possui armazenada. Isso explica porque ela floresce tão poucas vezes e porque os cientistas precisam de máscaras para chegar perto da Titan Arum quando ela está aberta - com todo este calor, o fedor é insuportável.
Descoberta pelo botânico italiano Odoardo Beccari, em 1879, a Titan Arum é originária das florestas tropicais de Sumatra, uma ilha da Indonésia, no Oceano Índico. Mais uma curiosidade sobre esta flor singular: o apelido de "flor cadáver" teria surgido em função de uma lenda que diz que, quando se abre, a flor devora quem a cultivou. Uuuuuuuu!
Sobremesa de Girassol
Surpreeenda-se! Aprenda a fazer uma deliciosa sobremesa com nada menos que girassóis!
Atenção: deve-se utilizar apenas flores que não sofreram tratamento com agrotóxicos ou outros produtos químicos.
Extraída do livro "Entre o Jardim e a Horta - As flores que vão para a mesa", de Gil Felippe, esta receita de Botões de girassol açucarados vai surpreender seu paladar e também seus olhos!
O Girassol era o símbolo do sol nas culturas americanas antigas, já era cultivado há mais de 3 mil anos pelos indígenas do norte do México e foi introduzido na Europa em 1510. Os astecas decoravam seus templos e coroavam suas sacerdotisas com flores de girassol, e os maias faziam um extrato de pétalas (na verdade, as lígulas), usado como afrodisíaco. Atualmente, no México, as pétalas são ingeridas após refogadas em óleo, para felicidade do casal no casamento. Os botões do girassol são cozidos e servidos como aspargos ou como alcachofras, e as lígulas usadas em saladas ou sopas. As lígulas têm gosto amargo, e para diminuí-lo basta aferventá-las rapidamente. São usadas para curar reumatismo e problemas de intestino.
A semente do girassol (25% a 32% de óleo) é a segunda maior fonte de óleo comestível vegetal do mundo.
Botões de girassol açucarados
10 botões de girassol
20g de manteiga
30g de farinha de rosca
2 limões-galegos
açúcar de confeiteiro a gosto
Colocar os botões de girassol em água e ferver durante 2 ou 3 minutos. Jogar a água fora para remover o amargo dos botões, colocar água nova e pôr para ferver até os botões ficarem tenros. Remover a água. Em uma frigideira, amolecer a manteiga, adicionar a farinha de rosca; mexer bem até a farinha ficar dourada. Juntar os botões de girassol, o suco dos dois limões, deixar aquecer e misturar bem para cobrir com a farinha os botões. Polvilhar com açúcar. Para servir, enfeitar com lígulas de girassol.
Horóscopo das Árvores
"O Horóscopo das Árvores" é atribuído aos druidas - sacerdotes celtas que viveram nas regiões da Gália e da Irlanda durante a Idade Média que, além de realizar as funções sacerdotais, também se dedicavam aos estudos da magia, das propriedades curativas das plantas e dos corpos celestes.
Os celtas viam nas árvores não só a essência da vida, como também um recurso para prever o futuro. Curiosamente, este meio tão primitivo era considerado pelos druidas como o mais eficaz na hora de estabelecer um prognóstico sobre o destino de alguém. Ao observar todo o conjunto da árvore, desde suas raízes que se infiltram na terra até sua copa muito ou pouco frondosa, eles aconselhavam manter os olhos elevados, permanecer bem apoiado no solo e ter em conta que a natureza é tão previsível que após o tempo de queda das folhas vem outro de frio ou de neve, o que propicia o surgimento dos melhores brotos, justamente quando chega a época de fertilidade e da renovação da vida.
Desde o início dos tempos, os celtas mantinham uma relação vital com as árvores. Elas lhes proporcionavam em primeiro lugar lenha, sombra e alojamento para as aves que se convertiam em caça para alimentar o povo. Mas havia mais. A árvore reunia em si a idéia do cosmo, ao viver em contínua regeneração. Para os druidas, era muito amplo o simbolismo da verticalidade contido na árvore: era a vida em completa evolução, numa ascensão permanente até o céu. Por outro lado, a árvore permitia estabelecer uma comunicação com os três níveis do cosmo: o subterrâneo - por suas raízes que se infiltram nas profundezas em busca de água -, o mundo da superfície da terra - por meio de seu tronco e galhos - e o mundo das alturas, por meio da copa e dos ramos superiores. Tudo sempre reunido na totalidade de seus elementos: a água que flui em seu interior, a terra que se integra em seu corpo pelas raízes, o ar que alimenta as folhas e o fogo que surge de sua fricção. Os celtas obtinham o fogo atritando habilmente os galhos, entre os quais colocavam folhas secas ou palha.
Ao observar que as raízes da árvore desapareciam por dentro do solo enquanto seus galhos se elevavam ao céu, os druidas passaram a considerá-la como um perfeito símbolo da relação entre o céu e a terra. Há simbolismo também nas próprias características das árvores: as folhas caducas e as folhas perenes simbolizariam os opostos: as árvores de folhas caducas representam os ciclos das mortes e renascimentos; enquanto as de folhas perenes representam a imortalidade da alma- assim, são duas manifestações diferentes de uma mesma identidade.
Acredita-se que os druidas, baseados na meticulosa observação das espécies que cresciam nas florestas, elaboraram um horóscopo especial, no qual cada árvore é associada a certas características da personalidade. Adaptado para o Hemisfério Sul, o oráculo traz árvores tropicais, como coqueiro e goiabeira. Carvalho, ipê, oliveira e jacarandá representam as pessoas que nasceram em datas especiais de mudança de estação.
Não dá para saber realmente a verdadeira origem (e veracidade) deste horóscopo, mas a vale a pena saber qual é a árvore da sua personalidade. Descubra qual é a sua!
CEDRO - 2 a 11 de janeiro e 5 a 14 de julho
Os nativos de cedro gostam de ser o centro das atenções. São inteligentes, práticos, bons administradores e buscam sempre satisfazer suas necessidades, tanto afetivas quanto econômicas. No amor são racionais, não se iludem e procuram alguém que tenha boas perspectivas em todos os setores da vida.
QUARESMEIRA - 12 a 24 de janeiro e 15 a 25 de julho
Charmosa e bonita sem fazer esforço, a quaresmeira é vaidosa e segura de seu poder de atração. Mas pode se tornar arrogante. De natureza intuitiva, seus nativos também sabem ser carinhosos com a pessoa que amam, especialmente se ela se mostra mesmo bem envolvida. Têm senso de humor e cultivam a harmonia em casa.
CIPRESTE - 25 de janeiro a 3 de fevereiro e 26 de julho a 4 de agosto
Fortes e saudáveis, aqueles que têm o cipreste como símbolo costumam ser bons amigos e ótimos amantes. Gostam da vida no campo, de animais e crianças. São joviais e versáteis, do tipo que sempre topa os programas mais malucos. Nos relacionamentos afetivos, podem parecer um pouco infantis, mas são carinhosos e se mantêm fiéis.
AMOREIRA - 4 a 8 de fevereiro, 1º a 14 de maio e 5 a 13 de agosto
Os nativos de amoreira detestam pedir qualquer coisa aos outros. São orgulhosos e enfrentam tudo com postura digna. O traço negativo é que podem deixar o pessimismo atrapalhar sua vida. Analisam as circunstâncias, mas têm dificuldade em encontrar soluções para os problemas. Para serem felizes, precisam de coragem.
COQUEIRO - 9 a 18 de fevereiro e 14 a 23 de agosto
É sempre agradável estar ao lado de alguém de coqueiro. Eles são confiantes, ágeis, bem-humorados, observadores e práticos. Lembram verdadeiros guerreiros, pois não se assustam com nada. Bonitos e resistentes, vivem o amor de maneira bem intensa, sem limites e dão o melhor de si em busca da felicidade e da alegria.
PINHEIRO - 19 a 28 de fevereiro e 24 de agosto a 2 de setembro
Altivas, requintadas e elegantes, as pessoas de pinheiro em geral são marcantes e fortes. Enfrentam as dificuldades com fibra e garra e sempre acreditam que são capazes de vencer. Não se deixam abater e persistem em seus objetivos. Sabem tornar a vida confortável para si e para os outros. No amor, são entusiasmadas e dedicadas.
SALGUEIRO - 1º a 10 de março e 3 a 12 de setembro
Ligado à lua e ao feminino. A beleza dos nativos de salgueiro vem de uma mistura inesperada de melancolia e sensualidade. Eles amam a natureza, são sociáveis e extrovertidos. Gostam de viajar, de descobrir novas idéias e influências. No amor, se expressam com romantismo, mas preferem não assumir compromissos rígidos.
EUCALIPTO - 11 a 20 de março e 13 a 22 de setembro
As pessoas que nasceram sob o signo do eucalipto são criativas e dinâmicas, tanto que estão sempre envolvidas em projetos arrojados. Seu ponto forte é a inteligência. Embora pareçam calmas, têm uma vida interior bastante agitada, o que às vezes as torna meio contraditórias. Amam com intensidade e são muito possessivas.
MANACÁ - 11 a 20 de abril e 14 a 23 de outubro
As pessoas de manacá têm apurado senso de justiça e revoltam-se diante de arbitrariedades. Por isso, podem enfrentar problemas e sofrer decepções antes de vencer. São fortes, esportivas e saudáveis. Sentimentalmente, preferem as relações mais seguras e sem conflitos. Magoam-se com facilidade e não gostam de ser contrariadas.
PAINEIRA - 21 a 30 de abril e 24 de outubro a 2 de novembro
Caprichosas, as pessoas de paineira são um poço de contradição. Num momento podem estar alegres, de ótimo humor. Em outro, fecham a cara. São generosas e egoístas, ciumentas e desprendidas, tudo ao mesmo tempo. Só conseguem a felicidade ao encontrar o equilíbrio e são persistentes na busca do autoconhecimento.
MANGUEIRA - 15 a 24 de maio e 3 a 21 de novembro
Os nativos de mangueira precisam de espaço, sol, ar fresco e muito carinho. São do tipo carente e vivem se queixando de solidão, mesmo quando estão cercados de amigos e admiradores. No amor, idealizam demais e acabam culpando os outros pelas próprias frustrações. O que lhes falta é pensar mais e colocar os pés no chão.
ACÁCIA- 25 de maio a 3 de junho e 22 de novembro a 1º de dezembro
Alegres e um pouco irresponsáveis, as pessoas de acácia conquistam a todos com sua delicadeza e bom humor. São tão cativantes que ninguém consegue se irritar com elas, mesmo que cometam gafes e abusos. Não guardam mágoas, perdoam com facilidade e aceitam críticas. Também são bem ambiciosas e não admitem ser enganadas.
SERINGUEIRA - 4 a 13 de junho e 2 a 11 de dezembro
Os nativos de seringueira sofrem por antecipação, são frágeis e se assustam com facilidade. Embora tenham valores excepcionais, não sabem exteriorizar os bons sentimentos. Muitas vezes passam a imagem de insensíveis. No amor, têm dificuldade para se entregar, mas depois que adquirem confiança fazem seus companheiros felizes.
FIGUEIRA - 14 a 20 de junho e 12 a 20 de dezembro
Essas pessoas não passam despercebidas. São sensíveis, fortes, seguras e sensuais. Mas são um tanto egocêntricas e não sabem lidar com adversidades. Diante de situações muito complicadas, perdem a calma e ficam desorientadas. Como são inteligentes e independentes, devem aprender a usar melhor o próprio potencial.
IPÊ - 21 de junho
Os nativos de ipê são calmos, persuasivos e sabem argumentar na defesa de suas idéias. Embora gostem de convencer os outros, não são do tipo que insiste - e deixam que o tempo se encarregue de mostrar que estavam certos. Se sua timidez e introspecção forem bem trabalhadas, a vida afetiva correrá de forma satisfatória e tranqüila.
JACARANDÁ - 21 de dezembro
Quem tem essa árvore como símbolo está sempre envolvido em uma aura de magia. São pessoas sofisticadas, vaidosas e imaginativas. No amor, preferem estar no comando, gostam de relações intensas e não dão a menor importância às convenções sociais. São generosas e sociáveis, mas nem sempre se entregam totalmente.
GOIABEIRA - 22 de junho a 4 de julho e 22 de dezembro a 1º de janeiro
Expressivas e expansivas, as pessoas de goiabeira são românticas, sensuais e afetuosas. Vivem em função de amar e ser amadas. Sinceras e leais, elas nem sempre se sentem satisfeitas em seus relacionamentos. Detestam rotina em qualquer circunstância da vida e tendem a mudar de parceiro ao menor sinal de monotonia.
CARVALHO - 21 de março
Aqueles que nascem sob esse signo são fortes física e moralmente, daquele tipo que quebra, porém não enverga. Observadores, costumam ter o pé no chão, são inteligentes e vão direto ao ponto. No amor, podem ser volúveis, especialmente quando mais jovens, mas com o passar do tempo tendem a dar maior importância à fidelidade.
OLIVEIRA - 23 de setembro
De personalidade marcante, as pessoas de oliveira costumam ser atraentes e compreensivas. Prestam atenção a quem está à sua volta, mas não se intrometem na vida dos outros. Detestam violência. Preferem tirar as próprias conclusões. Para elas, a questão a ser trabalhada é o ciúme exagerado, só dominado com busca interior.
CAJUEIRO - 22 a 31 de março e 24 de setembro a 3 de outubro
Os nativos de cajueiro são sensíveis e afetivos, têm enorme capacidade de amar e de fazer sacrifícios para ajudar os outros. Ao redor deles sempre há uma atmosfera de magia, que fascina. Sutis e intuitivos, percebem as coisas no ar e detectam o que está para acontecer antes de todo mundo. São também generosos no amor.
BAMBU - 1º a 10 de abril e 4 a 13 de outubro
Capazes de ajudar os outros em quase todas as situações, aqueles que têm o bambu como símbolo mantêm boas relações com os mais variados tipos de pessoas. São amigáveis e sabem se respeitar. No amor, tudo corre muito bem desde que sejam correspondidos. Mas se tornam inflexíveis e vingativos se os seus sentimentos são desprezados.
Flor que enfeita salada previne doenças
Uma flor comestível, mais usada como ornamental do que para enfeitar saladas, está agitando o meio científico: é a Capuchinha, também conhecida como Nastúrcio. Nomeada cientificamente como Tropaeolum majus, a capuchinha acaba de revelar mais uma qualidade - a flor é rica em um carotenóide, a luteína, que está relacionada com a prevenção de doenças como a catarata e a degeneração macular, principal causa de cegueira entre pessoas com mais de 55 anos. A constatação está na dissertação de mestrado de Patrícia Yuasa Niizu, defendida junto à Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) da Unicamp.
Carotenóides são pigmentos amplamente distribuídos na natureza, responsáveis pelas cores laranja, amarela e vermelha das frutas, verduras, flores, alguns peixes e pássaros, bactérias, algas, fungos e leveduras. Embora não haja uma recomendação "formal" quanto à quantidade a ser consumida, alguns estudos apontam que a ingestão "prudente" dessas substâncias auxilia no fortalecimento do sistema imunológico e na redução de doenças degenerativas, como as do coração, da visão e certos tipos de câncer. De acordo com Patrícia, existem pesquisas que apontam que cinco porções de frutas e verduras ao dia seriam adequadas para proporcionar ganhos à saúde.
Pensando nisso, a autora da dissertação resolveu investigar um pouco mais sobre os carotenóides em flores, folhas e frutas. Em seu trabalho, Patrícia comprovou a Capuchinha é muito rica em luteína, um dado ignorado até então. O aspecto curioso dessa descoberta é que a flor, embora seja comestível, tem um uso mais decorativo do que nutritivo. "Por ser bonita e apresentar cores como o amarelo, o laranja e o vermelho, ela é mais utilizada para enfeitar saladas. Entretanto, se for consumida em níveis prudentes, a Capuchinha pode contribuir para prevenir doenças graves da visão, como a degeneração macular e a catarata", explica a autora da dissertação.
O único fator que depõe atualmente contra a Capuchinha é que, a exemplo de outras flores comestíveis, ela é cara, pois está associada a pratos refinados. Disponível nas gôndolas de supermercados, seu preço não está a alcance de muitas famílias brasileiras. "Mas esse problema pode ser contornado. Essa flor é de fácil cultivo. Pode ser plantada no quintal, como parte da horta doméstica. Além disso, tem um sabor bom, parecido com o do agrião. Em uma viagem recente a Portugal, minha orientadora constatou que a Capuchinha é tão abundante que divide espaço com o mato", conta Patrícia.
A Capuchinha, conforme a pesquisadora, poderia substituir uma outra flor, de nome Marigold. Embora não seja comestível, esta última é utilizada na composição da ração do frango. A luteína presente na Marigold reforça a coloração amarela tanto da pele da ave quanto da gema do ovo.
Num outro capítulo de sua dissertação, Patrícia investigou os carotenóides presentes nos alimentos mais consumidos pelos brasileiros, em saladas cruas. Foram analisados: alface lisa, alface crespa, agrião, almeirão, rúcula, cenoura, tomate e pimentão, sendo que este último não demonstrou ser tão rico nessas substâncias. As demais, porém, apresentam quantidades significativas dos compostos naturais, fato que recomenda a sua inclusão na dieta alimentar cotidiana dos brasileiros.
Por que as folhas ficam vermelhas no outono?
Por que as folhas das árvores se tornam avermelhadas antes de caírem no outono, e por que sua cor é mais viva em alguns anos? Uma pesquisa desenvolvida na Universidade de Wisconsin-Madison (EUA) propõe uma explicação simples para o fenômeno: "Os pigmentos vermelhos chamados antocianinas que se acumulam nas folhas funcionam como uma proteção contra a radiação solar intensa", diz William Hoch, coordenador do estudo publicado na revista Tree Physiology.
Os pigmentos vermelhos protegem o tecido que realiza a fotossíntese. Durante o outono, as árvores reabsorvem os nutrientes das folhas; para recolher o máximo de nutrientes antes que as folhas caiam, elas precisam da energia gerada na fotossíntese. Contudo, os sistemas que participam da fotossíntese -- muito utilizados no verão -- também estão sendo decompostos e absorvidos no outono. Além dessa decomposição, a fotossíntese pode ser inibida ainda por uma luminosidade muito intensa.
Por isso, logo que a reabsorção de nutrientes se inicia no outono, a concentração das antocianinas aumenta na superfície das folhas. "Esses pigmentos absorvem grande parte da luz que chega às folhas", afirma Hoch. Dessa forma, preserva-se a limitada habilidade das árvores de produzir energia durante o outono. Além da luz abundante, baixas temperaturas e outros fatores de estresse também provocam o acúmulo das antocianinas nas folhas.
A descoberta da equipe de Hoch confirma as observações de que as cores do outono são mais vivas em dias mais claros e nas folhas situadas na parte mais externa das árvores. "As regiões em que o outono é ensolarado e frio exibem folhas muito vermelhas nessa estação", diz Hoch. Fonte: Ciência Hoje On-line
Aguapé: a "planta-água"
A planta aguapé (Eichornia crassipes), também conhecida como baronesa, orelha-de-jegue, jacinto d´água e miriru pode ser considerada uma praga ou uma planta muito benéfica. Veja porquê.
A planta aquática conhecida como aguapé (Eichornia crassipes) é o que poderíamos chamar de "vegetal-água": 95% da planta corresponde à água. Esta planta possui raízes longas, (podem medir até um metro), rizomas, estolões, pecíolos, folhas e inflorescências. A parte que fica fora d´água, podendo atingir uma altura que varia desde alguns centímetros até um 1metro.
O aguapé se apresenta suspenso, flutuando livremente, enroscado em obstáculos, preso ao solo em locais de água rasa e até enraizado em áreas consideradas secas. A planta possui uma grande quantidade de pecíolos cheios de cavidades de ar - isso explica o enorme poder de flutuar. A reprodução dos aguapés ocorre por meio de sementes e por brotações laterais - novas plantas são produzidas por estolões e o seu crescimento lateral ocorre a partir do rizoma.
O aguapé serve de abrigo natural a organismos de vários tamanhos e aspectos, servindo de habitat para uma fauna bastante rica, desde microrganismos, moluscos, insetos, peixes, anfíbios e répteis até aves. Quando largado nas águas, sem uso, o aguapé chega a prejudicar a navegabilidade dos rios, causando até problemas em reservatórios de usinas hidrelétricas em razão de sua rápida proliferação. Entretanto, quando bem aproveitada esta planta pode trazer benefícios incríveis. Uma das principais vantagens do aguapé é que ele é um filtro natural, pois apresenta a capacidade de incorporar em seus tecidos uma grande quantidade de nutrientes.
Assim, se um lago ou um reservatório estiverem poluídos, coloca-se o aguapé: suas raízes longas e finas, com uma enorme quantidade de bactérias e fungos, atuam sobre as moléculas tóxicas, quebrando sua estrutura e permitindo que a planta assimile estes componentes tóxicos. O único cuidado é vigiar de perto seu crescimento vigoroso para mantê-lo sempre sob controle. Não se aconselha, entretanto, a utilização e presença de aguapés em lagos extensos, em represas com possíveis remansos ou mesmo em tanques de dimensões maiores, pelas dificuldades de remoção e controle.
Ficha da planta:
Nomes populares: aguapé, baronesa, jacinto d´água
Nome científico: Eichornia crassipes
Origem: Américas do Norte e do Sul
Porte: até 1 metro
Floração: Verão
Clima: Quente e úmido
Luminosidade: sol pleno
Havia flores no jardim dos dinossauros?
Um estegossauro que fosse transportado por uma máquina do tempo até os dias atuais estranharia principalmente a existência de grama e de flores, já que não havia nada parecido na paisagem jurássica, entre 208 e 144 milhões de anos atrás. Mas também encontraria coisas familiares. "Pelos fósseis encontrados não dá para saber se havia plantas exatamente iguais às atuais, mas certamente existiam algumas dos mesmos grupos", explica o botânico José Rubens Pirani, da Universidade de São Paulo.
As mais comuns naquele período eram as cicadáceas (como a Cyca, por exemplo), arbustos e árvores parecidos com palmeiras, que se espalhavam por praticamente todas as regiões. Por serem bem adaptadas, deixaram descendentes na Índia, na África e na Austrália.
E por que as cicadáceas eram bem adaptadas? Primeiro porque suas folhas não serviam de comida: duras e espinhentas, as folhas não eram apreciadas nem pelos animais nem pelos insetos - e isso garantia que a planta conseguisse crescer e produzir sementes. Depois, porque a resistência e dureza das folhas e tronco permitiam que a planta suportasse bem as grandes variações climáticas, especialmente a intensidade dos raios solares. Além disso, como produziam muitas sementes, mesmo que alguns besouros devorassem um bocado delas, ainda sobrava muito para garantir a sua reprodução.
Junto com as cicadáceas havia ainda outras plantas semelhantes às de hoje. É o caso das ancestrais da Gingko biloba, árvore cujas folhas são medicinais, e vários tipos de samambaias.
Fonte de pesquisa: Revista Superinteressante
Meio planta, meio bicho
Eles ficam entre o reino vegetal e o reino animal. Saiba quem são eles.
Eles ficam entre o reino vegetal e o reino animal. São os cogumelos, cujos corpos são formados por muita água. Um cogumelo é 90% água. Fora isso, é formado por filamentos, cujas membranas contém quitina e celulose. Como a quitina não é do reino vegetal, mas um componente da pele dos homens e dos insetos, os cogumelos são considerados um caso à parte na natureza: nem vegetais nem animais. Na verdade são fungos que se transformaram em frutos. Mundo estranho, não?
Fonte de pesquisa: Revista Superinteressante
Esta planta está sempre parada, no entanto ela se move
A natureza usa todos os mecanismos possíveis para preservar suas criaturas. Um dos fenômenos mais curiosos ocorre com a maranta, planta brasileira descoberta em 1875 e dedicada ao botânico Bartolomeu Maranta. Esta planta possui um sistema de células que se deslocam no ponto de junção do pecíolo e da folha, para orientar a lâmina foliar de modo a receber o máximo de luz. Assim, durante o dia as folhas da maranta ficam dispostas horizontalmente, ao contrário do período da noite, quando elas se levantam e se fecham.
Fonte: Revista Giardini, com tradução de Giuseppina Bruno Silva
Baunilha é a orquídea mais famosa
Vanila edwalli: a Baunilha
Embora muitas orquídeas tenham perfume típico, lembrando muito o cheiro do chocolate, coco, do morango e, principalmente de flores, poucas variedades são comestíveis. Uma das orquídeas mais famosas é a Vanila edwalli, que produz a baunilha, originária do Brasil e da América Central. Hoje é menos cultivada, já que o seu aroma foi sintetizado em laboratório. Também na Europa há uma orquídea, Orquis, muito usada para produzir sorvetes. No Japão, e mais recentemente na França, está sendo um sucesso uma geléia produzida com pétalas de orquídeas.
A prova de que o estudo das orquídeas e microorquídeas está sendo levado mais a sério é que em julho de 2002, a Cia. Suzano de Papel e Celulose assinou um convênio com a Associação Orquidófila de Mogi das Cruzes para que seus 78 sócios façam um levantamento das orquídeas existentes na sua área de preservação. O trabalho é inédito no Brasil, mas já foi possível identificar 72 gêneros e 132 espécies. "E ainda tem mais", entusiasma-se o presidente da Associação Orquidófila de Mogi das Cruzes, Masuji Kayasima. Fonte: www.estadao.com.br
Alho: verdades e lendas
Gripe? Tome um chá de alho! Vermes? Alho neles! Certamente você ouviu falar de algumas receitas "milagrosas" com este famoso tempero. Mas será que ele é mesmo bom para tudo?
Bem, cientificamente não se comprovou todas as aplicações populares do alho. Comprovou-se, por exemplo, que a alicina - substância presente na planta - atua na morte de bactérias causadoras de infecções e furunculoses. Funciona também como agente antiviral, combatendo, entre outros, o vírus da gripe. Outro fato é que determinadas substâncias presentes no alho podem ser benéficas para quem sofre com varizes: o alil deixa o sangue mais fluido; a adrenosina e o trissulfeto de metil-alila evitam os coágulos que interrompem o fluxo sangüíneo e deixam as veias inchadas. Povos antigos parecem que conheciam bem os poderes do alho.
No Egito antigo, há uns 4.500 anos, durante a construção da pirâmide de Queóps, os escravos eram alimentados com alho. Acreditava-se que com isso o rendimento físico era sensivelmente aumentado e que assim também era possível conseguir uma boa imunidade conta às epidemias típicas da época, como a cólera, o tifo e a varíola. Arqueólogos encontraram nas pirâmides algumas inscrições que, ao que tudo indica, se referem aos poderes do alho. Os babilônios empregavam o alho na alimentação, no tratamento de doenças respiratórias e problemas de pele.
Em épocas mais recentes, o alho foi usado durante a I Guerra Mundial, especialmente pelos ingleses, para combater infecções e tratar problemas como tuberculose e complicações das vias respiratórias. Na dúvida, não custa tentar, pois o alho só faz mal se consumido em excesso.
Agora as lendas:
· Uma antiga lenda islâmica afirma que quando o diabo foi expulso do paraíso, brotou uma planta de alho no chão pisado pelo seu pé esquerdo e que uma cebola nasceu da marca de seu pé direito.
· Nos mitos egípcios, o alho era uma das plantas mágicas, com poderes sobrenaturais. · Na Odisséia, poema épico do grego Homero, Ulisses usa o alho para fazer Circe se apaixonar por ele e, assim, consegue se livrar da perigosa feiticeira.
Rosas e lírios ajudam a relaxar
Segundo um estudo da Flowers and Plants Association da Inglaterra, rosas e lírios frescos contêm feniletilamina. A substância, responsável pelo perfume destas flores, estimula o organismo a liberar endorfina, hormônio que produz sensações de prazer. Por isso, manter um vasos com estas flores perto do sofá, na sala de estar, por exemplo, pode aumentar a sensação de relaxamento e bem-estar quando se chega em casa, após um dia de trabalho.
Cacto: um guardião, segundo o Feng Shui
O cacto é utilizado como guardião por algumas correntes do Feng Shui, por ser considerado um purificador de ambientes. Segundo os especialistas desta técnica milenar, o cacto age como uma barreira para os raios gama emitidos por aparelhos de TV e computadores.
Espada-de-são-jorge – a purificadora
Estudos realizados nos Estados Unidos, especialmente pela Nasa, estão indicando que as plantas realmente apresentam propriedades purificadoras de ambientes. A espada-de-são-jorge, por exemplo, elemento de proteção na umbanda, funcionaria como uma purificadora, pois absorve formaldeídos liberados por madeiras, tecidos sintéticos e carpetes.
Ganhar flores melhora a qualidade de vida
Os cientistas da Rutgens University, em New Brunswick, nos EUA, provaram que as flores despertam sentimentos de satisfação que influem no bem estar. "Os voluntários que receberam flores ficaram menos ansiosos e deprimidos", diz a pesquisadora Jeannette Haviland-Jones. A pessoa se sente querida e a auto-estima se eleva".
Bromélias viram a mata de cabeça para baixo
Exóticas e donas de uma enorme diversidade de cores e tamanhos, as bromélias definitivamente conquistaram seu espaço nos projetos de paisagismo. E não é de agora que a planta ganhou destaque no Brasil e no mundo. Um dos bons exemplos é o abacaxi, uma bromélia que chegou à mesa dos europeus após a segunda viagem de Cristovão Colombo à América.
Mas é na mata que as bromélias são imprescindíveis para garantir o equilíbrio ecológico de toda a região. E no desempenho desse papel eles são, realmente, incríveis. "Nas florestas tropicais da América existem verdadeiros pântanos suspensos sobre as árvores", escreveu um biólogo francês depois da descoberta, para ele surpreendente: uma variedade enorme de animais aquáticos, típicos habitantes de pântanos e lagoas, consegue viver a 30 metros de altura, junto às copas das árvores. Desde microscópicos protozoários e larvas de insetos até pequenos vertebrados, como os sapinhos arborícolas, sobrevivem naquela altura graças a pequenas quantidades de água de chuva ou de orvalho acumuladas pelas bromélias. São poucos os litros de água que uma planta dessas pode reter (com algumas honrosas exceções, como a Vriesia gigantea, por exemplo, que chega a conter 4 litros de água na roseta foliar), mas existem centenas de milhões (isso mesmo: centenas de milhões) de bromélias povoando os galhos das árvores em grandes extensões de florestas. Na Mata Atlântica, em apenas uma árvore é possível encontrar até quinhentas bromélias, cada qual com enorme quantidade de seres abrigados entre as folhas. Somando todas essas unidades obtém-se o que muito apropriadamente aquele biólogo chamou "um pântano suspenso".
É grande a variedade de plantas que servem de criadouro para pequenos animais, mas poucas conseguem hospedar uma fauna tão abundante e diversificada como as bromélias. Suspensas nas árvores, elas não abrigam apenas seres aquáticos. Em suas folhas podem ser encontrados também inesperados habitantes do solo e até do subsolo da floresta.
É que, além da água, uma boa quantidade de folhas caídas fica retida pela bromélia e todo esse material se decompõe lentamente, transformando-se num húmus muito semelhante ao do solo. Ela serve de residência para aranhas, besouros, centopéias, lesmas e até mesmo minhocas. Assim, não foi apenas o pântano que ficou suspenso com as bromélias: elas levaram para o telhado da floresta um pouco de seu chão e outro pouco do seu porão. Do ponto de vista ecológico, as bromélias conseguiram, literalmente, virar a mata de cabeça para baixo!
Fontes de pesquisa: SVMA-SP (Secretaria do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo), Jornal O Estado de S. Paulo e Revista Superinteressante
As bromélias e sua surpreendente capacidade de sobrevivência
Apesar de o abacaxi (Ananas comosus) ser de todos conhecidos, poucos sabem que é uma bromélia. Talvez por sua planta não ser considerada ornamental, como é a maioria das suas irmãs. Outra bromélia muito conhecida e que produz flores lindas é a popular barba-de-velho.
A denominação das bromélias é atribuída ao Padre francês Charles Plumier (1646 - 1704) que assim o fez em homenagem ao botânico sueco Olaf Bromel. As bromélias, já foram - e ainda são - motivo de muitas crendices que quase as extinguiram de várias regiões.
Nos anos de 1940 e nos primeiros de 1950, no litoral catarinense, numa tentativa inútil de controlar o mosquito transmissor (vetor) do agente da malária, destruíram-se todos os exemplares que puderam ser alcançados. Com isso, eliminaram-se diversos predadores do mosquito que viviam nas bromélias, enquanto que nas imensas áreas com água estagnadas, abundantes nas florestas, os vetores permaneceram e reproduziram-se sem serem incomodados.
Felizmente, a destruição de milhares de exemplares das bromeliáceas não levou à extinção esta bela criação da natureza.
A família das bromélias é composta de três sub-famílias, com aproximadamente 56 gêneros e 3.000 espécies. Fora das Américas (Sul, Central e Região Sul dos Estados Unidos) só há um gênero, a Pitcarnia feliciana, encontrada desde 1937 no litoral leste da África (Guiné), na linha do Equador.
As bromélias são encontradas desde o litoral até às cordilheiras dos Andes; tanto em florestas úmidas quanto nos desertos, tanto em árvore quanto no chão, tanto em substratos ricos em matéria orgânica, quanto penduradas em fios elétricos. O fato nos leva a pensar na capacidade de sobrevivência que desenvolveram para estarem presentes em ambientes tão diversos e adversos. Como se não bastasse tal razão para serem estudadas com afinco, são ainda de uma beleza ímpar, merecedoras de cultivos embelezadores, independente de estarem ou não floridas.
Uma árvore pode trabalhar como 5 aparelhos de ar condicionado
Uma árvore isolada pode transpirar, em média, 400 litros de água por dia, produzindo um efeito refrescante equivalente a 5 condicionadores de ar com capacidade de 2.500 kcal cada, funcionando 20 horas por dia.
Fonte: Guia de Planejamento da Arborização Urbana Cesp, CPFL e Eletropaulo.
A lua e as plantas: Todos já ouviram falar na influência das fases da Lua sobre as plantas. Saiba mais.
Todos já ouviram falar na influência das fases da Lua sobre as plantas. Esses efeitos estão relacionados, entre outras coisas, com a luminosidade que incide sobre elas à noite.
Um exemplo do poder lunar acontece na germinação das sementes, que é mais rápida quando realizada durante a Lua cheia, pois, em oposição ao Sol, esta reflete com mais potência a luz do astro. A única desvantagem é que, nesse período, as plantas são mais suscetíveis aos fungos. Veja outras formas de determinar a influência da Lua nas plantas:
O Ciclo Sideral, ou seja, a passagem da Lua pelas constelações, exerce grande influência no momento da semeadura. A cada mês, a Lua passa 3 dias diante de cada constelação, resultando numa ação combinada específica para cada parte da planta:
- a Lua em Peixes, Câncer e Escorpião estimula as folhas. É um período propício para o plantio de folhagens como samambaias, avencas, asplênio, chifre-de-veado, renda portuguesa, antúrios, cheflera e dracena. Na horta, pode-se plantar alface, couve, espinafre e agrião.
- a Lua em Áries, Leão e Sagitário beneficia o desenvolvimento dos frutos e sementes, favorecendo as flores que se propagam dessa maneira. É a época adequada para prímulas, crisântemos, cinerárias, gerânios, jasmins-rosado e camélias. Na horta, é ideal para tomate, abobrinha, pepino e morangos.
- a Lua em Touro, Virgem e Capricórnio favorece o desenvolvimento das raízes, tubérculos, bulbos e caules subterrâneos. Para florir seu jardim, as espécies são lírios, jacintos e tulipas (bulbos); angélicas, gloxínias e ciclame (tubérculos); e agapanto, copo-de-leite e cana-indica (rizomas). Na horta: cebola (bulbo), batata, batata-doce e mandioquinha (tubérculos); cenoura e mandioca (raízes).
- a Lua em Gêmeos, Libra e Aquário propicia o florescimento de seu jardim. É bom também para as plantas odoríferas. Plante rosas, jasmim, jasmim-de-cera, gardênia, gerânio perfumado, cacho-de-estrelas e abutilon. Na horta, plante hortelã, tomilho, manjericão, manjerona, orégano, salsa, alecrim e sálvia.
As constelações que favorecem as raízes são associadas ao elemento terra; as que são benéficas ao caule e às folhas, ligados à circulação da seiva, pertencem ao elemento água; as constelações que favorecem as flores são associadas ao elemento ar ou à luz; e os frutos e sementes, ao fogo ou calor.
Ciclos Ascendente e Descendente são nomes dados às posições da Lua no período de um mês, o mesmo movimento que observamos em relação ao Sol, no período de um ano. No inverno ele parece estar muito alto; no verão, mais baixo. Isso também acontece com a lua: numa quinzena, ela dá a impressão de estar "subindo", enquanto nos outros 15 dias parece estar "descendo" no céu. O seu ponto mais alto é chamado de apogeu, e o mais baixo de perigeu.
Nem sempre esse ciclo corresponde às luas crescente e minguante, respectivamente. Essa é uma coincidência que só acontece no inverno.
Para quem planta, a importância desse ciclo está no fato de que, nos períodos de Lua ascendente, a seiva dos vegetais acumula-se mais na parte aérea, ou seja, acima do solo. Assim, esses períodos favorecem os enxertos, beneficiados pela presença maior de seiva na parte aérea.
Também as plantas aromáticas que forem colhidas nesse tempo terão perfume mais duradouro.
Na Lua descendente, a concentração de seiva é maior nas raízes, favorecendo adubações, transplantes, replantio, podas e o corte da madeira. Segundo as tradições, cortes e podas devem ser feitos na lua minguante. Porém, como o Ciclo Ascendente-Descendente tem maior influência sobre a seiva, essa crença só é válida no inverno, quando a lua minguante e descendente coincidem.
Fontes: www.ifi.unicamp.br/~accosta/curiosidades.html
www20.brinkster.com/tonho/misc2/curiosidades.html
Curiosidades sobre o solo e seu uso
Todos os solos podem ser cultivados?
Nem toda a superfície do globo pode ser usada para fins agrícolas. Muitos solos não são propícios para o cultivo, principalmente em regiões frias como o Ártico, a Antártida e as montanhas. Outras terras são muito desérticas, altas demais ou pobres em nutrientes. As áreas não aptas representam mais de 60% do continente terrestre.
O problema ambiental mais sério na agricultura é a erosão
A erosão do solo é o fator mais sério de degradação. Em média, 30% da área agrícola já foi degradado em razão deste problema, que é tão grave em algumas regiões, que 2 milhões de hectares por ano deixam de ser produtivos. No Brasil, esse é o fato que mais atinge as ricas terras agriculturáveis dos estados do Sul.
O que afeta a atividade agrícola
Cerca de 40% da produção agrícola se perde por causa de doenças, pragas e ervas daninhas. As pragas são as que mais causam danos, pois seu combate pode ser contraproducente. A utilização de uma imensa variedade de agrotóxicos afeta mais as espécies de insetos e aves que as próprias pragas. Os agrotóxicos também podem ter efeitos muito graves na saúde dos agricultores encarregados de aplicá-los.
Erosão e agrotóxicos
A agricultura em áreas da Mata Atlântica apresenta problemas de erosão, abuso de agrotóxicos, queimadas, poluição e desmatamento. A conseqüência mais visível é o surgimento de buracos em regiões de solo frágil. Pesquisadores apontam como principais soluções a adubação, o plantio direto e o controle biológico, além, da manutenção da biodiversidade.
Desertificação
Cerca de 180 mil Km2 de terras brasileiras – a maior parte delas na região Nordeste – estão em processo de desertificação só visto no continente africano. O desmatamento desenfreado e as práticas erradas de uso do solo fazem com que a cada minuto, uma média de 12 hectares de terra virem deserto no mundo.
Fonte: Informativo Embrapa Meio Ambiente
Formigas carnívoras e outras curiosidades sobre as formigas
Uma formiga-carnívora do tamanho de um palito de fósforo é a novidade da Casa do Sangue Frio no Zoológico de São Paulo. Lá estão instaladas duas colônias das superformigas Dinoponera gigantea e Dinoponera australis. Conhecida como tocandira ou formiga-carnívora-gigante, ela é preta e tem um potente ferrão que injeta um líquido mortal em suas presas. As vítimas são baratas, besouros e até pequenos lagartos.
As duas espécies são brasileiras e são consideradas as maiores formigas-operárias do mundo. Formigas-operárias são as que só trabalham em benefício do formigueiro, estão sempre em atividade e jamais se reproduzem.
O grupo de Dinoponera gigantea (que tem mais de 3 cm) veio do Maranhão - onde vive - para ser estudado por biólogos no Museu de Zoologia de São Paulo. O grupo de D. australis (pouco menor do que a maranhense) foi coletado no interior de São Paulo.
De acordo com o biólogo Carlos Roberto Brandão, do Museu de Zoologia, as formigas-gigantes só atacam quando incomodadas. Porém, seu veneno é mortal para animais de pequeno porte (a picada de uma delas pode matar um rato). Algumas vezes, esse veneno pode ser fatal para o homem também. "Se a pessoa que foi picada é alérgica, ela poderá até morrer. Outras podem nem sentir a picada", explica o biólogo.
Ao contrário das outras espécies de formigas - que apresentam uma ou mais rainhas, dependendo da espécie -, o grupo de superformigas não tem rainha. A mãe de todas é uma operária escolhida numa disputa entre elas.
Outra curiosidade: o seu ninho é escavado (enquanto da maioria é construído sobre a superfície) a dois metros de profundidade do solo, se abrindo numa espécie de fenda no chão. Da fenda se inicia um buraco que lembra um túnel em formato espiral, de onde saem as câmaras (espécie de salas, onde elas vivem e trabalham).
No lugar da rainha, as formigas-gigantes têm uma operária dominante que é a mãe dos futuros filhotes. A escolha é feita numa disputa elegante, sem mortes. Uma vai lutando com a outra, até sair a vencedora. As lutas podem durar dias com pausas para descanso.
Feita a escolha, e o macho estando no formigueiro, ocorre a fecundação. Aliás, o papel do macho é fecundar a fêmea. Ele só aparece na hora de namorar. Depois de fecundada uma única vez, a dominante pode ter filhotes pelo resto da vida. Os filhotes passam por várias fases (ovo, larva, pulpa) até atingir a fase adulta. Depois, vivem cerca de um ano.
Por mais que as formigas incomodem, a natureza precisa delas. As formigas representam a maior população de insetos do planeta. Calcula-se que existam 18 mil espécies, das quais 3 mil vivem no Brasil. Mas pra que tanto?
O mundo sem as formigas poderia virar um caos! Muitos ecossistemas seriam prejudicados e algumas espécies deixariam de existir. O tamanduá seria o primeiro a sumir porque se alimenta delas. As árvores também sofreriam. Elas fornecem néctar às formigas, que, em troca, espantam os predadores, protegendo-as.
Como as minhocas, as formigas também movimentam a terra na hora de fazer os ninhos e a tornam rica em matéria orgânica, deixando-a fértil para o plantio. As formigas ainda ajudam a espalhar sementes garantindo a reprodução de algumas plantas e a controlar a população de muitos insetos.
Amigas dos dinos
Ao que tudo indica as formigas também infernizavam os dinossauros. Foi encontrado um fóssil de formiga com cerca de 100 milhões de anos! Isso mostra que esses pequenos insetos conseguiram sobreviver aos períodos glaciais, época em que desapareceram várias plantas e animais.
Por ser pequeno, esse inseto consegue se esconder mais, principalmente embaixo da terra podendo escapar até de uma explosão. Não é por acaso que algumas vivem bem no fundo da terra ou em lugares que a gente nem imagina.
As formigas vivem em todos os ambientes terrestres, exceto nos pólos. Não há como evitar sua presença. Existem formigas em ruas, jardins, casas e até hospitais, o que é perigoso. Elas conseguem andar em lixo contaminado, passear em garfos e ir de um cômodo para outro sem problemas. Sendo assim, podem espalhar bactérias e prejudicar ainda mais os doentes.
Superorganizadas
O ponto forte das formigas é a organização. Esses insetos trabalham muito, sem reclamar. Formiga rebelde, como Flik, de Vida de Inseto, e Z, de Formiguinhaz, só em desenho animado!
A saúva, que tem o bumbum gordinho, é exemplo. Cada operária tem a sua função - cortadeira, carregadeira, jardineira e soldado - e, assim que nasce, cada uma executa sua tarefa. Elas cortam, carregam folhas e as transformam em fungo (ou bolor), que é o seu alimento. Ao contrário das formigas-gigantes, as saúvas são vegetarianas.
A rainha só observa o andamento da colônia. Se, por exemplo, ela acha que faltam formigas no grupo das cortadeiras, ela bota ovos para ter mais cortadeiras. Um formigueiro só acaba quando a rainha morre. Ela é a única que pode ter filhos.
Formando grandes batalhões à procura de comida, as formigas podem se tornar pragas. A saúva, por exemplo, é o terror dos agricultores porque devora plantações. Outras, além de plantações, atacam animais domésticos e pessoas. Em 1993, as formigas-lava-pés, que também são carnívoras, infernizaram a vida dos moradores de Envira, no Amazonas.
As formigas destruíram plantações e devoraram animais domésticos. Enterrar mortos era um problema porque no cemitério da cidade estava concentrada a maior parte dos formigueiros. As formigas-lava-pés também atacaram os moradores, muitos dos quais foram hospitalizados com feridas pelo corpo. A situação fez com que os moradores passassem a cobrir os pés com sacos plásticos.
Não dormem, são surdas e quase cegas...
As formigas nunca dormem; pelo menos, nunca ninguém as viu fazerem isso. O que os biólogos descobriram é que as formigas sabem dividir o dia em horas de trabalho e de descanso. Alguns acham que elas não dormem porque têm uma vida curta e precisam trabalhar para manter o formigueiro. Algumas espécies, como as saúvas, vivem apenas três meses e começam a trabalhar assim que nascem.
Elas também são surdas, quase não enxergam e se comunicam pelo cheiro. Quando uma formiga está em perigo, ela solta um odor para alertar as companheiras, transmitindo um aviso de que as demais devem fugir. O odor varia conforme a situação, mas o ser humano não consegue sentir esse cheiro. As formigas também servem de comida para o homem. Os chineses adoram ensopado de formigas, vinho com formigas, feijão com formigas etc. Eles dizem que, além de saborosas, são úteis no tratamento de muitas doenças. Se curam realmente ninguém sabe, mas os biólogos dizem que as rainhas-saúvas são muito nutritivas.
Fonte: Jornal "Diario do Grande ABC"
Mais informações:
http://www.bdt.org.br/zoologia/formiga/ciclo/
Flores que ajudam a relaxar
Azeitonas verdes ou pretas? A diferença é o ponto de maturação
Flores que ajudam a relaxar
Segundo um estudo da Flowers and Plants Association da Inglaterra, manter um vaso com rosas ou lírios perto da cama ou do sofá ajuda a relaxar e aumentar a sensação de bem-estar. A explicação, segundo a associação, é que essas flores contém feniletilamina. A substância, responsável pelo perfume, estimula o organismo a liberar endorfina, hormônio que produz sensações de prazer. Mas atenção: os alérgicos a flores não podem arriscar e devem mantê-las bem longe do quarto!
Azeitonas verdes ou pretas? A diferença é o ponto de maturação
Elas são frutos da oliveira (Olea europaea) – uma árvore que pode viver até mil anos, originária do Mediterrâneo, provavelmente da Ilha de Creta, no sul da Grécia. A azeitona surge bem verde e, com o tempo, a casca vai adquirindo tons acinzentados, torna-se castanha, depois vai ficando arroxeada e continua escurecendo até ficar preta. Quanto mais escura, mais tempo a azeitona ficou no pé.
Samambaia africana
retira arsênico de solo contaminado
Curiosidades sobre
o uso da água
Samambaia africana retira
arsênico de solo contaminado
Uma espécie de samambaia é capaz de absorver arsênico - um metal altamente tóxico e cancerígeno, que contamina o solo e água, podendo até matar. Esta samambaia, cujo nome científico é Pteris vittata, é originária da África, mas ocorre no mundo todo, inclusive no Brasil. Ela é o que os cientistas chamam de "hiperacumulador" e concentra em sua folhagem até 126 vezes mais arsênico do que a quantidade encontrada no solo. Por essa razão, um grupo de pesquisadores de universidades estaduais da Flórida e da Geórgia, nos EUA, acredita que ela pode ser usada para limpar resíduos tóxicos no solo. Desta forma, essa samambaia funcionaria como um "bioremediador", ou seja, um organismo capaz de eliminar substâncias nocivas do ambiente.
A descoberta da capacidade de hiperacumulação da samambaia foi publicada na edição de 01/02/2001 da revista Nature (http://www.nature.com)
Fonte de pesquisa: Folha de S. Paulo - 01/02/01
Curiosidades sobre o uso da água
• O homem pode passar 28 dias sem comer, mas só 3 sem beber água.
• Apenas 6% da água do planeta é usada pela população; os outros 73% são destinados à irrigação.
• Para cada copo de água ingerido, são necessários outros dois para lavá-lo.
• Uma pessoa consome por dia 250 litros de água com higiene pessoal, comida, lavagem da casa, rega de plantas e água para beber.
• A máquina de lavar louça gasta menos água do que a torneira; um modelo pequeno e compacto consome 28 litros. Em somente dois minutos de torneira aberta, são gastos 26 litros.
• Cerca de 30% da água tratada no Brasil é desperdiçada em vazamentos.
• A máquina de lavar roupa de abertura superior gasta 175 litros em um ciclo completo de lavagem, enquanto a de abertura frontal consome 89,5 litros - uma economia de 48,9%.
• A proporção da água no corpo humano é a mesma que no planeta Terra: 71%
Fonte: Universidade da Água e Sabesp
A Linguagem das Flores
A Linguagem das Flores
Conta-se que um inglês, em visita à Turquia no século XVIII, teria feito a seguinte afirmação: “aqui pode-se brigar, censurar, mandar cartas de paixão, amizade ou civilidade, ou mesmo notícias, sem nunca ter de sujar os dedos com tinta!”. O “código dos turcos” era o uso de flores para expressar sentimentos. Cada espécie tinha um significado e uma “carta” bem feita podia comunicar praticamente qualquer combinação de sentimentos.
Esse curioso costume teria logo chegado à França, onde “inventou-se” uma linguagem composta inteiramente de símbolos florais. Publicada em 1819, como Le Langage des Fleurs, tornou-se uma das referências favoritas. A nova linguagem das flores atraiu os poetas românticos na Inglaterra. “Doces flores sozinhas podem dizer o que a paixão tem medo de revelar”, disse o porta Thomas Hood (1799-1845) no poema “A Linguagem das Flores”.
Na era vitoriana, a linguagem tornou-se mais complexa. As flores não só significavam diferentes sentimentos, mas a maneira como eram oferecidas e aceitas podia significar alguma coisa. Uma simples rosa vermelha aberta era sinal de admiração pela beleza feminina. Contudo, oferecer um botão com espinhos e folhas queria dizer: “Temo, porém com esperança”. Se a destinatária respondesse recatadamente com o botão virado para baixo, o gesto queria dizer: “Não deves temer, nem ter esperança “. Se a jovem pusesse a flor recebida nos cabelos, o gesto significava cautela, mas se a colocasse sobre o coração, significava que o amor era correspondido.
Eternos símbolos do amor, as rosas ganharam até uma “linguagem” própria: dizem que a cor das suas pétalas também levam mensagens. As vermelhas simbolizam as emoções apaixonadas, as cor-de-rosa estariam ligadas aos amores sublimes, as brancas ao amor puro e incondicional, mas as amarelas são misteriosas - uns dizem que simbolizam o ciúme, enquanto outros afirmam que estão ligadas aos amores afortunados. É interessante também que até a forma de arrumar as rosas nos vasos pode expressar sentimentos: uma única rosa num vaso demonstra elegância e intimidade; várias delas, formando arranjos grandes e compactos inspiram alegria e confraternização.
Existem inúmeras fontes relacionando as flores à determinadas simbologias. Aqui, selecionamos algumas, extraídas do livro “A Linguagem das Flores”, editado por Sheila Pickles e publicado no Brasil pela Editora Melhoramentos:
Planta é capaz de avisar às companheiras que vai sofrer um ataque
A lenda da vitória-régia
Uma pesquisa realizada por cientistas da Universidade de Kyoto, no Japão, concluiu que um tipo de feijão é capaz de "avisar" seus vizinhos da presença de inimigos. A comunicação se dá por meio da liberação de certas substâncias químicas no ar.
O estudo foi feito com folhas da espécie Phaseolus lunatus, conhecida popularmente como feijão-de-lima. Os pesquisadores fizeram com que uma das folhas fosse atacada por pequenos aracnídeos da espécie Tetranychus urticae. Depois, analisaram as plantas que não foram atacadas e perceberam que nelas cinco genes de defesa haviam sido ativados.
Uma planta desse tipo, quando atacada, ativa suas próprias defesas, liberando determinados compostos químicos. Eles são capazes de não só tornar a planta mais difícil de ser digerida pelo atacante - provocando uma espécie de indigestão - como também de atrair os predadores de seu inimigo para um banquete.
A novidade é que, além de providenciar a defesa da planta atacada, essas substâncias avisam suas colegas de que há inimigos na região. Segundo os pesquisadores, cujo estudo foi publicado na revista Nature (agosto/2000), "devidamente alertadas, essas plantas podem preparar suas defesas contra os aracnídeos antecipadamente".
Os cientistas destacam a importância do estudo para a criação de novos métodos para proteger as plantas de herbívoros.
(Fonte de pesquisa: Folha de S. Paulo)
A lenda da vitória-régia
A origem da vitória-régia, planta aquática que faz parte da paisagem amazônica, está ligada a uma curiosa lenda indígena:
"Era uma vez, um grupo de jovens índias que eram tão fascinadas pela lua e pelas estrelas que decidiram encontrar uma forma de tocá-las. Acreditavam que se conseguissem fazer isso, poderiam se tornar uma delas. Assim, elas tentaram subir por um morro, mas não deu certo. As jovens, persistentes, a cada noite procuravam sempre os lugares mais altos, mas o céu continuava distante. Uma das índias, a mais sonhadora delas, estava tão desiludida, que uma noite, ao ver a lua refletida no lago, resolveu mergulhar ao seu encontro e desapareceu nas águas profundas. A lua lá no céu, comovida com o gesto da jovem, decidiu transformá-la numa grande e bela flor, que ficaria para sempre na superfície das águas, como a refletir a imagem lunar: nascia a vitória-régia".
Plantas também sofrem insolação
Grandes cidades causam tempestades
Batata era usada como cronômetro
Plantas também sofrem de insolação
Cientistas do Instituto Friedrich Miescher, na Suíça, descobriram que as plantas também sofrem de insolação. Segundo a equipe, raios ultravioleta danificam o DNA, interrompendo o crescimento.
Grandes cidades causam tempestades
Estudo realizado por pesquisadores da Nasa (agência espacial dos EUA) mostra que as grandes cidades fazem mais do que aquecer a atmosfera, provocando as chamadas "ilhas de calor". O efeito, segundo eles, também é capaz de induzir tempestades.
Batata e Cronômetro
As batatas já foram um dia usadas como cronômetro. Para calcular intervalos de tempo, os antigos incas que habitavam o Perú usavam como parâmetro o tempo gasto para cozinhá-las. Além disso, acreditavam que as batatas possuíam qualidades medicinais: usavam as rodelas cruas para cobrir fraturas e incluíam o tubérculo nas refeições para evitar problemas digestivos e artrite.
Porque a urtiga queima a pele
Porque usar o nome científico das plantas
O mistério das hortênsias
Porque a urtiga queima a pele
O nome urtiga vem do latim urere (= arder) e é uma designação genérica de várias plantas que apresentam um mecanismo de ação semelhante. A mais comum delas é a Urtica dioica.
Nessas plantas existem diversas substâncias, principalmente a histamina, acetilcolina e ácido fórmico que, quando entram em contato com a pele, provocam dilatação dos vasos sangüíneos e uma espécie de inflamação.
As substâncias agressivas ficam armazenadas em minúsculos pêlos que se espalham pelo caule e folhas da planta. A parte inferior do pêlo apresenta incrustações de cálcio, o que lhe dá rigidez, mas a ponta é frágil e se rompe ao mais ligeiro toque.
Porque usar o nome científico das plantas
Os nomes populares das plantas variam muito de região para região, por essa razão, costumamos usar o nome científico para especificar uma planta. É a melhor maneira de garantir que ela será identificada em qualquer região.
A primeira palavra na classificação de uma planta identifica o gênero, por exemplo, Erythrina, Tibouchina ou Murraya. Existem, no entanto, muitas espécies de Murraya e, por isso, usa-se um segundo nome que identifica a espécie de um gênero. Por exemplo: Murraya exótica - o segundo nome normalmente descreve a qualidade que caracteriza a planta em questão.
Muitas vezes nos deparamos com nomes como Murraya sp., o que isso significa? O sp. é uma abreviatura que se refere a todas as espécies desse gênero ou, então, a apenas uma delas, sem especificar qual. Caso exista mais de uma variedade natural, de uma mesma espécie, haverá um terceiro nome para identificar cada uma delas.
Uma variedade produzida com a intervenção do homem é conhecida como “cultivar” - em geral identificada pela abreviatura cv. Neste caso, adiciona-se um terceiro nome, como se fosse um “nome de batismo”, por exemplo: cv. “Valentina” ou cv. “Song of Paris”.
Como padronização, os nomes científicos das plantas devem seguir as normas do Código Internacional de Nomenclatura Botânica, que determina, entre outras regras, que sejam grafados em latim, que o nome do gênero seja escrito com letra maiúscula e o nome da espécie com letra minúscula.
O nome científico é importante pois identifica a planta em qualquer lugar, não importando o seu nome popular. Assim, aquela violeta africana que você tem em casa, chama-se Saintpaulia ionantha em qualquer lugar do mundo.
O mistério das hortênsias
Muitas pessoas reclamam que adquirem mudas de hortênsia (Hidrangea macrophilla) de determinada cor e, com o passar do tempo elas mudam de cor: de azuis, as flores se tornam cor-de-rosa ou vice-versa. Por que isso acontece?
Na verdade, o índice de acidez e alcalinidade do solo pode realmente alterar a coloração dessas flores. O mistério funciona mais ou menos assim: em solos ácidos, ou seja, com pH abaixo de 6,5, surgem flores azuis; já em solos alcalinos, com pH acima de 7,5, surgem flores rosadas e até brancas. Podemos alterar o grau de acidez ou alcalinidade do solo, para determinar a cor das hortênsias. Para obter flores azuis, por exemplo, recomenda-se regar o canteiro duas vezes por ano com a seguinte mistura: 20g de sulfato de alumínio (pode ser substituído por pedra ume) diluído em 10 litros de água. Para obter hortênsias cor-de-rosa, faça primeiro uma poda na planta, para ajudar a eliminar parte do alumínio contido nas folhas. Depois, transplante-a para um novo canteiro, já preparado com 300g de calcário dolomítico por m2 .
Existe também a velha “receita da vovó” para intensificar o tom azul-violeta das hortênsias: colocar de molho em água alguns pedaços de palha de aço usadas e depois aplicar a “água enferrujada” nas regas semanais das hortênsias, alternando com outras regas normais.
Sexo das plantas: atração fatal.
Senhoras respeitáveis.
Sexo das plantas: atração fatal
Quem diria, as flores se apaixonam! E mais do que isso: a paixão é tão intensa, que funciona como uma “atração fatal”. Cientistas estão comprovando que assim como diversas espécies de animais, as plantas também sabem demonstrar suas preferências na hora de escolher um parceiro para a reprodução. Geneticistas da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, descobriram que as flores simplesmente “agarram seu escolhido”. Tudo acontece nos estigmas — que são a entrada do órgão sexual feminino das flores. Eles conseguem identificar, entre a chuva de pólen que os insetos polinizadores e os ventos derrubam sobre ele, os grãos que pertencem à sua espécie. Estes são agarrados com todas as forças, enquanto os grãos de outros vegetais, depositados ali por acidente, ficam tão soltos que acabam caindo. Os cientistas não sabem ainda como as flores dão um abraço tão firme. Mesmo olhando pelo microscópio eletrônico, não dá para ver nenhuma ranhura que facilite o encaixe entre estigma e pólen. Mas, segundo a geneticista Daphne Preuss, a pesquisa deve ajudar a criar plantas híbridas com maior facilidade. Mistérios da paixão...
Senhoras respeitáveis
As plantas realmente nos surpreendem por vários motivos: algumas pela beleza, outras pela resistência, outras, ainda, pela durabilidade. Veja só quanto tempo podem viver essas espécies se forem plantadas e cultivadas em condições adequadas:
Dracena (Dracaena): mais de 10 anos
Falsa-seringueira (Fícus elastica): mais de 20 anos
Estefanótis (Stephanotis floribunda) : mais de 25 anos
Yuca (Yucca): cerca de 30 anos
Espada-de-são-jorge (Sansevieria sp.): mais de 50 anos
Aspidistra (Aspidistra): pode viver mais de 100 anos
Carnívoras que não são carnívoras.
Árvores e microclimas.
Aprenda mais sobre os solos.
Carnívoras que não são carnívoras
Carnívora é um nome, segundo a bióloga Léa Neves, incorreto para se referir às plantas que comem insetos. "Na verdade, elas absorvem algumas de suas substâncias, isto é, são insetívoras". Uma planta com essa peculiaridade pode ser resultado da longa adaptação de uma espécie vegetal a um solo arenoso, ácido, pobre em nitrogênio ou com falta de outros nutrientes. Sentindo essa ausência, o vegetal começa a se alimentar de pequenos insetos que lhe fornecem as substâncias necessárias para sobreviver. Todavia, graças ao processo evolutivo, hoje é possível ter exemplares dessas espécies em diversos ambientes, inclusive naqueles ricos em nitrogênio.
A folha da planta insetívora é que come o inseto, e apresenta várias formas. No caso da nepente, ela parece uma urna, com pêlos voltados para baixo e uma coloração que atrai o inseto. Ao cair pela abertura superior, o inseto molha as asas num líquido acumulado no fundo e não consegue sair. A folha forma uma parede com pêlos rijos que também impedem que ele suba por ali, e o inseto acaba sendo absorvido pelo líquido que, por sua vez, é lentamente digerido pela planta.
Outras espécies, como a drosera, têm grossos pêlos em suas folhas que produzem uma substância viscosa, às vezes com cheiro peculiar, que serve para atrair, prender e digerir o inseto.
A chamada pega-moscas (Dionea muscipula) possui a aparência mais assustadora entre as insetívoras. Em alguns filmes de terror, já apareceu comendo seres humanos (como no filme A Pequena Loja dos Horrores). Suas folhas, de formas arredondadas, apresentam longos pêlos nas bordas. As folhas ficam abertas como bocas famintas e quando o inseto pousa sobre elas, se fecham rapidamente, aprisionando-os. A planta leva dias para digerir e absorver a sua caça". (Fonte: Ecologia e Desenvolvimento ano 3 no. 46)
Árvores e microclimas
Em um bosque frondoso, a copa das árvores acumula a maior parte da radiação solar, o que significa que o chão, permanecendo quase todo o dia na penumbra, é bem mais fresco. Assim se define um microclima - ou seja, um local restrito, ou isolado da região em torno. Desta forma, a temperatura na região de um bosque, no verão, pode ser 5graus C mais alta que a do próprio bosque. As metrópoles são outro tipo de microclima - nesse caso porque geralmente estão cobertas por massas de ar quente, situadas a cerca de 120 metros de altura, criadas pela poluição. O resultado é a criação de ilhas de calor: assim, a temperatura no centro de uma cidade, por exemplo, pode estar 6 graus C acima daquela de bairros distantes (ou mais arborizados) e da zona rural.
Aprenda mais sobre os solos
Solo Argiloso: é um solo cujo maior constituinte é a argila. A terra, ao ser apertada nas mãos, forma um aglomerado elástico que mesmo jogado no chão não se desfaz.
Solo Arenoso: predomina a areia em sua constituição e quando amassado com a mão não se aglomera.
Solo Rico em Matéria Orgânica: como o nome diz, apresenta alto teor de matéria orgânica. É escuro, esponjoso e cheio de restos vegetais.
Simbolismo das plantas no Feng Shui
Planta
Simbolismo
Acácia
estabilidade
Alfazema
inocência
Áster
fogo/calor
Azaléia
delicadeza
Bambu
juventude
Begônia
fertilidade
Camélia
imortalidade
Cereja
fecundidade
Cipreste
nobreza
Cravo
ação/atitude
Crisântemo
resolução
Dália
amizade
Eucalipto
sabedoria
Erva-cidreira
conhecimento
Erva-doce
progresso
Glicínia
beleza
Gardênia
força
Gerânio
determinação
Gladíolo vermelho
sabedoria
Girassol
espiritualidade
Hibisco
profusão
Hortênsia
sucesso
Jasmim
amizade/doçura
Junípero
tolerância
Lilás
perfume
Lírio amarelo
profusão
Lírio branco
pureza
Maracujá
espiritualidade
Magnólia
perfume
Nandina
santidade
Narciso
rejuvenescimento
Ninféia
resistência
Orquídea
durabilidade
Pinheiro
longevidade
Prímula
fogo/calor
Romãzeira
fertilidade
Rosa
beleza
Salgueiro
graça
Tuia
longevidade
Verbena
maternidade
Violeta
amizade
Feng Shui - Milenar técnica chinesa que busca fazer com que a energia Ch'i (vibração positiva) circule livremente num ambiente, inibindo ou anulando a energia Sha, considerada negativa.
Fontes: "Harmonia na sua vida", de Philippa Waring, tradução Karen Currie, Ed. Kuarup. 2a. edição 1997 e "Feng Shui para Harmonizar seu Lar e sua Vida", de Pier Campadello, Ed. Madras. 8ª edição 1998.
Curiosidades sobre os beija-flores.
Os indígenas deram nomes muito sugestivos para os beija-flores, que descreviam com perfeição esses pássaros encantadores:
Para os índios caraíbas, eles eram os “colibris”, que significa “área resplandecente”;
Os tupis os batizaram de “guainumbis”, ou seja, “pássaros cintilantes”;
Já para os índios guaranis, os beija-flores eram os “mainumbis”, isto é, “aqueles que encantam, junto à flor, com sua luz e esplendor”.
Seu enorme coração, que representa de 19 a 22% do peso total do corpo, facilita a rápida circulação do sangue;
Num único dia, eles são capazes de ingerir, em substâncias nutritivas, até 8 vezes o peso do seu corpo;
Alguns beija-flores desenvolvem velocidades médias que vão de 30 a 70 Km por hora e a vibração das asas pode atingir 50 a 70 batidas por segundo;
São as únicas aves que conseguem ficar literalmente paradas no ar, decolar e aterrissar verticalmente, e até dar marcha à ré em pleno vôo;
O espetacular colorido dos beija-flores origina-se do fenômeno da refração da luz, através da microestrutura das penas. As mudanças de cores, observadas numa mesma ave, variam de acordo com o ângulo de incidência da luz solar ou com a movimentação do corpo;
Dizem que Igor Sirkorski, que inventou o helicóptero, baseou suas idéias na observação contínua do vôo dos beija-flores. No entanto, o helicóptero não pode voar de cabeça para baixo. Os beija-flores podem.
Fonte de pesquisa: The Hummingbird Garden,
de Johan Dalgas Frisch e Christian Dalgas Frisch, Editora Dalgas-Ecoltec Ltda.
Tempero contra o câncer.
"No odor das plantas, podemos sentir o céu".
Árvore entra para o livro dos recordes como o ser vivo mais antigo.
Lixo: um problema difícil.
Temperos contra o câncer
Pesquisadores do Instituto do Câncer de Madras, na Índia, descobriram que certas ervas e temperos como cominho, sementes de papoula e manjericão, parecem inibir o surgimento e desenvolvimento de tumores no estômago. Experimentos de laboratório indicaram que estas plantas podem reduzir o tamanho das lesões em até 83%. O trabalho sugere que os temperos aumentariam o nível de certas enzimas que previnem o câncer no trato digestivo.
"No odor das plantas, podemos sentir o céu"
Receptores olfativos, localizados no interior do nariz, captam os odores e, por meio do nervo olfativo, os enviam ao cérebro, para uma região onde são registradas as atividades sensomotoras relacionadas com as nossas sensações mais primitivas, como fome e sede. Isso explica porque, muitas vezes, ao sentir um perfume (de uma flor, por exemplo) conseguimos lembrar de alguém ou de um fato ou, ainda, de uma sensação de tristeza, alegria ou saudade. Como verdadeiras tatuagens, os aromas ficam registrados para sempre em nosso cérebro.
Árvore entra para o livro dos recordes como o ser vivo mais antigo
Uma sequóia com 122 metros de altura e cerca de 800 anos foi identificada como o ser vivo mais velho ainda vivo na face da Terra. A sequóia, uma árvore da família das Coníferas - que engloba os pinheiros - é chamada "The Mendocino Tree" e fica no nordeste da Califórnia. A idade da árvore foi analisada por uma equipe da Humboldt State University, chefiada pelo professor Steve Sillet. Após comprovação científica, a árvore foi inscrita no Guinness Book.
Lixo: um problema difícil
Cerca de 88% do lixo brasileiro é lançado em terrenos a céu aberto, resultando na poluição tanto do solo quanto do ar. Cada habitante gera, em média, 800 gramas de lixo por dia.
A maioria dos cactos respiram pelo caule.
Uma única planta é capaz de purificar o ar de uma sala de 9 m2.
Por que as folhas das plantas caem?
A maioria dos cactos respira pelo caule
Se as folhas são as responsáveis pela fotossíntese e respiração das plantas, então como é que os cactos respiram, se a maioria deles (99%) não têm folhas mas só espinhos? Embora os espinhos sejam considerados folhas modificadas (se transformaram para se adaptar às necessidades da planta), ao contrário das folhas, eles não apresentam os estômatos - que são canais existentes entre as células, cuja função é permitir a entrada de ar e a movimentação de vapor de água para dentro e fora da planta. Por incrível que pareça os cactos respiram mesmo é pelo caule, pois é nele que se localizam os estômatos.
Em regiões muito secas, é comum a presença de cactos sem folhas. Aqui no Brasil, por exemplo, o mandacarú (Cereus peruvianus) é abundante na Região Nordeste. Nesses cactos, as funções de fotossíntese, respiração e transpiração são desempenhadas pelos caules. Outra curiosidade: como a quantidade de estômatos presentes nos caules dos cactos é pequena, pode-se dizer que esse tipo de planta respira menos do que outras mais folhosas.
Uma única planta é capaz de purificar o ar de uma sala de 9 m2
Algumas espécies podem combater até a poluição existente dentro de casas e escritórios (gerada por verniz, tintas, colas, fibras sintéticas e fumaça de cigarro). Um estudo recente, conduzido pelo cientista americano Bill Wolverton, da Nasa, comprovou que os poluentes são absorvidos por bactérias que vivem nas raízes e nas folhas de plantas como jibóia, palmeira areca, ligustro-chinês, comigo-ninguém-pode, espada-de-são-jorge e bambuzinho.
Por que as folhas das plantas caem no outono?
No outono os dias vão se tornando mais curtos e a temperatura entra em declínio, assim, para reduzir ao máximo o gasto de energia, as plantas se livram das folhas como forma de proteção contra o frio. Os dias mais curtos e a temperatura mais amena são sinais que a natureza dá para que as plantas comecem a produzir um hormônio chamado ácido abcísico. Esse hormônio se acumula na base da haste da folha - o pecíolo - matando as células daquela região e provocando a queda. Esse processo também acontece no inverno.
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