sábado, 22 de maio de 2010

Quem tem deficiência é capaz de muita coisa ...

ATIVIDADES E ESTRATÉGIAS







ler, escrever, fazer contas, correr, brincar e até ser independente.A grande novidade é que, se a criança for estimulada a descobrir seu potencial, as dificuldades deixam de persistir em tudo o que ela faz.






DEFICIENCIA VISUAL


O mundo pelo toque






A TURMA SE APRESENTA


Para fazer com que a turma acolha e se entrose bem com o novo colega, combine com as crianças que elas, uma por dia, o acompanharão ao pátio, ao banheiro,


até a perua escolar etc. Em geral elas se entusiasmam com essas incumbências.






VENCENDO OS MEDOS


É comum a criança com deficiência visual sentir desconforto e até medo de mexer com alguns materiais,


como cola. Mostre que você mesmo costuma tocar no material em questão, estimulando-a a fazer o mesmo para mostrar que não há mal nenhum em manipular e se sujar.






BRINCADEIRA EM DUPLA


Nas aulas de Educação Física, privilegie atividades feitas ao pares, como o pique-pedra, em que as duplas


têm de correr para não serem pegas e virarem estátua. Assim o colega ajuda na orientação espacial do aluno cego.






CAIXA MÁGICA


Para criar um vínculo de confiança com o aluno, o professor prepara uma caixa cheia de objetos do cotidiano, como retalhos de pano, pedaços de plástico,


perfume, pó de café, palha de aço e formas geométricas. O aluno com deficiência visual será convidado a, periodicamente (pode ser todo dia), pegar uma das coisas e descrevê-la diante da classE.






DEFICIENCIA MENTAL


O tempo de cada um






PROPORÇÃO


O desenvolvimento da coordenação motora pode ser mais lento em crianças que têm deficiência mental.


Uma das maneiras de estimular o aluno a dominar seus movimentos é fazê-lo escrever o nome em folhas de papel de diferentes tamanhos. Assim, ele também visualiza a necessidade de aumentar ou diminuir a letra


de acordo com o espaço.






INTEGRAÇÃO


É muito comum uma criança com deficiência mental ter problemas de oralidade. Por isso, aulas que estimulem o aluno a contar histórias são bem-vindas. É importante dar continuidade à atividade com bate-papos na classe sobre os personagens ou sugerindo que os estudantes dêem o próprio final à trama e o apresentem aos colegas. A atividade deve sempre ser feita com a turma toda.






VARIEDADE


Diversifique os meios de acesso ao conteúdo na sala de aula. Crianças com deficiência mental (e sem deficiência também) nem sempre aprendem por meio de folhas com exercícios impressos, livros didáticos ou material concreto de Matemática. Elas podem se identificar mais com músicas, passeios, desenhos,


vídeos ou debates.






DEFICIÊNCIA FÍSICA


Sem obstáculos para o saber






BEM-ESTAR FÍSICO


Procure saber sobre o histórico pessoal e escolar do aluno com deficiência, informe-se com a família e o médico sobre o estado de saúde e quais os efeitos dos


remédios que ele está tomando. Esse conhecimento é a base para sugerir qualquer atividade que exija esforço físico. Os exercícios podem, por exemplo, interferir na metabolização de medicamentos.






HABILIDADES BÁSICAS


Para ajudar a criança com deficiência física nas habilidades sociais, escolha atividades relacionadas às exigências diárias, como deitar, sentar e levantar-se,


arremessar e pegar objetos, parar e mudar de direção. Proponha jogos nos quais o aluno faça escolhas


(passar por cima ou por baixo de cordas ou elásticos), para que ele perceba o controle que pode ter sobre o corpo.






INTERAÇÃO


Estimule o contato da criança com deficiência com os colegas, permitindo a troca de idéias, a expressão de


emoções e o contato físico para auxiliar nas diversas atividades.






PEÇAS IMANTADAS


Use material concreto e lousa com letras magnéticas para facilitar a formação de palavras e a memorização quando houver restrição no movimento dos braços.






Deficiência auditiva


Além do silêncio






ATITUDE DO PROFESSOR


Em sala, fale sempre de frente para o aluno surdo (se ele souber ler lábios), escreva no quadro e utilize textos impressos.






INFORMAÇÕES EM IMAGENS


Enriqueça as aulas produzindo murais com palavras, conceitos e conteúdos (a classificação gramatical das palavras, a conjugação de verbos, os dias da


semana, os meses, as festas etc.). Você pode ainda elaborar pastas temáticas com imagens para cada


assunto estudado.






GRAMÁTICA


Faça jogos com fichas sobre questões gramaticais com respostas alternativas e destaque a correta. O adversário lê a pergunta e vê a resposta certa. Quem


errar perde a vez. Se a criança surda não souber ler lábios, peça para um aluno escrever as questões num papel ou no quadro. Outra brincadeira interessante


pode ser feita recortando períodos ou frases de um texto e embaralhando-os. As crianças devem ordená-los, treinando a seqüência lógica e o uso de palavras


que fazem a ligação entre os trechos.






COMPREENSÃO DE TEXTO


Para saber se o aluno surdo entendeu um texto, peça que ele desenhe período por período. Isso mostra quais palavras se perderam ou não foram entendidas.


Faça também perguntas que remetam aos elementos da sentença: Quem? O quê? Onde? Assim, o aluno aprende a conjugação verbal e o uso de preposições, artigos e conjunções






Deficiência múltipla


Sentir a vida






ROTINA DA ESCOLA


Estabeleça símbolos na sala de aula para que um aluno surdocego compreenda, aos poucos, sua rotina


escolar: ao entrar na sala, ele toca a porta, o quadro e o giz, sempre na mesma ordem e com a ajuda do


professor ou de um colega; antes de iniciar uma atividade, ele pode passar as mãos nas folhas de um caderno. O mesmo mecanismo serve para a hora do lanche e de ir embora.






RODA DE BRINCADEIRA


Observar o comportamento das crianças sem deficiência


ajudaaquelas que têm deficiência múltipla a se desenvolver.Por isso, faça jogos e brincadeiras


que reúnam a turma no final das aulas. Se o aluno com paraplegia, por exemplo, tem dificuldade para se movimentar, sente-o no chão (se o médico autorizar),


em roda com os demais, e proponha uma atividade em


que eles usem as mãos e os braços.






INCENTIVO AO MOVIMENTO


É possível estimular a criança de pré-escola que não engatinha. Deitada numa cama elástica, ela sente as oscilações causadas pela atividade dos colegas. Vê-los


engatinhando e rolando a leva a tentar os mesmos movimentos. Se o médico autorizar, deixe-a


o mínimo tempo possível na cadeira de rodas. Ela se sentirá instigada a se mexer ao se sentar com


os colegas num tapete ou tatame.






HISTÓRICO DO ALUNO


Pesquise tudo sobre a criança: de onde ela vem, como é a família, como se comunica e quais as


brincadeiras preferidas. Na avaliação, valorize a evolução do aluno, dentro de seus limites, e não os resultados. Afinal, em certos casos há um grande avanço entre chegar sem falar e depois participar


das aulas oralmente.






Fonte: Revista nova escola -Edição Esp_011- Outubro 2006