sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Boas lembranças ajudam a viver mais




Otília Ribeiro perdeu muito da alegria de viver com o falecimento de dois filhos e de seu marido, José. Vitimas de câncer, José foi enterrado em 2001 e Maria, uma de suas filhas, em 2002. A horta, que adorava cuidar, parece ter morrido com sua prole. Também deixou de costurar e ajudar na cozinha. Mas, ela ainda tem diversos motivos para viver. Restam-lhe três filhos, quinze netos, quinze bisnetos e muitas boas lembranças. Talvez seja por isso que não se tornou uma pessoa amarga. Pelo contrário, é doce, simpática e receptiva. Nasceu em Bambuí (MG) e reside em Uberaba, há vários anos, com a filha Odete, o genro Francisco Pavan e o neto Fabiano. É extremamente bem tratada e querida na casa. Sofre de pressão alta, enxaqueca e acredita ser afetada pelos "males da velhice". Aparentemente, está bem e forte aos 85 anos. Apesar de quase não sair, Otília tem muito o que ensinar para a sociedade.

Para se viver bem em qualquer idade, o modo de encarar a vida é outro fator primordial. Sumaya, que também é Mestre em Psicologia e Gerontologia pela Universidade de São Paulo, afirma que certas pessoas decidem serem felizes. Não se trata de estar alegre momentaneamente e sim de estar bem, independente de qualquer situação. Estão dispostas a encarar o problema como um desafio e tentar resolvê-lo na medida do possível. Vários estudos mostram que o otimismo e o pensamento positivo influenciam na qualidade de vida e ajudam na superação de dificuldades. Uma teoria americana – denominada locus – analisa o modo que o indivíduo age. Alguns consideram que o controle do equilíbrio está no mundo, fora deles. Isso significa que se as situações externas não forem favoráveis, não estarão bem. Há também os que colocam neles mesmos e se tornam responsáveis pelo controle e pela satisfação interna.

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